DEEDU - Departamento de Educação

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    A escolarização das pessoas com deficiência e necessidades especiais no Brasil : segregação e capacitismo.
    (2022) Diniz, Margareth; Oliveira, Cíntia Marques de Queiroz
    Esse artigo analisou a relação entre a longa história de segregação à qual as pessoas com deficiência foram submetidas durante seus processos de escolarização no Brasil e o cenário da Educação Especial, a partir de estudo de caso em Ouro Preto/MG. Nesta análise, verificamos documentos legais e políticas públicas, além de dados de matrículas obtidos no Censo da Educação Básica, entre 2007 e 2020, o que tornou possível perceber que a atuação da APAE no atendimento de estudantes com deficiência se mantem hegemônica, apesar das transformações paradigmáticas ocorridas no Brasil e do crescente aumento do número de matrículas em outras redes de ensino. Conforme dados do IBGE de 2010 (revistos em 2018), 6,7% da população têm algum tipo de deficiência. São cerca de 14 milhões de brasileiros, um número expressivo, porém, cotidianamente, não é difícil encontrar discursos e atitudes que reforçam a exclusão das pessoas com deficiência, reafirmando atitudes capacitistas.
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    O ensino de geografia através de maquetes e maquetes táteis na educação básica.
    (2022) Oliveira, Priscila Daniele de; Paulo, Jacks Richard de
    Este artigo aborda o ensino de Geografia sob mediação das maquetes e o objetivo principal foi analisar as contribuições das maquetes e maquetes táteis para o processo de ensino, de aprendizagem e de construção de conhecimento em Geografia na educação básica. Para tal, realizou-se uma pesquisa junto a base de dados BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações) para identificação e análise das pesquisas realizadas no período mencionado e que permeiam a temática investigativa deste trabalho. Os dados desta pesquisa evidenciaram que as maquetes podem contribuir para o processo de ensino, de aprendizagem e de construção de conhecimentos tanto na área de Geografia quanto nas demais áreas do conhecimento, sobretudo, sob a perspectiva inclusiva. Além disso, demonstrou-se também que as maquetes representam muito para a Geografia, pois tendem a garantir bons caminhos que possibilitam análises geográficas, incluindo diversos assuntos e dimensões espaciais. O que vai de encontro com a ideia de que a disciplina de Geografia é a ciência que possui a responsabilidade de privilegiar e viabilizar a análise crítica do espaço.
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    Por uma formação ética e estética de mulheres-professoras a partir do conceito de alteridade perante a diferença.
    (2021) Diniz, Margareth
    O presente artigo problematiza a formação docente em relação à subjetividade, à alteridade e à diferença, especialmente relacionada às pessoas com deficiência e às políticas inclusivas. Ao abordar a trajetória das pessoas com deficiência e as concepções segregadoras que as marcaram ao longo de décadas, destaco a formação docente para a inclusão considerando o tripé, buscando dispositivos que o alcancem e rompam com modelos standards que invisibilizam e segregam o sujeito. O referencial teórico acerca da relação com o saber cunhada por Bernard Charlot atravessa o trabalho, concebendo o sujeito em relação consigo mesmo, com o mundo e com os outros, mediados pela cultura e pela linguagem, incidindo em mobilizações que perpassam a formação docente. A Conversação, introduzida pela Psicanálise, utilizada aqui como metodologia de pesquisa, possibilita às mulheres-professoras a invenção de novas saídas para lidar com o mal- estar, somada às visitas aos museus brasileiros, constituindo-se, assim, em dispositivos de intervenção. O resultado desse trabalho visa à constituição de uma experiência singular, promovendo efeitos de deslocamento físico e psíquico em mulheres-professoras em relação à arte e à cultura no projeto intitulado formação ética e estética de mulheres-professoras em uma experiência de alteridade.
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    Peace or violence : a ambiguidade dos discursos educacionais de acolhida e proteção pela confissão identitária.
