IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Em tempo : subdesenvolvimento como revolução. Um diálogo entre Gilles Deleuze e o Cinema Novo de Glauber Rocha.
    (2022) Moreira, Thiago Ferraz; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Alberto da; Alves Júnior, Douglas Garcia
    Neste trabalho, buscamos intercruzar os pensamentos de Gilles Deleuze e Glauber Rocha sobre o cinema. Discutimos a complexa questão em torno do tempo, no encalço do pensamento de Henri Bergson e da arte cinematográfica, sobretudo, do cinema moderno em Deleuze, bem como os aspectos em torno das dificuldades de produção trazidas por Glauber Rocha. Problematizamos a questão do “olhar estrangeiro” quanto às produções feitas em condições de subdesenvolvimento e as questões identitárias na engendração da noção de um povo. Tratamos do certame que apreende o conceito de cinema revolucionário e das operações que tangem questões decoloniais, buscando suporte em pensadores como Eduardo Viveiros de Castro, Ismail Xavier, Frantz Fanon, Paulo Emílio Sales Gomes, Marilena Chauí, dentre outros. A conclusão depreende dos ecos deixados pelo Cinema Novo e pelo pensamento filosófico, tal qual as potencias revolucionárias suscitadas pelos conceitos de nômade e clandestinidade.
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    A estética do retrato no cinema de Andrea Tonacci a partir de Jean-Luc Nancy.
    (2020) Moreira, Pedro Carvalho; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Figueiredo, Virginia de Araújo; Rangel, Marcelo de Mello
    Esta dissertação investiga relações entre a estética do retrato proposta pelo filósofo Jean-Luc Nancy e a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci (1944-2016). Para tanto, busca-se, inicialmente, compreender como a imagem se insere no pensamento do filósofo para, em seguida, refletir sobre as questões estéticas que o retrato pictórico coloca em jogo, tendo como referência dois de seus principais textos sobre o tema: Le Regard du Portrait (2001) e L’Autre Portrait (2014). A partir de conceitos como imagem, mímesis, fundo, distinto, retrato autônomo, outro retrato, methexis, ser-singular-plural, identidade, semelhança, evidência e uma discussão em torno da filosofia do sujeito realizada por Nancy, buscamos uma chave interpretativa, ou uma possível entrada para discutir Serras da Desordem (2006) - uma das obras mais marcantes de toda a trajetória de Andrea Tonacci, cuja complexidade e variedade de temas abordados sugere uma infinidade de caminhos investigativos. No entanto, não pretendemos produzir uma leitura inequívoca da obra de um cineasta através de conceitos filosóficos, mas buscamos, sob a luz dos textos de Jean-Luc Nancy, um caminho possível para percorrer um filme por demais profuso e que, por esta razão, repele qualquer tipo de interpretação totalizante. Nesse sentido, não há a intenção de propor analogias diretas entre a arte pictórica e o cinema de Tonacci, mas de investigar as possibilidades que o gênero retrato oferece para discussão de Serras. Somado a isso, acreditamos que o filme de Tonacci nos oferece a possibilidade de qualificar certas questões suscitadas pela filosofia de Nancy por meio de uma discussão centrada no contexto brasileiro, sobretudo se levarmos em conta que a obra em questão tem como protagonista Carapiru - um índio Awá Guajá que sobreviveu a um massacre e passou 10 anos de sua vida vagando solitário, pois acreditava ser o último sobrevivente de seu povo.