IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Território da arte: intervenções artísticas e a construção de narrativas feministas na educação básica.
    (2024) Xavier, Dalila David; Prof. Dra. Neide das Graças de Souza Bortolini; neide.bortolini@ufop.edu.br; Dra. Ana Carolina Fialho de Abreu - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Dr. Ernesto Gomes Valença - Universidade Federal de Ouro Preto Dra. Gláucia Maria dos Santos Jorge - Universidade Federal de Ouro Preto
    Esta pesquisa aborda o ensino da Arte entre questões feministas ao apontar mudanças potenciais de pensamentos e ações e teve o objetivo de refletir acerca de intervenções nas escolas públicas. A dissertação analisa, portanto, dois projetos artístico-pedagógicos realizados em escolas da zona rural da rede municipal de ensino de Ouro Preto - MG, a saber, Escola Municipal Benedito Xavier, situada no distrito de Glaura; e a Escola Municipal Aleijadinho, situada no distrito de Santo Antônio do Salto. O espaço escolar apresenta limitações físicas e orçamentárias, questões sociais e culturais de cada comunidade, condições adversas de trabalho docente, além de opressões reproduzidas socialmente. No contexto da pesquisa participante, o estudo buscou compreender possibilidades de transformação social por meio do ensino de Arte a partir de dois projetos artísticos de perspectiva feminista e antirracista realizados com discentes do Ensino Fundamental II: o Museu Aberto e o Programa Papo Reto. Os resultados das discussões mostraram que o território da Arte é capaz de romper com o silenciamento das vozes femininas ao conferir lugar de fala a suas protagonistas.
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    Obra de arte : Dasein e fenomenologia.
    (2023) Hernandes, Brenda Korczagin; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Figueiredo, Virginia de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo
    O presente trabalho tem por objetivo compreender o pensamento de Martin Heidegger e sua visão da obra de arte a partir do ensaio A origem da obra de arte (1936), assim como o desdobramento de seu pensamento em relação aos parâmetros de Ser e Tempo (1927). Para isso, pretende-se evidenciar as bases para a reflexão ontológico-fenomenológica que se iniciam em ST e se realizam no ensaio de 1936. O objetivo da pesquisa é contribuir para a viabilização de acesso ao pensamento heideggeriano a respeito da temática do artístico.
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    Professor errante : outras narrativas erráticas no ambiente escolar.
    (2022) Holanda, Frаncisco Lаécio Аrаújo de; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Ferreira, Inês Karin Linke; Peretta, Éden Silva
    Estа dissertаção аnаlisа o conceito de Errânciа (BERENSTEIN, 2012) e o аproximа dаs práticаs educаtivаs, mais precisamente da Pedagogia do Teatro. A ideia foi investigar а composição de umа perspectivа de arte contemporânea e sua relação com a proposta docente em artes, em especiаl nаs escolаs municipаis dаs cidаdes de Ouro Preto e Mаrinа (MG), durаnte а pаndemiа causada pelo Coronаvírus, entre os anos de 2020 e 2021. Logo, investigou-se cаrаcterísticаs errаntes, аtribuídаs à docência, entre diferentes cаmpos аrtísticos, ampliando suаs práticаs coletivаs de vivência em sаlа de аulа. А revisão dа literаturа se bаseou num horizonte multirreferenciаl, envolvendo conceitos e teoriаs de diferentes disciplinаs de áreаs do conhecimento distintаs, incluindo а Аrte, а Educаção, а Históriа e а Cаrtogrаfiа. Apаrecem em destaque autores como: Pаolа Berenstein Jаcques (2012), Pаulo Freire (2003), Guy Debord (1961) e Walter Benjamin (1981). Por fim, este processo teórico-prático demonstrа que o professor errаnte não é só um modo operаnte, mas sim, umа estrаtégiа de sobrevivênciа, onde se estаbelece zonаs de contаto e de conflito entre diversos modos de existir, de аtuаr, de vivenciаr а escolа e а sаlа de аulа.
