IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura
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Item A potência do blues clássico feminino evidenciada por Angela Davis e Herbert Marcuse.(2023) Barroso, Nathalia Nascimento; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Carneiro, Silvio Ricardo Gomes; Guimarães, Bruno AlmeidaA presente dissertação apresenta o entrelaçamento entre a teoria estética desenvolvida por Herbert Marcuse ao longo de suas principais obras e a investigação realizada por Angela Davis na obra Blues Legancies and Black Feminism: Gertrude “Ma” Rainey, Bessie Smith and Billie Holiday. O Blues será apresentado enquanto uma manifestação estética que exemplifica a “nova sensibilidade” proposta por Marcuse. A partir das ideias de Davis, o gênero musical é tomado como um dos responsáveis por potencializar as significativas transformações na consciência social da classe negra trabalhadora norte- americana, sobretudo aquelas que envolvem as mulheres negras e que foram evidenciadas a partir da década de 1960 com a organização do Movimento Feminista Negro. O Blues Clássico feminino recebe destaque e a potência de mudança do gênero é evidenciada através da análise das principais canções de “Ma” Rainey, Bessie Smith e Billie Holiday a fim de demonstrar como a música apresenta um poder persuasivo sobre as mentes e corpos dos ouvintes. As cantoras preservaram em suas canções uma herança africana a ser apresentada aos negros norte-americanos que serviria de incentivo a modelos alternativos de comportamento e atitudes em relação aos estabelecidos.Item Afroperspectividades acerca do Teatro Negro Contemporâneo em Belo Horizonte.(2023) Silva, Giovany de Oliveira; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Alexandre, Marcos Antônio; Baumgartel, Stephan ArnulfA pesquisa “Afroperspectividades acerca do Teatro Negro Contemporâneo em Belo Horizonte” foi desenvolvida junto ao PPGAC/UFOP, com fomento da FAPEMIG e tendo como orientador o Prof. Dr. Paulo Marcos Cardoso Maciel. Neste processo, buscam-se perspectivas afrocentradas para a reflexão acerca dos fazeres teatrais negros na contemporaneidade e mais especificamente em Belo Horizonte. Partindo da Filosofia Afroperspectivista, buscam-se entendimentos enegrecidos acerca de dois espetáculos belorizontinos, “In Sã O Universo do Rosário em Nós” e “Estranha Fruta”, das companhias União Performática Pessoas da Pessoa e Morro Encena respectivamente. A análise das espetacularidades face aos princípios da filosofia afroperspectivista, permitirá o aporte de novos entendimentos para a crítica teatral e a história do teatro negro em Belo Horizonte, sobretudo, na contemporaneidade. Na dissertação, buscou-se compreender que aspectos compõem as escolhas estéticas e políticas desses trabalhos e onde, neles, residem elementos afroperspectivizados. Compreender a maneira como esses signos se rearranjam em imagens e metáforas, é parte da procura por um aprofundamento das compreensões da Estética da Atitude e da Poética da Negrura rumo a uma afroperspectividade nas formas de pensar teatro. O que implica necessariamente na revisão da bibliografia da área e a aproximações entre conceitos da afroperspectividade com os de outras searas, como Ecologia Decolonial, Quilombismo, Tempo Espiralar, Fissura e Fabulação, Corpo Negro Pulsante, Afrofuturismo, dentre outros. Esse arranjo epistêmico encaminha ao encontro de metáforas de água presentes nos trabalhos aqui analisados e em outros textos e espetáculos da cena negra contemporânea em Belo Horizonte.Item Entre a recusa e a afirmação : a ambivalência política da arte na filosofia de Herbert Marcuse.(2022) Dias, Gabriel; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Guimarães, Bruno Almeida; Carneiro, Silvio Ricardo GomesImbuída de um potencial tanto afirmativo quanto negativo, a arte como interpretada por Herbert Marcuse expressa uma ambivalência política. Se por um lado, a arte pode servir de sustentação da cultura e do estado de coisas convencionado, por outro, ela é uma força de negação. Essa apreensão dialética da arte é disposta em obras do filósofo que perpassam, ao menos, um período de cinco décadas de produção intelectual e que serão aqui nossos objetos de análise – nos referimos, mais especificamente, a sua produção da década de 1930 à década de 1970. Veremos que, nestas obras, Marcuse se deterá preponderantemente