IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/635

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 9 de 9
  • Item
    Do corpo criador à expressão da carne : introdução ao tema do estilo em M. Merleau-Ponty.
    (2013) Machado, Abiatar David de Souza; Furtado, José Luis; Furtado, José Luis; Silva, Cíntia Vieira da; Serra, Alice Mara
    A inquietação estética de Merleau-Ponty é a pesquisa do corpo criador e suas relações com a carne. As criações do corpo revelam a expressividade e a profundidade das dimensões sensíveis da experiência e do mundo sensível. Essa expressividade é estilo, tanto no corpo quanto no mundo. Segundo o filósofo, as obras de arte transformam e ampliam um sentido ‘em obra’ na percepção. Entende-se, assim, de que modo o corpo da obra reverbera o corpo do artista e a carne do mundo sem se confundir com ambos, na medida em que esse processo é o surgimento de uma singularidade estética e um campo aberto de significações. Partindo da arqueologia do corpo criador realizada por Merleau-Ponty, o objetivo da dissertação é mostrar em alguns textos do filósofo elementos que tornam possível uma filosofia do estilo na pintura, na literatura ou na criação poética.
  • Item
    A temporalidade na fenomenologia de Heidegger e Husserl.
    (2023) Macedo, Bruno Alves; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Moura, Sandro Márcio; Thomé, Scheila Cristiane
    A presente pesquisa faz um recorte contemporâneo sobre a questão do tempo, situando-se nas teses fenomenológicas dos filósofos Martin Heidegger e Edmund Husserl. Duas obras são utilizadas como literatura principal: Ser e Tempo e Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo. O objetivo é investigar como esses autores compreendiam o tempo em suas investigações, de que forma o tempo foi nelas determinante e o nexo fenomenológico entre elas. Para alcançar essa proposta, o texto é organizado da seguinte forma: primeiro, introduz-se o debate no qual a fenomenologia se inseriu, apresentando os estágios iniciais do desenvolvimento do modelo retencional do tempo elaborados por William James e Franz Brentano. Em seguida, faz-se uma introdução sobre o desenvolvimento da fenomenologia por Husserl, culminando em uma análise da estrutura geral da consciência intencional. Após isso, o texto analisa a tese husserliana sobre o tempo, a qual é formulada em três instâncias: transcendente, imanente e formal. O tempo imanente é o fluxo de consciência preenchido e conteúdo para a interpretação do tempo transcendente. No entanto, o próprio fenômeno temporal está referido à sua estrutura formal de origem, a qual não pode ser concebida no tempo. Assim, Husserl elabora sua tese do fluxo formal a priori. A próxima etapa consiste em introduzir a fenomenologia hermenêutica de Heidegger, apresentando a estrutura geral da existência como preocupação [Sorge]. No entanto, a demanda por uma unidade de sentido do ser da existência, que é em todo caso compreendida, explícita ou implicitamente, em termos temporais, conduz à tese heideggeriana da temporalidade estática a priori como unidade de sentido da preocupação. Feitas essas considerações, entende-se que tanto Heidegger quanto Husserl conceberam os fenômenos sempre em suas modalidades [das Objekt im Wie], não como objetividades subsistentes. O caráter modal funciona como indicação formal para a temporalidade, a qual não pode ela mesma ser fenômeno, pois é origem de possibilidade destes. Além disso, entende-se também que a temporalidade abre um nível superior de investigação e é parte fundamental do método fenomenológico. Por fim, o próprio tempo, como indicação formal, parece conciliar-se com a estrutura formal da fenomenologia. Em todo caso, a temporalidade dá-se como estrutura originária constituidora do tempo, por conseguinte, dos fenômenos.
  • Item
    De Husserl à percepção cinematográfica : crítica ao representacionismo em Merleau-Ponty.
