EM - Escola de Minas
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6
Notícias
A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
Navegar
10 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Metodologias alternativas para facilitação da restauração de áreas de canga degradadas pela extração de bauxita.(2011) Machado, Naiara Amaral de Miranda; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Lemos, José Pires; Martins, Sebastião VenâncioA mineração é uma das principais responsáveis pela degradação de áreas metalíferas em todo mundo e a escassez de informação sobre estes sistemas dificulta a formulação de medidas para sua conservação e restauração. Sabe-se que o uso do topsoil em processos de recuperação de áreas degradadas pela mineração, embora recomendável, nem sempre é possível, especialmente em locais onde há escassez deste recurso, como no caso de campos ferruginosos. Neste caso, novos substratos, preferencialmente disponíveis localmente, devem ser testados. O presente estudo foi realizado em uma antiga área de exploração de bauxita na Serra da Brígida em Ouro Preto (MG), abandonada na década de 60 sem sofrer nenhuma ação de restauração. A área explotada encontra-se, em grande parte, margeada por manchas de vegetação nativa não alterada, a qual foi considerada como habitat referência para as medidas de restauração. Além disso, observações in situ demonstraram a presença de pequenas manchas de vegetação nativa iniciando a colonização do ambiente associadas à rasas depressões do terreno onde houve acúmulo de laterita intemperizada, sugerindo que a redução granulométrica possa ter facilitado o estabelecimento das plantas. Baseado nas características do habitat referência e nos processos de regeneração natural observado in situ e, foram testados a laterita triturada, simulando a granulometria encontrada nas manchas vegetadas, e o topsoil retirado da área referência como substratos para o crescimento e desenvolvimento de mudas de Eremanthus erythropappus, uma espécie lenhosa, pioneira, ampla e naturalmente distribuída na área. Além disso, absorção, acúmulo e distribuição de elementos na espécie foram avaliados, fornecendo indícios sobre o uso potencial desta em projetos de fitorremediação. As mudas foram cultivadas sem adição de fertilizantes nos dois substratos e também diretamente sobre a laterita exposta, não triturada. A espécie mostrou-se bastante promissora para a revegetação da área, apresentando alta sobrevivência em todos os substratos. Maiores incrementos anuais em altura e diâmetro e biomassa final foram observados no topsoil, mas a redução granulométrica da laterita acelerou em 2 vezes o crescimento das plantas em relação à laterita exposta. Tal resultado provavelmente deve-se ao aumento da disponibilidade de elementos essenciais para as plantas e à melhoria das condições físicas para o crescimento de raízes. Além disso, as relações alométricas não foram alteradas pelo tipo do substrato, evidenciando a alta tolerância da espécie a diferentes condições edáficas, característica fundamental para o sucesso da revegetação de áreas degradadas pela extração de bauxita. Quanto à composição química E. erythropappus modificou a dinâmica de elementos dos substratos testados, e, mesmo sob condições de oligotrofia, manteve suas concentrações internas de nutrientes em níveis adequados para o desenvolvimento vegetal. A espécie acumulou altas concentrações de Al e Fe em suas raízes, sugerindo que esta é uma boa candidata para projetos de fitoestabilização em minas de bauxita e ferro.Item Pedogeomorfologia e evolução da paisagem : gênese de depressões fechadas em vertentes associadas à couraça bauxítica na extremidade sul da Serra do Caparaó, sudeste do Brasil.