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    O processo de transição da educação infantil para o ensino fundamental : escutando professoras.
    (2023) Alves, Cléa Braga; Franco, Marco Antônio Melo; Franco, Marco Antônio Melo; Jorge, Liliane dos Santos; Carvalho, Levindo Diniz
    Este estudo buscou analisar o processo de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, a partir da escuta de professoras atuantes na rede pública do município de Itabirito-MG, em que foram considerados aspectos conceituais e políticos de abordagens sobre a infância, as tensões e os desafios encontrados nesse processo de transição, como se organiza o trabalho pedagógico das profissionais entrevistadas, como é realizado o planejamento em paralelo ao que rege a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e o diálogo entre as professoras atuantes nessas duas etapas da educação básica em uma busca pela continuidade do trabalho pedagógico e como ele aparece nos documentos legais da escola. Diante disso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, cuja metodologia foi composta por revisão bibliográfica e pela realização de entrevistas semiestruturadas. A pesquisa ressaltou a importância do compromisso com a infância em todos os seus aspectos, sejam eles políticos, culturais ou pedagógicos, para que seja possível constituirmos a escolaridade como prioridade na vida das crianças, uma das formas capazes de criar caminhos para a construção social, cultural e cognitiva, com respeito às suas singularidades e aos seus direitos. O trabalho permitiu compreender que a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve ocorrer de maneira que sejam consideradas as necessidades particularidades das crianças e o seu processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento.
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    Elaboração de objetivos de aprendizagem de matemática a partir do Saeb.
    (2022) Andrade, Yasmin Maria Marzano; Matos, Daniel Abud Seabra; Motta, Carlos Eduardo Mathias
    Os objetivos foram: a) analisar as sentenças descritoras de itens de Matemática do Saeb; b) elaborar objetivos de aprendizagem a partir de sentenças descritoras oriundas de itens de Matemática do Saeb; c) categorizar os objetivos de aprendizagem segundo os processos cognitivos, a partir da Taxonomia Revisada de Bloom. A categorização dos objetivos de aprendizagem foi realizada de acordo com as áreas temáticas da BNCC e a Taxonomia Revisada de Bloom. O número final de objetivos de aprendizagem elaborados foi 87: (7) estatística e probabilidade, (27) geometria, (7) grandezas e medidas, (26) números e (20) álgebra. A classificação dos objetivos de aprendizagem nos processos cognitivos foi: (14) lembrar, (28) compreender, (35) aplicar e (10) analisar. Encontramos diversos verbos ambíguos ou usados de maneira inadequada. Em muitos desses casos foi preciso substituir esses verbos por outros, que expressavam com clareza o que os estudantes devem realizar para solucionar os problemas.
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    Transição no ensino fundamental : a perspectiva de gestores, professores e alunos.
