Navegando por Autor "Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá"
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Item About education, politics and singularity.(2019) Rahme, Mônica Maria Farid; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Neves, Libéria RodriguesAbout Education, Politics and Singularity. The article discusses, at first, questions related to the configuration of the Special Education policy in Brazil from the 2000s, highlighting elements that marked the process of institutionalization of the inclusion of students, the target audience of special education in the common school, as well as challenges. With these problematizations as reference, it is sought, secondly, to contextualize the works that make up this Thematic Section. Based on different theoretical and methodological approaches, these texts share an ethical concern with the development of Special Education for society and with the implementation of the constitutional principle of education as a right of all.Item Atendimento educacional especializado e a pandemia de COVID-19 : desafios e possibilidades.(2023) Lopes, Tatiane Felipe; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Jardilino, José Rubens Lima; Jesus, Denise Meyrelles deO Atendimento Educacional Especializado (AEE) é realizado por professores de educação especial e destina-se a alunos em situação de deficiência. Geralmente, o AEE ocorre na sala de recursos multifuncionais, fora do horário escolar regular da criança, com o principal objetivo de eliminar as barreiras pedagógicas, complementando ou suplementando seu processo de aprendizagem. Neste estudo, buscamos analisar como o AEE foi realizado antes da pandemia e identificar as estratégias adotadas durante o período pandêmico para garantir a continuidade do atendimento aos alunos em situação de deficiência do Ensino Fundamental I de uma escola municipal na cidade de Mariana, Minas Gerais. Os objetivos específicos da pesquisa foram: a) descrever as estratégias e dispositivos utilizados para o AEE e seus alunos, tanto antes quanto durante a pandemia de Covid-19; b) analisar a relação entre o professor do AEE, os alunos e suas famílias em relação à aprendizagem dos alunos durante o período pandêmico; c) analisar as diferentes reações dos alunos do AEE durante a pandemia. A fundamentação teórica da pesquisa baseia-se em estudos sobre o processo sócio-histórico da educação especial, bem como em pesquisas sobre políticas públicas inclusivas, especificamente na área do Atendimento Educacional Especializado. No que diz respeito ao percurso metodológico, o estudo adotou uma abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando o método descritivo e o estudo de caso. O instrumento de coleta de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi realizada por meio da categorização das entrevistas. A pesquisa contou com a participação de duas professoras do Atendimento Educacional Especializado, duas mães responsáveis pelas crianças e dois alunos. O problema de pesquisa que norteou o estudo foi: O Atendimento Educacional Especializado foi capaz de criar possibilidades para manter o contato com as crianças e adaptou algumas das suas estratégias inclusivas, previamente utilizadas na sala de recursos multifuncionais, durante o período pandêmico? Após análises e discussões, constatamos que foi inviável manter o Atendimento Educacional Especializado através do Plano de Estudos Tutorado. No entanto, percebemos o esforço das professoras, mesmo diante de seus recursos materiais limitados e comunicação virtual para a aplicação nos processos de ensino e aprendizagem que as crianças em situação de deficiência receberam. Durante esse período, os atendimentos ocorriam por meio de ligações via WhatsApp, trocas de mensagens, apoio na elaboração das atividades a serem enviadas aos alunos, sob tutoria dos pais/responsáveis, na execução dessas atividades em casa. Foi observado que o Atendimento Educacional Especializado enfrentou desafios e teve poucas possibilidades de execução em sua modalidade virtual devido à pandemia de Covid-19. Além disso, considera-se que as metodologias empregadas tanto antes quanto durante a pandemia devem ser questionadas no que diz respeito ao conceito de inclusão e integração do aluno em situação de deficiência.Item O corpo da mulher com deficiência intelectual nos discursos em pesquisas acadêmicas.(2020) Pereira, Alcilene Rodrigues; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, MargarethO artigo visa compreender como as pesquisas acadêmicas expressam em suas produções discursos acerca dos corpos das mulheres ditas com deficiência intelectual. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico entre os anos de 2003 e 2020, nos bancos de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD-IBICT), no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no Cientific Eletronic Library Online (Scielo) e no GT 15 da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPED. Os descritores usados para tal busca foram: deficiência intelectual, gênero, corpo e sexualidade. A metodologia utilizada para análise dos dados encontrados circunscreveu-se em organizações temporais, por meio das mesmas categorias elencadas para a busca. Como resultados da pesquisa, expostos neste artigo, destaca-se a ausência de pesquisas que discutam a relação corpo, gênero e sexualidade das mulheres consideradas com deficiência intelectual. Conclui-se que as produções discursivas reiteradas nas inúmeras pesquisas sobre os corpos das mulheres ditas com deficiência intelectual indicam que seus corpos são desconsiderados, evidenciando assim, a invisibilização dessas mulheres, bem como a reprodução de saberes que as fazem permanecer como corpos deficientes.Item Da escola, do escolar, da inclusão.(2020) Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Vorcaro, Angela Maria ResendeO presente artigo tem como principal objetivo discutir aspectos conceituais e estruturais da escola, do escolar e da inclusão. Sua construção está disposta em três seções. Na primeira, discute-se elementos da escola pelo viés estrutural, abordando as noções de forma e organização escolar e sua disseminação nas instituições educativas modernas. Em continuidade com a seção anterior, discorre-se sobre a noção/lugar do escolar atribuído às crianças na sua inserção na escola e as possíveis transformações advindas da condição de escolar, considerando a ruptura com formas anteriores de socialização para a infância. Na última seção, contempla-se a inclusão escolar enfatizando aspectos políticos como também mecanismos de resistências advindos na tentativa de fazer cumprir as determinações legais no cotidiano das escolas. Aborda-se manifestações por parte dos atores envolvidos com o processo de inclusão educacional considerando que processos de formação reativa ao trabalho educativo com crianças em situação de deficiência buscam se apoiar nas estruturas da forma e organização escolares.Item O discurso docente na contemporaneidade : entre as narrativas e as conversações.(2017) Vila Real, Fernanda Carvalho de Faria; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Jardilino, José Rubens Lima; Favacho, André Márcio PicançoO presente trabalho pretendeu investigar o teor do discurso das docentes participantes da pesquisa, mulheres em sua maioria, na contemporaneidade, sobre a profissão docente e o efeito desses discursos sobre as próprias participantes. Além disso, buscou verificar a existência de posicionamentos inéditos nesse contexto e saídas singulares diante da pesquisa-intervenção realizada. Primeiramente, foi realizada uma contextualização histórica, profissional e identitária sobre a docência. Em seguida, foram apresentados os aspectos teórico-metodológicos sustentados pelo estudo das narrativas, metodologia de pesquisa considerada relevante no campo da Educação. Os/as autores/as que deram sustentação para tal estudo foram Josso (2007), Bueno, Sousa, Catani e Souza (1993) e Souza (2004), dentre outros/as. O dispositivo metodológico das conversações também foi considerado à medida que a autora sustenta a concepção de sujeito dividido (consciente/inconsciente) da Psicanálise, desde o início da pesquisa. Foram considerados os trabalhos realizados por Diniz (2005), Miranda, Vasconcelos, Santiago (2006), dentre outros/as. A partir da escuta das vozes dos sujeitos participantes da pesquisa, ou seja, professoras das séries iniciais do ensino fundamental, foi possível realizar a discussão entre as convergências e divergências das metodologias eleitas no estudo, marcando as diferenças entre identidade e identificação. Entre todos aspectos abordados nas discussões e análises, o fato da identidade docente habitar o corpo do sujeito da identificação mostrou-se como o ápice das considerações finais. Embora a pesquisa tenha se encerrado, o trabalho implicado da pesquisadora junto às docentes se fez continuar, o que funcionou como amostra bem sucedida da pesquisa-intervenção.Item A educação dos surdos : avanços e desafios.