PPGEDU - Mestrado (Dissertações)

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Resultados da Pesquisa

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    Pode um corpo transviado lecionar?
    (2023) Lopes, Lucas Eduardo Souza Assunção; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Val, Alexandre Costa; Pereira, Marcelo Ricardo
    Com esta pesquisa pretendi interrogar a seguinte questão: Pode um corpo transviado lecionar? Advinda de uma experimentação onírica, onde a partir da ruptura de um saber inconsciente pude investigar aquilo que se apresentava como um enigma para mim. A fim de interrogar mais ainda sobre esse saber não sabido, ofertei um espaço para uma “conversa” com cada sujeito colaboradora/or em exercício docente em instituições de Ensino Superior, públicas e privadas do Estado de Minas Gerais, dissidentes do sistema sexo-gênero vigente a fim de esmiuçar a relação com o saber e o “estilo” docente de cada uma dessas pessoas. Desse modo, esperava responder - ainda que parcialmente - a pergunta que me “despertou”. No entanto, o que estava diante de mim não era uma pergunta genérica, endereçada a qualquer corpo docente transviado de uma normativa cisheterossexual, mas sim, atrelada ao meu corpo (marcado como um corpo viado ainda na infância) e o meu desejo de um dia lecionar. Desse modo, no momento à posteriori às “conversas” pude constatar a relação singular que cada uma dessas pessoas detinha com o saber e as reverberações das experiências docentes em suas práticas; os atravessamentos do amor de transferência e a incidência da sexualidade e do gênero em seus ofícios e; a emersão de um “estilo” próprio do fazer docente, o que se mostrou intimamente relacionado com a possibilidade de nomear a si mesmo. Ter me deparado com essas elucubrações me permitiu aceder mais um motor desta pesquisa, talvez o motor que faltava desde o início, aquele que, enfim, me autorizaria a falar do meu lugar enquanto um corpo transviado rumo à docência. Agora, diante de uma nova questão: Pode o meu corpo - transviado - lecionar? Foi em torno dessa autorização que eu propus como uma elaboração desta pesquisa um ensaio autobiográfico.
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    Um retrato proveniente da evasão em EAD no Brasil : o que dizem as pesquisas no período de 2009 a 2019.
    (2021) Ferreira, Wellington Rodrigo; Paulo, Jacks Richard de; Paulo, Jacks Richard de; Dainese, Carlos Alberto; Costa Júnior, José
    A modalidade a distância surge como uma opção viável, causando a criação do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma parceria entre as esferas federal, estadual, municipal e o Ministério da Educação (MEC), que colaborou na integração dos cursos, pesquisas e programas de formação docente, visando a universalização do ensino superior e ocasionalmente a maior distribuição da oferta de cursos em cidades distantes dos centros urbanos através dos polos de apoios presenciais. O objetivo do presente estudo é analisar as tendências da evasão em cursos de Educação a Distância (EaD) no período de 2009 a 2019 a partir da base de dados de Teses e Dissertações da CAPES e da base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e de artigos. Além deste, o estudo buscou verificar as alterações em termos das características que impulsionam a evasão em EaD, ressaltar os pesquisadores mais citados e que mais produziram sobre a temática investigativa, identificar as causas da evasão em EaD. Para que seja capaz de realizar um estudo mais aprofundado, o atual estudo separou os acontecimentos desde o aparecimento de EaD na educação brasileira, as legislações, categorizando, definindo, compreendendo sua estrutura e analisando a respeito da interação entre os que são considerados elementos integrantes de um curso EaD. Como metodologia aplicada utiliza-se o estudo descritivo e a pesquisa qualitativa e exploratória. Já acoleta de dados foi organizada e classificada de acordo com o que se busca interpretar no contexto do estudo, utilizando a pesquisa bibliográfica e documental, fazendo a análise apartir da comparação das informações coletadas nas pesquisas passadas que se referem a problemática da evasão na EaD. Utilizando um apoio a bases teóricas, também é analisado o perfil do aluno evadido e suas motivações para esta tomada de decisão, além de compreendera perspectiva da evasão a partir de um olhar para as instituições e quais medidas são consideradas válidas na iniciativa para a sua redução. Além disso, efetua-se uma análise acerca do problema estudado e quais resultados foram alcançados, separando as pesquisas encontradas por anos, para a melhor visualização e comparação da evolução do tema pesquisado. Os dados da pesquisa demonstram que as características que culminam na evasão vêm sendo alteradas nos últimos anos, além destas, também se evidenciou que a maior parte das pesquisas indica como sugestão de continuidade de estudos relacionados com a atuação conjunta de todos os envolvidos em EaD para mitigar o problema da evasão.