    (2023) Reis, Ludimila Maria da Silva; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Luciano Campos da; Falsarella, Ana Maria
    A presente pesquisa investigou a transição escolar dos anos iniciais aos anos finais do ensino fundamental. A investigação partiu do pressuposto, verificado na literatura sobre o tema, que, nesse momento de transição, diversos fatores se articulam e ocasionam dificuldades significativas para o itinerário escolar dos alunos e, consequentemente, influenciam o desempenho e a adaptação escolares dessas crianças e desses adolescentes. O objetivo geral da pesquisa foi compreender, sob a ótica de gestores, professores e alunos, o efeito da transição escolar dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental nos processos de escolarização dos alunos em duas instituições públicas que atendiam ao ensino fundamental localizadas nos municípios de Mariana-MG e Ouro Preto-MG. Para isso, foram adotados os seguintes objetivos específicos: 1) realizar, a partir da revisão bibliográfica, um levantamento de fatores que poderiam dificultar e/ou afetar a transição dos alunos para os anos finais do ensino fundamental, cotejando-os aos resultados da pesquisa; 2) identificar as percepções dos indivíduos sobre as dificuldades escolares mais significativas para o processo educacional dos alunos decorrentes da transição dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental; 3) verificar, nas escolas investigadas, aspectos que poderiam minimizar os impactos da transição dos alunos para os anos finais. Diante disso, para fundamentar a investigação foi utilizada a literatura produzida sobre transição no ensino fundamental, além de pesquisa em documentos curriculares. Com um desenho metodológico qualitativo, a geração de dados envolveu a aplicação de questionários a alunos e professores e entrevistas semiestruturadas com gestoras e pedagogas do 6o ano do ensino fundamental em duas escolas da rede pública de Ouro Preto- MG e Mariana-MG. Os principais resultados indicam que a dificuldade de adaptação discente se configurava, no 6o ano, como a mais importante dificuldade escolar. Concomitante a isso, observou-se que os alunos não estavam sendo educacionalmente preparados para lidar com as mudanças organizacionais e pedagógicas exigidas nessa nova etapa de escolarização. Dessa forma, observamos que, embora tivessem sido identificados alguns esforços das escolas para amenizar as dificuldades escolares vivenciadas pelos alunos no momento dessa transição escolar, eles eram fragmentados e, nem sempre, intencionais. Em suma, não se verificou, nas escolas analisadas, uma densa problematização desse processo, nem ações sistematizadas para tratá-lo, o que o torna praticamente invisibilizado nas discussões educacionais.
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    Modos de ensinar literatura infantil na escola : (trans)formando leitores literários.
    (2022) Magalhães, Rosângela Márcia; Corrêa, Hércules Tolêdo; Corrêa, Hércules Tolêdo; Machado, Rodrigo Corrêa Martins; Soares, Ivanete Bernardino; Machado, Maria Zélia Versiani; Debus, Eliane Santana Dias
    A leitura de textos literários contribui para a formação do leitor criativo e autônomo, visto que os horizontes propostos pela literatura são ilimitados e suas interpretações, dada a sua natureza polissêmica, infinitas. Esta pesquisa de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Ouro Preto tem como objetivo geral analisar os modos de ensinar literatura infantil que levam os alunos ao sentido das obras nos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino da cidade de Itabirito/MG. Para o desenvolvimento desta investigação, recorremos aos princípios teóricosreferentes à abordagem qualitativa e utilizamos como instrumentos de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, o questionário, a entrevista semiestruturada, fotografias de acervo pessoal e de acervo particular disponibilizadas pelas profissionais pesquisadas e a análise de documentos oficiais relacionados ao trabalho com a Literatura Infantil na rede municipal de ensino. Os referenciais teóricos para o desenvolvimento desta pesquisa são os estudos sobre letramento(s), fundamentados e desenvolvidos por pesquisadores da área, tais como Magda Soares, e também nas consecutivas investigações sobre as diferentes formas de letramento, como o conceito de letramento literário, que vem sendo estudado por diversos pesquisadores brasileiros (por exemplo, PAULINO, COSSON, MACHADO, PAIVA, CORRÊA), e que tem se fortalecido bastante com o trabalho do Grupo de Pesquisa do Letramento Literário – GPELL, no âmbito do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita - CEALE da Faculdade de Educação da UFMG. Além desses estudiosos, dialogamos com pesquisadoras que têm como foco o ensino de literatura e a formação de leitores literários como Zilberman, Colomer, Rouxel, Dalvi, Lajolo, dentre outras e outros. Logo, esta pesquisa oferece elementos importantes para a compreensão do trabalho significativo com a literatura infantil e aponta subsídios para o desenvolvimento de estratégias metodológicas adequadas para a leitura literária nos primeiros anos de escolarização. Ficou evidente nesta investigação que não existe um modo exclusivo de ensinar literatura infantil nos anos iniciais da Rede Municipal de Educação de Itabirito/MG. O que devemos refletir é sobre a intencionalidade pedagógica do professor, pois em todos os caminhos que ele percorrer com seus alunos a atividade de leitura literária deve ser priorizada. A presente pesquisa ainda nos possibilita afirmar que a escola, para desenvolver o processo de letramento literário de forma sistematizada e significativa, deve dispor de uma biblioteca bem equipada e com pessoas qualificadas para trabalhar nesse espaço, um acerco diversificado, professores leitores com boa fundamentação teórica e metodológica, programas de ensino que valorizem a literatura e, sobretudo, um professor que medeia a leitura e também ensine a literatura infantil. Afinal, é através da experiência da leitura literária que é possível formar leitores mais conscientes e engajados na luta pela democracia, pela educação pública, gratuita e de qualidade.