    (2021) Dallapicula, Catarina; Lima, Gabriela Pereira da Cunha; Soares, Guilherme; Diniz, Margareth
    Usando como mote a canção “Peace or Violence”, em que o artista belga de ascendência ruandesa Stromae questiona se o “V” é um símbolo de paz ou violência, este artigo analisa os discursos de duas notícias para pensar os processos de inclusão escolar pela confissão identitária de pessoas que não se enquadram na heterocisnormatividade regida pela branquitude. As narrativas midiáticas apresentam processos de violência institucional direcionadas à performance de gênero e à sexualidade de estudantes. Questionamos como as identidades são assumidas pelas instituições em práticas que visam a inclusão, mas também podem reverberar em violências, entrando em um debate existente sobre os ganhos e perdas no uso das identidades como estratégia de acesso a direitos perante uma matriz de dominação em que diferentes marcadores identitários se interseccionam.
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    Inclusão para quem? : a luta de famílias das camadas populares pela escolarização dos estudantes surdos.
    (2022) Ferreira, Renata Lena de Lourdes; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Torres, Marco Antônio
    As pesquisas sobre família, escola e inclusão revelam que as políticas de inclusão dos surdos mudaram no Brasil a partir da década de 2000. Este estudo teve como objetivo geral analisar como se configura a relação da família e da escola no processo de inclusão de estudantes surdos em uma cidade no interior de Minas Gerais. Sob a perspectiva qualitativa, a pesquisa privilegiou a entrevista compreensiva com duas mães de estudantes surdos de camadas populares e o questionário aplicado com dois diretores e duas professoras de duas escolas públicas. Concluiu-se que, embora leis voltadas para a inclusão destes estudantes já existam, elas não estão sendo cumpridas. Com isso, escolas e famílias vêm tentando incluir esses estudantes dentro de certas possibilidades, porém o processo de escolarização ainda apresenta muitos obstáculos e tem causado frustração e sensação de impotência aos estudantes surdos e às suas famílias.
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    Atendimento educacional especializado : revisando as práticas.
    (2020) Franco, Marco Antônio Melo; Magalhães, Priscilla de Almeida Fontana; Oliveira, Gláucia Cristina Moreira de
    As políticas para educação especial na perspectiva da inclusão em educação avançaram muito com a política de 2008. O presente artigo buscou investigar as produções científicas sobre as práticas pedagógicas inclusivas desenvolvidas por professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), publicadas entre os anos de 2010 a 2018, no banco de dados de periódicos CAPES. Foram encontrados 47 artigos relacionados à temática. Desses artigos apenas seis discutem, de forma mais específica, as práticas pedagógicas. Identificamos que embora a educação inclusiva e as políticas vêm sendo discutidas, há algumas décadas, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados e vencidos, particularmente, na constituição de práticas pedagógicas mais inclusivas.
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    O ensino superior perante as demandas da educação inclusiva : o que pensam os gestores da Universidade Federal de Ouro Preto.
    (2018) Franco, Marco Antônio Melo; Silva, Marcilene Magalhães da; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá
    A crescente demanda no campo da educação inclusiva, que vem se tornando pauta na Educação Superior, tem, de alguma maneira, contribuído para o repensar dessa etapa de formação. Faz-se necessária a tomada de posição das instituições no sentido de diminuir as barreiras que dificultam o pleno exercício do direito dos cidadãos que, agora, nela adentram. Para tanto, investigamos como os gestores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) concebem três conceitos que entendemos fundamentais para a implementação de políticas inclusivas, sendo eles: inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica. Por meio da aplicação de questionários, realizamos a coleta de dados nos diferentes níveis de gestão da universidade. Do total de 120 questionários aplicados 38 foram respondidos. Foi possível observar que os gestores possuíam um maior conhecimento sobre o tema da inclusão, o que não se estendeu aos outros dois conceitos. Podemos considerar que as respostas apontam para a necessidade de construir um campo de estudos e debates acerca dos conceitos investigados, no intuito de promover a formação no âmbito da instituição e, assim, garantir que a educação inclusiva seja central nas ações da Ufop.
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    Concepções e práticas pedagógicas de alfabetização : um estudo com professores de crianças com paralisia cerebral.
