IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    A hermenêutica de Fredric Jameson : a tradição do marxismo ocidental e o conflito de interpretações.
    (2019) Viana, Henrique Cunha; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares Neves; Alves Júnior, Douglas Garcia
    O objetivo desta dissertação é analisar a obra do crítico literário Fredric Jameson no período de 1971 a 1981. Avançamos a ideia de que, nesse período, podemos dizer que há um arco teórico específico e com objetivos mais ou menos delimitados na obra do autor. Propomos a leitura dessa década de produção de Jameson como um projeto de síntese da tradição do marxismo ocidental, começando com seu comentário e seleção da tradição, em Marxismo e forma, de 1971, e realizado, por fim, em sua proposta sistemática de uma hermenêutica, em O inconsciente político, de 1981. Através da análise das fontes do autor, acompanhamos o seu itinerário na construção de sua proposta de crítica literária marxista como totalização em curso, uma explicação de texto tão abrangente quanto possível fundamentada na história, no concreto e na dialética. Discutimos como Jameson pode ser considerado um herdeiro da tradição do marxismo ocidental e como há, na sua obra, um esforço de recorte, seleção e avanço em relação às teses dos autores dessa tradição. Propomos também que este trabalho de comentário é o primeiro passo para a construção posterior de uma teoria sistemática, uma hermenêutica da obra de arte, sobretudo da obra literária. Apresentamos nossa ideia de que esse projeto de síntese tem como objetivo oferecer uma resposta ao conflito de interpretações, afirmando a superioridade do marxismo como código explicativo e superando as parcialidades das teorias rivais. Por fim, fazemos um balanço desse projeto, discutindo criticamente as teses do autor.
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    A questão da liberdade estética em Schiller.
    (2019) Souza, Edson Siquara de; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Barbosa, Ricardo José Corrêa; Guimarães, Bruno Almeida
    Esta dissertação visa explicar o conceito de liberdade estética em Schiller e a importância dele para sua teoria estética e moral destacando o seu contexto antropológico. Como Schiller parte da filosofia kantiana, identificaremos e descreveremos os pontos em que ela é mais influente, no qual o destaque é o conceito de liberdade que se encontra em sua primeira crítica. O conceito de liberdade em Schiller motiva uma interpretação inovadora, não só com relação à estética kantiana e a dos pensadores que o antecederam, mas também em sua concepção sobre a moral. Para justificar esta inovação, demonstraremos como a experiência estética aponta para um tipo especial de sensibilidade que nos dá prazer, mas diferente daquele das paixões egoístas. Este tipo especial de sensibilidade, que a experiência com o objeto da arte nos indica, é o fundamento para Schiller desenvolver sua filosofia estética e moral, que o levará a defender uma educação estética. Para esta demonstração identificaremos o desejo de liberdade como fundamento do humano, como uma determinabilidade. Veremos como Schiller desenvolve esta noção de um desejo de liberdade, que une os humanos e propicia a experiência estética comum a todos, como algo universal. Concluiremos demonstrando como em Schiller a cultura pode e deve influenciar a mudança no ambiente político pela via estética.
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    De Husserl à percepção cinematográfica : crítica ao representacionismo em Merleau-Ponty.
    (2019) Vilaça, Danilo Marcos Azevedo; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Figueiredo, Virginia de Araújo; Silva, Cíntia Vieira da
    A dissertação apresenta as críticas de Merleau-Ponty ao modelo de análise representacionista da modernidade sob dois aspectos, o primeiro (derivado da fenomenologia husserliana) diz respeito à explicação da percepção pelas teorias do conhecimento do período, cuja as abordagens estabelecem a representação ideal como intermediária da relação consciência-mundo; o segundo refere-se a apreciação estética, na qual as obras de arte são interpretadas pelo seu caráter figural, mimético e representacional. A proposta é desenvolver a última questão como consequência da primeira e assim indicar uma coesão entre as análises fenomenológicas/ontológicas do âmbito mais geral da filosofia do autor e suas reflexões sobre estética e arte. O cinema surge como o objeto artístico que evidencia as duas problemáticas mencionadas. Afinal, se observarmos o desenvolvimento da linguagem cinematográfica e as reflexões referentes ao estatuto representativo de tal arte, pode-se concluir que o filme, apesar utilizar como “matéria-prima” a “impressão fotográfica do mundo”, não deve ser encarado unicamente sob o ponto de vista mimético-representativo.
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    A arte como questão ontológica no pensamento de Martin Heidegger a partir da obra A Origem da obra de arte.