em um dos aspectos políticos da arte, negativo ou afirmativo. No entanto, será possível observar igualmente que, em nenhum dos textos que aqui analisaremos, o filósofo abandonará o caráter ambivalente da arte, sempre considerando aspectos contrários aos quais ele está se referindo. O presente estudo se propõe, por conseguinte, analisar e refletir de que modo essa ambivalência política da arte se manifesta e opera no interior do pensamento de Marcuse, assinalando sua constante retomada na filosofia do autor e, portanto, sua importância para a teoria estética do frankfurtiano.Item Florence Welch : ninfa lânguida ou mênade enfurecida? : performance, gestualidade e expressão como sobrevivência do dionisíaco : uma análise a partir dos conceitos de Nachleben e Pathosformeln.(2021) Moraes, Marcus Italo da Cruz Augusto de; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Pimenta Neto, Olímpio José; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Pimenta Neto, Olímpio José; Silva, Kellen Cristina; Silva, Cíntia Vieira daNos últimos anos, tem crescido no Brasil o interesse pelo pensamento e legado intelectual do historiador da arte e esteta alemão Abraham Moritz Warburg (1866-1929), Aby Warburg como ficou mais conhecido. Grande parte desse interesse é tributário da recente tradução de alguns de seus textos, bem como de trabalhos de alguns estudiosos que se dedicam à pesquisa sobre seu pensamento, como é caso dos filósofos franceses Georges Didi-Huberman e Philippe Alain-Michaud, e do também filósofo italiano Giorgio Agamben. Warburg deixou sua marca no âmbito da estética e da história da arte ao propor a ideia da sobrevivência ou pós-vida (Nachleben) das fórmulas de páthos (Pathosformeln) da antiguidade clássica. Na tentativa de comprovar sua teoria, Warburg deu início, em meados de 1924, à composição e montagem de seu Atlas Mnemosyne projeto iniciado a partir de seu encanto obsessivo pelo movimento etéreo encarnado na figura mítica das ninfas. No presente estudo, seguindo a trilha de sua proposta, buscaremos analisar como a expressão corporal, a gestualidade e a performance de palco da cantora Florence Welch, vocalista da banda britânica Florence and The Machine, reatualizariam a iconografia e as fórmulas de páthos de três figuras míticas da antiguidade, a saber: as erínias, as ninfas e as mênades. Nossa hipótese é de que haveria, no âmbito de sua expressão e gestualidade, a presença de uma certa polaridade de afetos; tensão esta que se manifestaria em seu corpo na forma de gestos e movimentos durante suas performances. Nos movimentos de sua dança estariam assim opostos, de um lado, a fúria encarnada das erínias e, de outro, a alegria dançante e a languidez sensual das ninfas. Conectando estes dois polos, teríamos, habitando um plano intermediário, a reatualização de uma terceira pathosformeln: a da figura das mênades-bacantes: ora expressão do gozo da vida na forma das cantantes dançarinas em transe dos cortejos dionisíacos. Outrora convertendo-se nas furiosas emissárias da morte, como no episódio em que Agave junto com outras mênades, todas possuídas pelo furor do espírito de Dioniso, despedaça, a mando do deus do vinho, o corpo de seu filho Penteu, rei de Tebas. Neste sentido, nossa perspectiva ao analisar a expressão e a performance de Florence Welch é a de que sua gestualidade, altamente passional e intensa, constituir-se-ia, tal como suspeitou Warburg ao estudar as pathosformeln, enquanto espaço privilegiado de sobrevivência e manifestação do dionisíaco enquanto efeito e fenômeno estético na conformação de um corpo transita entre o trágico e o mitológico.Item Alegoria & Redenção : das esferas política e estética nas teses sobre o conceito de história de W. Benjamin.(2021) Oliveira, Rodrigo Rocha Rezende de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Chaves, Ernani; Alves Júnior, Douglas Garcia; Rangel, Marcelo de MelloNesta dissertação procuramos expor a intermediação dialética entre a escrita alegórica adotada por Walter Benjamin no contexto das teses Sobre o conceito de História (1940) e o posicionamento crítico e político do autor. Por outras palavras, viemos observar, assim, o que há de afinidade entre a apresentação estética do texto e o seu conteúdo engajado. Neste sentido, ressaltamos que, mesmo repletas de alegorias e imagens, as “Teses” não são uma simples e gratuita incursão estetizada de Benjamin no