DEEDU - Departamento de Educação

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Resultados da Pesquisa

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    Práticas pedagógicas em contextos de inclusão : situações de salas de aula.
    (Paco Editorial, 2018) Franco, Marco Antônio Melo; Guerra, Leonor Bezerra
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    Descolonização do pensamento eurocentrico na formação do estudante de direito : tensões entre o ensino e a tradição jurídica.
    (2019) Bicalho, Filipy Salvador Pereira; Diniz, Margareth; Arantes, Bruno Camilloto; Diniz, Margareth; Arantes, Bruno Camilloto; Jardilino, José Rubens Lima; Henrique, José Carlos
    A pesquisa constitui-se da análise acerca das circunstâncias políticas e ideológicas em que ocorreu a criação dos cursos de Direito no Brasil, bem como sobre quais bases se consolidou o ensino jurídico. O objetivo geral foi verificar em que medida as características tradicionais do modelo de ensino implantado permanecem, e se a descolonização do pensamento e das práticas que ainda estejam naturalizadas no processo ensino/aprendizagem podem contribuir para a formação de bacharéis mais críticos e humanizados, e não apenas técnicos. Para responder ao problema central, a pesquisa dividiu-se em quatro partes. Inicialmente, foi realizada uma incursão histórica sobre o ensino jurídico e suas diretrizes curriculares. Num segundo momento, buscou-se compreender quais teorias curriculares são adotadas na escolha do currículo e como ocorre, nesse processo, a formação do corpo docente, componentes essenciais à formação dos futuros bacharéis. A seguir, trabalhou-se, primeiramente, com a compreensão do conceito de eurocentrismo, como se deu sua difusão pelo mundo, além das principais críticas ao modelo, baseadas nas posições de Immanuel Wallerstein, Edgardo Lander e Boaventura de Sousa Santos; posteriormente, discutiu-se que alternativas podem ser utilizadas no processo de descolonização, cujo principal referencial foi Paulo Freire. Por fim, forma analisados três projetos pedagógicos de cursos (UFMG, UFOP E UFLA), tanto a partir das teorizações pesquisadas e marcadas nessa pesquisa quanto da correlação dialética entre o conservadorismo/tradição e possíveis propostas de inovação, presentes nos cursos dessas instituições. Buscou-se complementar a análise com referência específica a ementas de algumas disciplinas presentes nos cursos das universidades citadas, para então, apresentar um modelo exemplificativo de projeto (Projeto Integrador), como prática de inovação apta à formação defendida. A pesquisa qualitativa foi utilizada quanto ao modo de abordagem, por meio de métodos científicos fundamentais para a análise e processamento de dados, com intuito de aprofundar o conhecimento e o desenvolvimento do tema. Para subsidiar o trabalho foram utilizadas as técnicas da pesquisa bibliográfica e exploratória. A hipótese inicial foi confirmada, isto é, que a formação tradicional, marcada por um paradigma elitista e heteronormativo, ainda permanece em grande parte enraizada nos cursos de Direito, o que exige, de um lado, que alguns cenários sejam superados e, de outro, que práticas inovadoras sejam incorporadas ao processo de ensino e aprendizagem na formação do bacharel.
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    A educação física em “celas de aula” : possibilidades e desafios de professores iniciantes atuantes em unidades prisionais.