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    Transição para o ensino fundamental II : o que dizem as pesquisas brasileiras.
    (2021) Reis, Ludimila Maria da Silva; Nogueira, Marlice de Oliveira e
    Este artigo apresenta uma pesquisa bibliográfica que analisou fatores escolares e sociais associados ao desempenho dos alunos na transição do 5o para o 6o ano. Os resultados indicam que são vários os fatores que afetam os alunos na transição escolar, como a entrada na adolescência, a adaptação a uma nova cultura escolar, a mudança da monodocência para a pluridocência, as exigências das disciplinas escolares, a fragmentação dos tempos e espaços, e as relações entre alunos e professores. Embora tais fatores estejam comumente presentes nos percursos de escolarização, eles afetam cada educando com maior ou menor intensidade, não sendo possível inferir um padrão de situação escolar vivenciado.
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    Percepções sobre o comportamento de indisciplina de meninas e meninos na escola.
    (2022) Silva, Luciano Campos da; Pereira, Edilaine Aparecida dos Santos
    O estudo investigou as percepções dos/as estudantes de uma escola pública de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, sobre a participação de meninas e meninos em episódios de indisciplina. Foram utilizados o Questionário Diagnóstico da Percepção de Indisciplina e Violência Segundo o Sexo dos/as Estudantes (Q-PIV), Quadro de Heteroclassificação e Autoclassificação de Comportamentos de Indisciplina (HAE) e entrevista semiestruturada. Participaram 167 estudantes do 8o e 9o anos do ensino fundamental. Os resultados indicam que é um equívoco pensar que as condutas de meninas e meninos na escola seguem um padrão rígido pautado apenas nas expectativas sociais de gênero, uma vez que verificamos uma multiplicidade de atitudes de meninas e meninos diante das regras escolares.
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    Entre ser “a pessoa mais importante do lugar” e “apenas um professor”.
    (2021) Gomes, Valdete Aparecida Fernandes Moutinho; Nunes, Célia Maria Fernandes; Pádua, Karla Cunha
    Neste artigo, discutimos a influência do contexto sociocultural em que a escola está inserida para a percepção de valorização docente conforme a narrativa de uma professora do ensino fundamental I. As reflexões ora apresentadas desenvolveram- se durante uma pesquisa que procurou investigar a valorização docente na narrativa de uma professora dos anos iniciais do ensino fundamental, que atua na rede municipal da cidade de Mariana, Minas Gerais. Como procedimentos metodológicos, desenvolvemos um levantamento bibliográfico acerca da valorização docente para compreendermos como a questão tem sido discutida pela literatura da área e contemplada pela legislação. Além disso, realizamos a entrevista narrativa, cujos achados evidenciaram que a valorização docente ultrapassa a dimensão objetiva (condições de trabalho e carreira, formação e remuneração), privilegiada nos estudos do campo. A pesquisa demonstrou a importância da dimensão subjetiva para a valorização, incluindo assim, as interações humanas vivenciadas no exercício da profissão e a percepção de reconhecimento social. Nesta direção, apresentamos os fatos mais marcantes da trajetória profissional da professora pesquisada e analisamos as suas percepções acerca do exercício da docência em uma escola do campo e em uma escola da periferia da cidade de Mariana-MG, procurando compreender como o contexto sociocultural influencia a percepção de valorização docente.