(2015) Oliveira, Rosely Lucas de; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Rodrigues, Sônia MariaEste trabalho tem por objetivo analisar os processos pelos quais a educação de surdos atravessou, buscando analisar seus avanços e desafios. Atualmente, existe uma política formal do Ministério da Educação que dá ênfase ao modelo de educação inclusiva, enquanto o Movimento Surdo e pesquisadores (QUADROS, 2000; 2006; BOTELHO, 2003) defendem um modelo de educação bilíngue em escolas específicas. Este trabalho procura analisar o percurso e os vários contextos pelos quais a educação de surdos passou. Ao longo dos anos, quais modelos de educação de surdos foram desenvolvidos? Quais políticas educacionais brasileiras organizaram e implementaram esses modelos? Dentre elas, quais garantiram uma educação que reconhecesse e garantisse a diversidade linguística e cultural do surdo? Qual foi a participação dos surdos nessas políticas? Este estudo objetiva analisar os processos percorridos pela educação de surdos no Brasil até atingir uma defesa ampla pela escola/educação bilíngue. Por meio da aproximação da experiência pessoal da autora com uma ampla revisão bibliográfica, procura-se discutir os vários modelos educacionais numa perspectiva histórica e biográfica e os principais desafios e avanços contemporâneos da educação de surdos.Item O ensino superior perante as demandas da educação inclusiva : o que pensam os gestores da Universidade Federal de Ouro Preto.(2018) Franco, Marco Antônio Melo; Silva, Marcilene Magalhães da; Ferreira, Carla Mercês da Rocha JatobáA crescente demanda no campo da educação inclusiva, que vem se tornando pauta na Educação Superior, tem, de alguma maneira, contribuído para o repensar dessa etapa de formação. Faz-se necessária a tomada de posição das instituições no sentido de diminuir as barreiras que dificultam o pleno exercício do direito dos cidadãos que, agora, nela adentram. Para tanto, investigamos como os gestores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) concebem três conceitos que entendemos fundamentais para a implementação de políticas inclusivas, sendo eles: inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica. Por meio da aplicação de questionários, realizamos a coleta de dados nos diferentes níveis de gestão da universidade. Do total de 120 questionários aplicados 38 foram respondidos. Foi possível observar que os gestores possuíam um maior conhecimento sobre o tema da inclusão, o que não se estendeu aos outros dois conceitos. Podemos considerar que as respostas apontam para a necessidade de construir um campo de estudos e debates acerca dos conceitos investigados, no intuito de promover a formação no âmbito da instituição e, assim, garantir que a educação inclusiva seja central nas ações da Ufop.Item A escola e a educação inclusiva : professoras e alunos em cena.(2017) Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Lopes, Tatiane FelipeO artigo analisa tópicos da educação inclusiva relativos a professoras e alunos. Para isto apresenta desafios presentes no interior de duas escolas públicas de uma cidade do interior mineiro destacando elementos discursivos, situações observadas e opiniões emitidas por professoras e alunos das respectivas escolas quanto à educação inclusiva. Estes dados se configuram como resultado de uma pesquisa desenvolvida com o apoio do Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Ouro Preto, no período 2011-2013. A pesquisa é qualitativa e os dados foram coletados através de observações sistemáticas e entrevistas semiestruturadas. Os resultados apresentados no artigo apontam desafios ligados ao desconforto e queixa pelo despreparo pedagógico para o exercício de uma educação inclusiva, por parte das professoras. O artigo ao abordar a educação inclusiva argumenta em favor de uma melhor compreensão do cotidiano escolar, quando este se apresenta permeado por situações que podem ser tratadas de maneira inclusiva. Em modo conclusivo, destaca a urgência de mudanças no olhar docente sobre aquelas crianças que demandam atenção diferencial, atentando-se para que “déficits” sejam minimizados e possibilidades educativas buscadas, como possível saída para o imobilismo que transparece nos pronunciamentos docentes.Item Escola e produção de saberes : narrativas de jovens atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão.