De uma subjetivação forçada : a fusão do belo e do sublime na sublimação lacaniana.

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Data
2017
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Resumo
O objetivo deste artigo é discutir em que medida a releitura lacaniana do conceito psicanalítico da sublimação é realizada tendo-se os fundamentos da estética de Kant como pano de fundo. No curso de nossa exposição, pretendemos descrever como a sublimação se caracteriza eminentemente como procedimento crítico frente a uma determinada realidade social. Diferentemente de Freud, que pensava a sublimação nos quadros do desvio da meta sexual em direção a objetos reconhecidos e valorizados pela cultura, Lacan propõe um deslocamento da problemática da sublimação para fora do horizonte normativo da história e da cultura, mobilizando categorias como transgressão e disrupção. Tomaremos a tragédia de Antígona como exemplo, buscando enfatizar como essa função encontra nos recursos estéticos um meio de formalização privilegiado para ser desempenhada. As noções kantianas do belo e do sublime, tal como relidas por Lacan, subsidiarão o exame dessa formalização a que tende a sublimação. A hipótese central é que a sublimação lacaniana pressupõe - e aprofunda - uma espécie de fusão do belo com o sublime, e não sua separação.
Descrição
Palavras-chave
Antígona, Kant, Sublimation, Lacan, Antigone
Citação
SOUSA, V. B. C. de; IANNINI, G. de P. M.. De uma subjetivação forçada : a fusão do belo e do sublime na sublimação lacaniana. ARTEFILOSOFIA, v. 23, p. 192-217, 2017. Disponível em: <http://www.periodicos.ufop.br/pp/index.php/raf/article/view/1272>. Acesso em: 27 jul. 2018.