IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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Resultados da Pesquisa

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    Matrizes/motrizes diaspóricas da vida em movimento em A Rua da Amargura.
    (2023) Valério, Fernando Custódio; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Rocha Júnior, Alberto Ferreira da; Santos, Clóvis Domingos dos
    A presente dissertação tem por objetivo investigar a presença afrodiaspórica como memória em A Rua da Amargura, partindo, neste sentido, da identificação da negrura como um conjunto de valores expressivos da vida em movimento incorporados pelo congado e pela folia de reis e presentes na linguagem do espetáculo do Grupo Galpão (1994), dirigido por Gabriel Vilella. Trata-se de um estudo de caso que visa, de forma mais ampla, pensar de que modo os signos cênicos da negrura têm sido transmitidos, agenciados e reorganizados, ao longo do tempo, no interior da/na cena mineira. Além disso, visa discutir as ideias de negrura (1995) e de performance do tempo espiralar (2021), elaboradas, originalmente, por Leda Maria Martins, partindo da sua interface com a noção de valores expressivos da vida em movimento, pensada, aqui, segundo o conceito de pathosformel desenvolvido por Aby Warburg (2010), em diálogo com as “motrizes culturais” de Zeca Ligiéro (1993).
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    A cultura dramática do século XIX no Brasil vista do acervo da Fundação Biblioteca Nacional.
    (2017) Maciel, Paulo Marcos Cardoso
    Este artigo apresenta alguns resultados da pesquisa sobre a biblioteca dramática 1800-1900, sob guarda da Fundação Biblioteca Nacional, desenvolvida entre 2015 e 2017, que resultou num mapeamento geral dos repertórios bibliográficos disponíveis ou em circulação no Brasil do século XIX. Para tanto, foram levantados os registros de peças teatrais do século XIX, mais os itens localizados em catálogos de livrarias e bibliotecas do mesmo período. A partir da quantificação do acervo, nosso objetivo principal foi a reconstituição da cultura dramática do passado, partindo do reconhecimento da extensão e da forma mais geral de seu território durante o percurso de um século. Aqui não examinamos obras dramáticas, mas dados da cultura dramática no Brasil do século XIX.
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    Para achar água é preciso descer terra adentro : o popular como estratégia política em Chapetuba futebol clube.
    (2017) Issene, Letícia Gouvêa; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Moreira, Carina Maria Guimarães; Medeiros, Elen de
    A presente dissertação propõe analisar a obra Chapetuba Futebol Clube (1959) de Oduvaldo Vianna Filho, para tal, foram levantados debates sobre temas como ‘cultura nacional e popular’, ‘teatro político’ e ‘teatro popular’, tendo como referencial o conceito de nacional-popular de Antonio Gramsci. O conceito refere-se a obras que conseguem satisfazer o gosto estético não só das elites restritas, mas de um maior número de leitores. O filósofo italiano promove uma unificação do público, entendida como ampliação da área de consenso usufruída pela concepção da arte e, portanto, da vidar. Na ótica do presente estudo, esses conceitos apresentam-se como ferramentas importantes para compreensão do período que vai de 1959 até 1964, e sua produção artístico cultural, recorte temporal definido com base no objeto. Quanto a metodologia de análise, utilizamos como inspiração o olhar entre texto e cena proposto por Raymond Williams em sua obra Drama em cena (2010). Na referida obra, Williams desenvolve análises investigativas no âmbito da compreensão dos processos de desenvolvimento histórico das propostas de encenação, num conjunto que inclui: análises textuais, visando o desvendamento e a construção de imagens/imaginárias de encenação no interior dos textos. Com base nesses conceitos, métodos e autores, não exclusivamente, mas predominantemente, a presente pesquisa busca entender as estratégias populares que caracterizaram a obra de Vianinha, na tentativa e eficácia de comunicação, a partir de uma proposição temática. Prática que, segundo nossa hipótese, se iniciou com Chapetuba e viria se estender nas teorias e práticas do CPC.
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    Senhora dos afogados e uma poética de cena de Antunes Filho.
    (2016) Medeiros, Elen de
    Tem-se por objetivo principal expor algumas reflexões sobre o trabalho estético de Antunes Filho em sua montagem de Senhora dos afogados, de 2008, pelo CPT (Centro de Pesquisa Teatral). Tendo como base a peça homônima de Nelson Rodrigues, o encenador faz sua leitura particularizada do texto teatral e o transpõe para a cena a partir de uma poética cênica, que tem se desenhado ao longo de sua trajetória enquanto diretor de teatro. Nesse sentido, o que se vê, na montagem, é um diálogo intrínseco entre a poética de cena – pensada e elaborada por Antunes Filho – e a poética dramatúrgica.
