IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Educar para quê? Observações acerca da educação e cultura a partir do pensamento de Friedrich Nietzsche.
    (2016) Dias, Luciana da Costa
    O presente artigo tem por objetivo discutir a relação entre cultura e educação a partir da obra III Consideração Intempestiva: Schopenhauer Educador, escrita por Friedrich Nietzsche em 1874. Sendo Nietzsche um filósofo conhecido pelo caráter intempestivo de seus escritos, foi um profundo crítico de sua época e, como tal, não poderia deixar de refletir também sobre a educação e as grandes mudanças e desafios que esta enfrentava em sua época. A metodologia aqui utilizada é a da revisão bibliográfica. Contudo, mais do que uma exposição sistemática e pontual do texto central a ser discutido, pretende-se explorar a relação entre a educação e a cultura na perspectiva de outros elementos relevantes presentes à obra de Nietzsche como um todo e que se mostram fundamentais para o pleno entendimento da crítica realizada, uma vez que não se pode perder de vista que a contribuição de Nietzsche para pensar a educação se põe na esteira de sua crítica à Modernidade e à decadência da cultura ocidental como um todo, que ele considera enfraquecida em seus instintos. Como alcançaremos, sua abordagem da questão da educação é, na verdade, um profundo questionamento da própria função e propósito da prática educativa, a qual ele diagnosticou como estando, já em sua época, cada vez mais submissa e atrelada aos interesses de uma economia de mercado, mero adestramento e preparação para o mercado de trabalho, uma vez que seu discurso se constrói a partir de uma visão extremamente crítica ao surgimento do ensino profissionalizante na Alemanha do período.
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    Do gênio romântico ao “Espírito Livre” (Nietzsche e a formação dos homens).
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Silva, Marcelo Alessandre Muniz Gonçalves da; Pimenta Neto, Olímpio José
    Do gênio romântico ao “Espírito Livre” (Nietzsche e a formação dos homens) O presente trabalho tem por objetivo específico estudar as transformações nas propostas nietzschianas para a formação dos homens (Bildung) a partir de uma visão de conjunto de sua obra, buscando pensar os elementos nela presentes que ainda hoje possam reservar interesse para nós em vista de tal horizonte. Para tanto, ocupamo-nos principalmente com o percurso que vai da concepção do gênio romântico à proposição do espírito livre. Como visada geral, procuramos contemplar a possibilidade de configurar um modelo formativo desejável para o nosso tempo, orientado pelas contribuições do pensamento de Nietzsche, segundo uma perspectiva que supõe a vida como fonte e origem para todos os valores humanos.
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    A liberdade artística de Nietzsche.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Mendes, Clarissa Ayres; Pimenta Neto, Olímpio José
    O presente trabalho pretende abarcar a proposta de liberdade nietzschiana, que se revela estética e não moral, como pensava toda a tradição filosófica até Nietzsche. Para tanto, fez-se necessário percorrer os caminhos propostos por Nietzsche. Tendo como fio condutor o senso histórico, avaliamos as principais intenções de Nietzsche. Em primeiro lugar, pretendemos demonstrar que existem possibilidades de remontar o surgimento dos valores morais baseadas em pontos de vista específicos, ou seja, Nietzsche explora a idéia de interpretação na criação dos valores morais, e pretende apontar para características especificas de certos tipos de homem e sociedades, que privilegiaram determinadas interpretações. Com isto em mente, aliamo-nos à tarefa inicial de destruição de certezas nas quais se fundamentam os valores morais. Depois do trabalho com o martelo, podemos e necessitamos da criação. Nietzsche tenta devolver ao homem a sua condição e consciência de sua condição de criador. Neste sentido, temos a liberdade em termos nietzschianos como aliada. A liberdade proposta aqui, correlata ao fazer artístico, aparece como a perspectiva inerente ao homem que se sente apto e disponível para a criação, que passa a encarar a necessidade e a liberdade com um sentido de equivalência, destruindo assim, a oposição destes dois conceitos.
