PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/423
Navegar
108 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Avaliação da responsividade do reflexo Bezold-Jarisch em ratos desnutridos e submetidos à desnervação sino-aórtica.(2009) Bezerra, Vanessa Moraes; Chianca Júnior, Deoclécio AlvesA desnutrição proteica é caracterizada como um déficit do balanço proteico, podendo afetar o funcionamento dos processos fisiológicos do organismo. Dados anteriores do nosso laboratório sugerem um comprometimento dos reflexos cardiovasculares em ratos acordados submetidos à desnutrição hipoproteica. Diversos trabalhos demonstram uma interação entre o barorreflexo e o reflexo Bezold-Jarisch, e que após a desnervação sino-aórtica (DSA), a responsividade do reflexo cardiopulmonar estaria aumentada, sugerindo um papel funcional deste reflexo na regulação cardiovascular. É possível que a participação de um destes sistemas (barorreceptores ou receptores cardiopulmonares) seja suficiente para manter os níveis da PA próximos aos valores considerados normais. Diante disso nos propusemos a avaliar a responsividade do reflexo Bezold-Jarisch na regulação da PA em animais desnutridos submetidos à DSA. Foram utilizados ratos Fisher, divididos em 4 grupos: controle intacto (n=8), controle DSA (n=8), desnutrido intacto (n=8) e desnutrido DSA (n = 8). Os animais controle receberam uma dieta contendo 15% de proteína durante 35 dias e os animais desnutridos, 6% de proteína. Um dia antes dos experimentos foi feita a cirurgia de desnervação sino-aórtica (DSA) e em seguida foram inseridos cateteres na artéria e veia femoral para avaliação dos parâmetros cardiovasculares e administração de drogas, respectivamente. Ativação do reflexo cardiopulmonar foi realizada através de injeções intravenosas em bolus de fenilbiguanida (PBG), nas concentrações de 1,25; 2,5 e 5,0 μg/Kg e para ativação do barorreflexo realizamos infusão em rampa de fenilefrina (0,25 mM) ou nitroprussiato de sódio (0,4 mM). Em resposta a ativação e desativação barorreflexa os animais desnutridos não apresentaram alterações no ganho deste reflexo quando comparado com os animais controles (-1.41±0.186 vs. -1.89±0.154 bpm/mmHg, respectivamente). Com relação ao reflexo cardiopulmonar os animais desnutridos desnervados apresentaram respostas hipotensoras e bradicárdicas reduzidas quando comparados aos animais controles desnervados (-37±7 mmHg e -124±17 bpm vs. -80±7 mmHg e -414±20 bpm, respectivamente). Após bloqueio vagal com atropina (106,7 nmol/kg) seguido da administração de PBG (5μg/Kg) em dois grupos intactos: controle e desnutrido, observamos que assim como no grupo controle a queda da PA nos animais desnutridos é decorrente da queda da frequência cardíaca. Em um grupo de animais anestesiados avaliamos a queda da atividade simpática após administração de PBG, através da atividade simpática para o nervo renal (ASNR). Observamos que os animais desnutridos apresentaram uma menor reatividade simpática após injeção de PBG nas doses de 1,25, 2,5 e 5,0 μg/Kg quando comparado ao grupo controle; (-29,8±3; -37,3±10; -53,9±9 vs. -69,2±9; -78,0±9; -84,3±7, desnutrido e controle, respectivamente). O conjunto dos resultados sugere que a menor responsividade do RBJ nos animais desnutridos DSA, possivelmente ocorra devido a uma diferente interação central entre os reflexos barorreceptores e cardiopulmonares em animais desnutridos DSA, uma vez que, nos animais desnutridos intactos o RBJ comporta-se de maneira semelhante ao controle. Os dados encontrados indicam que os animais submetidos à desnutrição apresentam um importante desbalanço autonômico.Item Fatores clínicos, comportamentais, nutricionais, polimorfismo C677T do gene da enzima metilenotetraidrofolato redutase (MTHFR) e risco de câncer de mama.