    (2018) Nobre, Rui José; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Silva, Hélio Lopes da; Marques, Lúcio Álvaro
    O tema da obra de arte, em Heidegger, encontra-se intrinsecamente relacionada com a ontologia, e não trata a arte como objeto da estética, seu filosofar sobre o caráter da obra de arte busca, primeiramente, estabelecer a correlação entre a arte e a verdade. Além disso, partimos da análise da crítica heideggeriana a metafisica tradicional como história do autovelamento e esquecimento do ser (Seinsvergessenheit) que perpassa toda a filosofia ocidental desde Platão até Nietzsche. Heidegger propõe uma desconstrução (Destruktion) a fim de desmontar a estrutura cognitiva acerca da verdade que nos foi transmitida pela tradição conceitual da filosofia. Seu processo de desconstrução inicia-se com o reconhecimento de algo anterior ao sujeito, de um ente privilegiado que para ele é o termo alemão Dasein. Diante disso, na definição de Dasein de Heidegger não há aquela dualidade de sujeito e objeto. O texto A origem da Obra de Arte (1935), um ensaio que apresenta novos parâmetros epistemológicos e busca compreender e explicar o modo de ser da obra de arte em geral, e da obra de arte, em seu sentido ontológico. Todavia, determinando a arte como o "pôr-se em obra da verdade" e, transferindo, a questão artística para o cerne do problema acerca da verdade. A verdade é pensada enquanto clareira, enquanto desvelamento do ser que se manifesta por meio da arte, com a produção da obra de arte. Logo, a obra de arte é um ente que põe e dispõe a abertura à possibilidade do desvelamento. A obra de arte, enquanto o espaço onde o Ser vem a acontecer (desvelamento) é acontecimento historial, que nos faz sair do habitual e modificar as relações que sempre tivemos com o mundo e a terra. Contudo, torna possível conceber a obra de arte como surgimento da verdade do Ser. A arte se põe em obra, se torna acontecimento da verdade, acontecimento histórico.
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    A alteridade na prosaística de Bakhtin.
    (2018) Nunes, Hugo Ferreira; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Freitas, Romero Alves; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Culleton, Alfredo Santiago; Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Foi investigado o livro de Bakhtin Problemas da Poética de Dostoievski (2010) no qual Bakhtin detecta que, o equívoco da visão dos críticos literários em relação as obras de Dostoievski, se deve às suas concepções monológicas utilizadas como método de investigação, que não permitiram enxergar a criação polifônica de Dostoievski. No segundo capítulo foi analisado os equívocos cometidos pelos críticos literários em relação às obras de arte em geral e em relação às obras de Dostoievski. Ainda neste capítulo foi apresentada a palavra bivocada, ícone representante das múltiplas vozes e a alteridade, entendida como referência no processo de singularização do autor, personagens, leitores e críticos. No terceiro capítulo foi averiguada a visão excedente que complementa, de forma única, a relação do mesmo com o outro, ampliando a visão daqueles que participam da prosa.
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    A parrhesía cínica em Foucault : uma estética da existência.
    (2018) Anastasia, Tereza Lobato; Guimarães, Bruno Almeida; Alves, Marco Antonio Sousa; Pimenta Neto, Olímpio José; Guimarães, Bruno Almeida
    Esta dissertação teve como objetivo trilhar o percurso empreendido por Michel Foucault da genealogia até as questões da ética desenvolvidas nas publicações e cursos ministrados a partir do final dos anos 1970 e começo dos anos 1980. Através dos exemplos da Parresía e do cinismo Antigo, pretendeu-se repensar a prática filosófica enquanto ascese, enquanto modo de viver e de se estilizar a vida. Para tanto, foram buscados exemplos que se aproximem de tais práticas em diferentes tempos históricos, em distintas manifestações artísticas. Em outras palavras empreender junto a Foucault um retorno a tempos históricos tais quais o surgimento da Modernidade e a Antiguidade Greco-romana para entender quem somos e como chegamos até aqui. Só depois disso entender em que medida a alteridade e a proposta de uma Estética da Existência se justificam enquanto exemplos viáveis de constituição de autonomia e desenvolvimento crítico na atualidade.
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    Por Marias e Evas : potências dialógicas entre a ação pessoal e a ação política, entre a ação ética e a ação estética, entre a arte, vida e encontro.