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    Absurdo, arte e revolta em Albert Camus.
    (2020) Costa, Phabyo Laurenço da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Camerino, Luciano Caldas; Pimenta Neto, Olímpio José
    Este trabalho pretende avaliar, a partir de dois ensaios escritos por Albert Camus acerca do Mito de Sísifo e de O Homem Revoltado, como a aceitação e a revolta, determinam a condição do homem como absurda e permitem pensar a Arte e a Revolta (Metafísica) como superação do pensamento suicida e totalitário. Albert Camus verificou que o mundo se apresenta ao homem tanto como objeto de conhecimento, quanto como condição de vida e sobrevida. Aprofundando a análise sobre as obras citadas de Albert Camus, revela-se uma filosofia que perpassa a construção de uma teoria estética e uma filosofia da arte e que encontra na Revolta Metafísica, uma perspectiva de travessia do estado absurdo, da própria finitude do humano, para o estado de superação do sofrimento e insatisfação diante o sentimento de injustiça presentes no mundo. Uma Metafísica da Revolta é elaborada por Camus como único meio de alcance do conhecimento da essência do mundo e do homem. Desse modo, a Arte - Revolta Metafísica (tomada de consciência do homem da sua condição absurda) tornamse as únicas vias para a libertação do homem que conhece e encontra a si mesmo como sujeito desprovido de vontade de viver.
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    Experiência estética no museu contemporâneo em Theodor W. Adorno.
    (2020) Proença, Fernanda Gonçalves de Camargo; Guimarães, Bruno Almeida; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares Neves; Guimarães, Bruno Almeida
    Tomando o museu como alegoria da modernidade, a pesquisa busca evidenciar sua influência na experiência estética das obras que ele abriga, expressa na tensão entre a sistematização da cultura e o teor subversivo da arte, à luz da filosofia de Theodor W. Adorno. A pergunta que norteia a investigação é como a mediação do museu na recepção estética pode afetar o teor de verdade das obras de arte, com ênfase na sua instrumentalização pela indústria cultural e, em contrapartida, o papel do pensamento crítico na atualização do potencial emancipatório da arte institucionalizada.
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    Marcuse Boys : recepções de Herbert Marcuse no Brasil.
    (2019) Menezes, Adriano Marcos de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Rosa, Mario Alex; Rangel, Marcelo de Mello
    Nesta dissertação, discutimos as recepções iniciais de Herbert Marcuse no Brasil, principalmente sob dois aspectos, a de autores acadêmicos que estavam enfileirados nas colunas marxistas e pensadores liberais. Por outro lado, investigamos recepções na perspectiva contracultural, principalmente através da imprensa alternativa, que teve papel importante como mediadora das ideias do pensador alemão. A pesquisa considerou particularmente dois de seus livros: “A Ideologia da Sociedade Industrial” (O Homem Unidimensional) e “Eros e Civilização. Tratamos ainda da crítica de Marcuse acerca da alienação e reificação da linguagem na sociedade industrial do mundo capitalista desenvolvido. Finalmente, analisamos a percepção da obra do filósofo pelo meio artístico brasileiro de então e as resistências às suas ideias por parte de agentes do Estado brasileiro. Analisamos ainda o panorama que marcava o Brasil naquele período, compreendido entre o final da década de 1960 e início da década de 1970, tempo em que o país era governado por uma ditatura militar.
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    Do detalhe à história : comentário do texto de Iannini “A psicanálise freudiana entre ciência e arte”.