(2007) Maia, Yara Cristina de PaivaO Câncer de Mama (CM) é uma doença com taxas de incidência crescentes em diversas partes do mundo e também no Brasil, a qual é causada pela interação de diversos fatores de risco. Foi realizado estudo caso controle, baseado em hospital, mascarado, com 654 mulheres (com CM, controles e com doença benígna da mama) para avaliar as interações entre diversos fatores de risco e a ocorrência de CM. A MTHFR, envolvida no metabolismo do ácido fólico, catalisa a redução da 5,10-MTHF a 5- MTHF que é necessário para a conversão de homocisteína em metionina pela metionina sintase. Uma redução da atividade da MTHFR produz uma enzima termolábil, resultando em um aumento da homocisteína plasmática e do estado de hipometilação genômica. Estudos epidemiológicos sugerem que o polimorfismo do gene da Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), C677T, pode modificar o risco para CM. Foi realizada antropometria e aplicados questionários para avaliação de características sócio-demográficas, clínicas, antropométricas, reprodutivas, dietéticas, comportamentais e da freqüência de consumo alimentar (para avaliar a ingestão de ácido fólico, vitaminas B6 e B12). Foi coletado sangue periférico do paciente para extração do DNA. A genotipagem do polimorfismo C677T foi realizada através da técnica PCR-RFLP. Através do modelo logístico criado para explicar a ocorrência do CM de mama na população estudada, foi observado que o sedentarismo, a baixa renda, a não amamentação e a menopausa, ajustados pela idade, uso de CTO, % GC, escolaridade e idade da primeira MMG afetaram de forma estatisticamente significativa o risco para a ocorrência do CM. Mulheres na pré-menopausa que não amamentaram seus filhos apresentaram risco de 2,15 vezes de desenvolver CM em relação às mulheres na pós menopausa. Mulheres etilistas na pós-menopausa apresentaram maior risco de desenvolver CM em relação às mulheres não etilistas na pós menopausa. O consumo de ácido fólico encontrou-se acima da recomendação pré-estabelecida pela RDA, porém foi observado um consumo menor, não significante, no grupo de casos quando comparado com o grupo controle. Foi observado que o consumo de vitamina B6 se encontrava abaixo da recomendação no grupo de casos e, portanto este baixo consumo pode interferir no metabolismo do folato e da enzima da MTHFR. O polimorfismo C677T de MTHFR nem isoladamente nem em associação com fatores comportamentais e dietéticos neste trabalho não foi suficiente para aumentar o risco de CM, diferente do sugerido por resultados de outros trabalhos.Item Caracterização e avaliação da atividade ectonucleotidásica do Trypanosoma cruzi e sua relação com a infectividade in vitro.(2008) Santos, Ramon de Freitas; Fietto, Juliana Lopes RangelNeste trabalho foi avaliada a participação de ecto-nucleotidases, especialmente da família ENTPDase, na infecção in vitro pelo Trypanosoma cruzi. Foi demonstrado que diferentes cepas/clone apresentam atividade ecto-nucleotídásica diversa, porém, as formas tripomastigotas mantém maior hidrólise de ATP. Adicionalmente, utilizando a cepa Y, que apresentou a maior polaridade entre hidrólise de ATP e ADP, definimos uma cinética de atividade ecto-nucleotidásica sobre nucleotídeos de adenina durante a manutenção do ciclo celular (passagens) em células VERO. Nas passagens celulares as formas tripomastigotas apresentaram as maiores atividades ecto-ATPásicas e uma tendência à diminuição da relação de hidrólise ATP/ADP com o aumento do número de passagens. Na terceira passagem poucos parasitos foram capazes de internalizar, originando parasitos de P4, com perfil de hidrólise similar aos parasitos das passagens anteriores. A maioria dos parasitos que não internalizaram se diferenciaram em formas arredondadas do tipo amastigotas e apresentaram uma reduzida razão de hidrólise ATP/ADP, semelhante aos amastigotas derivados de tripomastigotas de P1 e P3. Estes dados sugerem que a diminuição da relação ATPase/ADPase seja um fator que de algum modo impede a internalização dos parasitos, induzindo à sua diferenciação e diminuição da infectividade. O uso dos inibidores de apirases como, Suramina, ARL67156 e GdCl3 levou ao bloqueio parcial da atividade ecto-ATPásica e ecto-ADPásica, nos parasitos vivos e na NTPDase-I recombinante purificada, e foram capazes de inibir a infecção em células VERO até o máximo de 78%. A infectividade in vitro também foi inibida pelo tratamento com antisoro anti-NTPDase-I, entretanto, este não se mostrou capaz de bloquear significativamente a hidrólise de ATP e ADP, sugerindo que esta proteína possa ter outras