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    Currículo e relações de poder : análise de uma reforma curricular para cursos de Pedagogia em tempos de conservadorismos.
    (2019) Mendes, Cláudio Lúcio; Cardoso, Frederico Assis; Matos, Daniel Abud Seabra
    O artigo tem por objetivo analisar uma das questões mais relevantes que integraram a agenda das discussões, nas últimas décadas, sobre os cursos superiores de Pedagogia no Brasil: o currículo. Para tanto, trabalhamos com a análise de uma reforma curricular que envolveu dois cursos de Pedagogia de dois Centros Universitários privados localizados nos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Como referencial analítico ¬ fizemos uso das teorias críticas e pós-críticas do campo dos Estudos do Currículo. A partir de uma gestão colegiada, democrática e participativa, identi¬ficamos uma grande arena de luta em torno da construção curricular que envolvia questões pedagógicas versus questões econômicas. No entanto, destacamos que, mesmo em um contexto de instituições privadas, é possível questionar, resistir e produzir um currículo que favoreça posturas mais democráticas, inclusivas e plurais. O argumento central é o de que as discussões do campo do currículo, quando tratadas criticamente, contribuem com o avanço intelectual e político de uma instituição.
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    Currículo, jogos eletrônicos e Deleuze.
    (2017) Mendes, Cláudio Lúcio
    Neste texto, lançamos uma montagem sobre um artefato (tecno)cultural: os jogos eletrônicos e algumas de suas possibilidades com a educação e com o currículo. Problematizamos como funções que eram de incumbência das escolas e dos currículos escolares foram deslocadas, divididas e ampliadas com e pela mídia em geral, mas em especial, com e pelos jogos eletrônicos. Nessa direção, analisamos como se configuram as articulações e conexões dos games, formando um plano conceitual de ação com quem joga. Para tal análise, montamos um plano conceitual, inspirado no plano de imanência de Deleuze, tendo como eixos orientadores três noções: princípio, experimentação e intuição. Usando essas três noções, descrevemos um plano para criação de pensamentos com o intuito de analisar como as imagens são elaboradas para coadunarem com seus respectivos sons. Preocupamos em problematizar como as imagens-sons são empregadas para ensinar aos jogadores (por montagens, conexões e circuitos) a se ligarem aos jogos. Além disso, discutimos os potenciais empregos que tais montagens, conexões e circuitos trazem para o campo educacional e para a sala de aula. Em conclusão, argumentamos a favor de análises mais específicas que busquem estudar cada jogo em si mesmo e seus efeitos educativos sobre os jogadores e (quem sabe) nos currículos escolares.
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    Currículo, avaliação e a constituição do sujeito docente.
    (2016) Lima, Gabriela Pereira da Cunha; Mendes, Cláudio Lúcio
    O presente artigo analisa de modo articulado: a. o dispositivo curricular do Estado de Minas Gerais – Conteúdos Básicos Comuns (CBC) – e b. o dispositivo avaliativo a ele atrelado – Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (SIMAVE) a partir da compreensão de que as práticas neoliberais presentes no Estado e na sociedade enquadram o currículo e a avaliação sob a ótica da economia. O viés de análise toma o neoliberalismo como uma forma de governo no sentido foucaultiano, ou seja, que produz processos de subjetivação sobre as populações docentes da rede pública estadual de Minas Gerais. Desse modo, o neoliberalismo usa a educação de forma interessada na produção do sujeito para o mercado, como um importante mecanismo do Capital Humano. Seguindo essa trilha teóricometodológica, investigamos empiricamente as mudanças em curso expressas em documentos oficiais da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (especialmente relacionados ao CBC e ao SIMAVE). Os resultados apontam o CBC como uma proposta sintonizada com o Choque de Gestão do governo de estado de 2003 a 2014 que coloca a educação do estado de Minas Gerais sob mecanismos de regulação gerencial e de resultados, ambos a favor da economia. Concluímos que a partir da articulação entre o CBC e o SIMAVE atuam práticas de mercado gerenciais e performáticas por meio de uma série de poderes e saberes que a ela estão associados, tornando as propostas curriculares supostamente indissociáveis dessas práticas e dos processos de subjetivação dos docentes.
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    O currículo de formação dos cursos de educação física : novas rupturas ou antigas continuidades?