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    Longevidade e excelência escolar de estudantes de camadas populares na pós-graduação stricto sensu.
    (2021) Bento, Elaine Gonçalo; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Portes, Écio Antônio
    A constituição deste objeto de pesquisa no Brasil, a saber, a longevidade escolar de camadas populares, se inspirou inicialmente na literatura francesa e se estabeleceu na sociologia da educação brasileira com os trabalhos de Portes (1993), Viana (1998) e Silva (1999). O acesso de sujeitos de camadas populares ao Ensino Superior brasileiro, sobretudo às universidades públicas, ainda constitui algo estatisticamente improvável para muitos jovens e chegar à pósgraduação stricto sensu pode vir a ser um obstáculo ainda maior. Diante desse cenário, esta pesquisa descreve e analisa estratégias e mobilizações construídas por estudantes oriundos de camadas populares matriculados nos programas de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de Ouro Preto para a construção de suas trajetórias acadêmicas e para o seu ingresso no mestrado acadêmico. O arcabouço teórico da pesquisa é constituído por estudos da Sociologia da Educação sobre a longevidade escolar das camadas populares no âmbito da realidade brasileira. Quanto ao percurso metodológico, seguiu-se três etapas: a) aplicação de questionário socioeconômico eletrônico para configuração das características sociais dos estudantes de cursos de pós-graduação de oito áreas do conhecimento; b) realização de entrevistas com cinco estudantes de cursos de mestrado acadêmico; e c) análise interpretativa dos dados coletados. Os resultados obtidos neste estudo mostram que, de um modo geral, o envolvimento das famílias de camadas populares com a escolarização dos filhos se dá de modo heterogêneo e sem um projeto escolar intencional, nota-se que a presença dessas famílias ocorre de modo periférico ao estritamente escolar e por meio de práticas educativas que possibilitam aos sujeitos condições objetivas favoráveis à longevidade escolar para além da graduação, pois os sujeitos pesquisados ascenderam ao mestrado acadêmico. Os resultados desta pesquisa revelam ainda que as trajetórias dos cinco estudantes de camadas populares foram perpassadas por mobilizações familiares e individuais, pela condição de bons alunos, que gostavam da escola e tinham bons resultados escolares, bem como pelo desenvolvimento de estratégias de escolarização de curto prazo em prol de um percurso longevo, ou seja, em prol da ascensão a níveis mais elevados de ensino, como o mestrado acadêmico.
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    Para além das fronteiras : trajetórias, vivências e perspectivas dos estudantes PEC-G na UFOP.
    (2021) Teixeira, Joseane Mendes; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Silva, Luciano Campos da; Macedo, Maria do Socorro Alencar Nunes
    Esta dissertação investigou as vivências de estudantes matriculados na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) pelo Programa Estudante Convênio de Graduação (PEC-G). O PEC-G é considerado o programa mais antigo de mobilidade internacional do Brasil que, por meio de acordos bilaterais com países do sul global, oferece a estudantes estrangeiros a possibilidade de realizar a graduação no país de forma gratuita. De forma específica, a pesquisa investigou as trajetórias escolares destes estudantes; analisou o processo de afiliação institucional; e, quais as suas expectativas após a conclusão do curso. Foi realizado o levantamento documental sobre o Programa e a pesquisa bibliográfica em diferentes artigos, livros e portais de teses e dissertações. Em seguida, foi aplicado um questionário online aos estudantes matriculados na instituição no ano de 2020, e, por fim, realizadas seis entrevistas individuais. Os resultados revelam que a mobilização escolar familiar, as disposições individuais, a relação com professores e ambiente escolar, bem como o capital social, favoreceram o percurso dos estudantes até a graduação no exterior. Quando tratamos das vivências dos estudantes no Brasil, foi possível perceber um desconhecimento com relação ao país antes da chegada, os estudantes relataram passar por dificuldades financeiras e por situações de discriminação racial. Observou-se também que as relações sociais que estabeleceram antes e após a chegada ao Brasil foram facilitadores no processo de adaptação. Por fim, a formação internacional foi vista pelos estudantes como uma forma de distinção e gera uma expectativa de alcançar melhores oportunidades profissionais no futuro.