    (2019) Vilaça, Danilo Marcos Azevedo; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Figueiredo, Virginia de Araújo; Silva, Cíntia Vieira da
    A dissertação apresenta as críticas de Merleau-Ponty ao modelo de análise representacionista da modernidade sob dois aspectos, o primeiro (derivado da fenomenologia husserliana) diz respeito à explicação da percepção pelas teorias do conhecimento do período, cuja as abordagens estabelecem a representação ideal como intermediária da relação consciência-mundo; o segundo refere-se a apreciação estética, na qual as obras de arte são interpretadas pelo seu caráter figural, mimético e representacional. A proposta é desenvolver a última questão como consequência da primeira e assim indicar uma coesão entre as análises fenomenológicas/ontológicas do âmbito mais geral da filosofia do autor e suas reflexões sobre estética e arte. O cinema surge como o objeto artístico que evidencia as duas problemáticas mencionadas. Afinal, se observarmos o desenvolvimento da linguagem cinematográfica e as reflexões referentes ao estatuto representativo de tal arte, pode-se concluir que o filme, apesar utilizar como “matéria-prima” a “impressão fotográfica do mundo”, não deve ser encarado unicamente sob o ponto de vista mimético-representativo.
  • Item
    Fenomenologia transcendental e arte em Edmund Husserl.
    (2019) Oliveira, Míriam Cristina Silva; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Damiano, Gilberto Aparecido; Silva, Hélio Lopes da
    O presente trabalho visa apresentar o modo como Husserl aplica os princípios da Fenomenologia Transcendental ao campo estético propriamente dito. A proposta que apresentamos aqui, foi elaborada a partir de análises nas principais obras elaboradas por ele onde constavam o maior número de referências às obras de arte. Adotamos também com grande ênfase o livro Maria Emanuela Saraiva “A imaginação segundo Husserl”. Neste sentido, os principais conceitos que se ligam à questão estética com são: percepção e imaginação. Inicialmente buscamos destacar partes textuais e trazê-las para compor o corpo do trabalho. A tese foi fundamentada no aprofundamento dos conceitos da Fenomenologia relacionados à pesquisa de Estética e Filosofia da Arte. Em seguida, apresentamos um estudo sobre a percepção, destacando a sua importância fundamental tanto no método na Fenomenologia quanto na Filosofia da Arte. Compomos a parte final do trabalho apresentando o conceito fenomenológico da imaginação e seu papel central na concepção de Arte. Adotamos a revisão bibliográfica como metodologia, entrelaçando conceitos e identificando “emendas” que amarravam um campo do saber a outro. Revisão, reflexão e aprofundamento do referencial teórico sobre Fenomenologia e Estética foram os exercícios constantes no decorrer do presente trabalho. Buscamos nas considerações finais fundamentar a hipótese da pesquisa que parte do pressuposto de que A arte é campo fecundo para a investigação fenomenológica (da consciência transcendental e constituinte)
  • Item
    Notas sobre algumas passagens da obra de Husserl sobre a percepção musical.
    (2017) Furtado, José Luiz
    O texto apresenta o recurso de Husserl à audição musical nas Ideias I e nas Lições sobre a consciência imanente do tempo e seu objetivo em esclarecer um dos problemas cruciais da fenomenologia, a saber, o do estatuto dos dados hiléticos ou das sensações. Mostra que embora toda percepção envolva essencialmente sensações, a música é um caso privilegiado porque se compõe exclusivamente delas sem que tenhamos diante de nós qualquer objetividade sobre a qual projetá-las. Pretendemos, portanto, expor as ideias principais de Husserl sobre a percepção da música com a intenção, não só de esclarecer o método fenomenológico para não “iniciados”, como também de apontar problemas fundamentais relativos à percepção dantonmusical em sentido ontológico.
  • Item
    Arte, cultura e expressão na filosofia de Merleau-Ponty.