funções que afetam a infectividade além da regulação da concentração de nucleotídeos extracelulares, como, por exemplo, participação na adesão celular. Nossos dados, de maneira geral, indicam a participação das E-NTPDases e da NTPDase-I no processo infectivo e sugerem fortemente que o bloqueio da sinalização dependente destes parece ser realmente um bom alvo para a quimioterapia e possivelmente para imunização. Assim, a inibição do metabolismo extracelular de nucleotídeos de adenina surge agora efetivamente como um novo alvo para o bloqueio da infecção pelo T. cruzi.Item Efeito do excesso de ferro e dieta hipercolesterolêmica sobre o perfil de lipídios sérios e estresse oxidativo em Hamsters.(2005) Silva, Jacqueline Coelho Augusto da; Pedrosa, Maria LúciaO aumento nos níveis de LDL e a diminuição de HDL têm sido apontados como fatores de risco para a aterosclerose e contribuído para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Por outro lado, estudos epidemiológicos e experimentais sugerem que o excesso de ferro, também, pode contribuir para o desenvolvimento dessas doenças. O objetivo do trabalho foi investigar o efeito do excesso de ferro sobre as diversas frações de lipídios séricos e homeostase do ferro em hamsters alimentados com dieta controle ou contendo colesterol. Golden Syrian Hamsters machos foram divididos em quatro grupos de acordo com o tratamento recebido: grupo controle (C) recebeu dieta controle; grupo CF recebeu dieta controle e excesso de ferro; grupo H recebeu dieta hipercolesterolêmica contendo 0,5g/100g de colesterol e grupo HF recebeu dieta hipercolesterolêmica e excesso de ferro. O experimento durou nove semanas e o excesso de ferro foi obtido através de injeções de ferro-dextran, na sétima semana na dose de 10mg/dia durante 5 dias. Os dados foram testados pela ANOVA, análise bivariada. Quando as alterações foram significativas, o teste de Tukey foi feito para determinar as diferenças específicas entre as médias. A diferença de p< 0,05 foi considerada significativa. O excesso de ferro aumentou (p<0,05) os níveis de colesterol plasmáticos em hamsters alimentados com dieta hipercolesterolêmica (4,370,73 mmol/L e 7,072,22 mmol/L para H e HF, respectivamente). O colesterol sérico não foi diferente entre os grupos C e CF (1,680,29 mmol/L e 1,930,37 mmol/L para C e CF, respectivamente). O excesso de ferro associado à dieta hipercolesterolêmica também aumentou as frações HDL e LDL colesterol (p<0,05). O tratamento com ferro-dextran aumentou o ferro sérico, a saturação de transferrina e a capacidade de ligação do ferro nos grupos CF e HF. A dieta hipercolesterolêmica aumentou o estresse oxidativo, avaliado pelos níveis séricos de 4-hidroxialquenal, mas o excesso de ferro não alterou as concentrações de 4-hidroxialquenal, malondialdeído, ou o status antioxidante total. Nossos resultados sugerem que a dieta hipercolesterolêmica aumenta o colesterol sérico e proporcionalmente as demais frações nos hamsters e que o tratamento com ferro, quando associado à dieta hipercolesterolêmica, potencializa tais aumentos, que o excesso de ferro não afeta o status antioxidante e que o hamster pode ser um bom modelo para explorar mecanismos que favorecem nosso entendimento sobre a relação ferro/lipídios.Item Análise comparativa da expressão gênica nas cepas selvagem W303 e pkc1∆ de Saccharomyces cerevisiae durante o processo de desrepressão metabólica.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Tótola, Antônio Helvécio; Brandão, Rogélio LopesA levedura Saccharomyces cerevisiae possui uma via MAP quinase de transdução de sinais composta por Pkc1p, Bck1p, Mkk1p e Mkk2p, e Mpk1p. Já foi descrito que esta via está envolvida no controle da integridade da parede celular, na resposta ao estresse osmótico, no crescimento de pseudo-hifas e no controle do metabolismo de carbono. Neste trabalho investigamos a participação de Pkc1p no controle da expressão de genes envolvidos no metabolismo de carbono. Para isto, fizemos uma analise da expressão gênica global através de microarranjos de DNA comparando a resposta global sob condições de repressão e desrepressão metabólica no mutante a pkc1∆ e na cepa selvagem correspondente W303. Os