Sementes de esperança : militâncias-educadoras de mulheres do campo e a produção de territorialidades de vida e resistências na Zona da Mata mineira.

dc.contributor.advisorTorres, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.advisorRamalho, Bárbara Bruna Moreirapt_BR
dc.contributor.authorCampos, Alessandra Bernardes Faria
dc.contributor.refereeTorres, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.refereeRamalho, Bárbara Bruna Moreirapt_BR
dc.contributor.refereeSantos, Marcelo Loures dospt_BR
dc.contributor.refereeSilva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodriguespt_BR
dc.contributor.refereeNascimento, Iracema Santos dopt_BR
dc.contributor.refereeFernandez, Thais Almeida Cardosopt_BR
dc.date.accessioned2024-03-07T20:32:56Z
dc.date.available2024-03-07T20:32:56Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractEste texto apresenta os percursos e resultados de uma tese de doutorado, que tem como objeto de análise as relações entre mulheres do campo, Educação Popular e anticolonialidade. Operando com uma concepção de educação que não se restringe à educação escolar, mas que se estende à produção de formas de estar sendo no mundo e de produção de cosmopercepções, nos perguntamos sobre o papel, a natureza e os sentidos educativos da presença e atuação de mulheres nas lutas populares. Direcionando nossas sensibilidades interpretativas para a presença e a práxis educadora de mulheres de três frentes de luta: o projeto GENgiBRE, a Rede SAPOQUI – Rede de Saberes dos Povos Quilombolas da Zona da Mata e a Comissão Regional de Enfretamento à Mineração da Serra do Brigadeiro/Puri. O objetivo do estudo é compreender de que maneira as mulheres denunciam e tensionam as colonialidades no campo da Zona da Mata mineira, inclusive presentes nas lutas populares na região, anunciando percepções, posicionamentos e alternativas anticoloniais. Em termos teórico-político-metodológico, nos amparamos em referenciais delimitados como anticoloniais, como obras, reflexões e ações balizados pelos processos desencadeados pela colonização, perpetuados pela colonialidade nos territórios conquistados. Aqui estão presentes autoras e autores do pensamento decolonial, bem como referências das abordagens descoloniais e contracolonial. Também dialogamos com o campo das epistemologias feministas, em sua multiplicidade, como os feminismos subalternos e decoloniais/ descoloniais, os feminismos negros e os feminismos críticos. Soma-se à essas referências, leituras que debatem Educação Popular. Com estas autoras e autores, refletimos sobre educação e colonialidade, desigualdades e violências de gênero, racismo, eurocentrismo e epistemicídio, bem como sobre resistências e produção de alternativas protagonizadas pelas mulheres. Com referência na Pesquisa Participante, acompanhamos a ação militante de cinco mulheres, lançando percepções sobre tais ações, estas registradas em cadernos de campo, partilhados com elas, os quais nomeamos Relatos Compartilhados. Além disso, realizamos entrevistas narrativas no formato de Rio da Vida. Como resultados de pesquisa, em diálogo com os debates no campo dos Movimentos Sociais e Educação, formulamos a categoria militante- educadora, compreendendo a militância como produtora de processos educativos. Também foi possível afirmar a presença protagonista e particular das mulheres nas lutas sociais do campo da região na qual atuam, identificando percepções, produzidas socialmente, que marcam sua presença no mundo e sua ação militante. O corpo, o cuidado, a afetividade, a solidariedade aparecem como constitutivas do fazer militante-educador dessas mulheres, expressos tanto nas relações interpessoais, quanto nos instrumentos que produzem no contexto das lutas populares. A partir dessa pesquisa foi possível identificar elementos que ajudam a perceber a forma dinâmica e sensível, mas também contraditória, com que se (re)cria a Educação Popular em contextos colonizados. Em especial, afirma o papel protagonista e central das mulheres na defesa e na produção dos territórios autodeterminados pelos coletivos populares do campo, numa perspectiva popular, anticapitalista, feminista e antirracista.pt_BR
dc.description.abstractenThis text presents the paths and results of a doctoral thesis, which has as its object of analysis the relations between rural women, Popular Education and anti-coloniality. Operating with a conception of education that is not restricted to school education, but that extends to the production of ways of being in the world and the production of cosmoperceptions, we ask ourselves about the role, nature and educational meanings of the presence and action of women in popular struggles. Directing our interpretative sensibilities towards the presence and educational praxis of women on three fronts of struggle: the GENgiBRE project, the SAPOQUI Network – Rede de Saberes dos Povos Quilombolas da Zona da Mata and the Regional Commission for Combating Mining in Serra do Brigadeiro/ Puri. The objective of the study is to understand how women denounce and challenge colonialities in the countryside of Minas Gerais' Zona da Mata, including those present in popular struggles in the region, announcing anti-colonial perceptions, positions and alternatives. In theoretical-political-methodological terms, we rely on references defined as anti-colonial, such as works, reflections and actions guided by the processes triggered by colonization, perpetuated by coloniality in the conquered territories. Present here are authors of decolonial thought, as well as references from decolonial and countercolonial approaches. We also dialogue with the field of feminist epistemologies, in their multiplicity, such as subaltern and decolonial/decolonial feminisms, black feminisms and critical feminisms. In addition to these references, readings that debate Popular Education are added. With these authors, we reflect on education and coloniality, gender inequalities and violence, racism, Eurocentrism and epistemicide, as well as on resistance and the production of alternatives led by women. With reference to the Participant Research, we followed the militant action of five women, providing insights into such actions, which were recorded in field notebooks, shared with them, which we named Shared Reports. In addition, we conducted narrative interviews in the River of Life format. As research results, in dialogue with debates in the field of Social Movements and Education, we formulated the militant-educator category, understanding militancy as a producer of educational processes. It was also possible to affirm the protagonist and particular presence of women in social struggles in the countryside of the region in which they operate, identifying socially produced perceptions that mark their presence in the world and their militant action. The body, the care, the affection, and the solidarity appear as constitutive of these women's militant-educational activities, expressed both in interpersonal relationships and in the instruments they produce in the context of popular struggles. This research made it possible to identify elements that help to understand the dynamic and sensitive, but also contradictory, way in which Popular Education is (re)created in colonized contexts. In particular, it affirms the protagonist and central role of women in the defense and production of territories self-determined by popular collectives in the countryside, from a popular, anti- capitalist, feminist and anti-racist perspective.pt_BR
dc.identifier.citationCAMPOS, Alessandra Bernardes Faria. Sementes de esperança: militâncias-educadoras de mulheres do campo e a produção de territorialidades de vida e resistências na Zona da Mata mineira. 2023. 268 f. Tese (Doutorado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18103
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 26/02/2024 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectMulheres do campopt_BR
dc.subjectEducação popularpt_BR
dc.subjectDescolonização - aspectos educacionaispt_BR
dc.subjectPós-colonialismo - aspectos educacionaispt_BR
dc.subjectMulheres - educaçãopt_BR
dc.titleSementes de esperança : militâncias-educadoras de mulheres do campo e a produção de territorialidades de vida e resistências na Zona da Mata mineira.pt_BR
dc.typeTesept_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
TESE_SementesEsperançaMilitâncias.pdf
Tamanho:
7.44 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: