IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Entre a recusa e a afirmação : a ambivalência política da arte na filosofia de Herbert Marcuse.
    (2022) Dias, Gabriel; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Guimarães, Bruno Almeida; Carneiro, Silvio Ricardo Gomes
    Imbuída de um potencial tanto afirmativo quanto negativo, a arte como interpretada por Herbert Marcuse expressa uma ambivalência política. Se por um lado, a arte pode servir de sustentação da cultura e do estado de coisas convencionado, por outro, ela é uma força de negação. Essa apreensão dialética da arte é disposta em obras do filósofo que perpassam, ao menos, um período de cinco décadas de produção intelectual e que serão aqui nossos objetos de análise – nos referimos, mais especificamente, a sua produção da década de 1930 à década de 1970. Veremos que, nestas obras, Marcuse se deterá preponderantemente em um dos aspectos políticos da arte, negativo ou afirmativo. No entanto, será possível observar igualmente que, em nenhum dos textos que aqui analisaremos, o filósofo abandonará o caráter ambivalente da arte, sempre considerando aspectos contrários aos quais ele está se referindo. O presente estudo se propõe, por conseguinte, analisar e refletir de que modo essa ambivalência política da arte se manifesta e opera no interior do pensamento de Marcuse, assinalando sua constante retomada na filosofia do autor e, portanto, sua importância para a teoria estética do frankfurtiano.
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    As dimensões táteis e micropolíticas na dança contato improvisação.
    (2019) Costa, Panmella Kelen Ribeiro; Peretta, Éden Silva; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Silva, Suzana Weber da
    O objeto desta pesquisa é a dança contato improvisação (CI), uma prática artística contemporânea que surge nos EUA, mais fortemente na década de 1970, e que continua a ser difundida pelo mundo. É uma prática que mistura algumas técnicas da dança improvisacional, aikido e educação somática, utilizando-se do toque entre os corpos como atenção principal para a improvisação dos seus movimentos. O foco está inteiramente na relação entre os corpos e estuda-se um estado possível de transferências do peso dos corpos de maneira consciente. É notável e esperado que essa prática, que envolve o toque e várias técnicas e princípios, desperte a sensibilidade dos corpos ao encontro de outros, e que venha sendo aperfeiçoada e difundida graças às pesquisas constantes de dançarinos durante estas seis décadas. O principal objetivo deste estudo foi compreender alguns princípios artísticos e políticos que envolvem a prática. Assim, a pesquisa se estabeleceu por meio de uma metodologia que combinou a experiência do movimento dançado com leituras e análises reflexivas, com foco em dois aspectos principais: a dimensão tátil para a improvisação dos movimentos e a dimensão micropolítica que acompanha a produção dos conhecimentos nas relações ao dançar CI. Apresenta conceitos ligados à micropolítica dos afetos, mediante algumas compreensões possíveis a respeito do processo de produção de subjetividades. As principais questões que guiaram a pesquisa foram: quais são os possíveis potenciais, ao se experimentar diferentes aspectos da interação entre os corpos em CI através do campo tátil, enfatizando uma conexão de união e comunhão, é possível flexibilizar barreiras sociais, culturais e desconstruir as experiências de interações cotidianas?
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    A dimensão política da arte na obra de Herbert Marcuse.
    (2014) Gomes, Daniel Amorim; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    Ao longo de escritos que recobrem um período de cinco décadas, Herbert Marcuse afirmou a dimensão política das obras de arte. Em todos eles, ademais, o filósofo atestou o caráter ambivalente do potencial político das obras em relação ao status quo, isto é, a arte, em virtude de sua forma estética, possui a capacidade tanto de afirmar quanto de acusar determinado estado de coisas estabelecido. No entanto, no arco temporal que se estende dos anos trinta aos anos setenta, as análises de Marcuse acerca do potencial político da arte não se mantiveram inalteradas, ou seja, ora ele enfatizou a preponderância das características afirmativas da arte, ora a de seus aspectos subversivos. Pretendemos nesta dissertação, portanto, a partir da ordem cronológica de apresentação dos textos marcusianos, acompanhar a evolução nas reflexões do filósofo de modo a ressaltar sua permanente atribuição de uma dimensão política ao fenômeno artístico, bem como lançar luz sobre a diversidade das avaliações do autor respeitantes às manifestações do potencial político da arte que, com efeito, devem-se às diferentes circunstâncias históricas nas quais a relação entre a arte e esse potencial é articulada no interior da obra marcusiana.