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    Dimensões política e estética no Show Opinião.
    (2017) José, Everton da Silva; Medeiros, Elen de; Medeiros, Elen de; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Catalão, Larissa de Oliveira Neves
    Esta presente dissertação coloca em foco o espetáculo Show Opinião, ocorrido em 1964. Busca-se por meio da fortuna crítica do espetáculo e, respectivamente, de sua dramaturgia, empreender uma abordagem reflexiva que, transversalmente, perpassa três níveis de análise, sendo o primeiro uma investigação histórica de propostas do Grupo Teatro de Arena de São Paulo e do CPC da UNE (Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes). No segundo nível, uma análise da dramaturgia do espetáculo, em que se procura perceber os seus transbordamentos artísticos a partir da perspectiva metodológica de drama rapsódico. O terceiro nível trata de interpretar a montagem do espetáculo sob a luz das críticas jornalísticas e realçar as dimensões políticas e estéticas provocadas em seu período histórico. É realizada uma reflexão do Show Opinião aprofundando-se em como política e estética tornam-se um par indissolúvel através de seus modos de ser, de fazer, de dizer e que apresentam um alargamento das proposições artísticas no teatro moderno brasileiro.
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    Algumas reflexões sobre a modernização do drama no Brasil – conjecturas e possibilidades.
    (2015) Medeiros, Elen de
    Tendo como ponto de partida alguns pressupostos teóricos discutidos por Szondi (2001) e por Sarrazac (2012) acerca da modernização dramática, pretende-se levantar algumas questões sobre dos caminhos do drama moderno brasileiro. Para isso, tem-se como referência obras produzidas entre 1910 e 1940, anos que antecederam o teatro moderno.
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    Paraíso Zona Norte : apontamentos sobre uma estética cênica.
    (2015) Medeiros, Elen de
    A montagem de Paraíso zona norte, de Antunes Filho, em 1989, compila duas peças do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues: A falecida e Os sete gatinhos. Tendo como objeto de análise a realização cênica do diretor brasileiro em relação às peças escritas por Nelson Rodrigues, o objetivo do artigo é apresentar alguns apontamentos sobre a concepção estética cênica do diretor em confronto com a estética dramatúrgica de Nelson Rodrigues.
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    Crise do drama no asfalto brasileiro : a heteronormatividade posta em xeque em Nelson Rodrigues.
    (2016) Alves, Gustavo Moreira; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Rocha Júnior, Alberto Ferreira da; Medeiros, Elen de
    Nesta dissertação, tem-se por objetivo discutir a crise do drama a partir da peça O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues. Levantada pelo crítico Peter Szondi em sua Teoria do drama moderno, mas aqui adaptada, essa noção de crise aponta para a necessidade de se desenvolver uma visão histórica e dialética da forma dramática, o que escaparia às poéticas normativas. Em O beijo no asfalto, os personagens se caracterizam como modernos por serem reprimidos, externamente, pela heteronormatividade, e recalcados, internamente, pelos desejos homoeróticos. Não têm, portanto, a liberdade reclamada pelas dramatis personae antigas. São, segundo Freud, indicativos de uma peça psicopática, a qual ao invés de produzir no público a identificação, gera o incômodo. De acordo com Hegel, a verdadeira obra de arte é aquela em que o conteúdo e a forma são completamente idênticos. Acrescente-se a “dificuldade”: o homem moderno heteronormativamente reprimido é matéria histórico-social que se sedimenta como personagem, gerando tensão na relação indissociável entre conteúdo e forma dramáticos. Para o caso brasileiro, para além da crise que é pensada temporalmente por Szondi, as especificidades históricas em contradição dizem respeito também ao fuso horário, o que faz inclusive buscar complementação teórica nas obras de Anatol Rosenfeld e Iná Camargo Costa. Assim, pensar as categorias aplicadas ao Brasil traz sua própria dicotomia: de um lado, o crítico Décio de Almeida Prado fazia observar o adoçamento das linhas de contorno das formas europeias como traço genuíno do teatro nacional, o que é inclusive reforçado pela noção de cordialidade do brasileiro defendida pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda; de outro lado, dramaturgos batiam de frente com esse traço ao desenvolverem um teatro que se queria cada vez mais épico. Nelson Rodrigues, em O beijo no asfalto, une as duas coisas: com a ironia criada pela metaficção, a ficção jornalística dentro da peça, além de desnudar as engrenagens da informação, utiliza as “formas adoçadas” de maneira a provocar distanciamento, dando conta dos personagens condicionados por forças anônimas e exigindo um ajuste sincrônico das formas teatrais.