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    Aprovação e indicadores educacionais : uma análise contextual das escolas públicas de ensino fundamental de Mariana.
    (2022) Silva, Karina Aparecida da; Matos, Daniel Abud Seabra; Alves, Maria Teresa Gonzaga; Matos, Daniel Abud Seabra; Alves, Maria Teresa Gonzaga; Delgado, Victor Maia Senna; Xavier, Flávia Pereira
    O direito à educação de qualidade é um valor garantido a todos os brasileiros pela Constituição Federal de 1988, mas que permanece como um desafio, haja vista as metas e estratégias do atual Plano Nacional de Educação vigente entre 2014 e 2024. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as taxas de rendimento educacional das escolas públicas de ensino fundamental de Mariana, por meio de quatro indicadores contextuais: (1) adequação da formação docente, (2) índice de regularidade docente, (3) índice de complexidade de gestão e (4) índice de nível socioeconômico das escolas. Os objetivos específicos são: (i) comparar a evolução das taxas de rendimento escolar, estabelecendo uma série histórica para os anos de 2015 a 2019; e (ii) analisar a associação entre as taxas de rendimento escolar e os indicadores contextuais. O período foi escolhido devido ao rompimento da barragem de Fundão do final do ano de 2015 e a pesquisa explorou a possível associação entre as taxas de rendimento escolar com esse desastre. Os indicadores educacionais analisados foram calculados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas. Para analisar a associação entre as taxas de aprovação e os outros indicadores contextuais usamos correlação. O total de instituições analisadas em Mariana foram: em 2015 e 2016, 29 escolas e no período de 2017 a 2019, 28 escolas. Dentre os principais resultados, destacamos: a) não encontramos correlações significativas, na maior parte dos anos, quando relacionamos as taxas de aprovação com os outros indicadores (índice de regularidade docente, adequação da formação docente e nível socioeconômico). Entretanto, por meio dos resultados de cada indicador, é perceptível que aqueles referentes ao trabalho docente necessitam de políticas mais eficazes, pois a rotatividade docente é alta e muitos professores não têm formação adequada à disciplina que lecionam, em grande parte das escolas. O resultado do nível socioeconômico não está de acordo com a literatura, mas parece ter sido influenciado por questões como dados ausentes para muitas escolas; b) as maiores taxas de aprovação concentram-se nos anos iniciais das escolas urbanas, nos níveis 1 e 2 de complexidade de gestão (em uma escala de 1 a 6). A maior dispersão dos dados pode ser observada nas escolas urbanas e rurais de nível de complexidade de gestão 3; c) a variação das taxas de rendimento escolar demonstrou o menor índice de aprovação e, consequentemente, maior reprovação no ano de 2016, o que pode demonstrar uma possível associação com o desastre do rompimento da barragem. Os anos finais foram os mais afetados na área rural. Aqui merece destaque a EM Paracatu de Baixo, que era localizada em uma das áreas mais afetadas pelo desastre. Em síntese, ficou clara a importância da associação dos indicadores, por permitirem indicações como: a necessidade de dar atenção aos índices de reprovação das escolas da cidade, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e às escolas que tem complexidade de gestão a partir do nível 3. Este trabalho pode ser apropriado por pesquisadores, profissionais da educação e os resultados podem contribuir para a elaboração de políticas públicas direcionadas aos problemas reais das instituições, principalmente quando a localidade observada foi atingida ou enfrenta um desastre. Pesquisas futuras podem fazer análises mais aprofundadas, por exemplo, adotando métodos que permitam estabelecer um nexo causal entre o desastre ocorrido na cidade e as taxas de rendimento escolar.
