IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
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Item Pensamento-música e a filosofia de Gilles Deleuze.(2017) Pinto, Patrícia Bizzotto; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Mello Filho, Sílvio Ferraz; Borges, Maria LucíliaEsta dissertação pretende apresentar a ideia de um pensamento-música. Ela parte da filosofia de Gilles Deleuze – desde algumas primeiras publicações, como Diferença e Repetição, até obras em parceria com Félix Guattari, como Mil Platôs, Kafka - por uma literatura menor e O que é filosofia? – sob uma perspectiva estética e sua relação com o musical e o sonoro. Pretende-se investigar, dentro desta perspectiva, a relação e os limites entre o sonoro-musical, a sensação, a criação e o pensamento. Para tanto, foram rastreados, no contexto do encontro de Deleuze com as artes e de seu encontro com Félix Guattari, a incidência (articulações, modulações, relações de vizinhança) de conceitos que na perspectiva desta dissertação entendem-se como “musicais”. Tais conceitos são aqui analisados e discutidos junto com a noção de movimento do ato de pensar/sentir/criar, compondo um plano que problematiza de forma subjacente alguns limites da filosofia.Item A consciência do diretor teatral e suas relações criativas no trabalho com o/a ator/atriz : percepções a partir do processo de criação do espetáculo cênico Habemus Corpus.(2016) Sarto, Luiz Carlos Costa; Oliveira, Rogério Santos de; Oliveira, Rogério Santos de; Mencarelli, Fernando Antonio; Peretta, Éden SilvaEsta dissertação propõe investigar a constituição do papel do diretor teatral a partir das funções desenvolvidas no estabelecimento de processos de criação cênica. Tendo como ponto de partida a percepção acerca do próprio fazer como diretor teatral, analisa-se as fases técnicas-criativas e as ferramentas envolvidas na condução, pro- vocação e composição do processo de criação do espetáculo Habemus Corpus. Para tanto, atem-se na análise dos pontos que, ao longo do processo, mostraram-se fun- damentais para este fazer: as ferramentas de trabalho técnica-criativas propostas para as atrizes e os atores; a percepção do espaço de ensaio como lugar teatral, de onde se provoca ações e relações criativas; as práticas técnicas de criação cênica, especí- ficas para a composição do espetáculo; as ideias iniciais de construção processual que estabeleci junto às atrizes e atores; e a construção de materiais criativos utilizados na composição do espetáculo.Item O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Azeredo, Verônica Pacheco de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente dissertação tem como objetivo analisar a perspectiva nietzschiana sobre o corpo, para compreender a relação do homem contemporâneo com seu corpo, buscando esclarecer o entendimento estético do corpo hoje. A pesquisa tem como ponto de partida a Genealogia da Moral. Inicialmente, é apresentada a reflexão socrático-platônico, que perpassa o pensamento ocidental e se fundamenta nas concepções dualistas, que privilegiam a alma e desvaloriza o corpo, que é considerado como parte inferior. Em um segundo momento, investiga-se a interpretação de Nietzsche acerca do corpo, que se contrapõe a essa interpretação, afirmando que as análises dualistas possuíam interesses religiosos e morais, além de contribuírem para a negação do corpo. Para o filósofo, o corpo é considerado o fio condutor para a análise de quaisquer questões filosóficas e o erro da filosofia tradicional foi a exclusão do corpo. Portanto, o corpo deve ser afirmado, pois se apresenta como uma vivência. Finalmente, é focalizada a arte em Nietzsche, sua relação com o corpo, a existência e o processo de criação. Nietzsche afirma que o corpo revela os instintos fundamentais da natureza, qualquer pensamento ou doutrina que negue, desqualifique ou desconsidere a relação intrínseca entre os instintos, a natureza, a força, a saúde e a vida, são consideradas antinaturais e decadentes. É, portanto, necessário reconhecer o corpo, pois é nele e com ele que o ser humano se relaciona, interpreta, cria e vive no mundo. Analisou-se o conceito de corpo na contemporaneidade com o intuito de demonstrar que, embora exista um apelo pelo belo, esse corpo é tratado como coisa, como mercadoria. Por trás de um discurso favorável à beleza, à saúde e ao cuidado, permanentemente, estão ocultos interesses, principalmente o econômico. No culto ao corpo, se revelam ideologias políticas, econômicas, éticas e estéticas. Daí, inferimos que o corpo do homem contemporâneo recebe um tratamento ambíguo, pois é valorizado e mostrado, mas termina por ser explorado, violentado e banalizado. Conclui-se, portanto, que a estética e a ética não são desvinculadas da sociedade e, em cada época, a cultura educa os corpos, adaptando-os para empregos distintos, comprovando, pois, o pensamento de Nietzsche.