IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Cinismo : passado e presente.
    (2017) Guimarães, Valmir Percival; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Freitas, Romero Alves; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Freitas, Romero Alves; Flores Júnior, Olimar; Coelho, Venúncia Emília
    A dissertação Cinismo: Passado & Presente, pretende refletir, a partir de uma base filosófica, a noção ambivalente relativa ao termo Cinismo. O cinismo aparece na Grécia nos primórdios da civilização ocidental e adquire uma grande linhagem filosófica que tem seus contornos mais significativos estendidos até a modernidade. Desse modo, o termo cinismo se inscreve em uma longa tradição do pensamento ocidental que, ao contrário, é tão cara às reflexões contemporâneas na arte. Diante disso, nos termos contemporâneos, a ideia de cinismo aparece sob as mais diversas formas, desde as instâncias privadas às públicas. Assim, promoveremos a comparação entre o cinismo grego e o cinismo moderno. Para o cinismo moderno, buscaremos a sua representação no âmbito da literatura moderna. Para o grego, recorreremos às anedotas. Entendemos que essa interdisciplinaridade como causa do diálogo de algumas importantes obras da literatura moderna e da filosofia, sobretudo, nos fará buscar um tropo capaz de traduzir e colocar em evidência os motivos que levaram ao falseamento dessa consciência, aqui entendida como cinismo. Portanto, esse é exatamente o artificio por meio do qual tentaremos conectar a corrosão dos tropos em um oxímoro que é por sua vez quase um modo indireto de representar uma coisa ou uma ideia sob a aparência de outra; sobretudo no realismo estético oitocentista, cujo centro de impasse entre o sentido literal e um sentido figurado pode ser encontrado em obras que são capazes de concatenar suas violências com a mesma tranquilidade de quem diz o óbvio.