IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Da biopolítica de Foucault a necropolítica de Mbembe : alguns desdobramentos do desafio político da modernidade.
    (2023) Silva, Daniela Aparecida da Cruz; Guimarães, Bruno Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Alves, Marco Antonio Sousa; Rangel, Marcelo de Mello
    O presente trabalho busca considerar como os conceitos de biopoder e biopolítica elaborados por Michel Foucault relacionam-se com as análises mbembianas sobre a política da vida, a problemática da “guerra das raças” e consequentemente o racismo. Busca compreender como tal princípio de poder matar para viver se transforma em estratégias do Estado, não apenas orbitando em torno da questão jurídica, da soberania, mas em torno daquilo que diz do biológico de uma população, daquilo que se exerce no nível da vida, da espécie, da raça e dos fenômenos relativos à população. Evidenciando a extrapolação da lógica econômica para relações sociais e de como o racismo se comporta como peça fundamental na organização biopolítica de uma determinada população. Observa-se que a biopolítica e biopoder se apresentam como ferramentas analíticas (e políticas) relevantes para a compreensão dos modos através do quais a reflexão em torno das estratégias identitárias vislumbradas por Achille Mbembe, e as narrativas e projetos pós-coloniais podem ser redirecionadas. Interessa-nos, portanto, refletir sobre as dinâmicas de poder que moldam as formas de subjetivação e a construção da identidade, ao mesmo tempo em que ressalta a capacidade de resistência e transformação dos sujeitos diante dessas práticas de controle.
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    Atravessando a fronteira da pele : corpo e poder em Foucault e Preciado.
    (2022) Gonzaga, Caio Henrique Duarte; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Lobo, Rafael Haddock; Alves Júnior, Douglas Garcia
    O presente trabalho parte da crítica feita ao pensamento de Michel Foucault por Paul B. Preciado, especificamente sobre os modos de produção dos corpos e subjetividades contemporâneos não levados a cabo nas análises da biopolítica. Embora o filósofo francês tenha antevisto os elementos constituintes dos regimes de subjetivação que atuam na nova modalidade de controle, Preciado sustenta a ideia de que as tecnologias de poder contemporâneas, farmacológicas e midiático-pornográficas, configuram um novo cenário político intimamente conectado ao novo modelo de capitalismo que começa a se mostrar na virada do século XX. Para descrever as principais configurações que a gestão da vida pode assumir em diferentes momentos, nossa pesquisa acompanha com Michel Foucault as análises pioneiras em torno dos procedimentos, dispositivos e técnicas para a criação e condução de condutas no regime biopolítico. Assim, recorremos às reflexões sobre a ritualização disciplinar do corpo a fim de situar a mesma estratégia de ação sobre ações prescrevendo a conduta do indivíduo nas principais configurações de gestão política da vida na sociedade contemporânea. A hipótese levantada por Preciado é que a estratégia farmacopornográfica deriva de semelhante forma de criação e gestão das tecnologias políticas do corpo, busca-se evidenciar a necessidade progressiva da substituição da autonomia na constituição ética de si, pela prescrição heterônoma de um código moral, bem como o trajeto histórico-crítico que permite situar a moderna gestão farmacopornográfica como estratégia política de governo de condutas, fornecendo pistas para uma reflexão sobre o desenvolvimento e preservação de micropolíticas de resistência, de práticas de si e de defesa de novas subjetividades.
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    Cuidado de si e educação libertária em Michael Foucalt.
    (2022) Teixeira, Marcos Torres; Rangel, Marcelo de Mello; Teodoro, Jorge Benedito de Freitas; Rangel, Marcelo de Mello; Teodoro, Jorge Benedito de Freitas; Haddock Lobo, Rafael; Santos, Adriano Négris dos
    Este trabalho reflete uma educação mais livre dos domínios imperiais colocando a subjetividade num âmbito mais próprio de constituição de si mesmo. A cultura de si analisada por Michel Foucault na Hermenêutica do Sujeito revela uma perda histórica significativa naquilo que podemos chamar de educação numa cultura de si, que foi sendo esquecida diante da necessidade medieval e moderna de controle dos corpos numa relação complexa entre poder-saber-sexo. O sexo, desta maneira, como parte mais íntima dos corpos era o dispositivo mais capaz de fornecer as instituições de controle um aparato discursivo entre normalidade e anormalidade. Contudo, a multiplicação destes discursos, sendo “anormais” ou “normais”, sobre o sexo no próprio campo de exercício do poder demonstraram uma capacidade infinita de produção de si mesmo dos corpos, que se fossem desenvolvidos numa cultura de si como na antiguidade grega necessitariam muito mais de uma liberdade individual do que de um controle excessivo. Nesse sentido uma educação mais libertadora seria mais viável no desenvolvimento de um projeto educacional qualificado e satisfatório. Assim, a análise foucaultiana é uma denúncia cultural, em que uma educação desenvolvida pela antiguidade grega fora em certa medida suprimida pela instituição católica, estatal e científica na época medieval e moderna, de maneira hipócrita e excessiva.
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    O corpo sem órgãos como resistência visceral : atravessamentos a partir da revolução corporal de Antonin Artaud.
    (2022) Silveira, Marina de Nóbile da; Dias, Luciana da Costa; Dias, Luciana da Costa; Curi, Alice Stefânia; Peretta, Éden Silva
    Antonin Artaud (1896-1948) foi uma figura marcante entre os reformadores do teatro do século XX, atuando em diversas frentes como ator, escritor, dramaturgo, roteirista, diretor e pesquisador. A questão da liberdade perpassou todo seu trabalho, desde a criação do Teatro da Crueldade até a formulação do Corpo sem Órgãos, na fase final de sua vida. Assim, a presente investigação teve por objetivo investigar possibilidades de resistência artístico-política para a contemporaneidade, inspiradas na revolução corporal empreendida pelo artista. O referencial teórico se utilizou de diálogos que partiram das reflexões de Artaud sobre o organismo e seu atravessamento pelas denúncias / anúncios feitos pelos conceitos de biopolítica de Michel Foucault e necropolítica de Achille Mbembe. Como conclusão, aponta-se para o conceito de resistência visceral, encontrado como linha de fuga na obra de Mbembe, destacando assim a possibilidade de integração entre o corpo sem órgãos e as lutas das visceralidade.