Navegando por Autor "Freixo, André de Lemos"
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Item Antirracismo, história e tempo : ações afirmativas e reparação histórica no jornal Folha de São Paulo (2000-2012).(2019) Paula, Guilherme Oliva de; Roza, Luciano Magela; Abreu, Marcelo Santos de; Roza, Luciano Magela; Freixo, André de Lemos; Miranda, Shirley Aparecida deNesta dissertação apresento uma possível ligação entre os campos dos estudos raciais e da teoria da história, demonstrando como as diferentes performances dos conceitos de história, tempo e antirracismo podem ser conectadas a algumas interpretações sobre a formação nacional brasileira e a atuação dos movimentos sociais negros ao longo do período republicano brasileiro. Com isso, procuro historicizar as interpretações sobre as relações raciais no Brasil e a atuação dos movimentos sociais negros em diferentes contextos. Por conseguinte, apresento as possíveis relações entre a emergência de uma experiência do tempo e da história ligadas à ética da reparação dos traumas do passado com o desenvolvimento da luta pelas ações afirmativas para a população negra no final do século XX e início do século XXI. Por fim, por meio da análise dos argumentos dos articulistas do jornal Folha de São Paulo, entre os anos de 2000 e 2012, demonstro que os mesmos constroem seus posicionamentos sobre as ações afirmativas por critérios raciais lançando mão de duas interpretações históricas sobre a questão racial brasileira distintas. Os contrários valorizam a narrativa da miscigenação, negando a valorização política e identitária do conceito de raça. Ao passo que os favoráveis, por meio da ótica da reparação histórica, estabelecem a desigualdade racial presente como um processo de perpetuação histórica do qual só a valorização do conceito de raça é capaz de auxiliar no tratamento destes passados que não passam, representados pela desigualdade racial presente.Item Antropoceno : como olhar o nosso tempo (2007-2017).(2020) Eugênio, Kaian Luca Perce; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Jorge, Janes; Silva, Valéria Mara da; Freixo, André de LemosEsta dissertação faz a análise da temporalidade do Antropoceno pela história ambiental e pela teoria da história para trazer à luz uma perspectiva geohistórica da modernidade. Seu objetivo central é analisar como a temporalidade do Antropoceno foi construída por meio das contribuições epistemológicas dos historiadores ambientais John McNeill, Dipesh Chakrabarty, Jason Moore e Christophe Bonneuil. O objetivo secundário da pesquisa é compreender como o Antropoceno foi se transformando em uma periodização para a historiografia designar aspectos socioambientais da história da modernidade. Ressalta-se que Moore utiliza o termo Capitaloceno e Bonneuil utiliza o termo Occidentaloceno que consideram mais adequados para nomear a nova época geológica do planeta. Entre 2007- 2017, os historiadores ambientais analisados discutiram três eixos temporais do Antropoceno a partir dos quais elaboramos a temática da pesquisa: o tempo geológico, o tempo da vida e o tempo da modernidade. Como hipótese norteadora, acreditamos que a construção da temporalidade do Antropoceno na historiografia expandiu o significado da ideia de um novo intervalo de tempo na história da Terra para além da geologia, a partir da problematização da experiência de tempo moderna. Além disso, o uso do Antropoceno por historiadores ambientais foi importante para que a historiografia tivesse um conceito mais atualizado para refletir sobre os rumos da globalização e da modernidade durante os séculos XX e XXI. Em última análise, também apontamos algumas controvérsias que foram levantadas durante as pesquisas.Item A Capoeira Angola como espaço de resistência epistêmica : os cantos de capoeira como possíveis transmissores de uma cronosofia afro brasileira.(2020) Teixeira, Ângelo de Oliveira Gomes; Freixo, André de LemosA ideia de tempo é parte fundamental do trabalho dos historiadores e, sob a batuta destes o tempo histórico é dividido em passado, presente e futuro. A importância desse tempo linear, universal e progressivo para o código da disciplina histórica é enorme. Trata-se de uma concepção que subalternizou outras temporalidades à sua historicidade modernista. Assim, buscamos analisar as insuficiências teóricas da cronosofia modernista da disciplina histórica para identificar e compreender as cronosofias marginalizadas em jogo no Brasil. Analisamos os elementos históricos que a população afro-brasileira produz propondo olhar para os espaços e performatividades em que acontecem, organizadas na Capoeira Angola. Defendemos que o canto e o jogo da Capoeira além de conhecimento histórico também é manifestação de resistência epistêmica e cronosófica desse povo.Item A Capoeira Angola como espaço de resistência epistêmica e os cantos de capoeira como transmissores de temporalidade : as dificuldades da história disciplinar em narrar os passados afrobrasileiros.