IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
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Item À semelhança do animal : mímesis e alteridade em Adorno.(2010) Alves Júnior, Douglas GarciaO objeto deste artigo são os textos de Theodor W. Adorno que tematizam a semelhança animal (Tieränlichkeit) do homem. A hipótese fundamental que guiará o comentário dos textos é a de que a consciência da afinidade mimética entre animais e homens é a dimensão central que funda a possibilidade de uma concepção emancipatória de racionalidade. Nesse sentido, a dimensão mimética presente na constituição do anthropos é referida à co-participação das faculdades estéticas e práticas dos sujeitos, cujas estruturas dizem respeito à relação com a alteridade.Item Adorno e o belo natural.(2020) Oliveira, Sara Ramos de; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Pucciarelli, Daniel Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia“Adorno e o Belo Natural” possui como objetivo investigar a forma como Adorno propõe em sua obra Teoria Estética uma nova forma de se pensar o conceito de belo natural na estética e na filosofia da arte, considerando que a linguagem é o seu elemento determinante, uma vez que no belo natural trata-se de pensar a natureza como expressão de algo que não pode expressar-se pelos próprios meios. Adorno parte do pressuposto de que a tradição filosófica ocidental herdou uma visão não autêntica sobre a relação estética do ser humano com a natureza, começando pela relação do sujeito transcendental de Kant, que observava a natureza ora como lugar de afirmação daquilo que foi dominado pelo homem, ora como lugar de contemplação daquilo que ainda não foi dominado. Para Adorno, essa relação com a natureza do sujeito kantiano inaugura o belo natural como campo de expressão de uma subjetividade burguesa, que tem como principal objetivo manter as relações de poder na sociedade esclarecida. Para oferecer uma alternativa a esta visão, Adorno considera que o belo natural é um campo de expressividade negativa, ou seja, ele oferece a possibilidade de se trazer o não-idêntico à sociedade esclarecida através da experiência estética, expressa de maneira dialética no belo artístico.Item Adorno material : ensaios de teoria crítica.(Editora UFOP, 2015) Alves Júnior, Douglas GarciaItem Alegoria & Redenção : das esferas política e estética nas teses sobre o conceito de história de W. Benjamin.(2021) Oliveira, Rodrigo Rocha Rezende de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Chaves, Ernani; Alves Júnior, Douglas Garcia; Rangel, Marcelo de MelloNesta dissertação procuramos expor a intermediação dialética entre a escrita alegórica adotada por Walter Benjamin no contexto das teses Sobre o conceito de História (1940) e o posicionamento crítico e político do autor. Por outras palavras, viemos observar, assim, o que há de afinidade entre a apresentação estética do texto e o seu conteúdo engajado. Neste sentido, ressaltamos que, mesmo repletas de alegorias e imagens, as “Teses” não são uma simples e gratuita incursão estetizada de Benjamin no universo filosófico das questões sobre a construção da narrativa histórica. Para tanto estabelecemos dois eixos fundamentais (dois primeiros capítulos) que articulam essa contextualização em vista da abordagem específica. Em primeiro lugar, levantamos uma investigação sobre o conceito e a operação alegórica, considerada técnica e expressivamente, imprimida na atividade de escrita benjaminiana. Em segundo lugar, buscamos retomar as noções de redenção e melancolia no interior da obra de Benjamin também a partir de sua teoria da linguagem. E, finalmente, acessamos o espólio das “Teses” para recolher neste documento as repercussões dos preceitos elencados durante o percurso descrito.Item Arte, liberdade e reconciliação : o papel da arte na rememoração da natureza e o problema da racionalidade instrumental em Theodor Adorno.