IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/635

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 4 de 4
  • Item
    De uma subjetivação forçada : a fusão do belo e do sublime na sublimação lacaniana.
    (2017) Sousa, Vinícius Barbosa Carlos de; Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O objetivo deste artigo é discutir em que medida a releitura lacaniana do conceito psicanalítico da sublimação é realizada tendo-se os fundamentos da estética de Kant como pano de fundo. No curso de nossa exposição, pretendemos descrever como a sublimação se caracteriza eminentemente como procedimento crítico frente a uma determinada realidade social. Diferentemente de Freud, que pensava a sublimação nos quadros do desvio da meta sexual em direção a objetos reconhecidos e valorizados pela cultura, Lacan propõe um deslocamento da problemática da sublimação para fora do horizonte normativo da história e da cultura, mobilizando categorias como transgressão e disrupção. Tomaremos a tragédia de Antígona como exemplo, buscando enfatizar como essa função encontra nos recursos estéticos um meio de formalização privilegiado para ser desempenhada. As noções kantianas do belo e do sublime, tal como relidas por Lacan, subsidiarão o exame dessa formalização a que tende a sublimação. A hipótese central é que a sublimação lacaniana pressupõe - e aprofunda - uma espécie de fusão do belo com o sublime, e não sua separação.
  • Item
    Fantasia e ideologia : o “lixo” que ingerimos diariamente.
    (2016) Silva, Ana Carolina Nunes; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    O presente artigo visa apresentar o conceito de “fantasia ideológica” no pensamento de Slavoj Žižek. Por meio do qual, o filósofo esloveno mostra a inevitabilidade da ideologia em nossas vidas, isto é, não há como sair da esfera ideológica, qualquer tentativa de desvencilhamento ideológico, nada mais é que uma ideologia. Na perspectiva do filósofo, a ideologia, mais do que ser algo imposto para nós, mas nossa relação mediada com o mundo, na medida em que opera segundo a lógica da “fantasia”. Žižek insiste na dimensão ideológica da fantasia e na dimensão fantasiosa da ideologia como forma de crítica, já que a ideologia operaria de acordo com as mesmas formas de ocultamento ou inversão da realidade, assim como a fantasia. De acordo com Lacan, pilar da filosofia de Žižek, a fantasia atua como uma forma de obnubilar as falhas de consistência da realidade simbólica. Para o filósofo esloveno, a realidade tem a estrutura de uma ficção, pois é construída a partir da simbolização limitada, isto é, a realidade é uma espécie de interpretação de um determinado ponto do Real. Sendo assim, o Real irrompe em momentos que frequentemente consideramos “ficcionais” ou “fantasiosos”. Žižek alega que, necessitamos direcionar a crítica à realidade efetiva para poder da fantasia, pois como afirmou Lacan, não há outra entrada do sujeito no real senão a fantasia. Isso significa que nenhuma ideologia ou nenhuma sociedade está fechada em si mesma: podemos construir e descontruir fantasias. A articulação entre ideologia e fantasia surge como uma forma de renovação da crítica na democracia liberal, momento em que se declarou o “fim das ideologias” e do advento de uma racionalidade cínica.
  • Item
    Retórica do inefável × prática do semidizer.
    (2011) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O principal objetivo deste artigo é discutir o “semidizer” da verdade de Lacan. Para tanto, vou contrastar a perspectiva lacaniana com a retórica do silêncio, tal como é apresentada no Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein. É possível dizer o que não podemos dizer? Sugiro que a conclusão do Tractatus é uma consequência inevitável de soldar verdade e saber, e que a possibilidade de dizer o que não podemos dizer depende de nosso esforço de modular o discurso para além do sentido proposicional. O Witz freudiano é o modelo de um tipo de verdade para além do saber e do sentido.
  • Item
    Nem physis, nem psyché : o papel da estrutura no reordenamento epistêmico da psicanálise.
    (2008) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O principal objetivo deste trabalho é discutir o sentido do recurso de Lacan ao paradigma estrutural. A presente investigação enfatiza a função desse recurso no que tange as relações entre psicanálise e história das ciências. Freud, ao buscar estabelecer a identidade epistemológica da psicanálise precisou escolher entre Naturwissenschaften e Geisteswissenschaften. Sua opção pelo modelo das ciências naturais implica certo desconforto epistemológico entre modelo e objeto. O recurso lacaniano à estrutura é uma estratégia de criar um novo espaço para a psicanálise no âmbito das ciências. A influência dos trabalhos de Koyré é determinante. Apenas uma ciência estruturalista poderia formular uma concepção não-psicologicista e não naturalista de sujeito. Isso se mostra particularmente no que concerne à categoria de causa.