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    A política de avaliação da pós-graduação : uma análise da implementação a partir das percepções, práticas e estratégias dos implementadores na UFOP.
    (2020) Rossi, Daiana Mendes de Oliveira; Oliveira, Breynner Ricardo de; Oliveira, Breynner Ricardo de; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Hostins, Regina Celia Linhares
    Essa pesquisa analisa a implementação da política de avaliação da pós-graduação brasileira sob a percepção dos agentes implementadores, neste contexto, representados pelos docentes que coordenam e lecionam nos Programas de Pós-Graduação (PPG) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Com o emprego de uma metodologia de cunho qualitativo, são utilizadas como técnicas de pesquisa o levantamento documental, além de entrevistas com os cinco coordenadores e sete dos docentes inseridos, respectivamente, há mais e menos tempo nos programas, com o objetivo de captar as percepções e estratégias dos sujeitos envolvidos em diferentes momentos de suas carreiras docentes. Busca-se entender como essa política de avaliação dos programas é compreendida por esses atores e que estratégias ou práticas de atuação têm surgido no contexto de implementação. O estudo parte do referencial teórico da implementação de políticas educacionais, sendo as principais contribuições feitas por Michael Lipsky (2010), Stephen Ball (2010, 2011, 2016) e colaboradores que trabalharam junto a esse último autor, além de estudos que surgiram a partir da contribuição de todos esses trabalhos. A hipótese de pesquisa parte do consenso entre vários desses autores de que as políticas públicas quase nunca chegam ao seu destino com as mesmas características ou finalidades às quais foram desenhadas. Os resultados demonstram que a indução proveniente da política de avaliação da pós-graduação tem modificado a forma de pensar e agir dos implementadores, que passam a vincular a noção de produtividade exclusivamente à produção intelectual, adotando meios para alcançar a índices de resultados cada vez melhores. Surge a partir daí uma tendência de que atribuições igualmente importantes como a docência, o desenvolvimento de atividades de extensão, a atuação em cargos administrativos de fundamental importância para a pós-graduação – bem como para toda a universidade – como a coordenação do programa, por exemplo, não serem reconhecidas como atividades produtivas, pelo fato de não receberem tanta visibilidade pelo formato de avaliação. Isso origina uma cadeia indutora que faz com que surjam pressões tanto do sistema avaliativo em direção aos docentes, quanto entre os próprios implementadores, que passam a monitorar a si mesmos, empregando, inclusive, juízo de valor sobre os colegas que apresentarem baixos índices de produção intelectual. Por fim, o formato avaliativo induz os implementadores dessa política a adotarem estratégias de adaptação às exigências, tais como dividir tarefas visando ao aumento do número de artigos produzidos, publicação buscar realizar publicações conjuntas com o orientando, descentralizar atividades de acompanahamento discente e docente, dentre outras.
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    A branquitude e o ensino superior : reflexos e desafios na docência.