(2015) Mateus, Ana Carolina Campos; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Oliveira, Fábio Soares deEsse trabalho objetivou a compreender a gênese da cobertura pedológica associada ao depósito de bauxita em uma vertente na região de Espera Feliz/MG, enfatizando as transformações morfológicas, mineralógicas e geoquímicas envolvidas na formação assim como, a relação com a evolução da paisagem, particularmente, com as feições côncavas (depressões fechadas) frequentes na área. O estudo pedológico envolveu a abertura de 5 trincheiras onde foram descritas as feições petrográficas, mineralógicas, estruturais e morfológicas dos horizontes identificados. Nas amostras coletadas foram realizadas análises granulométricas, de densidade aparente, micromorfológicas ao microscópio óptico, mineralógicas por Difração de Raios-X, química parcial através de análises de fertilidade de solo, química total por Fluorescência de Raios-X e microquímica por MEV acoplado com EDS. O levantamento geofísico foi realizado através do radar de penetração no solo (GPR) em seções que abrangeram todas as depressões. Os atributos morfológicos (macro e micro), físicos, químicos e mineralógicos permitiram definir que os perfis situados fora das concavidades constituem LATOSSOLOS VERMELHOAMARELO Distrófico húmico e os que ocorrem no interior são NEOSSOLOS LITÓLICO Húmico típico. A morfologia dos horizontes, particularmente a presença de fragmentos grosseiros de bauxita na base do perfil e a grano-decrescência destes em direção ao topo, sugerem que o solo tem sua origem associada à degradação de uma couraça bauxítica. A ocorrência no solo dos mesmos minerais presentes na bauxita, acrescidos da caulinita, também sugere essa relação genética através do processo de ressilicificação. As análises químicas de rotina apresentaram o aumento da quantidade de alumínio trocável, evidenciando a presença de Al livre em direção ao horizonte A. O mapa microquímico mostrou que as porções mais degradadas da bauxita apresenta acúmulo de silício. Tanto a composição geoquímica total, quanto o balanço de massa obtido a partir dela, revelam que em todos os perfis há um acréscimo no teor de SiO2 e um decréscimo no teor de Al2O3 do horizonte C para o A. A evolução pedogeomorfológica da vertente teria ocorrido em três etapas: i) formação da couraça bauxítica sob condições de clima quente e úmido; ii) degradação da bauxita e formação dos horizontes pedológicos devido a mudanças climáticas mais úmidas; iii) origem das feições côncavas através da remoção da cobertura pedológica por movimentação de massa, cuja natureza e contexto necessitam de estudos morfológicos mais específicos para serem discriminados.Item O uso de microondas para determinação de umidade de bauxita.(2003) Magalhães, Rodrigo Silva; Lima, Rosa Malena Fernandes; Souza, Henor Artur deNesse trabalho, é apresentado um estudo de secagem de bauxitas por microondas, visando a determinar a influência da umidade inicial das amostras, a massa a ser secada e a granulometria das mesmas no processo de secagem. Para a determinação da influência da umidade inicial, foram utilizadas amostras com teor de umidade igual a 12,2 e 6,9%. A influência da massa e a granulometria foram determinadas com uma amostra, cujo teor inicial de umidade era igual a 13%. Através desses estudos, observou-se que os tempos ótimos de secagem por microondas das amostras de bauxita estudadas têm uma relação direta com a umidade inicial das mesmas. Observou- se que as variáveis, massa da amostra a ser secada e o tempo de secagem, são diretamente proporcionais, apresentando elevada correlação. Dessa forma, pode- se obter os tempos de secagem para cada amostra a ser secada, de acordo com a sua massa. Não foi observada relação entre o tempo de secagem e a granulometria da amostra.Item Gênese e evolução mineralógica, micromorfológica e geoquímica da bauxita de Espera Feliz, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Soares, Caroline Cibele Vieira; Varajão, César Augusto Chicarino; Varajão, Angélica Fortes Drummond ChicarinoEsse trabalho tem como principal objetivo o estudo da evolução macromorfológica, mineralógica, micromorfológica e geoquímica da ocorrência de bauxita próxima à cidade de Espera Feliz, no extremo sul da Serra do Caparaó. A pesquisa foi desenvolvida em uma única vertente, cuja morfologia é caracterizada por diversas cavidades decorrentes de feições de