    (2018) Custódio, Glauber César Cruz; Nunes, Célia Maria Fernandes; Nunes, Célia Maria Fernandes; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Paixão, Jairo Antônio da
    A educação prisional é uma realidade hoje no Brasil. Essa modalidade de educação é amparada por variados documentos, decretos e resoluções que visam garantir o direito à educação aos sujeitos em situação de privação de liberdade. Em seu currículo, são oferecidas diferentes disciplinas, entre elas, a Educação Física, que tem suas características e necessidades específicas. Dessa forma, esta investigação intencionou compreender as possibilidades e possíveis desafios enfrentados pelos professores de Educação Física, no início de carreira, atuantes em escolas de unidades prisionais da Região dos Inconfidentes. Esta investigação, constitui-se como uma pesquisa de natureza qualitativa, que utilizou como instrumentos para obtenção dos dados entrevista semiestruturada, questionário e caderno de campo. Participaram da pesquisa três professores de Educação Física, em início de carreira, que atuam nos três estabelecimentos prisionais convencionais da região elegida para o estudo com a oferta da educação prisional. Constatamos que os professores iniciantes de Educação Física defrontam-se com diferentes desafios nas escolas prisionais, que podem limitar suas possibilidades, como a formação inicial que não abarcou, em nenhum momento, algum conteúdo ou disciplina específica à educação prisional. A indisponibilidade de formação continuada específica à área também aparece como uma outra questão. Os professores participantes citam, também, o olhar negativo da sociedade sobre a educação prisional, os dilemas com agentes de segurança prisional, a falta de autonomia dos professores diante das rígidas regras dos estabelecimentos prisionais, a imprevisibilidade das ações escolares em virtude dos acontecimentos inesperados nas prisões, a falta de apoio da escola aos professores, o não reconhecimento da importância da Educação Física e de seu professor pelos docentes das outras disciplinas, a precarização física estrutural das escolas prisionais, as restrições de matérias e estratégias didáticas. Há, ainda, uma condição negativa específica para a Educação Física, no que se refere as aulas acontecerem somente dentro da sala/ cela, sendo as aulas teóricas sua grande maioria. Essas circunstâncias limitam o alcance dos propósitos educacionais da disciplina e engendram um paradoxo, pois, quando se pensa na disciplina pressupõe-se a presença de movimento e de práticas corporais. Todavia, salienta-se que os professores revelam grande satisfação em exercerem a docência em escola prisional, destacando, por exemplo, o grande respeito que os alunos têm. Diante de tais questões, entendemos que faz-se necessário repensar aspectos da formação dos professores e a lógica de organização das escolas prisionais através de mecanismos que reduzam os desafios e que favoreçam a prática docente com a Educação Física nesse contexto.
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    Interface entre ações do subprojeto PIBID-alfabetização e o desempenho de leitura de alunos dos primeiros anos do ensino fundamental.
    (2018) Andrade, Igor Ariacy Freitas de; Franco, Marco Antônio Melo; Matos, Daniel Abud Seabra; Franco, Marco Antônio Melo; Matos, Daniel Abud Seabra; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Monteiro, Sara Mourão
    As escolas desempenham um papel de fundamental importância na sociedade. São responsáveis, especialmente, por introduzirem as crianças a um novo mundo, repleto de valiosos conhecimentos e de extraordinárias formas de aprender. Para que a educação possa desempenhar sua função social, por meio da instituição escolar, torna-se fundamental a elaboração e execução de políticas públicas, por parte dos governantes, que atendam a todas as modalidades educacionais. Uma das políticas mais recentes de formação docente com repercussão na educação básica é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Os resultados das ações desse programa, em um contexto escolar específico, se configuram no objeto de estudo desta pesquisa. O estudo buscou analisar os resultados alcançados por um subprojeto do PIBID com foco na alfabetização e realizado por meio do Departamento de Educação da Universidade Federal de Ouro Preto. O Subprojeto Alfabetização, em conformidade com o programa ao qual faz parte, tem como proposta atuar com crianças identificadas com dificuldades no processo de alfabetização em duas escolas públicas, sendo uma no município de Mariana e outra no município de Ouro Preto, ambas no estado de Minas Gerais. O modelo de pesquisa adotado foi o estudo de caso, sendo este desenvolvido por meio das abordagens quantitativa e qualitativa. Na abordagem quantitativa, tratou-se dos dados coletados ao longo do período de quatro anos da execução do projeto. Esses dados são resultantes da aplicação de testes de leitura realizados uma vez ao ano com alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental I. Os dados quantitativos foram analisados por meio de instrumentos estatísticos descritivos, de testes de normalidade, de testes para verificação de suposição de igualdade e de medidas para mensuração do tamanho do efeito entre amostras. A abordagem qualitativa se refere aos dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com professoras das escolas de educação básica que participaram do projeto. Quanto aos resultados, no que tange à abordagem quantitativa, foi possível identificar que ocorreram evoluções estatisticamente significativas no que se refere ao processo de aquisição de leitura por parte do conjunto de alunos ao longo do período estabelecido para observação, na pesquisa. Em relação aos resultados relacionados à abordagem qualitativa, foi possível identificar nas falas das professoras entrevistadas que o Subprojeto Alfabetização, ao longo de sua execução, provocou mudanças significativas no trabalho pedagógico das escolas. Conforme os resultados das entrevistas, percebemos que o desempenho dos alunos em relação à leitura teve um aumento relevante, reduzindo a quantidade de crianças com dificuldades no seu aprendizado. Além disso, observou-se que várias atividades de leitura, propostas pelos estudantes de pedagogia, passaram a fazer parte do cotidiano das escolas. Considerando que muitas são as variáveis que interferem no processo de ensino e aprendizagem escolar, não seria possível afirmar que o Subprojeto Alfabetização tenha sido o único responsável pela melhora no desempenho de leitura das crianças. Porém, é possível dizer, tanto pelos resultados estatísticos, quanto pelas falas das professoras entrevistadas, que as ações do PIBID contribuíram para a melhoria no desempenho da leitura dos alunos e que, de alguma maneira, provocaram mudanças nas práticas pedagógicas das professoras das escolas participantes desta pesquisa.
