IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    O processo documental no espetáculo Mi Vida Después : a transformação da vivência em experiência.
    (2022) Valença, Ernesto Gomes; Schinelo, Letícia Pavão
    O artigo propõe uma análise da peça Mi Vida Después, da encenadora argentina Lola Arias, considerando o modo como a combinação de elementos testemunhais, de representação e de apresentação de documentos estabelece sobreposições temporais no espetáculo. O tempo da ditadura militar argentina, vivido pelas atrizes e atores quando ainda crianças, é colocado em perspectiva com o tempo atual dos personagens adultos, configurando o tempo da representação propriamente dita. Esse jogo de temporalidades é analisado a partir do contraste entre as noções de “experiência” e “vivência” na obra de Walter Benjamin e, em especial, do conceito de “estrutura de sentimentos”, desenvolvido por Raymond Williams. Por fim, levando em conta essa sobreposição de temporalidades, são tecidas considerações sobre um espetáculo de treze anos atrás, criado no contexto cultural e social da Argentina, e se ele teria algo a dizer ao Brasil atual.
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    Notas sobre a peça Acima de tudo : sociologia e filosofia como bases para a criação teatral.
    (2020) Valença, Ernesto Gomes
    O artigo descreve a metodologia utilizada para a criação da peça Acima de tudo – Teatro antifascista, enfatizando o modo como a dramaturgia e a encenação articularam as bases teóricas estudadas. O neofascismo foi abordado a partir de fontes filosóficas e sociológicas que permitiram estabelecer paralelos entre o período da Alemanha nazista e o Brasil atual, sendo o mais evidente a mobilização, para ideias totalitárias, do sentimento da solidão em meio à multidão. O celular foi tomado como símbolo dessa solidão massificada hiper conectada que gerou o fascismo no Brasil e empregado na encenação tanto como objeto de cena quanto como inspiração para todo o espetáculo.
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    Intervenção como interrupção : práticas políticas na cena paulistana contemporânea.
    (2016) Moreira, Carina Maria Guimarães; Nosella, Berilo Luigi Deiró
    O presente artigo apresentase como um início de reflexão sobre a intervenção estética/teatral no espaço público, como uma forma política de atuação social do fazer teatral na cena teatral paulistana nas décadas de 1990 e 2000. A questão que salta aos olhos, em sua formulação mais simples, mas não menos importante, é se o ato de realizar uma encenação teatral num espaço não destinado institucionalmente para tal, na organização urbana, significaria, por si só, um ato de subversão de uma dada ordem social, de tal forma que esse ato de encenar se apresente como um ato político.