IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Comentário sobre a esperança em O homem unidimensional, de Herbert Marcuse.
    (2014) Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    De acordo com o modelo adotado pelo Grupo de Trabalho em Estética, o presente escrito é um comentário ao texto do colega Bruno Guimarães, “Arte, liberdade e política, em diálogo com Danto”. “Somente para os desesperados é que nos foi dada a esperança”: essa frase enigmática, com a qual Marcuse encerra o livro One-Dimensional Man, aparece na última parte do trabalho comentado e é o foco desse ensaio. Trata-se de uma citação que Marcuse faz de Walter Benjamin que com ela também termina seu ensaio sobre As afinidades eletivas, de Goethe (“Goethes Wahlverwandtschaften”). Cabe a pergunta: o que o homem unidimensional tem em comum com a novela romântica de Goethe? Tendo como foco a ideia de esperança, discorremos sobre os três textos – o de Marcuse, o de Benjamin e o de Goethe – com o propósito de esclarecer o, quase desesperado, conceito de esperança que brilha no final das obras de Benjamin e de Marcuse. A escolha foi motivada por duas razões: por o outro comentador, Rodrigo Duarte, ter se dedicado, durante um tempo considerável, ao estudo das reflexões de Danto, com mestria admirável e, portanto, ser capaz de analisá-las com competência indiscutível; e pelo fato de One-Dimensional Man, a obra mencionada de Marcuse, filósofo a cujo estudo venho me dedicando, neste ano de 2014 comemorar seu cinquentenário e, com isso, justificar o desejo de fazer-lhe essa homenagem.
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    Onde madame dança.
    (2012) Kangussu, Imaculada Maria Guimarães
    O propósito do texto é apresentar uma passagem da vida de Simone de Beauvoir relativa a seu romance com o grande escritor norte-americano Nelson Algren, que durou de 1947 a 1964, e é narrado em A força das coisas (1963). As mais de trezentas cartas que a pensadora francesa remeteu-lhe, postumamente editadas, também lançam uma luz, muito mais íntima, sobre o acontecimento e evidenciam tanto a intensidade amorosa de Beauvoir quanto os limites desta. O andamento dos encontros e desencontros transatlânticos era dado pela agenda de Sartre: as datas eram definidas pelos tempos que o filósofo francês dedicava a outras. A apresentação pública da relação permite-nos perceber as tensões dolorosamente vividas pela autora que, mesmo no auge da paixão, nunca acolheu a possibilidade – sugerida por Algren – de sair da zona de conforto e de mudar radicalmente sua vida. Para além de qualquer juízo, a exposição da história produz um documento inestimável que diz respeito tanto a astúcias e peripécias de Eros, que desconcertam as relações estabelecidas, quanto ao lugar social da mulher.