(2021) Teixeira, Ângelo de Oliveira Gomes; Freixo, André de Lemos; Freixo, André de Lemos; Martins, Leda Maria; Oliveira, Eduardo David de; Roza, Luciano MagelaA subordinação das temporalidades coloniais, ao relógio imperialista e à temporalidade “modernista” foi lenta e gradualmente realizada pela construção de uma história única: uma história “humana”. Assim, ao adotar essa forma de experimentação do tempo em seu método, a disciplina histórica a toma como o tempo em si (naturalizando-o), universalizando essa noção temporal tão especificamente ocidental e moderna. Nesse sentido, pode-se dizer que a história (o discurso histórico modernista e historicista) foi imprescindível na política de colonização do tempo. Com isso, propomos à disciplina conhecer e compreender a Capoeira Angola como espaço produtor e transmissor de conhecimento no que se refere ao tempo passado; que ela possui suas próprias bases teóricas e metodológicas, seu próprio regime de verdade e seus próprios agentes. Ao final, defendemos que a partir deste conhecimento pode-se extrair uma compreensão mais alargada das temporalidades, aquela que se guarda e experimenta no ritual da roda de Capoeira Angola. Pensamos que a historiografia pode servir-se dela no âmbito de uma reflexão teórica na qual decolonizar suas práticas e alargar seus horizontes éticos e epistêmicos, não no sentido de absorvê-la como parte da história disciplinar, mas sim de modo que esta última se reconheça enquanto uma das formas de se lidar com as histórias e de se codificar o passado, e não como a única, viabilizando assim o combate às práticas epistemicidas que ainda insistem em manter altos muros de isolamento de outras formas de conhecer e experimentar o tempo.Item Conceitos individualizantes e valores na teoria da história de Heinrich Rickert.(2016) Silva, Aída Rita Tedesco e; Mata, Sérgio Ricardo da; Freixo, André de Lemos; Assis, Arthur AlfaixA presente dissertação analisa a teoria da história do filósofo neokantiano Heinrich Rickert (1863-1936). A investigação tem por foco especialmente o papel dos valores e dos conceitos individualizantes como condição de possibilidade para a elaboração do conhecimento histórico objetivo. A análise se dá em duas frentes. Considera-se, por um lado, a teoria da história de Rickert a partir do conjunto integral da obra do autor e de seus debates dentro da Escola Neokantiana de Heidelberg; por outro, a partir de outras teorias da história contemporâneas a ele. Nesse caminho são discutidas as teorias da história ligadas ao monismo metodológico e à filosofia de Dilthey.Item Contando o conto do Sacudón na Venezuela (1989) : narrativas para um acontecimento.(2022) Vargas González, Livia Esmeralda; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Pereira, Luisa Rauter; Abreu, Marcelo Santos de; Haddock Lobo, Rafael; Astorga, OmarEsta tese propõe uma reflexão – e uma escrita – do Sacudón (1989) na Venezuela a partir da sua consideração enquanto acontecimento e sob o reconhecimento da impossibilidade para apreendê-lo, subsumi-lo e submetê-lo numa estrutura. Trata-se de uma possível narrativa – tradução – que se tece com algumas das vozes que esse acontecimento torna audíveis, entendendo, por sua vez, que toda tradução carrega consigo uma perda originária. Para tanto, a tese se organiza em dois grandes momentos. Na primeira parte, intitulada “Para ler o Sacudón: rastros historiográficos e teóricos”, apresentam-se algumas das narrativas e interpretações que existem sobre o Sacudón, e exploram-se os insumos teórico-filosóficos sobre a ideia de acontecimento segundo Alain Badiou, Slavoj Zizek e Daniel Bensaïd com cujas chaves eu encaro o mergulho teórico-empírico no Sacudón enquanto acontecimento. A segunda parte, intitulada “Crônicas constelares do Sacudón: entre pontos e encruzilhadas”, propõe uma narrativa do Sacudón a partir de cinco crônicas tecidas com vozes, lembranças testemunhais e registros jornalísticos do que se passou naquele episódio. Por fim, a presente tese representa um esforço teórico, empírico e narrativo a partir do qual se articulam traços do que fora um dos eventos mais disruptivos na história contemporânea da Venezuela. Essa tese carrega com, em, por trás