(2013) Martin, Enrique Marcatto; Alves Júnior, Douglas GarciaEssa dissertação trata do problema que a chamada racionalidade instrumental, tendo em vista o projeto de esclarecimento da humanidade, causa para a liberdade humana, ao reprimir a natureza interna do homem, a partir de Theodor Adorno e Max Horkheimer, em sua Dialética do Esclarecimento. Busca discorrer sobre o tema, analisando possíveis saídas para o problema, visando mostrar que seria necessária a reconciliação entre o homem, a racionalidade e a natureza. Para isso, apresenta elementos da teoria estética de Adorno que demonstram que há na obra de arte e na experiência estética, tal como descrita pelo filósofo, uma resposta à repressão da natureza e a possibilidade da liberdade e da reconciliação.Item Atravessando a fronteira da pele : corpo e poder em Foucault e Preciado.(2022) Gonzaga, Caio Henrique Duarte; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Lobo, Rafael Haddock; Alves Júnior, Douglas GarciaO presente trabalho parte da crítica feita ao pensamento de Michel Foucault por Paul B. Preciado, especificamente sobre os modos de produção dos corpos e subjetividades contemporâneos não levados a cabo nas análises da biopolítica. Embora o filósofo francês tenha antevisto os elementos constituintes dos regimes de subjetivação que atuam na nova modalidade de controle, Preciado sustenta a ideia de que as tecnologias de poder contemporâneas, farmacológicas e midiático-pornográficas, configuram um novo cenário político intimamente conectado ao novo modelo de capitalismo que começa a se mostrar na virada do século XX. Para descrever as principais configurações que a gestão da vida pode assumir em diferentes momentos, nossa pesquisa acompanha com Michel Foucault as análises pioneiras em torno dos procedimentos, dispositivos e técnicas para a criação e condução de condutas no regime biopolítico. Assim, recorremos às reflexões sobre a ritualização disciplinar do corpo a fim de situar a mesma estratégia de ação sobre ações prescrevendo a conduta do indivíduo nas principais configurações de gestão política da vida na sociedade contemporânea. A hipótese levantada por Preciado é que a estratégia farmacopornográfica deriva de semelhante forma de criação e gestão das tecnologias políticas do corpo, busca-se evidenciar a necessidade progressiva da substituição da autonomia na constituição ética de si, pela prescrição heterônoma de um código moral, bem como o trajeto histórico-crítico que permite situar a moderna gestão farmacopornográfica como estratégia política de governo de condutas, fornecendo pistas para uma reflexão sobre o desenvolvimento e preservação de micropolíticas de resistência, de práticas de si e de defesa de novas subjetividades.Item O autoritarismo na indústria cultural e no fascismo segundo Theodor W. Adorno.(2023) Leal, Emanuel Djaci de Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Freitas, Verlaine; Duarte, Rodrigo Antônio de Paiva; Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesA presente dissertação tem como objetivo compreender se a indústria cultural, no cerne da democracia burguesa, pode influenciar a aparição de fenômenos autoritários, pela ótica de Theodor W. Adorno (1903-1969). A princípio, esta pesquisa buscará entender o arranjo do sistema capitalista diante do qual Adorno viveu e escreveu a sua obra. Em seguida, a indústria cultural será analisada a partir de seus operadores, para compreender se ela pode ser assumida como uma instituição capaz de promover o autoritarismo, tendo em vista que, a partir de momentos de crise, o sistema capitalista precisa intensificar a dominação vigente, a fim de assegurar sua sobrevida, produzindo tais fenômenos autoritários. Um dos objetos deste estudo é a consciência do sujeito, refletindo o conceito adorniano de semiformação [Halbbildung], pois, além dos pressupostos objetivos, há o aspecto subjetivo que perpassa o problema do autoritarismo, visto que esses movimentos contrarrevolucionários necessitam do apoio da população para colherem seus frutos. Outro objeto serão os escritos de Adorno sobre os discursos e as propagandas fascistas. Essas últimas entendidas como sendo permeadas por mecanismos psicológicos que objetivam assegurar a dominação sobre os indivíduos, manipulando pulsões inconscientes e tendo por finalidade a cooptação individual para o seu coletivo.Item Como a literatura pode ser formativa? : sobre os modos de uma diferenciação mimética da razão.