(2021) Oliveira, Bárbara de; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Martins, Bruno SenaNo dia 5 de novembro de 2015, em Bento Rodrigues – distrito de Mariana, Minas Gerais – rompeu-se a barragem de rejeitos de minério de ferro de Fundão pertencente à empresa Samarco e também controlada por duas das maiores mineradoras do mundo – Vale e BHP Billiton. Uma semana após o desastre-crime sociotecnológico, os/as estudantes foram encaminhados/as para retornarem aos estudos em uma instituição escolar na cidade de Mariana. As aulas foram transferidas novamente, em 2017, para um novo espaço organizado para ser utilizado até a conclusão do reassentamento. O objetivo da pesquisa é compreender o espaço que essa instituição escolar, nomeada Uatu Ererré neste estudo, ocupa nas reconstruções dos processos educativos e nas restaurações de dignidade por meio da diversidade da experiência em seu interior. Para isso, utilizamos como o principal referencial teórico-metodológico Boaventura de Sousa Santos (1997; 2000; 2002a; 2002b; 2009; 2014; 2019), Bruno Sena Martins (2016; 2019), Norma Valencio (2010; 2009a; 2009b; 2013; 2017), Bernadette Atuahene (2016), Paulo Freire (1996; 2011; 2018a; 2018b), Miguel González Arroyo (2007; 2013; 2015; 2019), Robert Bogdan e Sari Knopp Biklen (1994). Por meio de uma pesquisa qualitativa, utilizamos como instrumento de coleta de dados a observação participante e a entrevista reflexiva semiestruturada em profundidade com os sujeitos da pesquisa, sendo estes duas jovens estudantes e a diretora da instituição Uatu Ererré, todas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. As constelações de saberes criadas a partir das entrevistas possibilitaram refletir como as lutas para reconhecimento revelam importantes estratégias de aprendizagens nos contextos dos processos educativos. As várias formas de enfrentamentos deixaram pistas do espaço que a instituição escolar Uatu Ererré obteve na vida de Rafaela, de Clara e também da diretora. Os dados evidenciaram que a instituição Uatu Ererré possui múltiplas dimensões educativas e, nesse cenário, tornou-se um importante instrumento de (re)existências, de fortalecimento do sentimento de pertencimento, da identidade escolar, de saberes e práticas educativas que contribuíram para a conquista dos laços afetivos, de solidariedade, de sociabilidade, do resgate das memórias e da resistência pela garantia de direitos na luta pela democracia.Item A escolarização de estudantes da educação especial em Ouro Preto/MG : o que dizem as representações sociais e dados do Censo da Educação Básica.(2022) Oliveira, Cíntia Marques de Queiroz; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Gonçalves, Taísa Grasiela Gomes LiduenhaNesta pesquisa, realizei uma investigação sobre o processo de escolarização dos estudantes da educação especial do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Busquei compreender como os/as docentes que atuam na educação básica constroem suas representações sociais e como estas implicam em suas práticas educativas junto aos estudantes da educação especial. Analisei também os padrões de escolarização estabelecidos ao longo do tempo por estes estudantes em todas as redes escolares de Ouro Preto. Tendo como base teórico-metodológica a Teoria da Representação Social (TRS), de Serge Moscovici (2012), bem como a análise dos dados fornecidos pelo Censo da Educação Básica (INEP), parti de uma abordagem de cunho qualitativo, onde analisei os dados obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas, aplicadas à 03 professoras da rede básica regular de Ouro Preto, MG; e quantitativo, a partir da análise dos dados do Censo da Educação Básica, abarcando os anos de 2007 a 2020. Neste sentido, elaborei um cenário geral da distribuição dos/das estudantes da educação especial no município, constatando que houve um crescimento da inserção destes estudantes no ensino regular, apesar de ainda ocorrer uma alta incidência de matrículas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Meus resultados permitiram traçar padrões sobre a entrada e permanência destes estudantes na rede escolar, demonstrando que ao longo dos anos investigados, os estudantes inseridos no ensino regular apresentam uma taxa maior de evasão do que os estudantes que se encontram matriculados na APAE. Por meio de minhas análises, constatei que, apesar das mudanças paradigmáticas e de políticas públicas que propiciaram o aumento do número de matrículas dos/das estudantes da educação especial no ensino regular no município, a escolarização destes estudantes encontra-se muito pautada na atuação da APAE Ouro Preto e que a representação social das docentes investigadas sobre a deficiência e as necessidades educativas especiais ainda encontra-se permeada por angústias, dúvidas, elementos segregadores e capacitistas.Item Inclusão de sujeitos autistas : concepções e embaraços na educação pública.