escorregamento. Após o levantamento macromorfológico de dois perfis de alteração, expostos em uma cascalheira, e de 10 perfis de sondagem a trado, em que foram definidas e amostradas as diferentes fácies de alteração, procedeu-se as análises laboratoriais. Estas incluíram análises petrológicas e micromorfológicas ao microscópio óptico; mineralógicas por difração de raios X; geoquímicas por fluorescência de raios X; morfológicas e microquímicas em microscópio eletrônico de varredura acoplado com EDS e em microssonda eletrônica. O manto de alteração se desenvolve sobre rochas charnockíticas com enclaves máficos da Suíte Caparaó. As modificações da rocha devido aos agentes do intemperismo iniciam-se com a formação de um córtex de alteração incipiente onde as soluções encontram as primeiras descontinuidades caracterizadas, principalmente, por microfissuras. O ferro, exsudado dos minerais ferromagnesianos, precipita em vazios interminerais e intraminerais. A alteração incipiente evolui para o córtex interno onde o plagioclásio, por alitização direta, se altera em gibbsita, os ferromagnesianos iniciam a formação de boxworks goethíticos com núcleos cauliníticos e o ortoclásio inicia a transformação indireta para gibbsita, formando uma fase intermediária de illita e caulinita. No córtex externo restam principalmente remanescentes de ortoclásio, envolvidos por gibbsita e goethita na forma de alteromorfos, que se reproduzido no manto de alteração formará um horizonte bauxítico isalterítico. No manto de alteração foram identificados 3 horizontes: i) horizonte argiloso caulinítico, ii) horizonte bauxítico e iii) sólum. Em um perfil, designado perfil A, o horizonte argiloso é constituído pela fácies isalterita caulinítica; o horizonte bauxítico pelas fácies bauxita isalterítica, bauxita laminar e bauxita fragmentada. O horizonte argiloso é formado devido a limitação da atuação do processo de alitização, provavelmente pela presença de um enclave máfico. O segundo perfil, designado perfil B, o horizonte argiloso é constituído por uma fácies aloterítica caulinítica e o horizonte bauxítico é formado essencialmente pelas fácies bauxita laminar desorientada e bauxita fragmentada, devido a sua mobilização e degradação. Estes horizontes, com as respectivas fácies, mostram correlação com os furos de sondagem situados na mesma vertente. A morfologia da vertente e as fácies estão diretamente relacionadas, na borda da vertente, onde não há depressões causadas por escorregamentos ocorrem as fácies sem evidências de remobilização (bauxita isalterítica e bauxita laminar). Já, a jusante das cavidades, os perfis apresentam uma fácies de argila aloterítica sobreposta por um espesso horizonte de bauxita fragmentada onde os fragmentos de diferentes fácies encontram-se em condições de instabilidade química. Regionalmente, a geomorfologia da área apresenta sucessivas corredeiras e meandros abandonados em cotas mais altas que o curso do rio atual evidenciando uma reativação tectônica, com um importante soerguimento, provavelmente no Oligoceno, seguido por um abatimento de blocos e erosão. No Mioceno, período mais estável e com clima quente e úmido, formou-se o manto de alteração bauxítico. Posteriormente, no Plioceno, período árido, ocorreu a exposição da bauxita e os escorregamentos na vertente, formando as cavidades e, consequentemente, as fácies bauxíticas remobilizadas situadas à jusante das mesmas.Item A bauxita de Barro Alto (GO) : gênese e evolução mineralógica, micromorfológica e geoquímica.