    (2020) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Muniz, Kassandra da Silva; Miranda, Shirley Aparecida de
    Esta dissertação tem como objetivo identificar os reflexos da branquitude presentes na docência de ensino superior, e foi estabelecido, como campo de pesquisa, a Universidade Federal de Ouro Preto. Para tal, apresentamos, inicialmente, uma retrospectiva conceitual e antropológica do conceito de raça até o seu uso na atualidade como categoria social, e as características singulares que são decorrência do racismo na sociedade brasileira. Nos propusemos a evidenciar como as ideias eugenistas difundidas no país migraram do campo científico para as políticas de educação. Buscamos demonstrar, teoricamente, os limites de execução das políticas de ação afirmativa de impacto no âmbito do ensino superior federal (Lei no . 10.639/2003, Lei no . 12.711/2012 e Lei no . 12.990/2014), conquistadas pelo Movimento Negro Brasileiro, diante das escolhas dos sujeitos agentes dessas políticas. Apresentamos algumas das contribuições da Psicologia e da Psicanálise brasileira, nos estudos sobre o tema das relações raciais e a psique, e uma análise racializada da subjetividade a partir da Abordagem Centrada na Pessoa. O perfil racial, majoritariamente branco, das e dos docentes do ensino superior emerge como um desafio na inclusão de um projeto antirracista para a educação, cenário que se faz presente também na UFOP. Os procedimentos metodológicos utilizados foram de caráter qualitativo, com coletas de dados por meio de entrevistas semiestruturadas. Os apontamentos emergidos evidenciaram que o padrão normalizador de raça pode afetar a compreensão de si, das e dos docentes, bem como a forma com que percebem o outro, docente ou discente, e a docência. Percebemos que o reconhecimento de alguns privilégios, por vezes, é insuficiente para uma ação de inversão da ordem do racismo nesse espaço. Os reflexos da branquitude puderam ser identificados na organização da universidade, nas experiências vividas e/ou observadas na docência, e nas relações institucionais com os colegas docentes e/ou discentes.
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    Trabalhar e estudar, eis a questão : os desafios enfrentados pelos estudantes trabalhadores da Universidade Federal de Ouro Preto.
    (2016) Pereira, Lucinea de Souza; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Portes, Écio Antônio
    A proposta desta pesquisa foi compreender como são construídas as vivências universitárias e a trajetória de longevidade escolar dos estudantes trabalhadores das camadas populares que estudam na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e, ingressaram na referida universidade via reserva de vaga social para famílias com renda bruta per capita familiar de até 1,5 salários mínimos. Trata-se de uma investigação de caráter qualitativo e, para a pesquisa, foram escolhidos os estudantes que, no momento do trabalho de campo, cursavam o 5º período. Dentre o referencial teórico, destacam-se autores que debatem o processo de acesso e permanência de estudantes trabalhadores das camadas populares no Ensino Superior, como Furlani (1998), Mesquita (2010), Portes (1993, 2001), Terribili Filho (2007) e Zago (2000). Foram aplicados, via e-mail, 23 questionários e realizadas quatro entrevistas semi-dirigidas com estudantes que declararam trabalhar e residir em Mariana e Ouro Preto anteriormente ao ingresso na UFOP. As categorias de análises foram estruturadas de acordo com os eixos temáticos: longevidade escolar, o trabalho na vida do estudante universitário de camadas populares e as vivencias universitárias. Os principais resultados demonstram a dificuldade de conciliar estudo e trabalho sendo que, para os estudantes do turno integral, essa conciliação não foi possível e culminou com o abandono do trabalho. Os dados indicaram que a maioria desses estudantes iniciou seus trabalhos anteriormente à conclusão do Ensino Médio, e que, no contexto familiar, há a presença de familiares com pouca escolaridade e inseridos em ocupações de pouco prestígio social e baixo padrão de remuneração. Tais estudantes vivenciaram situações de interrupção da formação escolar, principalmente após a conclusão do Ensino Médio, e, ao ingressarem na universidade, tiveram dificuldades em adaptar ao seu ritmo e à forma de estudo no Ensino Superior. Em todas as histórias escolares pesquisadas, observou-se trajetórias marcadas pelo aproveitamento de oportunidades ao longo da escolarização e uma mobilização da família em torno da educação ou da presença de outras pessoas que incentivaram o prolongamento escolar desses estudantes de camadas populares.
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    Processo de inclusão no ensino superior : o caso de estudantes com deficiência na Universidade Federal de Ouro Preto.