resultados obtidos indicaram uma diferença significativa na expressão global dos genes nas duas cepas analisadas. Vinte e oito genes envolvidos no metabolismo de carbono foram selecionados para validação por RT-PCR e os resultados confirmaram que sete genes foram mais expressos na cepa W303 quando comparada com a cepa e quatro genes foram mais expressos na cepa pkc1 ∆ quando comparada com a cepa selvagem. Análises “In silico” apontaram três fatores de transcrição Sok2p, Crz1p and Gcr1p, que podem estar envolvidos no controle da expressão gênica por Pkc1p. Experimentos utilizando plasmídeos contendo o gene da β- galactosidase sob controle dos promotores dos genes CYC1, HXT1 e SUC2 mostraram que a expressão destes genes se apresentava diminuída na cepa pkc1∆ para o gene HXT1, aumentada para o gene CYC1 e igual para o gene SUC2 quando comparada com a cepa selvagem W303. A atividade de Invertase apresenta-se significativamente diminuída na cepa pkc1 ∆ quando comparada com a cepa selvagem W303. Nossos resultados confirmam a participação da proteína Pkc1p na regulação da expressão gênica durante o processo de desrepressão metabólica.Item Nanocápsulas de poli-&-caprolactona contendo halofantrino : desenvolvimento, caracterização e estudo da cardiotoxicidade.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Leite, Elaine Amaral; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoA malária é uma das infecções parasitárias mais importantes do mundo. A malária severa é uma forma complicada de infecção pelo Plasmodium falciparum onde administração intravenosa de agentes antimaláricos é necessária. O halofantrino (Hf) poderia ser uma alternativa para o tratamento da malária porque é um fármaco ativo contra cepas de P. falciparum resistentes à cloroquina. Porém, é freqüentemente associado com o prolongamento do intervalo QT do eletrocardiograma. No presente trabalho, o Hf base foi associado a carreadores coloidais nanoestruturados, conhecidos como nanocápsulas (NCs), as quais são constituídas por um núcleo oleoso envolvido por polímero biodegradável, a poli--caprolactona. O índice de polidispersão e o diâmetro médio das partículas foram determinados por espectroscopia de correlação de fótons (PCS) e a medida do potencial zeta por mobilidade eletroforética. A morfologia e a organização estrutural foram avaliadas pela técnica de microscopia de força atômica (MFA), buscando analisar e entender possíveis alterações induzidas pela associação do fármaco a essas nanoestruturas. O principal objetivo desse trabalho foi avaliar as alterações eletrocardiográficas, principalmente o prolongamento do intervalo QT e as alterações de pressão arterial, em ratos Wistar sadios ou infectados com Plasmodium berghei, após a administração i.v. de uma dose única, especialmente alta (100 e 150 mg/kg) de halofantrino associado às nanocápsulas (NC-Hf) ou solução de cloridrato de halofantrino (Hf.HCl). O diâmetro médio das NCs brancas obtido por MFA variou de 222 a 550 nm, enquanto o diâmetro médio dessa mesma amostra determinado por PCS foi de 245 nm. O diâmetro médio das NC-Hf, determinado por MFA, foi 475 153 nm e 309 97 nm para 0,1 e 1,0 mg Hf/mL de suspensão coloidal. A análise dos dados mostrou que o diâmetro das NCs é muito maior que a altura, apresentando uma relação diâmetro/altura de aproximadamente 10. A dose aguda letal (DL 100) observada experimentalmente foi de 200 mg/kg para o grupo que recebeu Hf.HCl enquanto a DL 50 calculada foi 154 mg/kg. A DL100 para NC-Hf foi 300 mg/kg, e os animais morreram em tempos superiores quando comparados com Hf.HC e a DL 50 calculada para NC-Hf foi 249 mg/kg. Foi observado, nos experimentos de avaliação da cardiotoxicidade a curto prazo, que o Hf induziu um prolongamento dose-dependente dos intervalos QT e PR do ECG, porém, este efeito foi significativamente reduzido (P < 0,001) quando o Hf foi administrado associado às nanocápsulas. O Hf.HCl induziu uma bradicardia pronunciada, seguida por uma redução contínua da freqüência cardíaca e hipotensão severa que levaram os animais à morte. Nenhuma alteração nos parâmetros cardiovasculares foi observada nos animais que receberam as soluções controle: veículo do Hf livre ou