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    O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Azeredo, Verônica Pacheco de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio José
    A presente dissertação tem como objetivo analisar a perspectiva nietzschiana sobre o corpo, para compreender a relação do homem contemporâneo com seu corpo, buscando esclarecer o entendimento estético do corpo hoje. A pesquisa tem como ponto de partida a Genealogia da Moral. Inicialmente, é apresentada a reflexão socrático-platônico, que perpassa o pensamento ocidental e se fundamenta nas concepções dualistas, que privilegiam a alma e desvaloriza o corpo, que é considerado como parte inferior. Em um segundo momento, investiga-se a interpretação de Nietzsche acerca do corpo, que se contrapõe a essa interpretação, afirmando que as análises dualistas possuíam interesses religiosos e morais, além de contribuírem para a negação do corpo. Para o filósofo, o corpo é considerado o fio condutor para a análise de quaisquer questões filosóficas e o erro da filosofia tradicional foi a exclusão do corpo. Portanto, o corpo deve ser afirmado, pois se apresenta como uma vivência. Finalmente, é focalizada a arte em Nietzsche, sua relação com o corpo, a existência e o processo de criação. Nietzsche afirma que o corpo revela os instintos fundamentais da natureza, qualquer pensamento ou doutrina que negue, desqualifique ou desconsidere a relação intrínseca entre os instintos, a natureza, a força, a saúde e a vida, são consideradas antinaturais e decadentes. É, portanto, necessário reconhecer o corpo, pois é nele e com ele que o ser humano se relaciona, interpreta, cria e vive no mundo. Analisou-se o conceito de corpo na contemporaneidade com o intuito de demonstrar que, embora exista um apelo pelo belo, esse corpo é tratado como coisa, como mercadoria. Por trás de um discurso favorável à beleza, à saúde e ao cuidado, permanentemente, estão ocultos interesses, principalmente o econômico. No culto ao corpo, se revelam ideologias políticas, econômicas, éticas e estéticas. Daí, inferimos que o corpo do homem contemporâneo recebe um tratamento ambíguo, pois é valorizado e mostrado, mas termina por ser explorado, violentado e banalizado. Conclui-se, portanto, que a estética e a ética não são desvinculadas da sociedade e, em cada época, a cultura educa os corpos, adaptando-os para empregos distintos, comprovando, pois, o pensamento de Nietzsche.
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    A arte e a educação em Platão e Schiller.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Azzi, Rafael; Castro, Pedro Sussekind Viveiros de
    Essa dissertação problematiza a interação entre a estética e outros campos filosóficos, como a ética, a política e a pedagogia. Para tanto, duas obras filosóficas são postas em cena: A República, de Platão, e A Educação Estética do Homem, de Friedrich Schiller. Platão se insere no contexto grego, no qual o campo das artes se encontra conectado a outros saberes, e propõe um novo tipo de saber, em que a arte estaria subordinada a outros valores. Schiller, na aurora da modernidade, defende a autonomia do estético, sem, no entanto, prescindir da função educadora e formativa que a arte favorece. Desse modo, este estudo se propõe a criar um diálogo entre as duas concepções, a fim de analisar suas convergências e divergências.
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    Reconsiderando a utopia : um estudo sobre o pensamento de Ernst Bloch.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Santos, Thiago Reis dos; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    O aspecto mais importante da filosofia de Ernst Bloch baseia-se na afirmação de que “S ainda não é P” – uma premissa ontológica que sustenta todos os desdobramentos do seu pensamento. Nesse sentido, articula Bloch: “O proletário ainda não se sublevou, a natureza ainda não é nossa casa, a realidade ainda não foi desdobrada em sua totalidade”, tudo isso permanece em processo, e a tarefa da filosofia é a de considerar as reais possibilidades do ainda-não-realizado e transformar o mundo de acordo com o que ele pode ser. Acima de tudo, a filosofia de Bloch pode ser considerada uma filosofia da esperança e do futuro, um sonho para adiante, uma busca pelo futuro reino da liberdade, ao qual ele denominou “Heimat”. Esse trabalho pretende considerar como Bloch, conjuntamente à filosofia marxista, tenta articular os pressupostos de uma nova filosofia, baseada no pensamento utópico-concreto, mediada pela consciência antecipatória.