    (2016) Silva, Marcilene Magalhães da; Diniz, Margareth; Andrade, Cláudia Braga de; Rahme, Mônica Maria Farid; Lima, Francisco José de
    Esta dissertação tem como objetivo investigar o processo de inclusão de estudantes com deficiência no Ensino Superior, identificando, segundo percepção dos próprios alunos, efeitos da formação acadêmica recebida. Para tanto, analisou-se a influência dos aspectos atitudinais, comunicacionais e físicos na formação desses estudantes na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), verificando em que medida as ações institucionais podem ser consideradas promotoras de inclusão educacional, tendo como referencial teórico a Educação Especial Inclusiva. Esta pesquisa foi construída em três eixos principais. No primeiro, retomou-se o percurso histórico que desencadeou o paradigma de inclusão social, o processo de internacionalização do direito de todos à educação escolar, problematizando as suas particularidades nos rumos adotados nas políticas educacionais. No segundo eixo, para refletir sobre o conhecimento acumulado sobre a temática, foram abordados os estudos que antecederam esta pesquisa, entre 2005 e 2013. No terceiro eixo, investigaram-se dados referentes à pesquisa de campo desenvolvida na UFOP, um estudo de caso com cinco estudantes com deficiência, matriculados em cursos de graduação, no qual foram enfocados aspectos relacionados às suas experiências educacionais, evidenciando como acontece o processo de inclusão no campo investigado. Os procedimentos metodológicos adotados compreenderam a análise documental, a prática de entrevistas com os cinco estudantes e o registro no diário de campo. Os dados obtidos permitiram a elaboração de considerações acerca do processo de inclusão dos estudantes, ligado ao ingresso, à permanência e participação e à formação profissional. Foram identificadas e localizadas barreiras atitudinais, comunicacionais e físicas e a maneira como os estudantes responderam a elas. A constatação dessas barreiras, assim como as acessibilidades, pode contribuir para a construção da cultura institucional inclusiva. Os apontamentos construídos neste estudo indicam que o processo de inclusão dos estudantes com deficiência na UFOP requer o estabelecimento de estratégias políticas e pedagógicas capazes de eliminar as barreiras analisadas para possibilitar a todos o direito à educação, atentando-se para a observância do atendimento aos princípios da autonomia, independência e empoderamento.
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    A avaliação sob o ponto de vista dos estudantes : o uso de desenhos para a análise de concepções de avaliação.
    (2015) Landim, Mariana Vaz; Matos, Daniel Abud Seabra; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Nunes, Célia Maria Fernandes; Gomes, Cristiano Mauro Assis
    Os objetivos deste trabalho foram : (1) analisar as concepções de avaliação de alunos do Ensino Superior; (2) realizar uma revisão da literatura sobre as concepções de avaliação dos alunos, classificando pelo número de concepções identificadas nos estudos; (3) investigar as concepções de avaliação de alunos por meio de desenhos; (4) relacionar os resultados dos desenhos com os resultados do questionário Students’ Conceptions of Assessment - Version VI (SCoA-VI), adaptado por Matos (2010). Quanto à revisão da literatura, encontramos quatro grandes grupos de concepções de avaliação de estudantes: 1) melhora; 2) impacto emocionalmente positivo; 3) irrelevância; 4) responsabilização (BROWN, 2008). Analisamos um total de dez trabalhos, onde a frequência das concepções foi: melhora (8), irrelevância (7), responsabilização (6) e impacto emocionalmente positivo (0). Com relação ao estudo empírico, estudantes de dezesseis cursos de graduação (N = 102; 47 homens e 55 mulheres; idade M = 28,9 anos; DP = 7,99) de duas IES de Minas Gerais participaram da pesquisa: uma universidade federal (N = 26) e um centro universitário privado (N = 76). Classificamos os desenhos em nove categorias: emoções negativas, monitoramento, competição, caráter processual, emoções positivas, correção, imprecisão, opressão e definição de avaliação. Para verificar a confiabilidade das classificações feitas por dois pesquisadores independentes, calculamos o coeficiente kappa de Cohen, que foi excelente em todas as categorias. A maioria dos estudantes elaborou desenhos relativamente simples, com uma ou duas categorias dominantes (representação mental pouco complexa sobre a avaliação). As categorias mais frequentes foram emoções negativas (47) e imprecisão (28), indicando uma representação da avaliação nos desenhos predominantemente como uma prática imprecisa que gera emoções negativas. Quanto à associação entre os questionários e os desenhos (entre as quatro concepções de avaliação e as nove categorias), realizamos uma análise correlacional. Dentre os resultados, estão alguns exemplos de correlações estatisticamente significantes (considerando a amostra total): categoria caráter processual e concepção de melhora (r = 0,425); categoria caráter processual e concepção de responsabilização (r = 0,436); categoria imprecisão e concepção de melhora (r = -0,358). Recomendamos um maior uso de desenhos na área educacional, tanto por pesquisadores quanto por professores e diretores que desejem conhecer melhor seus alunos.