excipientes das NCs em intervalos de tempo e volumes equivalentes. O Hf associado às NCs reduziu o prolongamento do intervalo QT de 77% e 85%, 5 min após a administração de 100 e 150 mg/kg, respectivamente. A avaliação a longo prazo demonstrou aumentos equivalentes para o intervalo QT e QTc quando Hf foi administrado como NC-Hf na dose de 150 mg/kg comparada com a mesma dose do Hf livre até 30 minutos, observando uma alteração máxima somente 2 horas depois da injeção. Entretanto, as NC-Hf induziram uma toxicidade menos pronunciada, uma vez que todos os animais sobreviveram durante todo o período experimental. Por outro lado, o Hf.HCl induziu morte em 83% dos animais, 30 min após a administração. Foi observada alteração do intervalo QT, 24 horas após a administração de NC-Hf a qual poderia ser atribuída ao Hf acumulado nas células do sistema fagocítico mononuclear. A avaliação da cardiotoxicidade em ratos infectados com Plasmodium berghei demonstrou que a NC-Hf induziu variações dos parâmetros cardiovasculares semelhante ao Hf.HCl, indicando que em animais infectados, as NC estariam disponibilizando o fármaco para interação com as células cardíacas de maneira semelhante à solução de Hf.HCl. Porém, em todos os experimentos realizados, em animais sadios ou infectados foi observado que, provavelmente, a encapsulação do Hf alterou sua distribuição no organismo, pois a resposta farmacológica foi alterada.Item Mapeamento físico dos retrotransposons boudicca e perere no genoma do Schistosoma mansoni.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Valentim, Cláudia Laignier Lage; Babá, Élio HideoO Schistosoma mansonié o agente etiológico da esquistossomose, uma doença endêmica em vários países. O estudo do seu genoma, estimado em 270Mb é de grande importância para se entender a sua biologia, os mecanismos de resistência a drogas e sua variação antigênica. O mapeamento físico do genoma do S. mansoniestá sendo construído e a localização de genes pelas técnicas de FISH (Fluorescence in situhybridization) e PRINS (Primed in situlabeling), são estratégias utilizadas neste estudo, entretanto, há pouca informação disponível sobre estemapeamento. O principal objetivo deste trabalho foi a localização do retrotransposon Perere, com grande nível de expressão gênica e o Boudicca, que está presente em grande número de cópias, e que representam as famílias deretrotransposon, respectivamente, não-LTR e LTR. Os BAC clones 1A e 11A foram selecionados por bioinformática por apresentaram similaridade para o Perere e Boudicca, respectivamente. Utilizando cromossomos metafásicos obtidos a partir de esporocistos da cepa LE do S. mansonie as técnicas de FISH e PRINS foi possível, pela primeira vez, localizarfisicamente estes retrotransposons. O Perere foi localizado nas regiões de eucromatina do par de cromossomos homólogos 2 e o Boudicca, nas regiões de eucromatina dos cromossomos 2 e Z. Estas localizações abrem a perspectiva de se estudar a localização destes retrotransposons nas várias fases do ciclo de vida do parasito o que permitirá inferir sobre a transposição destes elementos para as demais regiões dos mesmos cromossomos, ou mesmo, para outros cromossomos. Uma vez observada estas variações na localização, poderemos inferir sobre a função destes retrotransposons nos mecanismos de variabilidade genética observada neste parasito.Item Estudo dos efeitos do ave 0991, análogo não peptídico da angiotensina-(1-7), obre parâmetros cardiovasculares e metabólicos em hamsters submetidos à dieta hipercolesterolêmica.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Silva, Analina Raquel daO objetivo desse trabalho foi estudar os efeitos doAVE 0991, análogo não-peptídico da Angiotensina-(1-7), sobre lesões ateroscleróticas em hamsters tratados com uma dieta hipercolesterolêmica semi-purificada. Hamsters machos com aproximadamente 1 mês de idade foram divididos nos seguintes grupos: grupos controles tratados (GCT, n=7) ou não (GC, n=7), e grupos hipercolesterolêmicos tratados (GHT, n= 9) ou não (GH, n=10) com AVE 0991. A dieta hipercolesterolêmica foi similar a controle, porém, com acréscimo de 0,5% de colesterol e substituição de 8% de óleo de soja por 17% de