e para além das suas tramas – e suas linhas –, a força fantasmagórica do não dito. Em termos de disposições metodológicas, é uma tese escrita sob espíritos melancólicos, em trânsitos que envolvem a reflexão teórica, o documentário, o testemunhal e o biográfico. No entanto, ela se nutre, sobretudo, da nostalgia irresolúvel que acompanha a experiência migratória. Trata-se de um percurso (com suas pausas) em que as lembranças, imagens, vivências e histórias próprias foram se inserindo no texto, direta ou indiretamente, movidas pela impossível vontade de dividir, não apenas relatos sobre o Sacudón, mas tudo aquilo que me leva para a terra em que nasci.Item O corpo do tempo : ética, política e o caráter performático do tempo histórico na história da História do Brasil de José Honório Rodrigues.(2015) Freixo, André de LemosPropõe-se a seguir uma análise da história da história do Brasil de José Honório Rodrigues (1913-1987), com particular ênfase sobre sua concepção de tempo, historiografia e história a partir da periodização construída pelo autor. O objetivo fundamental aqui é estimular o tratamento de problemas ético-políticos no interior de uma análise historiográfica teoricamente orientada. Uma periodização é uma performance do tempo cujas implicações éticas e políticas precisam ficar claras. Para Rodrigues, justificar uma fenda no “corpo do tempo” significava compreender historicamente: instaurar o tempo e o espaço do novo, do revolucionário, era parte de uma reconfiguração dos termos que definiriam a consciência histórica contemporânea. Sua história da história performaticamente engendrava uma postura de modificação de valores associados ao modo particular de pensar e escrever história no Brasil à sua época, bem como na experiência do tempo e no modo de produzir sentido para a história: eis a dimensão ética que destacarei. Do mesmo modo, almejava que a historiografia instrumentalizasse a nova consciência dos problemas nacionais e mobilizasse as ações em prol de mudanças para os rumos da História do Brasil, o que configura a dimensão política que se analisará aqui.Item Da visibilidade da tortura à luta pela anistia nas páginas do semanário movimento : disputas e combates em busca de um projeto alternativo (1975-1981).(2018) Magalhães, Amanda Queiroz; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Freixo, André de Lemos; Maia, Marta Regina; Motta, Miriam Hermeto de SáNo Brasil ditatorial marcado pela repressão em diferentes esferas e pela aplicação desmedida de violência contra os opositores dos governos militares, vários foram os sujeitos, grupos e movimentos que, buscando implementar projetos alternativos à ordem política dominante, denunciaram tais violações dos Direitos Humanos durante e após sua perpetração e lutaram pela verdade, pela justiça e pelo estabelecimento de um sistema político que não garantisse uma cultura de repetição e perpetuação da violência de Estado. O presente trabalho se dedica a analisar matérias, reportagens, charges e artigos que, produzidos pelo jornal alternativo Movimento entre 1975 e 1981, tiveram como tema os crimes de tortura praticados desde o início da ditadura militar e a luta pela Anistia empreendida no país, sobretudo, no final de década de 1970. A proposta é demonstrar como o processo de crítica e denúncia da tortura que foi realizado pelo semanário, esteve entrelaçado ao seu posterior engajamento na luta por uma Anistia abrangente e pelo estabelecimento de uma certa memória e reparação das marcas deixadas pela ditadura militar brasileira. Para tal, este estudo explora em contraposição ao material de caráter contestador divulgado pelo Movimento, o posicionamento e reações dos militares e também os discursos propalados pela imprensa hegemônica de circulação nacional.Item Direito ao esquecimento : o tempo na narrativa jurídica acerca da possibilidade do reconhecimento de um direito subjetivo a ser “deixado em paz.”