    (2018) Ribeiro, Joana Vicente; Franco, Marco Antônio Melo; Franco, Marco Antônio Melo; Corrêa, Hércules Tolêdo; Rodrigues, Sônia Maria
    O aumento da presença de crianças público-alvo da educação especial no ensino regular tem gerado inquietações no que se refere às práticas pedagógicas desenvolvidas nos processos de ensino-aprendizagem, especificamente quando se trata da alfabetização - no caso deste estudo, a criança com paralisia cerebral. O estudo aqui apresentado busca investigar como os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental I têm desenvolvido práticas pedagógicas inclusivas no campo da leitura e da escrita de crianças com paralisia cerebral. Para realizar a pesquisa, a perspectiva metodológica adotada foi a abordagem qualitativa. Participaram do estudo 4 professoras ligadas diretamente ao processo de ensino-aprendizagem, mais especificamente à alfabetização, de 3 crianças diagnosticadas com paralisia cerebral, com idade entre 7 e 11 anos, regularmente matriculados no Ensino Fundamental I da rede municipal da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Para coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as docentes e observações em salas de aula. Os dados foram analisados em duas etapas: a primeira diz respeito às entrevistas e a segunda à apresentação dos dados coletados nas observações, os quais buscamos dialogar com as respostas das entrevistas. Em relação à primeira etapa, a análise dos dados revelou inconsistência na concepção conceitual, por parte das professoras, acerca da inclusão e da alfabetização, implicando na elaboração de práticas pouco calcadas em domínios teóricos. A segunda etapa revelou que as ações realizadas pelas docentes no campo da leitura e da escrita com as crianças com paralisia cerebral estão distantes de serem ações inclusivas de fato. Relacionando as entrevistas e as observações, foi possível identificar que o pouco domínio teórico dificulta a reflexão acerca dos casos e, por conseguinte, a elaboração de práticas mais inclusivas.
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    O fazer pedagógico em contexto de inclusão : estratégias, ações e resultados.
    (2016) Franco, Marco Antônio Melo; Rodrigues, Paloma Roberta Euzebio
    A investigação aqui proposta busca ir além do debate teórico sobre a inserção e a inclusão da criança no âmbito educacional. Ela volta-se para o trabalho pedagógico, em sala de aula, com a criança deficiente, no caso, a criança com paralisia cerebral. Trata-se de uma abordagem qualitativa que adota a pesquisa-ação como forma de compreender a realidade investigada e nela intervir, conjuntamente com os atores desse processo. Foi selecionada uma escola que possui no seu quadro discente crianças com paralisia cerebral. Acompanhou-se semanalmente, ao longo do período letivo, o processo de ensino e aprendizagem como forma de apropriação das rotinas, possibilitando assim, analisar, intervir e construir novas práticas pedagógicas, em conjunto com os sujeitos envolvidos. Como resultado, identificamos a construção, pelos docentes, de um olhar diferente sobre o processo de aprendizagem das crianças: a adoção de estratégias pedagógicas que consideram a individualidade dos sujeitos sem perder a dimensão do coletivo. Foram adotadas estratégias como a economia de escrita, reorganização dos espaços, mudança na forma de participação, adaptação curricular e de atividades, entre outras. Além disso, observamos um movimento conjunto dos profissionais da escola na implementação de ações que melhor acolham as crianças com deficiência.
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    Formação docente para a diversidade e a inclusão.
    (2011) Diniz, Margareth
    A diversidade presente nas escolas atuais e os constantes questionamentos que se apresentam à educação fazem emergir um novo conhecimento escolar que passa a exigir múltiplas habilidades do(a) professor(a). Que tipo de formação o(a) professor(a) precisa para lidar com tantas situações que envolvem a diversidade e as políticas de inclusão em curso no Brasil? Quais os recursos internos/subjetivos que ele precisa mobilizar em si para ensinar aos alunos? O presente artigo tem como objetivo discutir a formação docente visando às múltiplas situações em que se veem envolvidos durante uma jornada de trabalho, a partir da metodologia da conversação, realizada com grupos de docentes, elucidando em seus resultados o caráter provisório do saber e da formação docente.