Violência de gênero na docência : moral, hierarquia e poder na universidade pública.

dc.contributor.advisorDiniz, Margarethpt_BR
dc.contributor.advisorTorres, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.authorDallapicula, Catarina
dc.contributor.refereeDiniz, Margarethpt_BR
dc.contributor.refereeTorres, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.refereeJardilino, José Rubens Limapt_BR
dc.contributor.refereeMaia, Marta Reginapt_BR
dc.contributor.refereeDuarte, Marco José de Oliveirapt_BR
dc.contributor.refereeGodinho, Ana Cláudia Ferreirapt_BR
dc.date.accessioned2023-09-26T21:22:19Z
dc.date.available2023-09-26T21:22:19Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractEsta tese partiu dos testemunhos de cinco mulheres cis, incluindo a autora, sobre violências institucionais vividas no exercício da docência do ensino superior em universidades públicas brasileiras. Os convites foram feitos por amostra não probabilista intencional. Usamos no referencial teórico conceitos ligados a violência, relações de poder, discurso e verdade de Michel Foucault; poder maquínico de Gilles Deleuze e Félix Guattari e, a partir da leitura de Marie-France Hirigoyen, percebemos que o que estávamos estudando não era assédio moral e, usando diversos autores e legislações, passamos a utilizar tortura moral para definir as práticas de violência cometidas pelo Estado e seus agentes que se repetem ao longo do tempo e têm por objetivo mudar as crenças, os discursos e os modos de ser de suas vítimas (seu eu) nos processos de gestão do trabalho nas universidades públicas brasileiras. Nosso objetivo geral era compreender como se estabelecem as relações de poder e resistência que fazem com que mulheres vivenciem cerceamentos e violências no exercício da docência do Ensino Superior em universidades públicas brasileiras. Sobre isso, chegamos à compreensão de que há um dispositivo que opera via tortura moral, a partir do qual essas relações de poder se estabelecem como mecanismos de correção. Os objetivos específicos previam analisar relações entre moral e hierarquia na produção de cerceamento e violências contra mulheres no exercício da docência no Ensino Superior em universidades públicas brasileiras (e concluímos que tanto os códigos morais compartilhados, quanto a hierarquia são usados para validar as práticas de violência institucional); verificar se há regularidades discursivas sobre gênero, sexualidades, questões étnico-raciais e de classe entre diferentes docentes ao narrarem processos de violência sofridos no exercício da docência em instituições públicas de Ensino Superior (as encontramos, mas encontramos também outras, como as ligadas ao uso das maternidades para validar violências); e identificar relações entre as violências narradas com códigos morais de gênero, sexualidades, étnico-raciais e classe em instituições públicas de Ensino Superior (o que foi possível ao analisar o uso dos códigos morais compartilhados na validação das violências institucionais que compõem práticas de tortura moral). Dessa investigação resultou a tese de que as violências impostas hierarquicamente a nós são parte de um dispositivo que opera por práticas de tortura moral, enquanto violência institucional, com o objetivo de que nos adequemos ao que é considerado apropriado à docência do Ensino Superior, pensada a partir de uma ideia de universidade criada na lógica moderna, eurocêntrica, caucasiana, heterossexual, cis, elitista e masculina.pt_BR
dc.description.abstractenThis thesis addressed the testimonies of five cis women, including the author’s one, about institutional violence experienced while they work as professors in Brazilian public universities. Invitations were made by intentional non-probabilistic sampling. We use in the theoretical framework concepts related to violence, power relations, discourse and truth by Michel Foucault; mechanic power of Gilles Deleuze and Félix Guattari and, from reading of Marie-France Hirigoyen, we realized that what we were studying was not moral harassment and, using different authors and legislation, we started to use the concept of moral torture to define the practices of violence committed by the State and its agents, which are repeated over time and aim at changing the beliefs, discourses and ways of being of their victims (their self) within work management processes in Brazilian public universities. Our general objective was to understand how the relations of power and resistance are established in a way that it results on women experiencing restrictions and violence in the work of higher education teaching in Brazilian public universities. On this topic, we came to the understanding that there is a dispositif that operates via moral torture, from which these power relations are established as correction mechanisms. The specific objectives were to analyze the relationship between morality and hierarchy in the production of restrictions and violence against women in higher education teaching in Brazilian public universities (and we concluded that both shared moral codes and hierarchy are used to validate practices of institutional violence); to verify if there are discursive regularities on gender, sexualities, ethnic-racial and class issues amongst different professors when they narrate processes of violence suffered in the exercise of teaching in public institutions of Higher Education (we found them, but we also found others, such as those linked to the use of motherhood to validate violence); and to identify relationships between the violence narrated with moral codes of gender, sexualities, ethnic-racial identities and class in public institutions of Higher Education (which was possible when analyzing the use of shared moral codes in the validation of institutional violences that produce practices of moral torture). This investigation resulted in the thesis that the violence hierarchically imposed on us is part of a dispositif that operates through practices of moral torture, as institutional violence, aiming at making us adapt to what is considered appropriate for teaching in Higher Education according to an idea of university created in a modern, Eurocentric, caucasian, heterosexual, cis, elitist and male logic.pt_BR
dc.identifier.citationDALLAPICULA, Catarina. Violência de gênero na docência: moral, hierarquia e poder na universidade pública. 2023. 205 f. Tese (Doutorado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17491
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 22/09/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectProfessoras universitáriaspt_BR
dc.subjectEnsino superiorpt_BR
dc.subjectHierarquiaspt_BR
dc.subjectViolência no ambiente de trabalhopt_BR
dc.titleViolência de gênero na docência : moral, hierarquia e poder na universidade pública.pt_BR
dc.typeTesept_BR

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