IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Organicismo musical a partir do juízo teleológico kantiano.
    (2022) Souza, Demétrius Alexandre da Silva; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Vieira, Vladimir Menezes; Assumpção, Gabriel Almeida
    O objetivo principal deste trabalho é propor a utilização do juízo teleológico de Kant – tal como apresentado na Crítica da faculdade de julgar (1790) – enquanto ferramenta conceitual para compreensão da obra musical entendida como objeto estético autônomo no interior do paradigma organicista. Para tanto, pareceu-nos necessário, em primeiro lugar, analisar a filosofia da música kantiana e averiguar suas afinidades com o discurso da autonomia da música. Em segundo lugar, acompanhamos de um ponto de vista histórico e conceitual, a transição da heteronomia à autonomia musical. E, por fim, apresentamos o pensamento de Kant sobre teleologia e organismo contidos na obra supracitada com vistas a explicitar alguns de seus pormenores técnicos e também com vistas à abertura provocada pela aplicação destes conceitos em áreas diversas daquelas nas quais o filósofo efetivamente as aplicou. A realização deste itinerário nos permitiu mobilizar elementos teóricos suficientes para sustentar nossa proposta: as propriedades de uma finalidade interna, bem como a de um força formativa – características distintivas dos seres organizados – podem ser transferidas para a obra musical mediante o recurso heurístico da analogia e fornecer assim, uma modo de pensar a autonomia da música na sua estreita relação com o organicismo ao mesmo tempo em que é coerente com as exigências da filosofia crítica e com o testemunho histórico. Concluímos que, se a filosofia da música kantiana não compreende a música como obra autônoma e, em certo sentido, não a compreende como bela arte, a teoria dos organismos e do juízo teleológico deste autor, dada a convergência histórica das noções de autonomia e organicidade, oferece subsídios para que possamos compreendê-la como tal.
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    Entre o ético e o estético : uma abordagem do conceito Freudiano da sublimação na perspectiva de Jacques Lacan.
    (2017) Sousa, Vinícius Barbosa Carlos de; Iannini, Gilson de Paulo Moreira; Iannini, Gilson de Paulo Moreira; Rocha, Guilherme Massara; Guimarães, Bruno Almeida
    O objetivo desta dissertação consiste num estudo sobre o conceito psicanalítico de sublimação, partindo da definição que Jacques Lacan dá a esse conceito em seu O Seminário, livro VII – a ética da psicanálise. Inicialmente elaborado por Freud, a sublimação apresentou-se como um conceito para discutir um tipo de destino privilegiado da pulsão. De modo geral, ela é caracterizada, por princípio, como um recurso que viabiliza a satisfação pulsional, desviando-a para atividades culturais. Dentre elas, a experiência estética sempre compareceu como destaque. Ainda que o conceito tenha fundamental importância na metapsicologia freudiana, ela revela algumas dificuldades de apreensão. Buscamos revisitar o conceito a partir de abordagem de Lacan que, ao examiná-lo, nos fornece a célebre fórmula que define a sublimação como elevação do objeto à dignidade da Coisa. Assim, primeiramente, se faz necessário um percurso teórico para evidenciar o que é a noção de Coisa (das Ding), e como ela se posiciona em relação às teorias das pulsões, do objeto, e do sujeito do desejo, tal como a psicanálise as compreende. Na medida em que a sublimação, desde Freud, consiste num manejo específico das exigências pulsionais, ao invés de promover o recalque delas e a subsequente produção de formações sintomáticas e sofrimento, a discursão sobre o conceito recai num debate ético. A análise de Lacan comporta essa discussão e o passo seguinte desta pesquisa procurará argumentar como o psicanalista francês a concebe. Isto é, será a partir da perspectiva do desenvolvimento do desejo e da constituição de valores por trás da lógica que objeto sublimado suporta. O campo das artes, bem como a natureza do procedimento artístico, comparece aqui revelando como podem apoiar essa função. Ao fim, busca-se ampliar a discussão sobre a sublimação, objetivando situar a visão de Lacan sobre a experiência estética. Para tanto, compromete-se a submeter a fórmula da sublimação a um diálogo com a doutrina filosófica de Kant acerca do belo e do sublime. A inspiração para tal parte da própria indicação de Lacan que, em seu Seminário VII, acredita que o conceito pode se beneficiar com uma interlocução com Kant, embora ele mesmo pouco tenha se detido a respeito. No entanto, dos poucos comentários que ele realizou sobre a beleza, declaradamente influenciado por Kant, identifica-se nas entrelinhas do modo como o psicanalista a interpreta que a noção de sublime está presente ali, como se fossem sobrepostas. Com esse pressuposto, busca-se desenvolver o que a conjunção do belo ao sublime pode significar, uma vez que Kant tratou esses conceitos estéticos de modo tão distinto.
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    Beleza como símbolo estético da moralidade na crítica da faculdade do juízo.
    (2017) Sena, Carolina Miranda; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Cecchinato, Giorgia; Lopes, Hélio
    A presente dissertação, intitulada “Beleza como símbolo estético da moralidade na Crítica da faculdade do juízo”, consiste em uma investigação que tem como objetivo compreender como Kant estabelece a beleza como símbolo da moralidade como parte da solução para o problema da separação existente entre os domínios da natureza e da liberdade. O conceito de liberdade deve ter influência no mundo sensível para realizar o fim proposto por suas leis e deve ser possível identificar na natureza ao menos uma maneira de pensar a liberdade. Por meio da analogia e através da atividade dos juízos reflexionantes, o intermediário entre esses dois mundos é a beleza: o belo pode sensibilizar, pelo menos analogicamente, o suprassensível. O filósofo eleva a beleza a uma espécie de termo médio entre o domínio da razão teórica e o domínio da razão prática, ou entre as leis da natureza e as leis da liberdade, o que permite a possibilidade de uma passagem entre entendimento e razão, que até então permaneciam separados por um abismo intransponível.