IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/635
Navegar
7 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Forma, material e efemeridade : uma discussão sobre alguns aspectos da autonomia da arte a partir da Teoria Estética de Theodor Adorno.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Martini, Adriane Oliveira Pisani; Freitas, Romero AlvesO trabalho tem a proposta de discutir a relação entre arte e sociedade traçada por Theodor Adorno a partir de sua Teoria Estética. O interesse pelo tema vem da desconfiança de que discutir o momento artístico pode ser um caminho para um outro entendimento da estrutura social e das questões do homem desencadeadas com a afirmação de um modo de produção hegemônico e com a busca pela modernidade enquanto promessa de progresso em todos os sentidos. O paralelo “arte e sociedade” é aqui pensando através do conceito de “arte autônoma” de Adorno, construído a partir da relação de três momentos de sua estética: a relação entre forma e conteúdo, a natureza do material, a efemeridade da arteItem Implicações da tragédia na formação e no aperfeiçoamento do caráter humano, segundo a Poética de Aristóteles.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Almeida, Juliana Santana de; Oliveira, Mário Nogueira deO trabalho que desenvolveremos tentará estabelecer um elo entre as teorias aristotélicas sobre a ética e a arte poética. O viés que nos permitirá fazer tal ligação é a interpretação que aponta para a possibilidade de existirem idéias condizentes às propostas perfeccionistas nos textos de Aristóteles. Por isso prosseguiremos com uma chave de leitura que analisará a Poética como um texto que além de descrever a poesia trágica, descreve também um tipo de imitação poética que pode influir na vida e na moralidade humana. Todavia, por tratar da poesia a obra aguça nossa curiosidade para a possibilidade de uma reflexão de cunho estético (ou ao menos de filosofia da arte) descrito pelo Estagirita. Dividiremos nosso trabalho em três capítulos. Como abertura, esboçaremos um capítulo dedicado ao conceito aristotélico de paixão (páthos). Sua finalidade será delimitar o conceito mencionado, bem como estabelecer e esclarecer noções que o direcionam para o campo específico das paixões trágicas. Nosso segundo capítulo se deterá na questão das reações passionais e no caráter do discurso poético. No terceiro capítulo buscaremos enfatizar o caráter pedagógico da poesia descrita pelo Estagirita. Essas análises em conjunto nos permitirão perceber a ligação da poesia descrita por Aristóteles, a formação e o aperfeiçoamento moral do cidadão. Concluiremos que Aristóteles propõe o teatro e as peças teatrais como lugares extremamente favoráveis ao exercício da cidadania, bem como da reflexão acerca das ações consideradas moralmente retas. E os personagens dos espetáculos, com seus caracteres elevados, mas também com sua hýbris, podem ser vistos como modelos do que se deve ou não deve adotar por paradigma do agir bem. Ao excitar as paixões humanas diante do sofrimento alheio, a tragédia assume o papel de auxiliar na formação e no aperfeiçoamento do caráter do cidadão da pólis aristotélica.Item Belo e sublime : a mulher e o homem na filosofia de Immanuel Kant.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Lino, Alice de Carvalho; Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesA dissertação tem como objetivo apresentar a mulher, conforme caracterizada por Immanuel Kant. Houve uma preocupação em tratar o tema, considerando a época dos escritos e as perspectivas empregadas em cada obra que faz menção às mulheres. E, principalmente, manteve-se na investigação um olhar neutro, afastado de qualquer ressentimento que se pudesse ter com relação às críticas dirigidas à condição feminina. Assim, entendemos que as conclusões provindas desta análise seriam mais coerentes, por serem justificáveis a partir dos próprios argumentos kantianos. A mulher, na obra Observações sobre o sentimento do belo e do sublime (1764), é representada através das qualidades originárias do sentimento do belo. São estas: honestidade, piedade, compaixão e solicitude. A simplicidade e a ingenuidade determinam a modéstia e, assim, têm-se garantidos a benevolência e o respeito para com os outros. Já sensibilidade e a vaidade são consideradas pelo filósofo como debilidades. O sexo masculino é considerado sob os aspectos do sentimento sublime. Cabe mencionar que ao determinar a mulher através do sentimento do belo, Kant pretende distinguir o sexo, através da atribuição de especificidades próprias deste, mas isso não impedirá que tais designações sejam encontradas também no sexo sublime, e vice e versa. Ainda nas Observações, Kant argumenta que o refinamento do gosto feminino dá-se através das sensações. Para ele era difícil acreditar que a mulher seria capaz de nortear-se segundo princípios, mas com isso não esperava ofendê-la, pois princípios também não eram facilmente encontrados no sexo masculino. Somente na teoria moral kantiana, a mulher pode ser considerada apta para o exercício racional capaz de conduzir à moralidade. Justamente, porque tais escritos sustentam-se sobre preceitos estabelecidos a priori, ou seja, não se encontram no âmbito da experiência. Tal discurso direciona-se ao sujeito transcendental, àquele considerado somente sobre o aspecto da racionalidade. Logo, a teoria moral revela-se independente do gênero. Contudo, sob esta mesma perspectiva, Kant preocupou-se em discorrer sobre o matrimônio. O que o conduzirá a uma contradição, a saber, se a liberdade é considerada um direito nato, porque negá-la à mulher casada?Item Significação ontológica da experiência estética : a contribuição de Mikel Dufrenne.