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    Currículo, jogos eletrônicos e Deleuze.
    (2017) Mendes, Cláudio Lúcio
    Neste texto, lançamos uma montagem sobre um artefato (tecno)cultural: os jogos eletrônicos e algumas de suas possibilidades com a educação e com o currículo. Problematizamos como funções que eram de incumbência das escolas e dos currículos escolares foram deslocadas, divididas e ampliadas com e pela mídia em geral, mas em especial, com e pelos jogos eletrônicos. Nessa direção, analisamos como se configuram as articulações e conexões dos games, formando um plano conceitual de ação com quem joga. Para tal análise, montamos um plano conceitual, inspirado no plano de imanência de Deleuze, tendo como eixos orientadores três noções: princípio, experimentação e intuição. Usando essas três noções, descrevemos um plano para criação de pensamentos com o intuito de analisar como as imagens são elaboradas para coadunarem com seus respectivos sons. Preocupamos em problematizar como as imagens-sons são empregadas para ensinar aos jogadores (por montagens, conexões e circuitos) a se ligarem aos jogos. Além disso, discutimos os potenciais empregos que tais montagens, conexões e circuitos trazem para o campo educacional e para a sala de aula. Em conclusão, argumentamos a favor de análises mais específicas que busquem estudar cada jogo em si mesmo e seus efeitos educativos sobre os jogadores e (quem sabe) nos currículos escolares.
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    Olhares (im)possiveis : desenvolvimento e aplicação de metodologia para a escuta do indizível com crianças da periferia de Ouro Preto.
    (2018) Araujo, Arthur Medrado Soares; Diniz, Margareth; Maia, Marta Regina; Diniz, Margareth; Maia, Marta Regina; Torres, Marco Antônio; Teixeira, Inês Assunção de Castro
    Olhares (Im)possíveis é um trabalho de produção teórico/prático que pretendeu a elaboração de uma metodologia de intervenção, por meio de oficinas realizadas em escolas públicas da região dos Inconfidentes, dentro do Programa Sentidos Urbanos – Patrimônio e Cidadania. Estes escritos lançam um olhar sobre o trabalho desenvolvido com crianças de 10 e 11 anos, da escola Municipal Professor Adhalmir Santos Maia, na periferia de Ouro Preto durante os meses de maio e dezembro de 2017. O objetivo principal foi o desenvolvimento e a aplicação de uma metodologia audiovisual para a escuta do indizível, do testemunho. Tal metodologia qualitativa, ancorada no paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989), entrevê que os indícios dos dados possam fazer lampejar um “saber-vagalume”, a partir da luz de Georges Didi-Huberman (2011). A experimentação do vídeo como proposta de dispositivo processual para a escuta de estudantes é o afastamento da ideia de produto (filme). A linguagem audiovisual aqui é pretexto para o encontro, para a partilha, mas também pré-texto para as conversações com os/as estudantes. Nesse sentido, a ideia de dispositivo (Migliorin, 2016), como aquilo que coloca em crise a articulação entre um comando fechado e ao mesmo tempo aberto à inventividade, foi apropriada na articulação de três momentos que garantem a emergência das imagens-sintoma produzidas pelos/as envolvidos/as. Por focar no processo e seus possíveis laços, o ponto central de sucesso da prática é o espaço de partilha do sensível que se cria com as crianças. A hipótese é que essa metodologia resgate infâncias perdidas.
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    Escola de mentira ou escola de verdade? : sobre a garantia do direito à educação de adolescentes em cumprimento de medida de internação provisória em Belo Horizonte.