(2023) Souza, Amanda Abrahão de; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, Margareth; Vorcaro, Angela Maria ResendeAs discussões e abordagens acerca do Autimo têm ganhado cada vez mais destaque nos debates internacionais, nas políticas públicas e nas produções acadêmicas e científicas. As ações institucionais e legais são resultados de muita luta por parte das associações, da academia e das pessoas autistas e com deficiência, visando garantir seus direitos constitucionais e promover políticas e práticas que sustentem um sistema de ensino de qualidade para todos. A escola, que provavelmente se torna a segunda instituição socializadora para essas crianças, desempenha um papel político, social, cultural e educacional importante em suas vidas. A instituição pode participar e contribuir, juntamente com a família, na formação desses sujeitos. Este trabalho teve como objetivo, por meio de uma pesquisa qualitativa utilizando como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica e uma abordagem psicanalítica, interrogar os processos educacionais, investigar e analisar as tendências das pesquisas em relação à inclusão de crianças autistas no contexto da Educação Pública. Buscamos, assim, problematizar, a partir do campo circunscrito, as consequências teóricas para a compreensão do sujeito autista e seu papel na instituição escolar, bem como os possíveis embaraços que se materializam nos aspectos normativos, nas produções científicas e, consequentemente, no cotidiano escolar.Item Medicalização da infância na fase escolar : um debate à luz das categorias poder e resistência.(2022) Souza, Jackeline da Silva; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Torres, Marco Antônio; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Torres, Marco Antônio; Diniz, Margareth; Caliman, Luciana VieiraO objetivo da pesquisa consistiu em analisar o processo de medicalização da infância na fase escolar a partir das produções científicas do período entre 2009 e 2019. Para isso, utilizamos como o principal referencial teórico-metodológico os estudos foucaultianos, pois essa perspectiva tem se mostrado mais promissora no debate das relações de poder e resistência. A pesquisa se classificou como qualitativa a partir da busca em bases eletrônicas de dados, com a seleção de 63 trabalhos, tendo por recorte temporal os anos de 2009 a 2019, com elaboração de um Estado da Arte sobre o tema de pesquisa a posteriori. Na análise de dados, encontramos enunciados que dizem dos efeitos da materialidade do discurso da medicalização incidindo no controle dos corpos. Identificamos que há o apagamento e o silenciamento da criança e/ou do adolescente como sujeitos, interferindo na potência que cada um tem e pode demonstrar a partir daquilo que está sendo chamado de conflito, problema e dificuldade na instituição escolar. Nessa lógica, os aspectos sociais, políticos, econômicos e subjetivos pelos quais perpassam a existência de infâncias diversas são descartados. Verificamos formas de resistências às práticas medicalizantes a partir de estudos realizados por meio da pesquisa-intervenção, ao abarcar outras leituras sobre as infâncias, como a psicanálise, quando busca ressignificar saberes juntos aos atores envolvidos, como a criança, a família, a escola e o especialista. Portanto, o discurso da medicalização da infância na fase escolar vem ganhando status de verdade a partir das relações, tomando enunciados como meio de gerir e normatizar a vida em sociedade e, para além disso, atender aos interesses do sistema capitalista e dos grandes laboratórios farmacêuticos. Levando em consideração que temos relações de poder, podemos repensar os modos de ação sobre os outros a partir de novos enunciados que considerem a existência de infâncias diversas e o lugar da criança e/ou do adolescente no processo de aprendizagem.Item Medicalização na escola : a(s) face(s) da infância medicalizada.