IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    De Husserl à percepção cinematográfica : crítica ao representacionismo em Merleau-Ponty.
    (2019) Vilaça, Danilo Marcos Azevedo; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Figueiredo, Virginia de Araújo; Silva, Cíntia Vieira da
    A dissertação apresenta as críticas de Merleau-Ponty ao modelo de análise representacionista da modernidade sob dois aspectos, o primeiro (derivado da fenomenologia husserliana) diz respeito à explicação da percepção pelas teorias do conhecimento do período, cuja as abordagens estabelecem a representação ideal como intermediária da relação consciência-mundo; o segundo refere-se a apreciação estética, na qual as obras de arte são interpretadas pelo seu caráter figural, mimético e representacional. A proposta é desenvolver a última questão como consequência da primeira e assim indicar uma coesão entre as análises fenomenológicas/ontológicas do âmbito mais geral da filosofia do autor e suas reflexões sobre estética e arte. O cinema surge como o objeto artístico que evidencia as duas problemáticas mencionadas. Afinal, se observarmos o desenvolvimento da linguagem cinematográfica e as reflexões referentes ao estatuto representativo de tal arte, pode-se concluir que o filme, apesar utilizar como “matéria-prima” a “impressão fotográfica do mundo”, não deve ser encarado unicamente sob o ponto de vista mimético-representativo.
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    Signos e sensações Deleuzeanas como elementos principais na Recherche de Proust.
    (2016) Correia, Christian Frazeir; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Jardim, Alex Fabiano Correia; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo
    Em Proust e os signos, a unidade da Recherche não está na memória (nem no tempo), mas de acordo com Deleuze, nos signos, no aprendizado e na verdade. O importante não é lembrar, mas aprender; a memória tem apenas a função de interpretar certos signos, e o tempo se liga de forma diferente a cada tipo específico de signo. O essencial, portanto, não está na madeleine e nem nas pedras do calçamento. Depois, em O que é a filosofia?, a memória é citada como não tendo papel predominante na obra de Proust; ela não nos tira das percepções vividas nem solda o todo da obra, apenas nos traz antigas sensações; a memória não é base do fazer artístico, apesar de poder estar presente. A questão da memória parece ser importante uma vez que Deleuze afirma que ela ocupa um plano secundário na Recherche em duas obras. A partir disso cabe a pergunta: “Se a memória está em segundo plano, então, o que está em primeiro?”. Pretende-se, neste trabalho, expor os dois elementos que tornam a memória secundária na obra de Proust, segundo Deleuze: o signo e a sensação. Primeiramente, trataremos dos signos e de seus tipos, com destaque aos artísticos e, em seguida, veremos que a discussão da memória como elemento secundário aparece em meio à questão da sensação.