(2015) Alves Júnior, Douglas GarciaQue a literatura é importante para a formação é uma declaração geralmente bem aceita. Quando se pergunta pelos conceitos reguladores de literatura e de formação envolvidos, no entanto, as discussões, frequentemente, dão margem a desacordos fundamentais. Pretendo indicar que, quando se põe em questão o vínculo entre literatura e formação, se trata, a cada vez, de maneiras distintas de articular a relação entre o estético e o prático. A partir da atenção dada pela teoria crítica à dialética de razão em natureza, argumentarei a favor de uma potência formativa da literatura, remetendo-a à criação histórica de sentidos alternativos de mundo nos planos subjetivo, natural e social.Item Conceito de barbárie em Walter Benjamin.(2015) Marinho, Clayton Rodrigo da Fonsêca; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Alves Júnior, Douglas Garcia; Damião, Carla MilaniEsta pesquisa busca apresentar um conceito de barbárie na obra do filósofo Walter Benjamin. Quando, em seu ensaio “Experiência e Pobreza” (1933), ele diz da necessidade de pensar um “conceito novo e positivo de barbárie”, tomamos a sério a tarefa de conceituá-la. Para isso, adotamos um paradigma estético de pensamento, a “constelação”, a fim de chegar a um conceito que faça jus ao pensamento do filósofo. No primeiro capítulo, tentamos conceituar a “constelação” e sua aparição na obra benjaminiana. Partindo disso, buscamos, no segundo capítulo, os elementos que compõem esse conceito, tentando diferenciar aquilo que comporia os extremos da constelação da barbárie, tais como: violência, direito, justiça, poder, destino, contínuo, interrupção, estado de exceção. No terceiro capítulo, agora relacionando a barbárie com a cultura, tentamos encontrar os elementos em que ambos se tocam, e ao mesmo tempo, compõem o conceito de barbárie, tais como: memória, esquecimento, experiência, pobreza, relacionados num tipo de produção artística que tenta construir uma outra tradição: os antimonumentos. Com a apresentação desse conceito, o que podemos pensar a respeito de Benjamin, é o desejo de criar desvios e colocar em questão a escrita da história, partindo não da tradição que engendra a história dos vencedores, e sim, interrompendo-a a fim de construir uma outra história, que faça jus à memória da “corveia sem nome”.Item Os conceitos de ingênuo e sentimental em Friedrich Schiller : do belo ideal de poesia e humanidade.(2020) Mandarino, Jaqueline Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Vieira, Vladimir Menezes; Alves Júnior, Douglas GarciaO objetivo desta dissertação é analisar a relação e os desdobramentos dos conceitos de ingênuo e sentimental com a proposta de uma educação estética para a humanidade em Schiller. Identificando a urgência de uma educação para a sensibilidade capaz de abranger a própria razão, partimos do princípio de que o ensaio Poesia ingênua e sentimental é a síntese prática dos objetivos presentes em A educação estética do homem. Apresentamos nossa ideia demonstrando as influências artísticas, políticas e culturais de Schiller que permitem estabelecer a necessidade de uma estética que ultrapasse o âmbito teórico. Propomos que os impulsos sensível e formal fomentam nossa leitura quando deles se deduz um terceiro impulso, o lúdico, que se relaciona diretamente com o vivo impulso criador do poeta. Para demonstrarmos essa articulação fizemos um paralelo entre a missão do poeta na modernidade e da humanidade em geral. Por fim, apresentamos como o poeta sentimental e seu processo de criação reflete a busca pelo Ideal de beleza presentes na educação estética.Item Da autonomia da arte à autonomia moral : a dupla perspectiva da liberdade na transformação política através da educação estética de Schiller.