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    Práticas pedagógicas com crianças em situação de deficiência intelectual nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
    (2021) Andrade, Maria da Conceição Aparecida; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Diniz, Margareth; Rahme, Mônica Maria Farid
    Esta dissertação é fruto de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo objetivo geral foi analisar as práticas pedagógicas com crianças em situação de Deficiência Intelectual, matriculadas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, em duas escolas públicas de Ensino Regular (uma da rede municipal e outra da rede estadual) situadas em uma cidade mineira. Como estratégias metodológicas, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e análise documental. A busca bibliográfica e documental foi realizada em ambientes virtuais e reais (nas próprias escolas, nas bibliotecas, sites oficiais, bancos de dados acadêmicos e governamentais). As participantes da pesquisa foram duas (2) professoras que lecionam para turmas do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º ano), as quais têm matriculadas crianças em situação de Deficiência Intelectual. Os dados revelaram que as práticas pedagógicas planejadas para esse público ainda se encontram pautadas em atividades mecânicas, priorizando a memorização, por meio de tarefas repetitivas e cópias que não instigam a imaginação e a criação. As práticas interdisciplinares e a construção de adaptações curriculares ainda não são frequentes no ambiente escolar. As opiniões das entrevistadas sobre essas crianças permanecem impregnadas das ideologias do modelo médico-pedagógico, no qual a medicina pode nortear o trabalho pedagógico, pois seus discursos revelaram a culpabilização da própria criança e de seus/as familiares pelo insucesso no processo de aprendizagem, desconsiderando a singularidade e a subjetividade nele envolvidas. As docentes demonstraram preferir aguardar as orientações médicas, como se estas fossem guias para suas práticas pedagógicas; como se o médico fosse o profissional capaz de delimitar o ponto de partida e de chegada do potencial de aprender de uma criança.
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    Relações étnico-raciais no ensino fundamental II em escolas públicas da cidade de Manhumirim/MG.
    (2019) Vieira Neto, Tânia Danielle; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Oliveira, Heli Sabino de
    A presente dissertação é resultado de uma pesquisa que teve o objetivo principal de investigar como os/as docentes de duas escolas públicas – municipal e estadual – que ofertam o ensino fundamental II – de 6º a 9º ano – do município de Manhumirim, MG, trabalham a diversidade étnico-racial e a implementação da Lei nº Federal 10.639/03 e da Lei Federal nº 11.645/08, apontando as limitações das discussões com essa tônica, por meio de relatos de professores/as e supervisoras. Neste mesmo viés, objetiva-se também auxiliar na composição de subsídios pedagógicos e teóricos para a formação de professores no âmbito da temática étnico-racial. Desta forma, foi realizada uma investigação de caráter qualitativo do tipo documental e empírico, por meio de análise de documentos oficiais das escolas, tais como os Projetos Políticos Pedagógicos e calendários escolares. Como instrumento na coleta de dados, foi utilizado um questionário fechado, a fim de construir um perfil dos sujeitos investigados, bem como a compreensão que possuem da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08; e entrevistas semiestruturadas com os profissionais selecionados nas duas escolas pesquisadas: professores/as e supervisoras pedagógicas. Os resultados apontam para um cenário em que foi possível identificar uma escassez de abordagem da temática étnico-racial nos documentos oficiais como os PPPs e os calendários letivos, bem como o desconhecimento das legislações investigadas pelos/as docentes. Além disso, a pesquisa revelou uma ausência de práticas pedagógicas com a temática da diversidade étnico-racial de forma efetiva e planejada pelos/as docentes e supervisoras. Revelou, também, a falta de conteúdos sobre a temática étnico-racial na formação inicial e continuada dos/as entrevistados/as, evidenciando que, apesar de existir uma legislação em favor das causas étnico-raciais, a implementação das Leis não é uma realidade nas escolas. Tal constatação corrobora a necessidade de ofertar subsídios pedagógicos para que as Leis deixem de ser um desafio e tornem-se, de fato, uma realidade implantada na escola, em prol de uma educação antirracista.