    (2011) Mendes, Cláudio Lúcio; Prudente, Paola Luzia Gomes
    Neste artigo, tivemos como objetivo explicitar como são interpretadas – no currículo dos cursos superiores de Educação Física da região Centro-oeste de Minas – as normatizações constantes das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores do Conselho Nacional de Educação. Metodologicamente trabalhamos com: análises documentais (para a compreensão dos momentos que marcaram a trajetória dos cursos de Educação Física das referidas instituições) e entrevistas semiestruturadas (com o fim de captar atitudes, valores e opiniões dos entrevistados). Ao longo das análises, observamos a necessidade de mais pesquisas que abordem essas discussões, pois as interpretações das diretrizes, muitas vezes, passam por um desconhecimento da normatização e se baseiam em noções do senso comum circulantes na Educação Física. Concluímos que os processos de reestruturação curricular foram significativos momentos de disputas políticas que vão além do senso comum, mas não escapam de visões do senso comum.
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    Licenciatura x bacharelado : o currículo da educação física como uma arena de luta.
    (2011) Mendes, Cláudio Lúcio; Prudente, Paola Luzia Gomes
    Como os cursos de Educação Física interpretam as Diretrizes Curriculares Nacionais? Quais práticas discursivas dão base para a elaboração dos currículos dos cursos de licenciatura e bacharelado? Essas são as duas perguntas que orientaram a problematização deste trabalho, e com base nelas foram investigadas cinco instituições privadas na região Centro-Oeste de Minas Gerais que oferecem o referido curso. Levamos em conta que todo currículo deve ser analisado como um espaço perpassado por relações de poder. Além disso, discutimos como as interpretações das Diretrizes são pautadas por relações de poder que dão forma aos currículos, forma adquirida em uma arena social de luta. Para a coleta de dados, utilizamos de pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas e, para problematizar as Diretrizes, trabalhamos com análise documental. Analiticamente falando, na medida em que pesquisamos os históricos das reformas nos cursos de Educação Física, percebemos certa ênfase na estabilidade e na harmonia, não exatamente na mudança. As instituições pesquisadas optaram por manter uma estrutura curricular mais abrangente, sem se definirem claramente por uma das diplomações possíveis: licenciatura e bacharelado (em primeiro momento) e licenciatura e graduação (em segundo momento), não fazendo, assim, alterações e mudanças consideráveis em seus currículos.
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    Questões em torno da formação inicial de professores.
    (2014) Mendes, Cláudio Lúcio; Rodrigues, Luana de Cássia Martins
    Neste texto, abordamos seis questões contemporâneas sobre a formação inicial de professores. Tais questões foram levantadas, prioritariamente, com base em parte da literatura contemporânea sobre o assunto e em diálogo metodológico com as proposições foucaultianas sobre a arte de governo. Analiticamente, tratamos da formação docente como uma arena de luta contemporânea; do lugar que ocupa a licenciatura nas instituições de Ensino Superior brasileiras; do novo tipo de aluno que está chegando às licenciaturas; da necessidade de aproximação entre instituições de Ensino Superior / escolas públicas municipais e estaduais; da organização do currículo de formação e o investimento na formação inicial advindos de políticas contemporâneas. Concluímos que o sujeito é um produto – e, ao mesmo tempo, produtor – das práticas sociais, entendidas como aquelas conexões que nos ligam a outros humanos, a saberes e a relações de poder que nos rodeiam, constituindo a nós como tipos específicos de alunos e professores.
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    Quem pode resistir a Lara Croft? Você?
    (2008) Mendes, Cláudio Lúcio
    Este artigo discute como o jogo eletrônico Tomb Raider constrói processos de subjetivação em relação a gênero e sexualidade. Para desenvolver essa discussão, duas questões foram centrais: quem esse jogo imagina que ‘você’ seja? Quem esse jogo propõe que ‘você’ seja? Ambas foram construídas com base em teorizações foucaultianas sobre os processos de subjetivação, conjuntamente com a noção de “modo de endereçamento” desenvolvido por Elizabeth Ellsworth e algumas discussões sobre gênero e sexualidade. Pautando-se nisso, buscouse mostrar como marcas de gênero e sexualidade, culturalmente construídas, são empregadas nas elaborações da personagem central do jogo: Lara Croft. Contudo, conclui-se que tais marcas não configuram escolhas entre possíveis, mas são criações e invenções, tanto por parte dos elaboradores quanto pelos jogadores.