(2019) Costa, André de Abreu; Antunes, Álvaro de Araújo; Antunes, Álvaro de Araújo; Freixo, André de Lemos; Arantes, Bruno Camilloto; Pedron, Flávio Barbosa Quinaud; Formiga, Francis Albert CottaA tese que ora se apresenta trata da narrativa jurídica do direito ao esquecimento a partir da análise do discurso dos diversos atores jurídicos que, intervindo decisivamente na constituição dos contornos do que se poderia chamar de uma pretensão individual ao olvido, utilizam-se de categorias historiográficas para definir o desenho desse direito subjetivo sem a problematização e a historicização necessárias e o diálogo com a Ciência da História, de onde provêm esses elementos estruturais da justificativa do esquecimento como um direito subjetivo decorrente dos direitos da personalidade, corolário da dignidade da pessoa humana. Entendendo o direito ao esquecimento como uma pretensão individual de não ser mais perseguido, no presente, pelos eventos do passado, de modo a evitarem-se danos, ao tratar dos aspectos jurídicos dos casos paradigmáticos que se discutem nos tribunais superiores brasileiros no contexto da pretensão ao esquecimento – marcadamente os casos Aída Curi e Chacina da Candelária –, este trabalho analisou as argumentações trazidas pelos mais diversos atores jurídicos envolvidos na nessa discussão. A partir da construção tipológica dos diversos sentidos que a pretensão ao esquecimento assume, desde os aspectos relacionados à justiça criminal; ao direito coletivo à memória; à construção de identidades na rede de computadores e a garantia individual de controle informativo de dados pessoais, percebeu-se a presença de um certo número de categorias conceituais insistentemente utilizadas pelos mais diversos setores envolvidos na discussão sobre o esquecimento. Essas categorias relacionam-se especialmente à historicidade – e ao tempo – e à questão das narrativas verdadeiras que, a pretexto de dar fundamentação ao discurso jurídico, são retiradas de seu contexto historiográfico, historicamente não-problematizadas e traduzidas no discurso jurídico de modo impreciso. Ao final, percebeu-se que a tese do direito ao esquecimento, ao ser deslocada para interior da narrativa jurídica, para não se tornar inadequada, precisa respeitar a dimensão histórica do próprio fenômeno jurídico, as categorias históricas e, principalmente, compreender o direito como um dos instituidores do tempo público, mas não o único.Item Os discursos de memória da ASVB : narrativa de autorrepresentação na Obra “A Imigração suíço-valesana no Rio Grande do Sul.(2022) Matos, Glaucia Malena Sauthier; Roza, Luciano Magela; Roza, Luciano Magela; Lopes, João Paulo; Freixo, André de LemosNo século XIX, muitos imigrantes aportaram no Rio Grande do Sul, em sua maioria alemães e italianos, sobre os quais podemos encontrar uma bibliografia diversificada. Entretanto, pequenos grupos também povoaram a região, como os suíços e os poloneses, que permaneceram por muito tempo sem registro de sua história. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de escrita de autorrepresentação dos descendentes de imigrantes suíços. Trata-se de um trabalho com duas frentes de análise pouco exploradas: a primeira é a história da própria imigração suíça, que, até então, não figurava em estudos acadêmicos; a segunda é a escrita de autorrepresentação da história produzida por indivíduos sem formação específica. Analisamos materiais publicados pela Associação Suíço-Valesana do Brasil, com foco no livro A imigração suíço-valesana no Rio Grande do Sul. A metodologia usada foi a análise de conteúdo, por meio das seguintes categorias: exaltação do esforço dos antepassados; importância de contar a história e preservar a memória; caráter emotivo da narrativa; referência à Suíça com tom de nostalgia; contextualização da história e percepção sobre os documentos. Dentre os principais resultados, destacamos: caráter nostálgico da narrativa, em que são recorrentes as citações que misturam o anseio por algo diferente e por um passado que nem chegou a acontecer; as imagens reproduzidas não passam por interpretações e assumem quase um caráter ilustrativo; a importância dada às comemorações, com o intuito de reafirmar as memórias e celebrar seus ascendentes; um predomínio na narrativa de uma perspectiva de superação.Item O ensino renovado de História pelo catedrático do Colégio de Pedro II, Jonathas Serrano.(2015) Freixo, André de Lemos; Coelho, PatríciaEste artigo aborda a proposta de renovação do ensino de história, apresentada por Jonathas Serrano nas primeiras décadas do século XX. Enfocamos sua trajetória como aluno e mestre do Colégio Pedro II, sua concepção de história e de ensino de história, e a importância que reputava a esse saber. A referida instituição assegurou o prestígio necessário para ingressar nos debates educacionais do período. Argumentamos que o esforço desse mestre, em defender a renovação como caminho para a melhoria da educação histórica no país, por meio da preservação dos valores e preceitos morais e sociais cultivados no colégio, tem relação com sua concepção de história e deve ser lida sob o pano de fundo do processo de reformulação do ensino brasileiro no início da década de 1930.Item Entre os campos e os escritos : discurso e representação acerca da narrativa de brasilidade no futebol (1938- 1951).