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Oliveira, Fábio Soares de; Varajão, Angélica Fortes Drummond ChicarinoEste estudo objetivou caracterizar o depósito de bauxita da região de Barro Alto (GO) através do estudo da sua formação e evolução. Tal depósito é originado a partir da alteração de anortositos da Série Superior do Complexo Máfico-Ultramáfico Acamadado de Barro Alto (CBA), Província Tocantins. Para tal foram realizados trabalhos de campo envolvendo o reconhecimento geral da área e coleta de amostras; descrições macromorfológicas; análises mineralógicas (DRX), geoquímicas (FRX), micromorfológicas (Microscopia Óptica, MEV e MET), microquímicas (EDS e WDS) e cartográficas. Os resultados indicaram que a bauxita de Barro Alto tem sua gênese associada à bauxitização direta dos corpos anortositos através do processo de alitização. Nesse processo, formou-se uma bauxita maciça porosa, isalterítica. A continuidade da água percolando nos perfis, associada à influência da tectônica, transformaram a fácies bauxita maciça porosa em fácies de alteração diversificadas, destacando-se: I - fácies de bauxitas semi-compactas e compactas geradas pelo transporte e acumulação de soluções ricas em alumínio na forma de gibbsita neoformada preenchendo poros e/ou por colapso; II – bauxitas laminares e fragmentárias formadas pela fragmentação associada à circulação da água nas vertentes ou à vegetação na parte superior dos perfis, respectivamente; III – bauxitas de paleopedimentos, formadas pela cimentação de antigas fácies fragmentárias erodidas e depositadas e IV – fácies argilosas provenientes da degradação geoquímica da bauxita por inputs de sílica através da oscilação do lençol freático e da reciclagem de sílica pela vegetação, neoformando caulinita a partir da ressilicificação da gibbsita. A formação das argilas de degradação significou também a alteração das condições de bauxitização para argilização em algumas áreas do maciço, formando argilas isalteríticas a partir dos processos de monossialitização e bissialitização. As principais diferenças entre as argilas de degradação e as argilas isalteríticas são morfológicas. A atividade biológica também teve papel fundamental na evolução da bauxita de Barro alto, destacando-se: I – a formação de texturas sacaroidas e microagregadas e a transformação da gibbsita em boehmita, ambas causadas pela bioturbação promovida pelos térmitas; II – a evolução pedogenética de horizontes com texturas fragmentárias e a formação de feições riziformes com textura gibbsítica criptocristalina, ambas associadas a raízes de árvores. Tais resultados sustentam a evolução poligênica da bauxita de Barro Alto, permitindo o melhor conhecimento do maciço e a geração de subsídios para novas ocorrências. Embora seja reconhecida a existência de um depósito de bauxita originado de anortositos em Porto Loko, Serra Leoa, este foi o primeiro estudo sobre a gênese e evolução de lateritas aluminosas a partir de tal rocha, assumindo um caráter pioneiro que enfatiza seu interesse científico e econômico.Item Modelação física da disposição de rejeitos de bauxita por meio de diques-testes.(Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Pedrosa, Giovani José; Gomes, Romero CésarProjetos de disposição de resíduos de mineração devem ser elaborados dentro das exigências legais de proteção do meio ambiente, sendo necessário, conhecer as características dos rejeitos gerados e qual a melhor maneira de disposição ressaltando-se sempre as variáveis ambientais envolvidas. Na metodologia de disposição por ressecamento, geralmente utilizada para disposição de materiais finos – as chamadas ‘lamas de mineração’ - os rejeitos são lançados em camadas de espessura reduzida e expostos à ação direta das condições climáticas locais e da drenagem, ocorrendo, então, uma grande contração volumétrica dos produtos finais estocados pela retirada da água por drenagem e por evaporação. O objetivo desta dissertação é a realização do estudo do comportamento geotécnico dos rejeitos de bauxita gerados pela Mineração Paragominas (MPSA), utilizando-se de uma área teste para realização dos estudos em campo. Para a concretização deste estudo, construiu-se uma área teste composta por 4 diques onde depositou-se camadas de rejeito sob a forma de lama, utilizando espigotes e spray-bars. Esta área foi instrumentada e monitorada durante a ocorrência dos processos de sedimentação e adensamento e, principalmente, durante a fase de ressecamento. Foi analisada a correlação entre espessuras de camadas lançadas e evolução das taxas de secagem com base nas variáveis ambientais locais, bem como o