(2022) Ferreira, Débora Thyara; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Torres, Marco Antônio; Vasques, Carla KarnoppiO presente estudo trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo objetivo foi investigar o fenômeno da medicalização da infância em fase de escolarização buscando caracterizar as crianças afetadas por tal fenômeno. Como estratégias metodológicas, realizamos uma pesquisa de dissertações e teses no Banco de Teses e Dissertações da Capes, referentes ao período de 2015 a 2020, que tratavam sobre o fenômeno da medicalização de crianças em fase de escolarização. Para refletir sobre os apontamentos das pesquisadoras e dos pesquisadores a propósito desse fenômeno, lançamos mão de teóricas e teóricos que abordam, em suas investigações, questões referentes à medicalização, à infância e à escola. Apresentamos dados referentes à pesquisa bibliográfica e realizamos uma interlocução entre eles e o referencial teórico escolhido para sustentar as informações obtidas. Interessou-nos analisar as características das crianças que são encaminhadas pela escola para avaliação pelas/os profissionais da Saúde, com o intuito de compreender se existem questões inconscientes e conscientes no processo de encaminhamento e avaliação das/os alunas/os. A partir do referencial teórico da Psicanálise, buscamos investigar a relação entre o ato educativo e os impasses que se apresentam no ambiente escolar. Os dados obtidos pela pesquisa possibilitaram a elaboração de considerações sobre o fenômeno da medicalização na educação e o lugar ocupado pela criança nesse processo e foram identificadas questões que estão por trás dos encaminhamentos realizados pelas escolas. Esses encaminhamentos estão impregnados por concepções racistas e preconceituosas com relação às crianças negras e pardas, estudantes de escola pública e pertencentes a famílias da classe trabalhadora. Essas concepções interferem diretamente no ato educativo ao impossibilitar que a transferência entre professora/professor e aluna/o ocorra, o que gera impasses na escola. O fenômeno da medicalização, amparado por um saber que aponta para problemas a serem tratados no corpo biológico, é um recurso utilizado como forma de “tratar” esses impasses pertencentes a questões subjetivas.Item Mulheres ditas com deficiência intelectual : limites e possibilidades dos contextos inclusivos.(2019) Pereira, Alcilene Rodrigues; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Torres, Marco Antônio; Rahme, Mônica Maria FaridEsta dissertação tem com objetivo geral compreender como as mulheres ditas com deficiência intelectual lidam com o corpo e a sexualidade e como os discursos acadêmicos produzem e reproduzem discursos sobre os corpos dessas mulheres. Para tanto, a partir do conceito de discurso de Michel Foucault (1996), analisamos os discursos acerca da deficiência intelectual, do corpo e da sexualidade. Buscamos compreender como pesquisadores(as) concebem deficiência intelectual, gênero, corpo e sexualidade nas pesquisas dos últimos anos, demarcando o nosso referencial teórico, para prosseguir com a leitura dos dados. Para refletir sobre os discursos produzidos acerca da temática, coletamos as pesquisas produzidas anteriormente a este trabalho, entre 2003 e 2017. Apresentamos dados referentes à pesquisa de campo desenvolvida em duas instituições públicas e problematizamos os procedimentos metodológicos adotados que compreenderam observação, análise documental e a prática de entrevistas com duas pedagogas e seis mulheres ditas com deficiência intelectual. Buscamos cotejar a percepção das instituições, que abrigam mulheres ditas com deficiência intelectual, acerca dos discursos produzidos em seu interior. Interessou-nos também escutar as próprias mulheres consideradas com deficiência intelectual e suas percepções sobre o corpo e a sexualidade. Os dados obtidos por esta pesquisa possibilitaram a elaboração de considerações sobre os discursos das instituições em relação às mulheres ditas com deficiência intelectual e, também, foram identificadas as maneiras por meio das quais essas mulheres lidam com o corpo e a sexualidade, para além do discurso científico. Os apontamentos deste estudo indicaram a ausência de pesquisas voltadas para pensar a relação entre corpo e sexualidade das mulheres consideradas com deficiência intelectual, demonstrando que essas mulheres ainda se encontram invisibilizadas, seus corpos são desconsiderados, inclusive nas pesquisas que envolvem a produção de saberes. A presente pesquisa busca fazer a diferença nesse escopo.Item Práticas pedagógicas com crianças em situação de deficiência intelectual nos anos iniciais do Ensino Fundamental.