Elitismo para o povo : Cesário Verde e a estética anti-burguesa.

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Data

2020

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Resumo

Leitura de um dos poemas mais intrigantes de Cesário Verde, este ensaio discute os modos pelos quais o texto de “Humilhações” tenta lidar com a natureza centrífuga e disruptiva da experiência moderna, tomando como primeira moldura de referência o novo frisson inaugurado pelas Flores do mal de Baudelaire. Ao mesmo tempo, ao analisar a violenta mudança de tom e velocidade nas últimas duas estrofes — quando o narrador deixa o átrio do teatro para descobrir-se bem no meio de um confronto entre povo e polícia —, procura-se mostrar, de um lado, como ao longo do poema o compromisso de dar rosto e voz aos novos atores políticos anda de mãos dadas com um intenso respeito pela opacidade e inacabamento dessa condição, e, de outro, as estratégias formais concebidas para honrar tal aposta.

Descrição

Palavras-chave

Lírica, Memória cultural, Democracia, Cultural memory, Democracy

Citação

MACIEL, M. C. R. Elitismo para o povo: Cesário Verde e a estética anti-burguesa. Convergência Lusíada, Rio de janeiro, v. 31, n. 44, p.141-165, jun./dez. 2020. Disponível em: <https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/416>. Acesso em: 25 ago. 2021.

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