gordura de coco. O AVE 0991 foi administrado, oralmente, nos últimos 30 dias de 120 dias de dieta. O colesterol total (CT) foi medido mensalmente e o colesterol HDL foi medido no final do experimento. No final do tratamento os animais foram anestesiados com uretana (1,2g/Kg i.p.) e a artéria femural foi canulada para medidas da pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC). O coração e arco aórtico foram corados com Sudam III para avaliações histológicas.O CT dos grupos hiper tratados ou não foram significativamente maiores em relação aosgrupos controles (tratados ou não) durante o experimento (294,8±25,3 mg/dL, GH e 256,8±21,6 mg/dL, GHT, comparado a 95,67±7,1 mg/dL, GC e 99,01±8,5 mg/dL, GCT, em 120 dias). Não houve efeito nos níveis de CT pelo tratamento com AVE. O HDL sérico estava elevado tanto no GH quanto no GHT (160,6 ± 10,9 mg/dL, GH e 132,0 ± 16,8 mg/dL, GHT) em relação ao GC e GCT (45,5 ± 3,8 mg/dL, GC e 61,2 ± 6,7 mg/dL, GCT). O tratamento com AVE 0991 não influenciou os níveis séricos de HDL. Não houve diferenças significativas tanto na PAM (87,86±5,3 mmHg, GC; 91,38±2,0 mmHg, GCT; 93,4±1,1 mmHg, GH; 94,8±3,1 mHg, GHT) quanto na FC (469,6±11,0 bpm, GC; 442,1±23,5, GCT; 484,5±6,6 bpm, GH; 471,5±11,2 bpm, GHT). As análises histológicas mostraram lesões ateroscleróticas no coração, válvula aórtica e arco aórtico em 33% dos animais do grupo hipercolesterolêmico, enquanto nos grupos tratados com AVE e controle (GC), nenhuma área corada foi encontrada. Esses dados sugerem que uma dieta semipurificada contendo 0,5% de colesterol e 17% degordura de coco foi eficiente em induzir o aparecimento de lesões ateroscleróticas em hamsters. Além disso, nossos resultados sugerem que o AVE 0991 produz uma atenuação das lesões vasculares induzidas pela dieta hipercolesterolêmica, independentemente de alterações na pressão arterialItem Utilização de DNA P36(LACK) na indução de resposta imune e na proteção contra infecção por Leishmania chagasi em camundongos BALB/C.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2004) Silva, Eduardo de Almeida Marques da; Resende, Simone AparecidaA leishmaniose visceral americana no Brasil é uma zooantroponose inicialmente restrita a áreas rurais e peri-urbanas. Com a emergência de novos focos em áreas urbanas, essa doença passou a ter influências significativas na saúde pública, e a vacinação é um importante mecanismo de proteção. Vários protocolos de vacinação vêm sendo testados para as diferentes formas de leishmaniose, e o uso de vacinas de DNA é uma alternativa interessante devido à sua capacidade de indução de imunidade celular prolongada. Além disso, essas vacinas estimulam respostas humorais, auxiliares e citotóxicas, sendo as duas últimas muito importantes para a indução de uma resposta protetora em modelos murinos de leishmaniose visceral. A LACK (homóloga de Leishmania de receptores de proteína quinase C ativada) é uma proteína de 36 kDa altamente conservada entre as diferentes espécies e formas evolutivas de Leishmania, e induz proteção contra infecção cutânea por L. major por intermédio do redirecionamento da resposta patogênica (Th2) para a protetora (Th1), quando administrada como a versão reduzida de 24 kDa. Sua eficácia como antígeno em vacinações contra L. chagasi ainda não foi avaliada. Nós testamos, então, uma vacina de DNA que codifica o gen p36(LACK) (DNA p36(LACK)), administrada pela via intramuscular ou subcutânea, objetivando avaliar seu potencial imunogênico e protetor e sua capacidade de indução de resposta imune prolongada contra L. chagasi. Nossos resultados demonstraram que a vacinação com DNA p36(LACK) pela via intramuscular induz uma resposta do tipo 1 (produção de IFN-, mas não de IL-4) quando esplenócitos de camundongos vacinados, mas não desafiados, são estimulados com antígenos de L. chagasi (50, 100 ou 150 g/mL de antígeno solúvel ou 50 g/mL de antígeno particulado) ou proteína p36(LACK) recombinante (5 g/mL). Não houve produção de TNF ou de óxido nítrico por esses esplenócitos. O mesmo não foi observado quando se utilizou a via subcutânea de imunização, onde não se detectou produção de nenhuma das citocinas ou de óxido nítrico pelos esplenócitos submetidos