O devir da angústia : um diálogo entre Kierkegaard e Dostoiévski.

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Data
2017
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Resumo
A razão e a lógica podem tudo explicar? Certamente, essa pergunta motivou o trabalho de dois dos mais profundos e profícuos autores do século XIX, nomeadamente, o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, e o romancista russo Fiódor Dostoiévski. Pensadores que viveram em um século extremamente influenciado e regido pelos ditames científicos; pensadores que se posicionaram de modo contrário ao desejo de reduzir os percalços, paradoxos e absurdos da existência ao crivo da razão com sua ambiciosa promessa de harmonia e progresso. Kierkegaard e Dostoiévski apostaram na subjetividade, colocando a importância da singularidade e da interioridade para uma vida realmente plena e permeada de sentido. A razão e as leis científicas são de fato relevantes, mas a existência como um todo, com todos os seus aspectos, também é. Não somos apenas razão, somos atravessados de experiências conflituosas, dentre elas: a experiência da angústia- que nos revela a todo o momento, que somos seres com as mais variadas e distintas possibilidades. Levando em consideração o até aqui exposto, o presente texto tem como fito, realizar uma análise comparativa das obras O Conceito de Angústia (Soren Kierkegaard) e Memórias do Subsolo (Fiódor Dostoiévski), buscando compreender o papel da angústia no caminho do homem que está em seu processo de fazer-se, que está em devir; visando entender, como os pensadores articulam angústia com categorias como possibilidade e liberdade.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Emoções - filosofia - angústia, Existencialismo na literatura, Compreensão - teoria do conhecimento
Citação
SOUTO MAIOR, Patrícia Silva. O devir da angústia: um diálogo entre Kierkegaard e Dostoiévski. 2017. 110 f. Dissertação (Mestrado em Estética e Filosofia da Arte) - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.