DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    O tempo conjurado : sobre “Para mascar com chiclets”, de João Cabral de Melo Neto.
    (2020) Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Leitura de “Para mascar com chiclets”, de João Cabral de Melo Neto (1998), este ensaio explora as complexidades sintáticas e figurativas do poema, tomando como ponto de partida as tensões entre a aposta anti-ilusionista da poesia moderna e as intimações antropomórficas e alucinatórias da tradição lírica ocidental. Ato contínuo, ao destacar a sutil trama de interrupções que atravessa os versos, tenta-se mostrar como, neste poema, o senso de uma clivagem insuperável separando homem e tempo se dá ver menos como enunciado explícito do que como uma estranha solução de compromisso entre resistência e abstração, prosaico e sublime, na qual o mergulho obsessivo e mecânico na pura repetição torna-se o atalho inesperado para um bizarro ritual autodestitutivo.
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    Elitismo para o povo : Cesário Verde e a estética anti-burguesa.
    (2020) Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Leitura de um dos poemas mais intrigantes de Cesário Verde, este ensaio discute os modos pelos quais o texto de “Humilhações” tenta lidar com a natureza centrífuga e disruptiva da experiência moderna, tomando como primeira moldura de referência o novo frisson inaugurado pelas Flores do mal de Baudelaire. Ao mesmo tempo, ao analisar a violenta mudança de tom e velocidade nas últimas duas estrofes — quando o narrador deixa o átrio do teatro para descobrir-se bem no meio de um confronto entre povo e polícia —, procura-se mostrar, de um lado, como ao longo do poema o compromisso de dar rosto e voz aos novos atores políticos anda de mãos dadas com um intenso respeito pela opacidade e inacabamento dessa condição, e, de outro, as estratégias formais concebidas para honrar tal aposta.
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    Naufrágio com espectador (sobre “O infinito”, de Leopardi).
    (2015) Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Leitura de “O Infinito”, de Leopardi, este ensaio se propõe a analisar o complexo jogo de simetrias que atravessa o poema, tomando como ponto de partida a incessante tensão entre linguagem e realidade exposta e dramatizada no sinuoso movimento de seus 15 versos.