As políticas de tecnologias móveis na educação : técnicas de governamento dos outros e de si.

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Data

2017

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Resumo

Os dispositivos móveis estão presentes nas mais diversas atividades cotidianas, profissionais e de lazer. Diante desse e de outros fatores, muitos autores consideram que a denominação da atual fase pode variar entre cibercultura, sociedade em rede ou período técnico científico informacional. Independente da escolha, o crescente acesso a aparelhos como smartphones e tablets tem modificado a conduta com os outros e consigo. As consequências dessa mudança de comportamento afetam alunos e professores nas escolas e fora delas. Esta dissertação analisa os objetivos, a questão da formação dos professores e as fontes de financiamento em documentos do Governo Federal, a partir de 2008 até 2015 e nas recomendações oferecidas pela UNESCO, de 2012 a 2014 sobre aprendizagem móvel. Para a tarefa teórica e metodológica, foi utilizado o conceito de governamentalidade de Foucault e dos ciclos de políticas proposto por Stephen Ball. Os estudos sobre neoliberalismo de ambos contribuíram para a presente pesquisa e a organização foi inspirada na análise de conteúdo proposta por Bardin. O programa brasileiro teve inspiração em um programa internacional denominado OLPC que visava a distribuir aparelhos, para alunos da educação básica, semelhantes a pequenos computadores por um custo de 100 dólares. As possibilidades oferecidas por tais aparelhos exigiram todo um esforço por parte dos mais diversos ministérios e órgãos federais (Educação, Comunicação, BNDES), governos estaduais e suas secretarias e também dos governos municipais e secretarias de educação, Universidades, Institutos de Ensino Superior, escolas estaduais e municipais entre outras instituições privadas e do terceiro setor. Os recursos para a manutenção dos programas não são garantidos. A proposta envolve uma reformulação na conduta do professor, dos alunos, dos gestores e do próprio Estado. Os investimentos em equipamentos podem ser minoritários frente às necessidades de investimentos em recursos humanos e infraestrutura. Em trabalhos da UNESCO, considerando a evolução dos celulares, já se observa a estratégia na qual os alunos e professores seriam responsáveis pela aquisição e manutenção dos seus próprios equipamentos, além disso, nota-se a possibilidade de expansão de mercados no setor educacional não só com equipamentos, mas também com conteúdos e cursos de capacitação. Alinhado com o discurso neoliberal, em muitos casos as tecnologias móveis são apontadas como solução para suprir a insuficiência de investimentos na escola e na formação dos professores.

Descrição

Programa de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.

Palavras-chave

Educação, Política, Tecnologia móvel, Governamentalidade, Professor

Citação

EVANGELISTA, Rui Mauricio Fonseca. As políticas de tecnologias móveis na educação: técnicas de governamento dos outros e de si. 2017. 156 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2017.

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