(2021) Andrade, Maria da Conceição Aparecida; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, Margareth; Rahme, Mônica Maria FaridEsta dissertação é fruto de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo objetivo geral foi analisar as práticas pedagógicas com crianças em situação de Deficiência Intelectual, matriculadas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, em duas escolas públicas de Ensino Regular (uma da rede municipal e outra da rede estadual) situadas em uma cidade mineira. Como estratégias metodológicas, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e análise documental. A busca bibliográfica e documental foi realizada em ambientes virtuais e reais (nas próprias escolas, nas bibliotecas, sites oficiais, bancos de dados acadêmicos e governamentais). As participantes da pesquisa foram duas (2) professoras que lecionam para turmas do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º ano), as quais têm matriculadas crianças em situação de Deficiência Intelectual. Os dados revelaram que as práticas pedagógicas planejadas para esse público ainda se encontram pautadas em atividades mecânicas, priorizando a memorização, por meio de tarefas repetitivas e cópias que não instigam a imaginação e a criação. As práticas interdisciplinares e a construção de adaptações curriculares ainda não são frequentes no ambiente escolar. As opiniões das entrevistadas sobre essas crianças permanecem impregnadas das ideologias do modelo médico-pedagógico, no qual a medicina pode nortear o trabalho pedagógico, pois seus discursos revelaram a culpabilização da própria criança e de seus/as familiares pelo insucesso no processo de aprendizagem, desconsiderando a singularidade e a subjetividade nele envolvidas. As docentes demonstraram preferir aguardar as orientações médicas, como se estas fossem guias para suas práticas pedagógicas; como se o médico fosse o profissional capaz de delimitar o ponto de partida e de chegada do potencial de aprender de uma criança.Item Práticas pedagógicas e formação docente : um estudo sobre a percepção de professoras que atuam no AEE nos municípios da região dos Inconfidentes em Minas Gerais.(2022) Freitas, Rafaela Flávia de; Franco, Marco Antônio Melo; Franco, Marco Antônio Melo; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Santiago, Mylene CristinaDiversos estudos, no campo da formação docente e da inclusão educacional, têm evidenciado a precarização do trabalho docente, bem como a dificuldade que muitos docentes ainda possuem em lidar com a pessoa com deficiência. Tem-se observado que, por mais que a temática esteja em evidência há mais de 30 anos, muito ainda há que se fazer. Nesse sentido, o estudo aqui desenvolvido buscou analisar as percepções de professoras do atendimento educacional especializado (AEE), dos municípios da região dos Inconfidentes – Minas Gerais, sobre as relações entre a formação docente e o desenvolvimento de práticas no processo de ensino e aprendizagem do público-alvo da educação especial (PAEE). Para desenvolver a pesquisa utilizou-se a abordagem qualitativa de pesquisa. Inicialmente e como forma de melhor identificar as discussões recentes sobre a temática investigada, foi realizada uma revisão sistemática da literatura na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Para a coleta de dados a escolha foi pela realização de entrevistas semiestruturadas com as participantes. Fazem parte da pesquisa professoras do AEE da Região dos Inconfidentes, que compreende os municípios de Mariana, Ouro Preto, Itabirito, Diogo de Vasconcelos e Acaiaca. Inicialmente foram contatadas nove professoras, sendo que, após o convite para participarem da pesquisa sete aceitaram. Como perspectiva analítica dos dados coletados, utilizamos a Análise de Conteúdo. Os resultados da pesquisa revelaram que a formação docente inicial e continuada e as condições sob as quais o trabalho das professoras se desenvolve, refletem no desenvolvimento de práticas de ensino voltadas para o PAEE. Conforme a percepção das professoras entrevistadas, foi possível inferir que durante o processo formativo do profissional docente é importante que ocorra a articulação entre teoria e prática, proporcionando aos professores em formação a reflexão-ação-reflexão acerca do trabalho docente e do processo de inclusão. Além disso, as professoras evidenciaram que a prática colaborativa se apresenta como uma possibilidade para promover a formação continuada, a (re) construção de conhecimentos e contribui para o rompimento de crenças construídas a respeito do AEE.Item Produções científicas em cursos de pós-graduação sobre o rompimento da barragem de fundão : perspectivas para o campo educacional.