universo filosófico das questões sobre a construção da narrativa histórica. Para tanto estabelecemos dois eixos fundamentais (dois primeiros capítulos) que articulam essa contextualização em vista da abordagem específica. Em primeiro lugar, levantamos uma investigação sobre o conceito e a operação alegórica, considerada técnica e expressivamente, imprimida na atividade de escrita benjaminiana. Em segundo lugar, buscamos retomar as noções de redenção e melancolia no interior da obra de Benjamin também a partir de sua teoria da linguagem. E, finalmente, acessamos o espólio das “Teses” para recolher neste documento as repercussões dos preceitos elencados durante o percurso descrito.Item A hermenêutica de Fredric Jameson : a tradição do marxismo ocidental e o conflito de interpretações.(2019) Viana, Henrique Cunha; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares Neves; Alves Júnior, Douglas GarciaO objetivo desta dissertação é analisar a obra do crítico literário Fredric Jameson no período de 1971 a 1981. Avançamos a ideia de que, nesse período, podemos dizer que há um arco teórico específico e com objetivos mais ou menos delimitados na obra do autor. Propomos a leitura dessa década de produção de Jameson como um projeto de síntese da tradição do marxismo ocidental, começando com seu comentário e seleção da tradição, em Marxismo e forma, de 1971, e realizado, por fim, em sua proposta sistemática de uma hermenêutica, em O inconsciente político, de 1981. Através da análise das fontes do autor, acompanhamos o seu itinerário na construção de sua proposta de crítica literária marxista como totalização em curso, uma explicação de texto tão abrangente quanto possível fundamentada na história, no concreto e na dialética. Discutimos como Jameson pode ser considerado um herdeiro da tradição do marxismo ocidental e como há, na sua obra, um esforço de recorte, seleção e avanço em relação às teses dos autores dessa tradição. Propomos também que este trabalho de comentário é o primeiro passo para a construção posterior de uma teoria sistemática, uma hermenêutica da obra de arte, sobretudo da obra literária. Apresentamos nossa ideia de que esse projeto de síntese tem como objetivo oferecer uma resposta ao conflito de interpretações, afirmando a superioridade do marxismo como código explicativo e superando as parcialidades das teorias rivais. Por fim, fazemos um balanço desse projeto, discutindo criticamente as teses do autor.Item Absurdo, arte e revolta em Albert Camus.(2020) Costa, Phabyo Laurenço da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Camerino, Luciano Caldas; Pimenta Neto, Olímpio JoséEste trabalho pretende avaliar, a partir de dois ensaios escritos por Albert Camus acerca do Mito de Sísifo e de O Homem Revoltado, como a aceitação e a revolta, determinam a condição do homem como absurda e permitem pensar a Arte e a Revolta (Metafísica) como superação do pensamento suicida e totalitário. Albert Camus verificou que o mundo se apresenta ao homem tanto como objeto de conhecimento, quanto como condição de vida e sobrevida. Aprofundando a análise sobre as obras citadas de Albert Camus, revela-se uma filosofia que perpassa a construção de uma teoria estética e uma filosofia da arte e que encontra na Revolta Metafísica, uma perspectiva de travessia do estado absurdo, da própria finitude do humano, para o estado de superação do sofrimento e insatisfação diante o sentimento de injustiça presentes no mundo. Uma Metafísica da Revolta é elaborada por Camus como único meio de alcance do conhecimento da essência do mundo e do homem. Desse modo, a Arte - Revolta Metafísica (tomada de consciência do homem da sua condição absurda) tornamse as únicas vias para a libertação do homem que conhece e encontra a si mesmo como sujeito desprovido de vontade de viver.Item A questão da liberdade estética em Schiller.