    (2016) Guimarães, Bruno Almeida
    Além do comentar o texto de Iannini sobre a convergência entre a atitude científica e o pensamento estético na escrita de Freud, o objetivo desse artigo é questionar a suposta confiabilidade de um critério meramente positivista de cientificidade na fundamentação do trabalho psicanalítico. Em um primeiro momento, acompanhando alguns de seus comentários estéticos, escritos sob o anonimato no seu ensaio sobre o Moises de Michelangelo, veremos como Freud admite que o método para o reconhecimento da autoria das obras de arte, desenvolvido pelo médico italiano Giovanni Morrelli, exerceu considerável influência sobre ele, antes mesmo da descoberta da psicanálise. Este método consistia na observação de detalhes singulares periféricos das obras de arte, do mesmo modo como a psicanálise dispensaria atenção a traços pouco notados e coisas secretas para lançar luz sobre o inconsciente. Mais tarde, esse mesmo método teria sido atribuído também ao tipo de investigação levada a cabo pelo Sherlock Holmes de Conan Doyle, ao ser batizado por Carlo Ginzburg de paradigma indiciário, ou método presuntivo. Em um segundo momento, entretanto, recusaremos essa mesma tradição sherlockiana, ao sugerir que a atitude científica de Freud deva ser reconhecida mais na lisura de seus procedimentos investigativos e na retidão intelectual, que o levava a reconhecer limitações e as falhas de toda a investigação, do que na resolução definitiva de um quebra-cabeças, e aproximaremos nossas análises à leitura hermenêutica e pragmática da psicanálise. Finalmente, tomaremos distância também dessa última, ao mostrar que a persistência da pesquisa arqueológica de Freud sobre o sentido dos sonhos, dos sintomas e dos distúrbios de memória para melhorar a dinâmica do tratamento aproxima a psicanálise da perspectiva materialista de Benjamin, que recusa a noção de tempo finito e fechado e linear, em apoio a uma concepção não progressista, positivista e desenvolvimentista da história.
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    Signos e sensações Deleuzeanas como elementos principais na Recherche de Proust.
    (2016) Correia, Christian Frazeir; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Jardim, Alex Fabiano Correia; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo
    Em Proust e os signos, a unidade da Recherche não está na memória (nem no tempo), mas de acordo com Deleuze, nos signos, no aprendizado e na verdade. O importante não é lembrar, mas aprender; a memória tem apenas a função de interpretar certos signos, e o tempo se liga de forma diferente a cada tipo específico de signo. O essencial, portanto, não está na madeleine e nem nas pedras do calçamento. Depois, em O que é a filosofia?, a memória é citada como não tendo papel predominante na obra de Proust; ela não nos tira das percepções vividas nem solda o todo da obra, apenas nos traz antigas sensações; a memória não é base do fazer artístico, apesar de poder estar presente. A questão da memória parece ser importante uma vez que Deleuze afirma que ela ocupa um plano secundário na Recherche em duas obras. A partir disso cabe a pergunta: “Se a memória está em segundo plano, então, o que está em primeiro?”. Pretende-se, neste trabalho, expor os dois elementos que tornam a memória secundária na obra de Proust, segundo Deleuze: o signo e a sensação. Primeiramente, trataremos dos signos e de seus tipos, com destaque aos artísticos e, em seguida, veremos que a discussão da memória como elemento secundário aparece em meio à questão da sensação.
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    Arte e conhecimento em Nietzsche.
    (2001) Pimenta Neto, Olímpio José
    Este artigo pretende analisar aspectos concernentes ao problema do conhecimento, da racionalidade e da verdade, em Nietzsche, visando à composição de um painel no qual a arte inscreva-se como elemento necessário. A distinção entre “a arte das obras de arte” e atividade ou atitude artística introduzida por Nietzsche em Humano demasiado humano aparece como pano de fundo da análise.
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    O cultivo da arte do estilo.
    (2008) Pimenta Neto, Olímpio José
    Em uma das passagens da obra publicada em que se refere de modo mais direto à questão do estilo, Nietzsche oferece indicações bastante precisas sobre o significado de sua própria arte do estilo. Retomando as seções iniciais de “Ecce Homo”, interessa-nos reconstruir o percurso, simultaneamente argumentativo e narrativo, que avaliza as considerações do filósofo sobre o tema, buscando evidenciar os nexos indissolúveis que articulam as dimensões epistêmica, moral e artístico-estética de seu pensamento.