IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Confabulações de encenadoras mineiras : uma breve reflexão acerca do empoderamento da artista cênica em tempos descoloniais.
    (2022) Andrade, Leticia
    Este artigo apresenta, de modo breve, um debate crítico sobre o papel da artista cênica latina-americana brasileira, focando, para tanto, em diretoras que atuam na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Discute o trabalho da diretora e atriz mineira Cida Falabella, que também tem uma longa trajetória como educadora e representante política na cidade e também o da diretora, pesquisadora e professora chilena Sara Rojo, radicada há mais de duas décadas em Belo Horizonte, que vem trabalhando com diversos grupos e artistas mineiros. O texto busca legitimar e dar visibilidade a essas artistas e inseri-las no quadro da história do teatro brasileiro contemporâneo, com o objetivo de trazer à tona uma visão descolonial de legitimação da mulher em funções de comando e criação teatral. Além desse foco, apresento, por fim, uma breve lista de diretoras mineiras, que atuam nas três últimas décadas é apontado, a fim de realizar um necessário registro inicial para futuros estudos sobre o tema.
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    Marcas no corpo : aproximações entre arte, violência e gênero.
    (2023) Lucia, Renata Andrea Santana de; Fischer, Stela Regina; Fischer, Stela Regina; Seba, Maria Marta Baiao; Pereira, Elvina Maria Caetano
    A dissertação apresenta a trajetória da artista-pesquisadora Renata Santana, desenvolvida entre os anos de 2018 e 2022. O texto é apresentado em três momentos, com recortes temporais relacionados à pandemia da covid-19: pré-pandemia, pandemia e a retomada das atividades presenciais. Uma pesquisa radicalmente atravessada pela maternidade, na qual vida e a arte sempre tiveram imbricadas, especialmente no período analisado. A metodologia utilizada é o estudo da autoetnografia e dos feminismos negro, interseccional e decolonial. Analisa as ações artísticas, educativas e políticas realizadas com os coletivos de mulheridades Nós Clandestinas, Marcas no Corpo e Frente Feminista de Londrina, Paraná e o NINFEIAS – Núcleo de INvestigações FEminIstAs, de Ouro Preto (MG). As práticas com mulheridades valorizaram a construção e/ou reconhecimento de saberes situados compartilhado entre elas. No âmbito pessoal, a artista-pesquisadora desenvolveu ações performativas a partir do uso de objetos e memórias que revelassem aspectos importantes relacionados à maternidade, especialmente no que tange à gestação, ao parto e ao aborto. A partir das ações estudadas, a artista reconheceu a metodologia feminista que desenvolve em sua pesquisa, na qual transita entre o pessoal e o político para evidenciar questões contemporâneas e socioculturais relacionadas às vivências das mulheridades. Considera-se que as ações vivenciadas nessas investigações feministas, sejam oficinas ou performances, sejam inscritas nas liminaridades da cena contemporânea. Com elas, a artista desenvolveu, com mais cuidado e rigor, o olhar para as categorias analíticas de gênero, raça, classe e sexualidade, as quais, interconectadas, marcam os corpos que expressam mulheridades em algum momento da vida. Essa atenção é um posicionamento ético, artístico e político, que pode auxiliar na tomada de ações para minimizar/eliminar as opressões que marcam o cotidiano das mulheridades.
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    Onde madame dança.
    (2012) Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    O propósito do texto é apresentar uma passagem da vida de Simone de Beauvoir relativa a seu romance com o grande escritor norte-americano Nelson Algren, que durou de 1947 a 1964, e é narrado em A força das coisas (1963). As mais de trezentas cartas que a pensadora francesa remeteu-lhe, postumamente editadas, também lançam uma luz, muito mais íntima, sobre o acontecimento e evidenciam tanto a intensidade amorosa de Beauvoir quanto os limites desta. O andamento dos encontros e desencontros transatlânticos era dado pela agenda de Sartre: as datas eram definidas pelos tempos que o filósofo francês dedicava a outras. A apresentação pública da relação permite-nos perceber as tensões dolorosamente vividas pela autora que, mesmo no auge da paixão, nunca acolheu a possibilidade – sugerida por Algren – de sair da zona de conforto e de mudar radicalmente sua vida. Para além de qualquer juízo, a exposição da história produz um documento inestimável que diz respeito tanto a astúcias e peripécias de Eros, que desconcertam as relações estabelecidas, quanto ao lugar social da mulher.