Que (in)justiça é essa? : a paridade participativa como alternativa ao silenciamento das vozes das mulheres na esfera pública-política.
dc.contributor.advisor | Arantes, Bruno Camilloto | pt_BR |
dc.contributor.author | Rodrigues, Emely Braga | |
dc.contributor.referee | Arantes, Bruno Camilloto | pt_BR |
dc.contributor.referee | Oliveira, Mário Nogueira de | pt_BR |
dc.contributor.referee | Ventura, Raissa Wihby | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2020-07-15T14:38:15Z | |
dc.date.available | 2020-07-15T14:38:15Z | |
dc.date.issued | 2020 | |
dc.description | Programa de Pós-Graduação em Direito. Departamento de Direito, Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto. | pt_BR |
dc.description.abstract | A democracia é uma forma social e política de sociedades plurais contemporâneas que deve garantir uma participação igualitária dos indivíduos na formação dos sentidos normativos que regulam os comportamentos. No entanto, verifica-se a exclusão de alguns grupos e indivíduos enquadrados em posição de subalternidade, o que demonstra que ainda há barreiras a serem vencidas — como a escassez de recursos materiais, a desigualdade de gênero, a subrepresentatividade (substantiva) das mulheres, adoção de políticas públicas, etc. — para que o processo democrático satisfaça a uma equação efetivamente paritária. Historicamente, o campo político é essencialmente masculino, o que deslegitima o discurso e as vozes das mulheres, excluindo-as da participação e pertencimento a esse espaço, o que confere uma situação de injustiça e interfere diretamente na construção dos papéis sociais. O objetivo desta pesquisa visa à elaboração de um discurso que denuncia a reprodução do sistema de gênero no qual o lugar das mulheres é construído socialmente com um status subordinado, o que impossibilita uma participação efetiva. Para, então, que haja uma efetiva participação igualitária das mulheres na esfera pública e no poder político é necessário o rompimento dessa reprodução sistêmica. Metodologicamente, a pesquisa utiliza o método jurídico-sociológico, bibliográfico e uma análise interseccional para estruturar a articulação do caso da vereadora Marielle Franco com a concepção de justiça social proposta por Nancy Fraser, quando se conecta com as 3 dimensões de justiça (redistribuição, reconhecimento e representação), bem como realiza a conexão entre a política, o direito e a justiça na tentativa de verificar como o discurso jurídico pode ser utilizado como veículo de reprodução de injustiças e como instrumento de emancipação com a inclusão das vozes das mulheres no âmbito públicopolítico. Buscou-se comprovar que para elevar o status da mulher como igual parceira da sociedade é necessário o reconhecimento dela como uma sujeita legítima de direitos, o que deve ocorrer mediante a aplicação do princípio inclusivo de paridade participativa, atuando como prática social e normativa, para que se possa construir uma sociedade que diga e produza o direito com igualdade de participação e que enfrente as desigualdades de gênero, por que ser eleita e/ou reivindicar e conquistar direitos não significa que as injustiças de gênero acabaram, uma vez que a ligação entre o direito e a política define quem pertence à comunidade político-jurídica e quem não pertence, quem é silenciada e excluída e quem não é. | pt_BR |
dc.description.abstracten | Democracy is a social and political form of contemporary plural societies that must guarantee an equal participation of individuals in the formation of normative meanings that regulate behavior. However, there is the exclusion of some groups and individuals framed in a position of subordination, which demonstrates that there are still barriers to be overcome - such as the scarcity of material resources, gender inequality, the (substantive) underrepresentation of women, adoption of public policies, etc. - so that the democratic process satisfies an equitable equation. Historically, the political field is essentially male, which delegitimizes the discourse and voices of women, excluding them from participation and belonging to this space, which confers a situation of injustice and directly interferes in the construction of social roles. The aim of this research is to develop a discourse that denounces the reproduction of the gender system in which the place of women is socially constructed with a subordinate status, which precludes effective participation. So, for there to be an effective equal participation of women in the public sphere and in political power, it is necessary to break this systemic reproduction. Methodologically, the research uses the juridical-sociological, bibliographic method and an intersectional analysis to structure the articulation of the case of councilwoman Marielle Franco with the concept of social justice proposed by Nancy Fraser, when she connects with the 3 dimensions of justice (redistribution, recognition and representation), as well as making the connection between politics, law and justice in an attempt to verify how the legal discourse can be used as a vehicle for the reproduction of injustices and as an instrument of emancipation with the inclusion of women's voices in the public political sphere. We sought to prove that in order to raise the status of women as equal partners in society, it is necessary to recognize them as a legitimate subject of rights, which must occur through the application of the inclusive principle of participatory parity, acting as a social and normative practice, for that a society can be built that says and produces the law with equal participation and that faces gender inequalities, because being elected and / or claiming and winning rights does not mean that gender injustices are over, once the link between law and politics define who belongs to the political-legal community and who does not, who is silenced and excluded and who is not. | pt_BR |
dc.identifier.citation | RODRIGUES, Emely Braga. Que (in)justiça é essa?: A paridade participativa como alternativa ao silenciamento das vozes das mulheres na esfera pública-política. 2020. 130 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/12449 | |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.rights | aberto | pt_BR |
dc.rights.license | Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 07/07/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação. | pt_BR |
dc.subject | Reconhecimento - direito | pt_BR |
dc.subject | Direito das mulheres | pt_BR |
dc.subject | Discriminação de sexo | pt_BR |
dc.subject | Violência contra as mulheres | pt_BR |
dc.subject | Representação - direito | pt_BR |
dc.title | Que (in)justiça é essa? : a paridade participativa como alternativa ao silenciamento das vozes das mulheres na esfera pública-política. | pt_BR |
dc.type | Dissertacao | pt_BR |
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