(2018) Oliveira, Geraldo Lacerda de; Guimarães, Bruno Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Figueiredo, Virginia de Araújo; Alves Júnior, Douglas GarciaPretendemos mostrar com essa dissertação que o projeto de uma educação estética do homem proposta por Schiller tem como finalidade reconstruir o indivíduo e a política. Ao partir da obra de Schiller A Educação Estética do Homem Numa Série de Cartas (1990, mostraremos o diagnóstico social e político do século XVIII feito por nosso autor, o qual declarou tratar-se de um problema político cuja solução encontrava-se na arte. Pretendemos mostrar porque a arte é capaz de promover mudanças e como ela pode ser usada nesse sentido. Esclareceremos o que permite a Schiller pensar, sem contradição, a ideia de uma arte autônoma, porém, ao mesmo tempo requisitada para promover a dignidade humana e uma sociedade justa. Mostraremos ainda o desdobramento da proposta do projeto político de Schiller cujo caminho passa pela autonomia do homem através da educação estética e pela formação do estado estético. Isso implica uma relação entre moral e estética, a qual mostraremos através do texto “Sobre Graciosidade e Dignidade” (1997) e a obra Poesia Ingênua e Sentimental (1991).Item O devir da angústia : um diálogo entre Kierkegaard e Dostoiévski.(2017) Souto Maior, Patrícia Silva; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Culleton, Alfredo Santiago; Alves Júnior, Douglas GarciaA razão e a lógica podem tudo explicar? Certamente, essa pergunta motivou o trabalho de dois dos mais profundos e profícuos autores do século XIX, nomeadamente, o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, e o romancista russo Fiódor Dostoiévski. Pensadores que viveram em um século extremamente influenciado e regido pelos ditames científicos; pensadores que se posicionaram de modo contrário ao desejo de reduzir os percalços, paradoxos e absurdos da existência ao crivo da razão com sua ambiciosa promessa de harmonia e progresso. Kierkegaard e Dostoiévski apostaram na subjetividade, colocando a importância da singularidade e da interioridade para uma vida realmente plena e permeada de sentido. A razão e as leis científicas são de fato relevantes, mas a existência como um todo, com todos os seus aspectos, também é. Não somos apenas razão, somos atravessados de experiências conflituosas, dentre elas: a experiência da angústia- que nos revela a todo o momento, que somos seres com as mais variadas e distintas possibilidades. Levando em consideração o até aqui exposto, o presente texto tem como fito, realizar uma análise comparativa das obras O Conceito de Angústia (Soren Kierkegaard) e Memórias do Subsolo (Fiódor Dostoiévski), buscando compreender o papel da angústia no caminho do homem que está em seu processo de fazer-se, que está em devir; visando entender, como os pensadores articulam angústia com categorias como possibilidade e liberdade.Item O drama e o espanto : sobre poesia e filosofia em Fernando Pessoa.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Souza, Fabrício Lúcio Gabriel de; Alves Júnior, Douglas GarciaEste estudo tem sua origem na afirmação de Fernando Pessoa: “Eu era um poeta animado pela filosofia, não um filósofo com faculdades poéticas”. Desse modo, através de uma análise imanente, mostraremos primeiramente como se constituíram as ideias estéticas desse poeta e dos seus heterônimos, Antônio Mora e Álvaro de Campos. Depois, seguindo uma reflexão a partir da leitura crítica dos poemas tanto do poeta ortônimo, quanto dos três principais heterônimos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, consideramos as discussões acerca da relação entre poesia e filosofia e o que significa, neste contexto, ser “um poeta animado pela filosofia”.Item Elementos para uma sistematização dialéticomaterialista do vir a ser da arte.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Marinho, Lucas Alves; Alves Júnior, Douglas GarciaDesenvolvendo algumas indicações de Theodor W. Adorno (1903-1969), esta dissertação estabelece elementos conceituais para empreender (e ensaia) uma sistematização dialéticomaterialista do vir a ser da arte – uma sistematização do vir a ser da arte centrada no desenvolvimento dos diferentes procedimentos compositivos que efetivam os estados sucessivos da progressiva dominação estética da natureza.Item Em que sentido podemos pretender uma “vida boa”? : reflexões a partir de minima moralia.