(2020) Oliveira, Bárbara de; Ferreira, Carla Mercês da Rocha JatobáO colapso da Barragem de Fundão, no dia 5 de novembro de 2015, foi o maior desastre socioambiental brasileiro e grande parte dos debates sobre o ocorrido se converteram em um conjunto de produções acadêmicas nos programas de pós-graduação em todo o país. Assim, com o objetivo de compreender essas produções, mapeamos os estudos produzidos nas diferentes áreas do conhecimento sobre o desastre e elaboramos o estado do conhecimento das teses e dissertações depositadas até o ano de 2019. Nesse contexto, evidenciamos o espaço assumido pelo campo educacional nessas produções acadêmicas. A escassez de alguns estudos indica o foco da preocupação sobre o desastre e demonstra que a discussão é quase totalmente silenciada no campo educacional. Portanto, faz-se necessário fortalecer o campo de estudos acerca dos desastres, bem como pensar estrategicamente sobre como o campo educacional pode contribuir com o debate.Item Professora Dra. Anne-Marie Chartier.(2016) Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Lopes, Eliane Marta Teixeira; Rahme, Mônica Maria FaridItem Professores de universidade pública e suas experiências extensionistas com práticas teatrais com pessoas diagnosticadas como autistas e pessoas em situação de deficiência.(2022) Paes, Thalita Julma Tiburcio; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Neves, Inajara de Salles Viana; Neves, Libéria RodriguesO presente trabalho discute práticas teatrais extensionista com pessoas diagnosticadas como autistas e em situação de deficiência, essas desenvolvidas por professores de universidades públicas e que destacam, principalmente, possíveis efeitos educativos. Para tanto, aborda concepções sobre autismo e deficiência no campo psicanalítico, como aquelas discutidas por Mannoni (1987), Dolto (2013), Jerusalinsky (2015), Laznik, Toaut e Bursztjejn (2016), Ferreira e Vorcaro (2017) e Paula Pimenta (2018), teoria que enxerga o público aludido como sujeitos que têm sua forma de ser e estar no mundo, com limites e singularidades como qualquer outro. Este estudo, também, aborda aspectos em relação às lutas em prol da educação e da saúde. Sobre a metodologia, esta é cunho qualitativo e desenvolveu-se por meio da pesquisa bibliográfica em plataformas de buscas, com recorte temporal entre 2010 e 2020, a partir das temáticas educação, autismo, deficiência e teatro; já a coleta de dados, ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas no Google Meet, com dois professores de universidades públicas, visando identificar práticas teatrais com os sujeitos da educação especial e investigar quais as principais motivações dos entrevistados ao trabalhar com o público em questão. Sendo assim, a análise dos dados coletados revelou que houve efeitos educativos nas práticas teatrais desenvolvidas tanto pelo participante A quanto pelo B. Os professores, coordenadores dos projetos, observaram que o público aludido conseguiu explorar a autonomia, a expressão corporal e oral, a concentração e o respeito em relação aos limites e desejos do próximo, além do fato de que as práticas teatrais auxiliaram em outras disciplinas de maneira interdisciplinar. Segundo as entrevistas, ainda, os bolsistas envolvidos nos projetos mostraram dificuldades em acolher, nas atividades propostas, os sujeitos com autismo e em situação de deficiência, o que exigiu adequações orientadas e supervisionadas pelos coordenadores. Os participantes A e B reforçaram, ao final, a importância da inclusão da educação especial como disciplina obrigatória nos cursos de graduação em Artes Cênicas. Esta pesquisa, portanto, leva à conclusão de que as práticas teatrais podem provocar, contribuir como ação inclusiva e promover reflexões nos espaços educativos, além de evidenciar a importância de novos estudos sobre o tema, esses com uma amostra maior e mais consistente, para que outras propostas com o público considerado especial possam surgir e gerar efeitos no campo educativo.Item Special education policy and the challenges of an inclusive perspective.(2019) Neves, Libéria Rodrigues; Rahme, Mônica Maria Farid; Ferreira, Carla Mercês da Rocha JatobáSpecial Education Policy and the Challenges of an Inclusive Perspective. This article analyzes the meanings of the document National Policy on Special Education in the Perspective of Inclusive Education (2008) and its relevance for the definition of directions for disabled students’ schooling in Brazil in the last ten years. It highlights the centrality conferred by the Policy on Specialized Educational Assistance (SEA), as a complement and/or supplement to common education, in the process of school inclusion. Therefore, it is proposed a dialogue with the psychoanalyti c discourse, in order to problematize the place attributed to SEA in this context, as well as the persistence of segregating movements, which insist on enrolling even if the political orientation proposes an inclusive education.