    (2018) Oliveira, Laila Vieira de; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Luciano Campos da; Marques, Walter Ernesto Ude
    Este trabalho pretendeu investigar as experiências em educação de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação provisória. Por meio de entrevistas semiestruturadas, o objetivo foi buscar desses adolescentes os sentidos atribuídos por eles à escolarização tanto em privação de liberdade quanto antes do cumprimento da medida, levando-se em consideração que a medida socioeducativa é um momento da vida desses adolescentes e que a educação é uma garantia legal mesmo em privação de liberdade. Foi levado também consideração o contexto recente desses estudos e, também, a referência histórica jovem do próprio ECA e das leis que garantem os direitos das crianças e adolescentes no Brasil. Outro fator também muito relevante para essa pesquisa foi relacionar educação e medidas socioeducativas, como ambas são imprescindíveis no que tange à responsabilização do adolescente e de sua relação com o conflito. A pesquisa, realizada em uma abordagem metodológica qualitativa, utilizou como instrumentos a pesquisa documental, observação e entrevistas semiestruturadas com seis adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em internação provisória. Os resultados indicam que, de um modo geral, os adolescentes entrevistados atribuem um “não-sentido” à escolarização recebida em privação de liberdade, ou seja, não reconhecem ou a legitimam como tal. Acredita-se, por fim, ser necessário repensar a política educacional e o sistema socioeducativo considerando o momento histórico e político brasileiro e a participação do Brasil em tratados internacionais de defesa da criança e do adolescente.
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    Sobre coragem e resistência : contando a história de Leona, professora e mulher trans.
    (2018) Modesto, Rubens Gonzaga; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Nunes, Célia Maria Fernandes; Prado, Marco Aurélio Maximo
    É notória a dificuldade que transexuais/travestis enfrentam para permanecer nos espaços escolares, tendo em vista as agressões físicas e/ou psicológicas que lhes são infligidas cotidianamente nesses locais, por parte de seus pares e, até mesmo, de professores/as e profissionais da educação. No cotidiano escolar, as pessoas trans não sofrem apenas através das manifestações diretas de outras pessoas, mas também em razão do despreparo de professores/as e demais profissionais de educação para com a realidade vivenciada por essa população. Embora os espaços escolares possam se configurar como locais de reprodução e legitimação da transfobia, evidencia-se que alguns/as transexuais e algumas travestis, a despeito de todas as adversidades, constrangimentos e violência a que são submetidos/as para permanecerem-se nessas instituições, concluem seus estudos. Evidencia-se, ainda que de forma incipiente e reduzido a poucos casos, a emergência de docentes travestis/transexuais nas instituições escolares, que conseguiram suportar as imposições heteronormativas. Pressupondo-se que retornar à escola mesmo como professoras, pode se configurar como uma nova luta pelo seu reconhecimento e pertencimento social, esta dissertação investigou como se relaciona a história de vida de Leona, professora transexual da cidade de Congonhas/MG, seu ingresso e permanência na docência, por meio da narrativa de suas experiências e vivências. Com relação à metodologia, esse estudo optou, dentre as pesquisa qualitativas, pela pesquisa etnográfica. Relativo aos instrumentos de coleta e análise, foram utilizadas a entrevista preliminar, a entrevista narrativa e entrevista com a diretora de uma das escolas onde Leona trabalha, o levantamento bibliográfico, a análise de um memorial autobiográfico cedido pela colaboradora, além de observação participante em uma das escolas onde a colaboradora trabalha. Para análise da narrativa, baseando-se nas narrativas de outras professoras transexuais, estabeleceu-se os seguintes marcadores: seu processo de identificação e como se deu a construção de sua identidade de gênero; a relação com sua família; sua rede de apoio social; sua trajetória escolar; sua permanência nos espaços escolares e possíveis mecanismos para manter-se na profissão docente; a relação com seus/uas alunos/(as); a relação com os pais/mães de alunos/(as); a relação com o corpo docente e outros funcionários da escola e o uso do nome social. A análise dos dados permitiu estabelecer que Leona se autoidentifica como mulher trans buscando um distanciamento da identidade de gênero travesti; tendo uma trajetória escolar marcada por preconceito e discriminação, embora tenha iniciado seu processo de transformação após ter sido aprovada em concurso público para docente. Na sua relação com a família, evidenciou que houve uma rejeição paterna acerca de sua identidade de gênero. Em contrapartida, houve apoio por parte de sua mãe, que acabou por se configurar como um importante membro de sua rede de apoio social. Por diversas vezes, Leona deparou-se com atitudes transfóbicas enquanto docente, perpetradas por colegas e dirigentes. Assim como outras professoras transexuais, Leona utiliza mecanismos para manter-se na profissão docente, tais como ameaças de processos, realização de um trabalho singular e a estabilidade no serviço público. Seu nome social não é adotado em nenhum dos locais onde trabalhou/trabalha atualmente. Por outro lado, a relação com os alunos aponta para um reconhecimento e respeito ao gênero com o qual ela se identifica.