(2012) Alves Júnior, Douglas GarciaAdorno possui um pensamento moral próprio, que já foi chamado por alguns intérpretes de “filosofia moral negativa”, e que prefiro chamar de “Teoria Crítica da Moral”. Trata-se de uma filosofia moral normativa, que examina as condições de constituição da autonomia e das relações intersubjetivas morais. Questões relacionadas à “vida boa” – no sentido de uma vida moralmente correta e bem-realizada, para os seres humanos – de modo algum são consideradas ociosas por Adorno. A “vida boa”, em Adorno, abrange uma noção materialista e intersubjetiva de felicidade, de liberdade e de justiça. Seu fundamento nas faculdades estéticas permite pensar em uma concepção integrativa de vida boa, em que atividades diretamente relacionadas com nossa dimensão sensível são centrais.Item Em tempo : subdesenvolvimento como revolução. Um diálogo entre Gilles Deleuze e o Cinema Novo de Glauber Rocha.(2022) Moreira, Thiago Ferraz; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Alberto da; Alves Júnior, Douglas GarciaNeste trabalho, buscamos intercruzar os pensamentos de Gilles Deleuze e Glauber Rocha sobre o cinema. Discutimos a complexa questão em torno do tempo, no encalço do pensamento de Henri Bergson e da arte cinematográfica, sobretudo, do cinema moderno em Deleuze, bem como os aspectos em torno das dificuldades de produção trazidas por Glauber Rocha. Problematizamos a questão do “olhar estrangeiro” quanto às produções feitas em condições de subdesenvolvimento e as questões identitárias na engendração da noção de um povo. Tratamos do certame que apreende o conceito de cinema revolucionário e das operações que tangem questões decoloniais, buscando suporte em pensadores como Eduardo Viveiros de Castro, Ismail Xavier, Frantz Fanon, Paulo Emílio Sales Gomes, Marilena Chauí, dentre outros. A conclusão depreende dos ecos deixados pelo Cinema Novo e pelo pensamento filosófico, tal qual as potencias revolucionárias suscitadas pelos conceitos de nômade e clandestinidade.Item Entre o cinema e o jazz : a produção midiática dos anos trinta e quarenta na interpretação de Walter Benjamin e Theodor W. Adorno.(2012) Alves Júnior, Douglas Garcia; Lima, Oscar PalmaItem Estado e capitalismo na filosofia política de Gilles Deleuze e Félix Guattari.(2020) Assis, Rondnelly Nunes de; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Barbosa, Mariana de Toledo; Alves Júnior, Douglas GarciaEsta dissertação tem como objetivo apresentar a "teoria generalizada dos fluxos" desenvolvida por Gilles Deleuze e Félix Guattari em Capitalismo e esquizofrenia. Para executar esse projeto, iniciamos o trabalho apresentando os conceitos principais de O anti-Édipo a fim de remontar as bases do pensamento filosófico-político dos autores para, posteriormente, fazer uma revisão desses conceitos em vista de seu desenvolvimento no segundo tomo da obra, Mil platôs. Para contextualizar a passagem de uma obra à outra, suas diferenças conceituais e estilísticas, nos detivemos em Kafka: por uma literatura menor e suas intervenções, que marcam a interseção entre as obras e "explica" em grande parte o distanciamento cada vez maior que o pensamento dos autores toma em relação à filosofia política da época, e, em especial, às teses estruturalistas. Buscamos reconstruir a teoria política dos autores com o auxílio de comentadores e a contextualizando com a história da filosofia; nesse aspecto, intentamos tornar mais transparente as preocupações dos autores com a filosofia política, em geral, e com a questão do capitalismo, em particular. Retomando uma preocupação marxiana com o capitalismo, os autores buscam de certo modo conciliá-lo à psicanálise freudiana, não sem passar por outros autores que intentaram fazê-lo de outros modos. Não se deve, entretanto, pensar que essa conciliação é possível sem uma crítica dos dois