IFAC - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura

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    Sobre o quadro normativo do sofrimento.
    (2013) Alves Júnior, Douglas Garcia
    A filosofia moral ocidental ao mesmo tempo em que conferiu atenção ao sofrimento tratou de entendê- lo a partir de categorias epistemológicas e morais que descuidam de sua especificidade. Na contemporaneidade, contudo, assiste-se a uma inflexão no pensamento sobre o sofrer a partir da reflexão sobre a Shoa/Holocausto (Primo Levi), da fenomenologia (Levinas), da psicologia social (Milgram) e da Teoria Crítica (Adorno, Marcuse). Trata-se de trazer ao primeiro plano o caráter normativo da experiência do sofrimento, o que implica repensar a questão do fundamento normativo da ação a partir da vulnerabilidade do corpo ao sofrer.
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    Revisitando a questão da solidariedade na Teoria Crítica.
    (2012) Alves Júnior, Douglas Garcia
    Este artigo examina três obras da filosofia contemporânea que pensam a soli-dariedade: Contingência, Ironia e Solidariedade (1989), de Richard Rorty, Luta por reconhecimento (1992), de Axel Honneth, e Consciência moral e agir comunica-tivo (1983), de Jürgen Habermas. Pretendo apresentar os contornos de uma proposta alternativa sobre a solidariedade a partir da consideração do imbri-camento constituinte de mímesis e racionalidade, nos termos desenvolvidos por Theodor W. Adorno. Trata-se de pensar o que se poderia chamar de cons-tituição “estética” da solidariedade para com o inter-humano (sociedade), o in-fra-humano (natureza externa), e o intra-humano (natureza interna). Essa con-cepção leva a assumir que a razão é constituída pelo mimético, que integra os diversos níveis da solidariedade, reunindo-os em sua dialética histórica.
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    Em que sentido podemos pretender uma “vida boa”? : reflexões a partir de minima moralia.
    (2012) Alves Júnior, Douglas Garcia
    Adorno possui um pensamento moral próprio, que já foi chamado por alguns intérpretes de “filosofia moral negativa”, e que prefiro chamar de “Teoria Crítica da Moral”. Trata-se de uma filosofia moral normativa, que examina as condições de constituição da autonomia e das relações intersubjetivas morais. Questões relacionadas à “vida boa” – no sentido de uma vida moralmente correta e bem-realizada, para os seres humanos – de modo algum são consideradas ociosas por Adorno. A “vida boa”, em Adorno, abrange uma noção materialista e intersubjetiva de felicidade, de liberdade e de justiça. Seu fundamento nas faculdades estéticas permite pensar em uma concepção integrativa de vida boa, em que atividades diretamente relacionadas com nossa dimensão sensível são centrais.