(2021) Alves, Maycon Emílio Vicente; Roza, Luciano Magela; Roza, Luciano Magela; Freixo, André de Lemos; Luz, Itacir Marques daEsta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar três narrativas que possuem como tema negros no futebol brasileiro, quais sejam: o livro de Mário Filho, O Negro no Foot-ball Brasileiro, publicado em 1947; seu prefácio à primeira edição, escrito pelo sociólogo Gilberto Freyre; e Foot-ball Mulato, com publicação em 1938, também do sociólogo. Busca-se compreender como a construção das narrativas está relacionada ao período em que foi produzida, com o intuito de entender como tais histórias têm potencial para colaborar com a ideia de democracia racial. A análise das narrativas é feita de duas formas: a primeira, a partir da categoria de representação, a qual foi utilizada para perceber como os textos criam representações acerca do jogador negro e como essas imagens criadas foram expostas nas narrativas. A segunda é a partir da categoria de discurso, onde tenta-se notar como os autores produzem discursos a respeito de uma brasilidade que tem função de afirmar o Brasil enquanto um país democrático racialmente.Item Historiadoras : aproximações femininas à história da historiografia brasileira.(2019) Klem, Bruna Stutz; Freixo, André de Lemos; Freixo, André de Lemos; Mollo, Helena Miranda; Gaio, Géssica Góes GuimarãesEsta dissertação nasce a partir da vontade, de investigar a produção de conhecimento feita por mulheres dentro de uma área específica da história da historiografia brasileira na estruturação da pós-graduação em História no Brasil, através da documentação consultada, é possível observar aspectos muito mais complexos, gerando o interesse em testar os limites. Tendo isso em vista, uma grande quantidade de fontes foi consultada com dados relacionados a universidade com o objetivo apresentar observar os nomes e assuntos importantes para o campo, e se cristalizava ao redor dos cânones masculinos, pois a pesquisa era considerada uma carreira imprópria para a mulher pois gerariam o afastamento da vida familiar, do casamento e da maternidade. Com a efervescência do movimento feminista no Brasil nos anos 1980 e o crescente número de mulheres nas universidades há uma ampliação de pesquisas que fornecem um novo prisma, através de uma abordagem feminista e da epistemologia de gênero, que ajuda a evidenciar as relações de poder constitutivas da produção de conhecimento e que contribuem para a formação de redes de sociabilidade que influenciam na escolhas epistemológicas intelectuais. Dessa maneira, buscou- se explorar a possível invisibilidade da produção feminina dentro do campo e ainda em processo de transformação até hoje.Item José Honório Rodrigues na Biblioteca Nacional (1946-1953) – (re)considerando as relações entre memória e história.(2015) Freixo, André de LemosA partir do estudo dos trabalhos editoriais de José Honório Rodrigues (1913-1987) na Biblioteca Nacional, nas décadas de 1940 e 1950, problematizo aqui as relações entre instituição pública, memória e história com vistas a identificar seu enraizamento na temporalidade (historicidade) e apresentar sua dimensão ético-política. A hipótese que defendo aqui é que a agência de Rodrigues na produção de artefatos de memória (os documentos históricos) fazia-se imprescindível para justificar novas bases e possibilidades historiográficas como as que figuravam nos horizontes dele e de outros intelectuais naquela conjuntura.Item José Honório Rodrigues, a Série Documentos Históricos e os Anais da Biblioteca Nacional (1946-1955).(2014) Freixo, André de LemosO presente estudo analisa os volumes 71 a 110 da Série Documentos Históricos e os de número 66 a 74 os Anais da Biblioteca Nacional (BN) do Rio de Janeiro (1946-1955). Todos foram preparados, editados e publicados durante o período em que José Honório Rodrigues (1913-1987) foi Diretor da Divisão de Obras Raras e Publicações da BN. O objetivo aqui é apresentar como a configuração deste material documental e sua difusão (impressa) correspondiam às estratégias de Rodrigues quanto à organização de um campo de saber historiográfico profissionalizado no Brasil. O lugar institucional assumia, pois, uma função dentro das iniciativas renovadoras de uma nova cultura historiográfica emergente nas décadas de 1940 e 1950. Ele fomentava a produção e a divulgação de informações históricas, autorizando fontes e intérpretes para as novas páginas da história do Brasil.Item Legados da disciplina histórica : experiências na fronteira entre consensos e horizontes.