IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    De uma subjetivação forçada : a fusão do belo e do sublime na sublimação lacaniana.
    (2017) Sousa, Vinícius Barbosa Carlos de; Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O objetivo deste artigo é discutir em que medida a releitura lacaniana do conceito psicanalítico da sublimação é realizada tendo-se os fundamentos da estética de Kant como pano de fundo. No curso de nossa exposição, pretendemos descrever como a sublimação se caracteriza eminentemente como procedimento crítico frente a uma determinada realidade social. Diferentemente de Freud, que pensava a sublimação nos quadros do desvio da meta sexual em direção a objetos reconhecidos e valorizados pela cultura, Lacan propõe um deslocamento da problemática da sublimação para fora do horizonte normativo da história e da cultura, mobilizando categorias como transgressão e disrupção. Tomaremos a tragédia de Antígona como exemplo, buscando enfatizar como essa função encontra nos recursos estéticos um meio de formalização privilegiado para ser desempenhada. As noções kantianas do belo e do sublime, tal como relidas por Lacan, subsidiarão o exame dessa formalização a que tende a sublimação. A hipótese central é que a sublimação lacaniana pressupõe - e aprofunda - uma espécie de fusão do belo com o sublime, e não sua separação.
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    Atitude científica e pensamento estético em Freud.
    (2016) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
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    Reflexões sobre o DSM 100.
    (2012) Iannini, Gilson de Paulo Moreira; Teixeira, Antônio
    Os autores abordam criticamente a ideologia classificatória do DSM 5, mediante o uso da versão paródica de um virtual DSM 100. Essa paródia tem o interesse de expor o que a atual 5ª versão não consegue mais ocultar: o caráter normativo de uma classificação fundada num programa vertiginoso de psiquiatrização da vida cotidiana, assim como numa psicopatologização de todo mal estar subjetivo.
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    “Através delas, por elas, para além delas” : estilo e verdade a partir das proposições contrasensuais do Tractatus de Wittgenstein.
    (2013) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O principal objetivo deste artigo é discutir o estilo composicional das assim chamadas proposições contrasensuais tal como utilizadas por Wittgenstein no Tractatus Logico-Philosophicus. É possível dizer o que não podemos dizer. Parece que num certo sentido Wittgenstein aceita essa possibilidade por um instante, antes de “jogar a escada fora”. Como proposições contrasensuais poderiam conduzir a algum tipo de verdade filosófica. Em seguida, sugiro ainda que há pelo menos duas figuras da verdade neste texto, uma delas relacionada ao estilo em que Wittgenstein escreve seu livro. Proposições contrasensuais requerem um modelo não projetivo das relações entre sentido e verdade. Finalmente, sugiro um modelo alternativo, que chamo aqui de modelo estético, para a compreensão da proposição 6.54 do Tractatus, que, ao fim e ao cabo, pode nos conduzir a conclusões que vão além e até mesmo contra Wittgenstein.
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    Retórica do inefável × prática do semidizer.
    (2011) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O principal objetivo deste artigo é discutir o “semidizer” da verdade de Lacan. Para tanto, vou contrastar a perspectiva lacaniana com a retórica do silêncio, tal como é apresentada no Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein. É possível dizer o que não podemos dizer? Sugiro que a conclusão do Tractatus é uma consequência inevitável de soldar verdade e saber, e que a possibilidade de dizer o que não podemos dizer depende de nosso esforço de modular o discurso para além do sentido proposicional. O Witz freudiano é o modelo de um tipo de verdade para além do saber e do sentido.
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    Nem physis, nem psyché : o papel da estrutura no reordenamento epistêmico da psicanálise.
    (2008) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    O principal objetivo deste trabalho é discutir o sentido do recurso de Lacan ao paradigma estrutural. A presente investigação enfatiza a função desse recurso no que tange as relações entre psicanálise e história das ciências. Freud, ao buscar estabelecer a identidade epistemológica da psicanálise precisou escolher entre Naturwissenschaften e Geisteswissenschaften. Sua opção pelo modelo das ciências naturais implica certo desconforto epistemológico entre modelo e objeto. O recurso lacaniano à estrutura é uma estratégia de criar um novo espaço para a psicanálise no âmbito das ciências. A influência dos trabalhos de Koyré é determinante. Apenas uma ciência estruturalista poderia formular uma concepção não-psicologicista e não naturalista de sujeito. Isso se mostra particularmente no que concerne à categoria de causa.
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    Psicanálise, ciência extima.
    (2007) Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    A epistemologia contemporânea assistiu a um gradual esvaziamento de sua dimensão normativa, devido a falência de soluções epistêmicas para o problema da demarcação. Neste artigo estudo as relações entre psicanálise e ciência em outros termos. A noção lacaniana de extimidade é central em nosso argumento.