IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Adorno e o belo natural.
    (2020) Oliveira, Sara Ramos de; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Pucciarelli, Daniel Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia
    “Adorno e o Belo Natural” possui como objetivo investigar a forma como Adorno propõe em sua obra Teoria Estética uma nova forma de se pensar o conceito de belo natural na estética e na filosofia da arte, considerando que a linguagem é o seu elemento determinante, uma vez que no belo natural trata-se de pensar a natureza como expressão de algo que não pode expressar-se pelos próprios meios. Adorno parte do pressuposto de que a tradição filosófica ocidental herdou uma visão não autêntica sobre a relação estética do ser humano com a natureza, começando pela relação do sujeito transcendental de Kant, que observava a natureza ora como lugar de afirmação daquilo que foi dominado pelo homem, ora como lugar de contemplação daquilo que ainda não foi dominado. Para Adorno, essa relação com a natureza do sujeito kantiano inaugura o belo natural como campo de expressão de uma subjetividade burguesa, que tem como principal objetivo manter as relações de poder na sociedade esclarecida. Para oferecer uma alternativa a esta visão, Adorno considera que o belo natural é um campo de expressividade negativa, ou seja, ele oferece a possibilidade de se trazer o não-idêntico à sociedade esclarecida através da experiência estética, expressa de maneira dialética no belo artístico.
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    A literatura na filosofia de Merleau-Ponty : uma leitura do período intermediário de seu pensamento.
    (2020) Santos Júnior, Iracy Ferreira dos; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Oliveira, Wanderley Cardosos de
    Neste trabalho busca-se destacar o tema da literatura no período intermediário (1948-1955) do pensamento de Merleau-Ponty. Em primeiro lugar, apresenta uma visão panorâmica da noção de linguagem em Merleau-Ponty, para depois centrar-se especificamente no seu uso literário. Nesse período, Merleau-Ponty se debruça sobre os problemas da linguagem e da expressão interpelado pelas análises de Sartre sobre a linguagem literária em sua obra O que é a literatura? A noção de diacriticidade, inspirada na linguística de Saussure, permite a Merleau-Ponty uma reformulação e ampliação do escopo do papel da linguagem, atribuindo-lhe um relevo ontológico e um potencial criador e expressivo através da literatura. A segunda parte do trabalho explicita a literatura como criação expressiva que, através de uma linguagem falante e conquistadora, é capaz de instituir o sentido na história e na cultura, mantendo-se sempre como matriz de novas ideias. Por fim, evidencia-se que o contato de Merleau-Ponty com as obras de Valéry e de Stendhal o conduz a uma nova concepção de literatura que conserva os paradoxos e as contradições inerentes ao exercício de escrita e introduz uma outra noção de verdade, não como correspondência – prévia ao gesto de escrever –, mas como verdade histórica, como sedimentação do sentido através dos livros, como estilo do escritor em sua capacidade de improvisar.