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    A docência no ensino superior e a expansão universitária : tecendo saberes a partir das vozes do professor iniciante.
    (2014) Conceição, Juliana Santos da; Alves, Maria Teresa Gonzaga
    Esta pesquisa de mestrado tem como objetivo responder as seguintes questões: qual é o perfil dos professores nomeados no período de 2008 a 2011 na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)? Quais saberes envolvem a atuação desses docentes? Os programas de mestrado e doutorado por meio dos quais esses professores se formaram ofereceram, além da competência científica, a competência pedagógica para a atuação no ensino superior? Quais as dificuldades e potencialidades dos docentes no processo de ensino-aprendizagem? Desse modo, face ao grande número de professores que ingressaram na UFOP a partir do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), cujo projeto institucional expressa preocupação com a formação dos docentes para melhoria do processo de ensino-aprendizagem, este estudo tem como foco os professores nomeados durante este período, especificamente aqueles que se encontram no início da carreira docente. A metodologia utilizada baseou-se na abordagem quantitativa e qualitativa. Foram consultados os currículos lattes de 346 professores nomeados na UFOP durante o Reuni. Após a consulta, tabularam-se os dados e realizou-se uma análise estatística descritiva, traçando o perfil dos docentes e organizando-os por áreas do conhecimento e tempo de atuação docente. A partir desse levantamento do perfil docente, foram localizados 188 professores que se enquadravam na fase de entrada na carreira. Conforme classificação de Huberman (1992), considerou-se os primeiros quatro anos de carreira docente, em qualquer nível de ensino, como referência para delimitar os sujeitos dessa pesquisa. Dentre esses professores iniciantes, 11 foram selecionados para entrevistas semiestruturadas, cujos conteúdos transcritos foram analisados por meio do método de análise de conteúdo. Os dados obtidos mostram que os professores nomeados no período delimitado nesta pesquisa são bem jovens, com uma média de 39 anos de idade, sendo que 56% deles se enquadram na categoria de professores iniciantes. Como são vários os saberes que mobilizam a prática docente dos professores iniciantes, elencamos esses saberes em quatro categorias: o saber disciplinar ou do conteúdo; o saber que envolve as relações entre professor e alunos; o saber da prática profissional; o saber das relações constituídas na instituição. Todos eles são fundamentados a partir do saber da experiência docente, percebendo-se o professor como sujeito que produz e mobiliza seus saberes na sua prática. Os resultados desta pesquisa revelam surpresas. Embora os professores não declarem a docência como primeira escolha, e apesar de não terem passado por uma formação pedagógica nas pós-graduações, eles apontam preocupação com o ensino de graduação, cuidado esse presente durante o processo de ensino-aprendizagem, o que coloca o aluno também como foco de suas preocupações. Esses professores percebem as atividades de pesquisa e ensino (e extensão) como vinculadas, e não como instâncias que competem entre si. Acredita-se que a reflexão sobre a prática dos professores iniciantes pode auxiliar o fazer docente na universidade, uma vez que, de uma forma geral, esse é um espaço pouco explorado pelas pesquisas sobre a formação do professor