IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
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Item A estética do retrato no cinema de Andrea Tonacci a partir de Jean-Luc Nancy.(2020) Moreira, Pedro Carvalho; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Figueiredo, Virginia de Araújo; Rangel, Marcelo de MelloEsta dissertação investiga relações entre a estética do retrato proposta pelo filósofo Jean-Luc Nancy e a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci (1944-2016). Para tanto, busca-se, inicialmente, compreender como a imagem se insere no pensamento do filósofo para, em seguida, refletir sobre as questões estéticas que o retrato pictórico coloca em jogo, tendo como referência dois de seus principais textos sobre o tema: Le Regard du Portrait (2001) e L’Autre Portrait (2014). A partir de conceitos como imagem, mímesis, fundo, distinto, retrato autônomo, outro retrato, methexis, ser-singular-plural, identidade, semelhança, evidência e uma discussão em torno da filosofia do sujeito realizada por Nancy, buscamos uma chave interpretativa, ou uma possível entrada para discutir Serras da Desordem (2006) - uma das obras mais marcantes de toda a trajetória de Andrea Tonacci, cuja complexidade e variedade de temas abordados sugere uma infinidade de caminhos investigativos. No entanto, não pretendemos produzir uma leitura inequívoca da obra de um cineasta através de conceitos filosóficos, mas buscamos, sob a luz dos textos de Jean-Luc Nancy, um caminho possível para percorrer um filme por demais profuso e que, por esta razão, repele qualquer tipo de interpretação totalizante. Nesse sentido, não há a intenção de propor analogias diretas entre a arte pictórica e o cinema de Tonacci, mas de investigar as possibilidades que o gênero retrato oferece para discussão de Serras. Somado a isso, acreditamos que o filme de Tonacci nos oferece a possibilidade de qualificar certas questões suscitadas pela filosofia de Nancy por meio de uma discussão centrada no contexto brasileiro, sobretudo se levarmos em conta que a obra em questão tem como protagonista Carapiru - um índio Awá Guajá que sobreviveu a um massacre e passou 10 anos de sua vida vagando solitário, pois acreditava ser o último sobrevivente de seu povo.Item Theodor W. Adorno e a mímesis na experiência histórica da subjetividade: da dominação à reconciliação.(2016) Almeida, Jacqueline de; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares NevesA dissertação intitulada “Theodor W. Adorno e a mímesis na experiência histórica da subjetividade: da dominação à reconciliação”, consiste em uma investigação orientada para entender como Theodor Wiesengrund Adorno elaborou uma reflexão abrangente sobre a possibilidade de recuperar elementos para repensar a barbárie nazista através da compreensão da ligação entre os conceitos de sujeito, razão, dominação e natureza. O objetivo concentrou-se na discussão sobre o papel da mímesis no processo civilizatório, desde a sua forma originária, até a mímesis administrada, evidenciada sob o âmbito puramente instrumental. O interesse que moveu a pesquisa, com foco na dimensão mimética do antissemitismo, consistiu na tentativa de expor como seria possível a recuperação do momento mimético da experiência por parte do sujeito, cujo princípio se opõe à mentalidade do comportamento antissemita. Trata-se de pensar a abertura a uma experiência diferenciada do objeto, própria da experiência estética, na qual mímesis e racionalidade se veriam, enfim reconciliadas. Adorno reconhece a possibilidade de uma ‘reabilitação’ da mímesis que, apreenderia tanto a fragilidade corpórea e material do homem quanto a possibilidade de sua emancipação, no sentido de permitir uma abertura à alteridade do mundo.