sistemas; se a intenção dos autores é uma síntese, isso só pode acontecer à medida em que se os depura de suas limitações – no caso do marxismo, a teleologia que prefigura uma concepção evolucionista da história, e no caso da psicanálise freudiana, uma colonização total do inconsciente por Édipo. Há, todavia, uma continuidade na obra desses autores e o projeto de Deleuze e Guattari: tanto a preocupação de Marx com o capitalismo quanto a descoberta do inconsciente se mantêm intactos, embora sejam inseridos em seu projeto de modo heteróclito. Os autores intentam, portanto, entender como o capitalismo, aparentemente um mero sistema econômico e político, se assenta sob uma base produtiva do inconsciente, produzindo continuamente os sujeitos que reproduzam essa formação social, e desenvolver uma nova concepção de política que se distancia dos ideais de organização marxistas, especialmente a ideia de um sujeito revolucionário encarnado na classe trabalhadora e sua ação, tomar o poder. Nesta dissertação remontamos a construção desse projeto, seus antecedentes históricos e as soluções que os autores propõem a fim de construir uma teoria política para “um povo que falta”.Item Estética afirmativa em Arthur Schopenhauer.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Bastos, Eduardo Reina; Alves Júnior, Douglas GarciaA tradição filosófica caracteriza a filosofia de Arhur Schopenhauer como pessimista como dado acabado e incontornável. Esta dissertação tem como principal objetivo demonstrar que sua parte estética se insere como uma alternativa a esta constatação e demonstrar que existe um grande contraste entre criação e negação. Através de uma reconstrução de sua teoria do conhecimento, a chamada pré-estética, e reconstrução de sua estética, nos alçamos àquela que serve como força apaziguadora da Vontade, a intuição estética e seu produto, a contemplação estética.Item A estética do retrato no cinema de Andrea Tonacci a partir de Jean-Luc Nancy.(2020) Moreira, Pedro Carvalho; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Figueiredo, Virginia de Araújo; Rangel, Marcelo de MelloEsta dissertação investiga relações entre a estética do retrato proposta pelo filósofo Jean-Luc Nancy e a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci (1944-2016). Para tanto, busca-se, inicialmente, compreender como a imagem se insere no pensamento do filósofo para, em seguida, refletir sobre as questões estéticas que o retrato pictórico coloca em jogo, tendo como referência dois de seus principais textos sobre o tema: Le Regard du Portrait (2001) e L’Autre Portrait (2014). A partir de conceitos como imagem, mímesis, fundo, distinto, retrato autônomo, outro retrato, methexis, ser-singular-plural, identidade, semelhança, evidência e uma discussão em torno da filosofia do sujeito realizada por Nancy, buscamos uma chave interpretativa, ou uma possível entrada para discutir Serras da Desordem (2006) - uma das obras mais marcantes de toda a trajetória de Andrea Tonacci, cuja complexidade e variedade de temas abordados sugere uma infinidade de caminhos investigativos. No entanto, não pretendemos produzir uma leitura inequívoca da obra de um cineasta através de conceitos filosóficos, mas buscamos, sob a luz dos textos de Jean-Luc Nancy, um caminho possível para percorrer um filme por demais profuso e que, por esta razão, repele qualquer tipo de interpretação totalizante. Nesse sentido, não há a intenção de propor analogias diretas entre a arte pictórica e o cinema de Tonacci, mas de investigar as possibilidades que o gênero retrato oferece para discussão de Serras. Somado a isso, acreditamos que o filme de Tonacci nos oferece a possibilidade de qualificar certas questões suscitadas pela filosofia de Nancy por meio de uma discussão centrada no contexto brasileiro, sobretudo se levarmos em conta que a obra em questão tem como protagonista Carapiru - um índio Awá Guajá que sobreviveu a um massacre e passou 10 anos de sua vida vagando solitário, pois acreditava ser o último sobrevivente de seu povo.
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