    (2017) Moreira, Gabriel Andrade Coelho; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Moutinho, Luiz Damon Santos; Iannini, Gilson de Paulo Moreira
    A presente dissertação propõe analisar as considerações de Merleau-Ponty acerca da expressividade criadora a partir dos fenômenos da arte e da cultura. As reflexões nela apresentadas pretendem articular os pressupostos e implicações presentes nas relações estabelecidas entre a experiência artística e o horizonte simbólico do mundo cultural. Nesse percurso, analisamos as principais contribuições de Merleau-Ponty a respeito da expressividade criadora nas artes a partir da ideia de cultura, em particular sobre as experiências expressivas da linguagem e da pintura. Segundo a hipótese dessa pesquisa, o trabalho criador do artista, através de sua produtividade indireta, assume as dimensões visíveis e invisíveis do ser na medida em que vivifica simbolicamente o mundo cultural.
  • Item
    Fenomenologia e crise da arquitetura.
    (2005) Furtado, José Luiz
    Ao se fazer no espaço limítrofe entre a engenharia e a arte, a arquitetura enfrenta simultaneamente problemas estéticos e técnicos. Esta situação a torna tarefa sempre inacabada, ciência tecida no diálogo constante entre dois valores e fazeres tradicionalmente antagônicos. Diante desse quadro, busca-se comumente enraizar a arquitetura em fundamentos exteriores aos seus próprios conceitos, seja na improvisação criadora dos indivíduos, inerente à vida urbana, ou nos diversos saberes sobre o homem que equacionam as necessidades universais às quais ela deveria responder. Estas considerações preliminares conduzem ao cerne de uma questão propriamente filosófica acerca dos fundamentos pré-reflexivos do mundo da vida (Lebenswelt) e, no caso da arquitetura, sobre a experiência do habitar que constitui o campo ontológico “regional” de onde parte a ciência/arte aqui investigada.
  • Item
    Significação ontológica da experiência estética : a contribuição de Mikel Dufrenne.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Henriques, José Carlos; Furtado, José Luiz
    O presente trabalho visa apresentar o caminho percorrido por Mikel Dufrenne, em sua obraprima – Phénoménologie de l’expérience esthétique, em defesa da significação ontológica da experiência estética. Após situar o pensamento do autor no contexto geral do movimento fenomenológico, investiga-se a releitura que este faz do conceito de intencionalidade, ponto de partida que lança nova luz sobre as relações que, na experiência, se travam entre sujeito e objeto. Em seguida, apresenta-se a análise da percepção estética em seus três momentos constitutivos - presença, representação e sentimento -, descobrindo-se este último como ponto culminante de toda a experiência estética e como anúncio hipotético de sua significação ontológica. Por fim, apresentam-se os argumentos que garantem a plausibilidade à hipótese ontológica, firmando-se a idéia de que esta não autorizaria a construção de uma ontologia justificante. No final do último capítulo, como abertura de horizontes da pesquisa, são descritos os desenvolvimentos posteriores da hipótese que, sempre mais, direcionaram o pensamento de Dufrenne rumo à tentativa de esboçar uma filosofia da Natureza.
  • Item
    Luigi Pareyson e a estética da formatividade : um estudo de sua aplicabilidade à poética do ready-made.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Napoli, Francesco; Freitas, Romero Alves
    Diante da dificuldade de análise das vanguardas artísticas pelo viés das estéticas tradicionais, pretende-se aproximar uma estética contemporânea de uma poética que representa uma verdadeira ruptura na história da arte. Luigi Pareyson propõe que se pense a arte a partir da ótica do artista, mas sem perder o caráter filosófico que a estética exige. Desse modo, a Estética da Formatividade se mostra inovadora e passível de ser aproximada de uma poética difícil de ser analisada pelas estéticas tradicionais: o ready-made de Marcel Duchamp. Por meio da Teoria da Formatividade é possível esmaecer a rígida distinção entre arte e não-arte, aproximando a arte da vida cotidiana sem retirar o caráter de autonomia da autêntica arte. Ao deslocar objetos cotidianos para o âmbito da arte, Duchamp recria o conceito de arte e reinventa o modo de conceber a arte ao negá-la. Através da estética da formatividade pode-se fazer uma rica leitura desta poética, além de elucidar os conceitos pareysonianos por meio de uma instigante aplicação.