O presente artigo arqueia-se sobre o corpus criador do ankoku butôh, ou dança da escuridão. A dança butôh de Hijikata Tatsumi arranca, com a tensão de seus movimentos, a finalidade dos corpos que a encarnam. Como cadáver arriscado, nas experimentações mais exaustivas, transmuta-se em escrita para o contínuo engendramento de corporeidades. Tal processo será aqui trazido à luz com o auxílio, sobretudo, do “corpo sem órgãos”, conceito trazido à baila por Antonin Artaud e Gilles Deleuze.