IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    A temporalidade na fenomenologia de Heidegger e Husserl.
    (2023) Macedo, Bruno Alves; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Moura, Sandro Márcio; Thomé, Scheila Cristiane
    A presente pesquisa faz um recorte contemporâneo sobre a questão do tempo, situando-se nas teses fenomenológicas dos filósofos Martin Heidegger e Edmund Husserl. Duas obras são utilizadas como literatura principal: Ser e Tempo e Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo. O objetivo é investigar como esses autores compreendiam o tempo em suas investigações, de que forma o tempo foi nelas determinante e o nexo fenomenológico entre elas. Para alcançar essa proposta, o texto é organizado da seguinte forma: primeiro, introduz-se o debate no qual a fenomenologia se inseriu, apresentando os estágios iniciais do desenvolvimento do modelo retencional do tempo elaborados por William James e Franz Brentano. Em seguida, faz-se uma introdução sobre o desenvolvimento da fenomenologia por Husserl, culminando em uma análise da estrutura geral da consciência intencional. Após isso, o texto analisa a tese husserliana sobre o tempo, a qual é formulada em três instâncias: transcendente, imanente e formal. O tempo imanente é o fluxo de consciência preenchido e conteúdo para a interpretação do tempo transcendente. No entanto, o próprio fenômeno temporal está referido à sua estrutura formal de origem, a qual não pode ser concebida no tempo. Assim, Husserl elabora sua tese do fluxo formal a priori. A próxima etapa consiste em introduzir a fenomenologia hermenêutica de Heidegger, apresentando a estrutura geral da existência como preocupação [Sorge]. No entanto, a demanda por uma unidade de sentido do ser da existência, que é em todo caso compreendida, explícita ou implicitamente, em termos temporais, conduz à tese heideggeriana da temporalidade estática a priori como unidade de sentido da preocupação. Feitas essas considerações, entende-se que tanto Heidegger quanto Husserl conceberam os fenômenos sempre em suas modalidades [das Objekt im Wie], não como objetividades subsistentes. O caráter modal funciona como indicação formal para a temporalidade, a qual não pode ela mesma ser fenômeno, pois é origem de possibilidade destes. Além disso, entende-se também que a temporalidade abre um nível superior de investigação e é parte fundamental do método fenomenológico. Por fim, o próprio tempo, como indicação formal, parece conciliar-se com a estrutura formal da fenomenologia. Em todo caso, a temporalidade dá-se como estrutura originária constituidora do tempo, por conseguinte, dos fenômenos.
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    Vida, uma experiência estética em Nietzsche.
    (Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Paglione, Marília Siqueira Gratão; Pimenta Neto, Olímpio José
    O presente trabalho almeja compreender a afirmação do homem por meio de uma perspectiva estética. Tomando o corpo como obra de arte e artista criador, estudamos os principais caminhos propostos por Nietzsche em relação ao tema. Começamos mostrando como é possível, segundo O Nascimento da Tragédia, uma formação humana integral, na qual os aspectos lógico-racionais da nossa condição não são o principal. Em seguida, examinamos algumas figuras e tipos através das quais o filósofo reforça e aprofunda seu compromisso com a afirmação por meio da formação. Destacou-se aí a noção Übermensch, presente no terceiro período da obra. A partir desta reflexão, passamos ao estudo da crítica dos valores morais, dos ideais ascéticos e da crença no valor de verdade que lutam por perdurar em nossa cultura ocidental. Explicitadas as propostas do autor, chegamos à questão mais próxima de nós e mais difícil também: explorar o significado de “tornar-se aquilo que se é”. Recorrendo a ela, Nietzsche responsabiliza o homem como criador de si próprio enquanto obra de arte, o que confirma a possibilidade de outros tipos de formação humana, além do estabelecido culturalmente. Reluz sua posição a favor da afirmação da vida em sentido estético. Para enriquecer tal experimento do corpo como obra de arte e artista criador, fez-se necessária a pesquisa em torno da obra O Teatro e o seu Duplo, do teatrólogo Francês Antonin Artaud (1896-1948), o conceito de Corpo sem Órgãos de Gilles Deleuze e Félix Guatarri e a teoria da performance teatral contemporânea.