O tempo conjurado : sobre “Para mascar com chiclets”, de João Cabral de Melo Neto.

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Data

2020

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Resumo

Leitura de “Para mascar com chiclets”, de João Cabral de Melo Neto (1998), este ensaio explora as complexidades sintáticas e figurativas do poema, tomando como ponto de partida as tensões entre a aposta anti-ilusionista da poesia moderna e as intimações antropomórficas e alucinatórias da tradição lírica ocidental. Ato contínuo, ao destacar a sutil trama de interrupções que atravessa os versos, tenta-se mostrar como, neste poema, o senso de uma clivagem insuperável separando homem e tempo se dá ver menos como enunciado explícito do que como uma estranha solução de compromisso entre resistência e abstração, prosaico e sublime, na qual o mergulho obsessivo e mecânico na pura repetição torna-se o atalho inesperado para um bizarro ritual autodestitutivo.

Descrição

Palavras-chave

Lírica, Antropomorfismo, Tropo, Lyric, Antropomorphism

Citação

MACIEL, E. C. R. O tempo conjurado: sobre “Para mascar com chiclets”, de João Cabral de Melo Neto. Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 29, n. 4, p. 12-32, 2020. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/o_eixo_ea_roda/article/view/16878/1125613849>. Acesso em: 25 ago. 2021.

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