(2015) Freixo, André de LemosItem Memória e contemporaneidade em Andreas Huyssen.(2023) Vieira, Letícia Aparecida Maciel; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rodrigues, Thamara de OliveiraTematizamos os problemas relacionados a atividade da memória na cultura contemporânea a partir de Andreas Huyssen. Nossa compreensão é a de que o historiador busca descrever um comportamento obsessivo em relação a presentificação de passados hoje, no qual há uma intensa relação entre memória, desenvolvimento tecnológico e meios de comunicação. A partir da noção de “Cultura da Memória”, Huyssen descreve um comportamento obsessivo, no qual a memória torna-se também um produto da indústria cultural, o que teria como consequência certo esvaziamento da capacidade de reorganização de passados, presente e futuros a partir delas e com isso estaríamos perdendo certa capacidade de mobilização ética- política na realidade. Buscamos tematizar também como que a “Cultura da Memória” se articula em relação a memórias traumáticas, e aqui tematizamos sobre a relação entre memória e direitos humanos.Item A nostalgia como problema metahistórico : uma introdução.(2017) Freixo, André de Lemos; Abreu, Marcelo Santos de; Mata, Sérgio Ricardo daItem "A obra dele é a minha própria" : Lêda Boechat Rodrigues e o lugar do feminino na história da historiografia brasileira.(2023) Sesquim, Ilda Renata Andreata; Freixo, André de Lemos; Freixo, André de Lemos; Silveira, Mariana de Moraes; Rodrigues, Thamara de OliveiraA presente dissertação tem como objeto a trajetória de Lêda Boechat Rodrigues (1917-2014) e se propõe a investigar, através de sua experiência pessoal, como as como as articulações entre gênero e academia depositaram tensões estruturais que acompanharam sua carreira e delimitaram as formas que Boechat teria encontrado para fazer-se historiadora. Em toda sua trajetória enquanto jurista e historiadora, Lêda Boechat Rodrigues recebeu um relativo reconhecimento, exceto na história da historiografia. Para o campo, o caminho encarado pela intelectual seria acompanhado pela “sombra” do homem com quem escolheu se casar: José Honório Rodrigues (1913-1987). Essa sombra se projetaria sobre a sua experiência como intelectual, deixando uma lacuna em sua trajetória, na qual o seu lugar seria apenas o de “esposa” e não o de historiadora. A partir desse estudo de caso, o objetivo desta dissertação é questionar, portanto, essa dualidade que se estabeleceu entre o seu reconhecimento e a dimensão efetiva de seu trabalho. Acreditamos que a análise da trajetória de Lêda permite, assim, questionar esse (não)lugar reservado a ela no imaginário histórico e historiográfico. À luz da dimensão política de gênero que freou o reconhecimento e direcionou o que era importante ou merecia ser lembrado, nossa hipótese central é que Lêda encontrou uma forma peculiar para fazer-se historiadora (e uma historiadora da historiografia). Além da vasta produção historiográfica dedicada à história do direito brasileiro e norte-americano, a intelectual atuou de forma efetiva na organização dos textos de José Honório como historiador, um autor central para a história da historiografia brasileira. Seja na condição de colaboradora ou como organizadora de seu espólio literário, produzindo um extenso acervo historiográfico sobre Rodrigues, Lêda fez deste autor e obra uma referência não apenas para aqueles que o conheceram em vida, mas um monumento historiográfico para ser lido e (re)conhecido por outras gerações.Item Passados privados, ou privados do passado? : nostalgia, in-diferença e as comemorações do Sete de Setembro brasileiro.(2019) Freixo, André de LemosProponho pensar como funciona que tipos de elementos são deslocados, apagados ou focalizados e, acima de tudo, que tipos de figurações são apresentados nas celebrações oficiais (públicas) do passado brasileiro, em geral, e em particular, no discurso oficial das comemorações do Dia da Independência do Brasil (7 de setembro de 1822). Que estética é mobilizada quando o passado “brasileiro” aparece em público (oficialmente)? Argumento que esse conjunto de figurações permite identificar o que eu chamo de “estética do brasileiro”: promover uma consciência nacional (e histórica) in-diferente e etnocêntrica. A poderosa imaginação histórica mobilizada quando se trata de performances do passado brasileiro recicla anualmente os elementos estereotipados nessa estética, acionados por uma cultura histórica modernista que não lançam novos e promissores futuros, mas a celebração pública de um formato específico de nostalgia.