(2019) Souza, Edson Siquara de; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Barbosa, Ricardo José Corrêa; Guimarães, Bruno AlmeidaEsta dissertação visa explicar o conceito de liberdade estética em Schiller e a importância dele para sua teoria estética e moral destacando o seu contexto antropológico. Como Schiller parte da filosofia kantiana, identificaremos e descreveremos os pontos em que ela é mais influente, no qual o destaque é o conceito de liberdade que se encontra em sua primeira crítica. O conceito de liberdade em Schiller motiva uma interpretação inovadora, não só com relação à estética kantiana e a dos pensadores que o antecederam, mas também em sua concepção sobre a moral. Para justificar esta inovação, demonstraremos como a experiência estética aponta para um tipo especial de sensibilidade que nos dá prazer, mas diferente daquele das paixões egoístas. Este tipo especial de sensibilidade, que a experiência com o objeto da arte nos indica, é o fundamento para Schiller desenvolver sua filosofia estética e moral, que o levará a defender uma educação estética. Para esta demonstração identificaremos o desejo de liberdade como fundamento do humano, como uma determinabilidade. Veremos como Schiller desenvolve esta noção de um desejo de liberdade, que une os humanos e propicia a experiência estética comum a todos, como algo universal. Concluiremos demonstrando como em Schiller a cultura pode e deve influenciar a mudança no ambiente político pela via estética.Item De Husserl à percepção cinematográfica : crítica ao representacionismo em Merleau-Ponty.(2019) Vilaça, Danilo Marcos Azevedo; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Figueiredo, Virginia de Araújo; Silva, Cíntia Vieira daA dissertação apresenta as críticas de Merleau-Ponty ao modelo de análise representacionista da modernidade sob dois aspectos, o primeiro (derivado da fenomenologia husserliana) diz respeito à explicação da percepção pelas teorias do conhecimento do período, cuja as abordagens estabelecem a representação ideal como intermediária da relação consciência-mundo; o segundo refere-se a apreciação estética, na qual as obras de arte são interpretadas pelo seu caráter figural, mimético e representacional. A proposta é desenvolver a última questão como consequência da primeira e assim indicar uma coesão entre as análises fenomenológicas/ontológicas do âmbito mais geral da filosofia do autor e suas reflexões sobre estética e arte. O cinema surge como o objeto artístico que evidencia as duas problemáticas mencionadas. Afinal, se observarmos o desenvolvimento da linguagem cinematográfica e as reflexões referentes ao estatuto representativo de tal arte, pode-se concluir que o filme, apesar utilizar como “matéria-prima” a “impressão fotográfica do mundo”, não deve ser encarado unicamente sob o ponto de vista mimético-representativo.Item A arte como questão ontológica no pensamento de Martin Heidegger a partir da obra A Origem da obra de arte.(2018) Nobre, Rui José; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Silva, Hélio Lopes da; Marques, Lúcio ÁlvaroO tema da obra de arte, em Heidegger, encontra-se intrinsecamente relacionada com a ontologia, e não trata a arte como objeto da estética, seu filosofar sobre o caráter da obra de arte busca, primeiramente, estabelecer a correlação entre a arte e a verdade. Além disso, partimos da análise da crítica heideggeriana a metafisica tradicional como história do autovelamento e esquecimento do ser (Seinsvergessenheit) que perpassa toda a filosofia ocidental desde Platão até Nietzsche. Heidegger propõe uma desconstrução (Destruktion) a fim de desmontar a estrutura cognitiva acerca da verdade que nos foi transmitida pela tradição conceitual da filosofia. Seu processo de desconstrução inicia-se com o reconhecimento de algo anterior ao sujeito, de um ente privilegiado que para ele é o termo alemão Dasein. Diante disso, na definição de Dasein de Heidegger não há aquela dualidade de sujeito e objeto. O texto A origem da Obra de Arte (1935), um ensaio que apresenta novos parâmetros epistemológicos e busca compreender e explicar o modo de ser da obra de arte em geral, e da obra de arte, em seu sentido ontológico. Todavia, determinando a arte como o "pôr-se em obra da verdade" e, transferindo, a questão artística para o cerne do problema acerca da verdade. A verdade é pensada enquanto clareira, enquanto desvelamento do ser que se manifesta por meio da arte, com a produção da obra de arte. Logo, a obra de arte é um ente que põe e dispõe a abertura à possibilidade do desvelamento. A obra de arte, enquanto o espaço onde o Ser vem a acontecer (desvelamento) é acontecimento historial, que nos faz sair do habitual e modificar as relações que sempre tivemos com o mundo e a terra. Contudo, torna possível conceber a obra de arte como surgimento da verdade do Ser. A arte se põe em obra, se torna acontecimento da verdade, acontecimento histórico.