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    As políticas de tecnologias móveis na educação : técnicas de governamento dos outros e de si.
    (2017) Evangelista, Rui Mauricio Fonseca; Mendes, Cláudio Lúcio; Mendes, Cláudio Lúcio; Oliveira, Breynner Ricardo de; Ferrari, Fernanda Barbosa
    Os dispositivos móveis estão presentes nas mais diversas atividades cotidianas, profissionais e de lazer. Diante desse e de outros fatores, muitos autores consideram que a denominação da atual fase pode variar entre cibercultura, sociedade em rede ou período técnico científico informacional. Independente da escolha, o crescente acesso a aparelhos como smartphones e tablets tem modificado a conduta com os outros e consigo. As consequências dessa mudança de comportamento afetam alunos e professores nas escolas e fora delas. Esta dissertação analisa os objetivos, a questão da formação dos professores e as fontes de financiamento em documentos do Governo Federal, a partir de 2008 até 2015 e nas recomendações oferecidas pela UNESCO, de 2012 a 2014 sobre aprendizagem móvel. Para a tarefa teórica e metodológica, foi utilizado o conceito de governamentalidade de Foucault e dos ciclos de políticas proposto por Stephen Ball. Os estudos sobre neoliberalismo de ambos contribuíram para a presente pesquisa e a organização foi inspirada na análise de conteúdo proposta por Bardin. O programa brasileiro teve inspiração em um programa internacional denominado OLPC que visava a distribuir aparelhos, para alunos da educação básica, semelhantes a pequenos computadores por um custo de 100 dólares. As possibilidades oferecidas por tais aparelhos exigiram todo um esforço por parte dos mais diversos ministérios e órgãos federais (Educação, Comunicação, BNDES), governos estaduais e suas secretarias e também dos governos municipais e secretarias de educação, Universidades, Institutos de Ensino Superior, escolas estaduais e municipais entre outras instituições privadas e do terceiro setor. Os recursos para a manutenção dos programas não são garantidos. A proposta envolve uma reformulação na conduta do professor, dos alunos, dos gestores e do próprio Estado. Os investimentos em equipamentos podem ser minoritários frente às necessidades de investimentos em recursos humanos e infraestrutura. Em trabalhos da UNESCO, considerando a evolução dos celulares, já se observa a estratégia na qual os alunos e professores seriam responsáveis pela aquisição e manutenção dos seus próprios equipamentos, além disso, nota-se a possibilidade de expansão de mercados no setor educacional não só com equipamentos, mas também com conteúdos e cursos de capacitação. Alinhado com o discurso neoliberal, em muitos casos as tecnologias móveis são apontadas como solução para suprir a insuficiência de investimentos na escola e na formação dos professores.
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    O que as ocupações nos ensinam sobre a adolescência, o laço social e a educação?
    (2017) Coutinho, Luciana Gageiro; Andrade, Cláudia Braga de
    Este artigo busca refletir sobre o movimento das ocupações das escolas ressaltando a inovação que essa experiência traz para se repensar a escolarização de jovens, sobretudo nos laços que podem ser estabelecidos entre os jovens e a escola. A partir das contribuições teóricas da psicanálise a respeito do mal-estar na cultura e nos modos de fazer frente a ele, articulamos a noção de laço social com as ocupações, privilegiando dois eixos de análise fundamentais: 1) como esses novos laços sociais internos e externos contribuem para a sustentação de um novo ideal de escola; 2) de que modo essa nova configuração social presente no contexto das ocupações nos permite pensar sobre a relação entre transmissão do conhecimento e desejo de saber no espaço escolar.Por fim, destacamos que as ocupações inauguram um modo de fazer laço na escola através de uma nova posição discursiva na qual os estudantes podem estar presentes enquanto sujeitos desejantes que reivindicam e recriam a escola.