Por que elas são soltas? : um estudo das prisões preventivas de mulheres a partir das audiências de custódia realizadas em Belo Horizonte.

dc.contributor.advisorMorais, Flaviane de Magalhães Barros Bolzan dept_BR
dc.contributor.authorGalvão, Giovana Mendonça
dc.contributor.refereeMorais, Flaviane de Magalhães Barros Bolzan dept_BR
dc.contributor.refereeRibeiro, Ludmila Mendonça Lopespt_BR
dc.contributor.refereeValença, Manuela Abathpt_BR
dc.contributor.refereeArantes, Bruno Camillotopt_BR
dc.date.accessioned2022-03-03T16:44:56Z
dc.date.available2022-03-03T16:44:56Z
dc.date.issued2021pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Direito. Departamento de Direito, Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractA pesquisa jurídica desenvolvida nesta dissertação busca aprofundar a questão das prisões preventivas entre mulheres, a partir dos dados obtidos pelo Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que acompanhou a implementação das audiências de custódia em Belo Horizonte. O primeiro capítulo é dedicado à explicação da pesquisa de campo iniciada pelo CRISP em 2015. Há, então, uma explanação de como foi realizada a coleta de dados pelo CRISP, a metodologia adotada pelo grupo, como também a metodologia escolhida para a análise desses dados coletados para a realização desta dissertação. Assim, metodologicamente, este estudo utiliza a Análise de Dados e a Revisão Bibliográfica e documental. Após, centralizando-se na experiência da mulher custodiada e encarcerada, desnuda-se o funcionamento do controle social exercido no âmbito do sistema de justiça criminal, colocando-se em evidência o controle social informal a partir do marco teórico da criminologia crítica e feminista. A partir dos dados analisados, discute-se como esse controle atua de forma a selecionar as pessoas custodiadas já nas audiências de custódia, atuando em consonância com padrões patriarcais e raciais. No quarto capítulo, é discutido o papel das audiências de custódia, partindo da compreensão inicial que se tinha delas, dos seus objetivos institucionais e do seu discurso legitimador. Ainda, é realizado um estudo da cautelaridade penal, na perspectiva do modelo constitucional do processo, com centralidade na verificação da aplicação da base principiológica às audiências de custódia, priorizando a análise a partir da realidade das mulheres enquanto sujeitos destinatários dessas medidas cautelares. O último capítulo reflete acerca dos elementos metajurídicos que interferem nessa decisão. Utiliza-se, para aprofundar essa discussão, o conceito de “ordem pública”, já que sua garantia foi identificada como uma das principais fundamentações que baseiam a decisão pela prisão preventiva de homens e mulheres. Busca-se entender como esses elementos metajurídicos que enviesam a cognição judicial nas audiências de custódia se relacionam com as estruturas sociais que sustentam a sociedade de classes, como o racismo e o patriarcado, almejando-se a numa aproximação entre a criminologia crítica e feminista e o processo penal. Conclui-se que as decisões que soltam as mulheres em sede de audiências de custódia têm menos relação com os elementos de gênero - e possíveis direitos advindos de suas condições de oprimidas pelo gênero- do que com papeis sociais desempenhados ao longo de suas vidas que desembocam na sua menor incidência em crimes violentos.pt_BR
dc.description.abstractenThe legal research developed in this dissertation uses the results obtained in the empirical research carried out by Center for the Study of Crime and Public Security (CRISP), to deepen an issue of prisons in flagrant offense among women. The first chapter is dedicated to the field research carried out by CRISP in 2015, which gave rise to this dissertation. Then, there is an explanation of how data collection was carried out by CRISP, the methodology adopted by the group, and the methodology chosen for these data analysis. In the third chapter, focusing on the women experience custody and incarceration, the functioning of social control exercised within the scope of the criminal justice system is revealed, putting informal social control in evidence. From the analyzed data, it is discussed how this control acts in order to select the persons in custody already in the custody hearings, acting in line with patriarchal and racial patterns. Afterwards, the role of custody hearings is discussed, starting from the initial understanding of them, their institutional objectives and their legitimizing discourse. A study is carried out on the theory of criminal precautionary action, from a constitutional perspective, with centrality in verifying the application of the principle basis to custody hearings, prioritizing the analysis based on the women reality of women. The third chapter reflects on the meta-legal elements that interfere in this decision and how the concept of “public order” is used by the judge, since its the main grounds on decisions for preventive detention for men and women. We seek to understand how these meta-legal elements that bias judicial cognition in custody hearings is relate to the social structures that support class society, such as racism and patriarchy, approximating critical criminology, feminist theory and the constitutional theory of penal caution. It is concluded that the decisions that put women out of prison accord less to gender elements - and possible rights arising from their gender-oppressed than women social roles that determinates its lower incidence in violent crimes.pt_BR
dc.identifier.citationGALVÃO, Giovana Mendonça. Por que elas são soltas?: um estudo das prisões preventivas de mulheres a partir das audiências de custódia realizadas em Belo Horizonte. 2021. 215 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14595
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 23/02/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectPrisão preventivapt_BR
dc.subjectDireito penalpt_BR
dc.subjectSeletividade penalpt_BR
dc.subjectPatriarcadopt_BR
dc.titlePor que elas são soltas? : um estudo das prisões preventivas de mulheres a partir das audiências de custódia realizadas em Belo Horizonte.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR

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