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Henriques, José Carlos; Furtado, José LuizO presente trabalho visa apresentar o caminho percorrido por Mikel Dufrenne, em sua obraprima – Phénoménologie de l’expérience esthétique, em defesa da significação ontológica da experiência estética. Após situar o pensamento do autor no contexto geral do movimento fenomenológico, investiga-se a releitura que este faz do conceito de intencionalidade, ponto de partida que lança nova luz sobre as relações que, na experiência, se travam entre sujeito e objeto. Em seguida, apresenta-se a análise da percepção estética em seus três momentos constitutivos - presença, representação e sentimento -, descobrindo-se este último como ponto culminante de toda a experiência estética e como anúncio hipotético de sua significação ontológica. Por fim, apresentam-se os argumentos que garantem a plausibilidade à hipótese ontológica, firmando-se a idéia de que esta não autorizaria a construção de uma ontologia justificante. No final do último capítulo, como abertura de horizontes da pesquisa, são descritos os desenvolvimentos posteriores da hipótese que, sempre mais, direcionaram o pensamento de Dufrenne rumo à tentativa de esboçar uma filosofia da Natureza.Item A fenomenologia do objeto estético segundo Jean-Paul Sartre.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Oliveira, Rúbia Lúcia; Furtado, José LuizEsta dissertação pretende mostrar que a obra de arte e, principalmente, a literatura, têm uma função e importância única na medida em que revela o próprio homem em situação 10 – isto é, por meio da arte, o homem almeja ser a síntese impossível do Em-si-Para-si. A literatura possui ainda a especificidade de permitir a compreensão da realidade humana a partir do movimento de nadificação necessário para haver a imaginação. Ela é, portanto, imaginação e significação, ou seja, é tão ambígua quanto o homem.Item Princípio de razão nos heterônimos.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Rocha, Rubens José da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de AraújoTrata-se de mostrar como elementos centrais da poesia heteronímica de Fernando Pessoa aparecem como astúcia poética para o problema da legitimação do discurso metafísico quando, após a crítica sistemática às filosofias fundadas na representação, o pensamento é reiteradamente intimado a responder sobre a essência última das coisas. Uma astúcia que condensa os estilhaços deixados pelo desmoronamento do binômio objeto/representação em entes autônomos capazes de organizar-se, na pena do poeta, em duplos heteronímicos dotados de vida, obra e livre-arbítrio, e testemunhar, cada um a seu modo, a obsolescência da aspiração filosófica à universalidade para além do domínio humano da cultura e das ideologias.Item Arte em humano, demasiado humano : a cura anti-romântica de Nietzsche.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Toledo, Ricardo de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente dissertação é decorrente de uma pesquisa da filosofia de Friedrich Nietzsche a partir de sua obra Humano, demasiado humano. O trabalho tem como objeto de estudo a questão da arte, desdobrando-se numa análise a respeito do pensamento sobre obra de arte, gênio e cultura. O ponto de partida é a seção “Da alma dos artistas e dos escritores”, da qual se segue em direção a outros textos dos dois volumes da referida obra do autor. Como resultado da investigação, tem-se que Nietzsche busca, na segunda fase da sua produção intelectual, criticar o ideal romântico alemão de arte, que, segundo o filósofo, foi responsável pela educação artística da Alemanha durante o século XIX. A obra de arte deixa de ser vista como produto de uma inspiração metafísica e assume um status de produção derivada da capacidade criativa inerente ao homem. Por seu turno, opera-se uma reavaliação da genialidade como condição inata do gênio, ressaltando-se o valor do aprendizado e do comprometimento para a busca da excelência artística. Para tanto, é realizado um exame a respeito do gênio no Classicismo e no Romantismo alemães, bem com no livro de Nietzsche O nascimento da tragédia. O problema da cultura se faz oportuno para verificar se existe uma crítica relativa apenas aos românticos ou a todas as épocas que pretendam estabelecer o seu modelo de arte como sendo o melhor e o último. A arte romântica fomentou uma cultura baseada em valores nacionalistas, os quais exaltavam o espírito germânico, evitando tudo que lhe fosse externo. Isso teria contribuído para um enfraquecimento cultural e, por conseguinte, do indivíduo em função da coletividade. Todavia, a arte que surgia em tempos de forte industrialização e comércio, alicerçados na atividade desenfreada e na irreflexão, seria cada vez mais superficial e destinada a atender aos anseios das massas. Deve-se salientar que há sempre uma preocupação de averiguar o seguinte movimento proposto pelo pensamento nietzschiano: a arte como substituta da religião, e o homem científico como substituto do homem artístico.