aos mesmos estímulos. A produção significativa de IFN-por esplenócitos estimulados de camundongos vacinados pela via intramuscular e submetidos a desafio endovenoso com promastigotas de L. chagasi 4 ou 12 semanas após a dose de reforço demonstrou a capacidade da vacina de garantir resposta imune prolongada. Entretanto, não houve diminuição de carga parasitária hepática ou esplênica de camundongos vacinados em relação aos controles, demonstrando que a resposta imune induzida pela vacina foi insuficiente para proteger esses camundongos contra o desafio sistêmico, considerando-se quaisquer das vias de vacinação utilizadas. Portanto, a vacina de DNA p36(LACK) administrada pela via intramuscular se mostrou imunogênica e capaz de induzir resposta imune do tipo 1 prolongada, mas não foi capaz de induzir proteção contra desafio sistêmico por L. chagasi.Item Influência da utilização da desferrioxamina, quelante de ferro, sobre o curso da infecção pelo Trypanosoma cruzi em camundongos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Arantes, Jerusa Marilda; Carneiro, Cláudia MartinsUtilizaram-se camundongos Swiss machos com trinta dias de idade, divididos em quatro grupos experimentais: (1) controle não-tratado - CNT; (2) controle tratado - CT; (3) infectado com a cepa Y do T. cruzi e não-tratado - INT e (4) infectado com a cepa Y do T. cruzi e tratado - IT. Os animais tratados receberam 5mg/animal/dia de Desferrioxamina (DFA) durante os 14 dias que precederam a infecção (500 formas sanguíneas da cepa Y do T. cruzi via intraperitoneal). Após a infecção, o grupo IT recebeu DFA por mais 21 dias. Nos grupos infectados, tratados ou não, avaliaram-se a curva de parasitemia diária, período pré-patente, patente, pico de parasitemia, dia do pico de parasitemia, taxa de mortalidade, e nos animais que sobreviveram à fase aguda da infecção, hemocultura, PCR e ELISA. Nos quatro grupos experimentais foram realizadas a dosagem de ferro no fígado, ferro sérico e hemoglobina. Avaliou -se também o peso dos animais, o peso relativo do coração, fígado, baço e linfonodo e as alterações histopatológicas, bem como o parasitismo tecidual nestes órgãos. Os animais foram necropsiados no 14 o e 21 o dia após a infecção (DAI). No grupo IT, a média dos níveis de parasitemia, a taxa de mortalidade apresentaram-se menores em relação ao grupo INT. Não foram observadas diferenças significativas no período pré patente. O pico de parasitemia no grupo INT foi no 11 o dia e no grupo IT no 10 o . O período patente no grupo INT (11 dias) foi significativamente menor que no grupo IT (21 dias). Cinco animais do grupo IT e 1 animal do grupo INT sobreviveram à infecção. Todos os animais tratados apresentaram hemocultura negativa na fase aguda e crônica da infecção enquanto o animal não-tratado apresentou hemocultura positiva nas duas fases. A PCR apresentou-se positiva em todos os animais tratados avaliados aos 60 DAI e 3 destes apresentaram PCR negativa aos 240 DAI. O animal infectado e nãotratado apresentou PCR positiva aos 60 e 240. Todos os animais apresentaram ELISA positiva aos 60 e 240 DAI. Os animais infectados apresentaram menores níveis de ferro no fígado que os animais não-infectados no 14 o e 21 o DAI. Os animais do grupo INT apresentaram maiores concentrações de ferro sérico quando comparados aos animais dos grupos CNT e IT no 21 o DAI. No 14 o DAI, os animais do grupo IT apresentaram níveis mais baixos de hemoglobina quando comparados ao grupo CT. O tratamento com a DFA reduziu o peso corporal dos animais infectados ou não. Entre o 14 o e 21 o DAI, observou-se aumento de peso relativo do coração, baço, fígado e linfonodo apenas no grupo INT. Os animais infectados, tratados ou não apresentaram alterações histológicas semelhantes no coração. O fígado dos animais do grupo IT, apresentou menor intensidade de alterações e a avaliação dos órgãos linfóides demonstrou resposta mais precoce no grupo IT . Não foram observadas diferenças em relação ao parasitismo tecidual nos órgãos analizados dos animais infectados, tratados ou não com DFA. Estes resultados demonstram que a diminuição dos níveis de ferro do hospedeiro contribui para a melhora do quadro clínico da infecção.