IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
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Item Coletivo Elas Tramam : prática, narrativas e feminismos na dramaturgia contemporânea capixaba.(2023) Perim, Brenda Caetano; Silva, Éder Rodrigues da; Oliveira, Aline Nunes de; Oliveira, Letícia Mendes de; Souza, Raquel Castro de; Silva, Éder Rodrigues daEsta pesquisa investiga as perspectivas metodológicas de criação dramatúrgica do coletivo Elas Tramam, do estado do Espírito Santo. Desde o seu surgimento em 2017, o coletivo compôs um repertório de dramaturgias tecidas por mulheres e tem atuado em uma frente de fomento, fortalecimento e de projeção do trabalho de dramaturgas na cena capixaba. O estudo parte da historiografia de mulheres dramaturgas no contexto do teatro brasileiro e se concentra nos reflexos dessa lacuna na cena capixaba. Ao partir de uma esfera lacunar em relação a como o trabalho das mulheres dramaturgas foi invisibilizado e apagado, o Elas tramam propõe um viés coletivista de escrita para a cena, cujas narrativas próprias operam, junto à inserção e à representação da mulher, uma perspectiva feminista e de empoderamento. No campo da dramaturgia, os apontamentos de Elza Cunha Vicenzo (1992), Ana Pais (2016), Conceição Evaristo (2009), Stella Fischer (2017), Lucia Helena Romano (2009), Ana Lucia Andrade e Ana Maria Edelweiss (2008) tangenciam as questões que envolvem as lacunas historiográficas e a práxis coletiva de escrita. No âmbito dos estudos feministas, Judith Butler (2003), Simone de Beauvoir (1980), bell hooks (2018), Djamila Ribeiro (2019), Ileana Diéguez Caballero (2011) e Carla Akotirene (2019) são referências que norteiam a análise das peças e também dos processos de criação dramatúrgica vivenciados pelo coletivo Elas tramam, protagonizado pela figura da mulher e suas pluralidades, em detrimento de uma visão hegemônica patriarcalista que, por muito tempo, dominou o ofício e a autoria das narrativas dramatúrgicas.Item Imagens nuas : A máscara, O Senhor Galíndez e Teias de aranha, de Eduardo Pavlovsky (1971-1977).(2022) Oliveira, Douglas Henrique de; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Dubatti, Jorge Adrián; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Silva, Laureny Aparecida Lourenço da; Silva, Éder Rodrigues daEste trabalho parte de três textos dramatúrgicos do autor argentino Eduardo Pavlovsky – A máscara (1971), O senhor Galíndez (1973) e Teias de aranha (1977) – ao fazer uma análise das imagens teatrais de resistência política no contexto ditatorial argentino. Tais obras desnudam as imagens de ditadores tanto na macropolítica quanto na micropolítica, ou seja, nas relações sociais que a Argentina e a maioria dos países latino-americanos enfrentavam na segunda metade do século XX. Eduardo Pavlovsky se mostra um autor de bastante relevância no contexto argentino e latino-americano por seus textos teatrais, bem como seus trabalhos como ator, diretor, ensaísta e médico psicanalista, sendo que nessa última área desenvolveu uma metodologia de prática clínica e cênica intitulada Multiplicación Dramática. Desse modo, o dramaturgo endossou o movimento de resistência chamado Teatro Abierto, que buscava, através do teatro, resistir às violências e abusos do governo militar. Integra esta pesquisa as traduções das três obras estudadas, até então inéditas em português. Portanto, a análise e o processo de tradução das obras fazem parte do corpo deste estudo, ao serem demonstradas as possíveis relações com a atualidade que os trabalhos de Eduardo Pavlovsky têm.Item A construção do papel a partir de Konstantín Stanislávski e Declan Donnellan na dramaturgia de Harold Pinter.(2021) Parreira, Carmen Lorena Jamarino Andrade; Oliveira, Letícia Mendes de; Souza, Luiz Otávio Carvalho Gonçalves; Oliveira, Letícia Mendes de; Souza, Luiz Otávio Carvalho Gonçalves; Maletta, Ernani de Castro; Souza, Raquel Castro de; Maciel, Paulo Marcos CardosoA presente dissertação é um estudo sobre a construção da personagem da dramaturgia de Harold Pinter. Pinter é classificado como um dramaturgo do Teatro do Absurdo, termo forjado por Martin Esslin. Embasados pelas teorias da atuação cênica dos diretores de teatro Konstantín Stanislávski e Declan Donnellan, investigamos a funcionalidade de seus procedimentos para a construção da personagem Sarah da peça “Amante”, do referido autor. A investigação apresenta as seguintes questões norteadoras: quais são os procedimentos mais adequados dessas teorias para construir uma personagem da dramaturgia pinteriana? Quais são os procedimentos dessas teorias que favorecem a atriz para uma atuação viva, sem que ela se sinta bloqueada? Para identificar as estratégias que julgamos mais apropriadas para a compreensão da construção de uma personagem pinteriana a partir dessas teorias, apresentamos uma leitura do processo de montagem da obra “Amante”. A fim de rastrear os procedimentos metodológicos apresentados e apontar a contribuição de alguns aspectos de ambos para a construção do papel supracitado, contamos com uma revisão bibliográfica dos autores já mencionados, análise da obra “Amante”, registros de caderno de bordo escrito na época da montagem, 2017 e depoimentos do meu parceiro de cena fornecido em 2020. A partir do estudo sobre o processo de montagem da peça teatral concluído em 2017, analisamos os pontos de intercessão entre os procedimentos metodológicos selecionados de Stanislávski e Donnellan, destacando sua eficácia e adequação na atuação do papel Sarah. A partir dessa convergência metodológica, apontamos a complementaridade e funcionalidade entre os aspectos estudados de ambas as teorias, em busca de contribuir com os estudos de atuação cênica de um papel pinteriano, do Teatro do Absurdo, através da utilização da personagem Sarah como metodologia de análise da aplicação dos procedimentos apresentados.Item Notas sobre a peça Acima de tudo : sociologia e filosofia como bases para a criação teatral.(2020) Valença, Ernesto GomesO artigo descreve a metodologia utilizada para a criação da peça Acima de tudo – Teatro antifascista, enfatizando o modo como a dramaturgia e a encenação articularam as bases teóricas estudadas. O neofascismo foi abordado a partir de fontes filosóficas e sociológicas que permitiram estabelecer paralelos entre o período da Alemanha nazista e o Brasil atual, sendo o mais evidente a mobilização, para ideias totalitárias, do sentimento da solidão em meio à multidão. O celular foi tomado como símbolo dessa solidão massificada hiper conectada que gerou o fascismo no Brasil e empregado na encenação tanto como objeto de cena quanto como inspiração para todo o espetáculo.