A dança Butô apresentou para o mundo ocidental intrigantes métodos de construção da presença cênica, contaminando de forma contundente os processos de treinamento de atores e dançarinos. Mas para, além disso, o percurso de investigação arqueológica da materialidade do “corpo de carne”, colocado em movimento por essa dança, pode também nos apresentar interessantes matrizes para repensarmos radicalmente a educação do corpo, justamente na fricção entre carne, poesia e política.