DEJOR - Departamento de Jornalismo
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Item Metacrítica : experiências jornalísticas que configuram narrativas da diversidade.(2018) Maia, Marta Regina; Barretos, Dayane do CarmoEste artigo apresenta uma discussão voltada para as possibilidades engendradas por experiências jornalísticas que acionam novas narrativas sobre a realidade. Conside ramos, para efeito de análise, duas pesquisas finalizadas em 2017, que seguem um aporte metodológico da análise da narrativa das produções e dos livros reportagem das jornalistas Eliane Brum, Fabiana Moraes e Daniela Arbex e as produções do pro jeto Ponte: Direitos humanos, justiça e segurança pública. Localizamos, a partir de um diagnóstico do campo jornalístico e por intermédio das análises, novos contornos estruturais, profissionais e estéticos do campo, o que configura um movimento de metacrítica – emergente dessas novas experiências –, e que promove narrativas plu rais e diversas sobre a realidade.Item A potência mediadora do testemunho na configuração dos relatos jornalísticos sobre a violência contra mulheres na série Um vírus e duas guerras.(2022) Maia, Marta Regina; Barretos, Dayane do CarmoO trabalho aborda o papel do testemunho em narrativas de violência contra as mulhe- res em todo território nacional. Ao entender que tal violência se constitui de forma sistêmica e está intimamente vinculada às hierarquias de poder de caráter patriarcal arraigadas na sociedade, e que precisam ser denunciadas para que o futuro possa ser vislumbrado de outra maneira, realizamos uma leitura de várias reportagens que trazem a cobertura dessa vio- lência em 2020. A série, denominada Um vírus e duas guerras, foi veiculada a partir de uma espécie de consórcio, formado por sete mídias parceiras, que atuam fora do circuito mainstream do jor- nalismo: Amazônia Real, Agência Eco Nordeste, #Colabora, Portal Catarinas, Ponte Jornalismo, AzMina e Marco Zero Conteúdo. Tendo como eixo de discussão o “texto testemunhal” (Frosh, 2009), temos como objetivo compreender, a partir das falas das vítimas, profissionais de apoio, familiares e dos próprios jornalistas, os modos como as lógicas patriarcais e as nuances específicas do contexto brasileiro emergem de forma a complexificar esse problema público, evidenciando uma prática jornalística menos afeita a uma perspectiva presentista, além de revelar a relevância do testemunho no jornalismo. Compreendemos, portanto, a potência do aspecto testemunhal nas produções sobre violência como um importante gesto interpretativo que permite que um episódio temporalmente localizado de violência se insira em um continuum de permanências e rupturas. E é exatamente esse continuum que configura a dimensão estrutural da violência de gênero. Nessa perspectiva, entendemos que o testemunho midiático amplia a noção de testemunho no jornalis- mo ao envolver produtores e receptores em uma experiência comunicacional que garante outros tipos de acesso ao que está sendo noticiado. Consideramos ainda que é possível complementar os dados e informações disponíveis com os testemunhos de quem convive e/ou conviveu com a violência de forma direta ou indireta, garantindo, assim, a identificação das recorrências e dos ciclos que se repetem, o que pode contribuir para fomentar a discussão sobre políticas públicas de prevenção à violência contra as mulheres no Brasil.Item O testemunho como elemento central na produção jornalística : a narrativa de Operação Massacre.(2018) Maia, Marta Regina; Barretos, Dayane do CarmoEsse trabalho tem como objetivo refletir sobre o testemunho como centro da produção de narrativas jornalísticas, tendo como mote o livro Operação Massacre, de Rodolfo Walsh. Recorremos, metodologicamente, à Análise da Narrativa, a partir de uma visada ampla que compreende a construção de narrativas enquanto um processo para além da materialidade textual e que nos permite inserir a figura do jornalista enquanto protagonista do ato de narrar. Ato que reflete não só as escolhas desse jornalista narrador, mas do modo de apropriação do mundo que está ligado a um contexto sóciohistórico-político-cultural.