    (2017) Cantasini, Thaiz Barros; Pereira, Elvina Maria Caetano; Fischer, Stela Regina; Dias, Luciana da Costa; Pereira, Elvina Maria Caetano
    Nesta pesquisa, investigo, a partir das noções de performance e programa performativo (Eleonora Fabião), das formas estéticas dos atos éticos (Ileana Diéguez), bem como da noção de performatividade de gênero (Judith Butler), os mecanismos e estratégias de desconstrução da noção de gênero a partir do desenvolvimento de um programa performativo: “Por Marias e Evas”, iniciado em setembro de 2015.O programa performativo “Por Marias e Evas” foi tecido em cinco etapas. Em todas as etapas, o diálogo entre mulheres foi o motor para as experimentações que partiram de inquietações advindas da esfera privada para a esfera pública. O programa performativo teve como mote o encontro e o diálogo entre mulheres. E dialogando é que o conceito de performatividade de gênero (Butler) foi comprovado e, sendo assim, foi impossível pensar em estética sem pensar em ética. O programa performativo foi elaborado gerando encontros que provocaram possibilidades de desconstrução das noções de gênero, potencializando a urgência do encontro e, principalmente, tomando-o como fazer artístico.
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    A construção de uma estética da existência através do trabalho do ator sobre si.
    (2018) Bonuti, Paola Cynthia Moreira; Dias, Luciana da Costa; Dias, Luciana da Costa; Souza, Elizeu Clementino de; Ferreira, Melissa da Silva; Maciel, Marcos Cardoso
    Esta pesquisa objetiva investigar, através do trabalho do ator sobre si na construção do personagem e tendo, como ferramenta de criação, a memória emocional, de Stanislávski, a prática do teatro como instrumento de auto formação e autoconhecimento por possibilitar ao sujeito se colocar diante do personagem em uma relação de alteridade e, assim, alcançar uma perspectiva de auto cuidado na criação de uma estética da existência, termo cunhado por Michel Foucault. Ao longo da investigação, pôde ser observado que, tendo o personagem como porta-voz, é possível alcançar certo distanciamento crítico e uma análise daquilo que emergiu do inconsciente do ator para a construção da cena. Buscou-se, na metodologia autobiográfica, realizar o percurso de investigação-formação, em que o sujeito se insere em perspectiva epistemológica, ou seja, se torna detentor da investigação como ferramenta de legitimação da própria prática e da própria subjetividade através da trajetória pessoal, acadêmica e profissional. Finalizando, esta discussão pôde ser estendida ao meu trabalho no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial de Ouro Preto, junto a portadores de transtornos psíquicos, cujos resultados também são discutidos nesta dissertação.
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    Intensidade e individuação : Deleuze e os dois sentidos de estética.
    (2017) Silva, Cíntia Vieira da
    Este artigo aborda o conceito de intensidade na filosofia deleuziana e deleuze-guattariana, expondo alguns dos elementos trazidos de outros filósofos para compô-lo. Deleuze mobiliza a “antecipação da percepção” kantiana, a “essência singular” espinosana e, com Guattari, a “latitude das formas” das disputas escolásticas. Esses componentes, e outros tantos, delineiam o conceito de intensidade e favorecem o exercício de seu papel crucial na elaboração de uma teoria da individuação que transite da estética à política, passando pela construção de uma concepção a respeito do que significa pensar e auxilie a realizar o projeto de unificação dos dois sentidos de estética.
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    O papel da estética na teoria : estatuto da estética filosófica após o fim da arte.
    (2017) Leonel, Wesley de Faria; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Ramos, Pedro Hussak Van Velthen; Costa, Rachel Cecília de Oliveira
    O trabalho aborda a questão do estatuto da estética no contexto da arte contemporânea. Esta questão, direcionada ao pensamento de Arthur Danto, importante filósofo da arte contemporânea, pretende esclarecer as razões sistemáticas e teóricas da suspensão das pretensões normativa e definicional da estética filosófica. Tal questionamento nasce da posição incômoda a que fica relegada a estética clássica tanto no que diz respeito ao declarado fim da arte quanto, consequentemente, ao desincentivo da estética. Assumindo programaticamente a hipótese do fim da arte e a definição de obras de arte em condições necessárias e suficientes, esclarecemos a centralidade da ontologia na filosofia da arte de Danto e como, a partir de um projeto definicional focado na distinção entre termos observacionais e teóricos, experiência, atitude ou qualquer outra categoria estética tradicional, estão conceitual e sistematicamente interditadas. Conforme propomos, o cerne da disputa concentra-se na concepção de arte e de filosofia e a relação entre ambas. Apresentamos o debate a partir de uma perspectiva metafilosófica na qual é possível traçar um panorama sistêmico da filosofia danteana, bem como relacioná-lo com a perspectiva wittgensteiniana e revelar os pressupostos tacitamente operantes na rejeição danteana da estética. A partir desta perspectiva ampla é que apontamos, ao fim, a possibilidade de desenvolvimento de uma estética do significado.