processo de formação de praia com base na variação da espessura de rejeito lançado. Foi realizada também uma ampla campanha de ensaios de caracterização tecnológica destes rejeitos em laboratório, incluindo ensaios geotécnicos (como ensaios de caracterização geotécnica e ensaios especiais tais como ensaios HCT com bomba de fluxo) e também ensaios não geotécnicos como, por exemplo, ensaios de composição mineralógica e química dos resíduos. Com base nos resultados laboratoriais e de campo obtidos neste trabalho, conclui-se que a técnica de disposição de rejeitos adotada pela MPSA depende de uma conjugação criteriosa dos mecanismos de escoamento superficial da lâmina d’água sobrenadante, da evaporação superficial e da drenagem de base, sendo que as taxas de evaporação locais não são afetadas substancialmente pelas variáveis ambientais; a condição de escoamento superficial ocorre livremente nos lançamentos iniciais de rejeitos por espigotamento, mas o processo é bastante comprometido nas fases subsequentes pela tendência de formação de praias irregulares, erosão superficial do depósito e formação de bolsões de águas acumuladas.Item Seleção de caminhões rodoviários para mineração utilizando a metodologia de auxílio multicritério à decisão : estudo de caso: mineração de bauxita.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Sousa Junior, Wilson Trigueiro de; Cabral, Ivo EyerEm todos os empreendimentos minerários, um fator que merece estudos econômicos prévios são os custos de transporte relacionados ao empreendimento, sejam estes custos logísticos internos ou externos, acarretando grande peso no lucro líquido. Assim, se faz muito importante nas fases de aquisição ou substituição de frotas de transporte, estudos de viabilidade econômica para se determinar a melhor combinação de equipamentos de carga e transporte (interno/externo) que atendam às demandas de produção com um menor custo, avaliando as alternativas existentes para aquisição no mercado. O presente trabalho utilizou um estudo de caso de seleção de caminhões rodoviários para o transporte do ROM (run of mine) em uma mineradora de bauxita do Estado de Minas Gerais, utilizando-se da metodologia de auxílio multicritério à decisão (MCDA em inglês ou AMD em português). Durante o estudo de caso três questões chaves foram selecionadas, respondendo às principais incertezas para a aquisição de equipamentos: qual modelo comprar, qual a quantidade mínima a ser adquirida e por quanto tempo permanecer com o equipamento. Para responder a primeira pergunta percebeu-se que, no estudo de caso, a diferença financeira entre as alternativas avaliadas não justificava a aquisição de uma em relação à outra. Foi constatado que a resposta às duas últimas perguntas deve ser realizada com cálculos e análises quantitativas, considerando-se dados financeiros. Assim, fatores qualitativos deveriam ser considerados no processo de decisão. Partindo da premissa de igual poder de escolha das alternativas, a utilização do AMD possibilitou a quantificação de dados qualitativos no processo de tomada de decisão. Com esse propósito, foi criada uma metodologia capaz de ser adaptada para atender a novos processos de aquisição/substituição de equipamentos em empresas mineradoras, considerando a possibilidade de se utilizar e especificar fatores importantes e subjetivos durante o processo de decisão da seleção desses equipamentos.Item Quantificação de boehmita em presença de gibbsita.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Soares, Guilherme Augusto Batista; Costa, Geraldo Magela daO processamento da bauxita para a produção de alumínio é altamente dependente das fases mineralógicas presentes no minério. Bauxitas gibbsíticas exigem um processo de digestão muito mais brando do que aquele exigido para um minério boehmítico. Desta forma, a quantificação de fases mineralógicas presentes nos minérios é de extrema importância tanto na determinação de rotas de beneficiamento quanto de cálculos de rendimento e em auditorias. Não existe um método analítico isolado para a quantificação de boehmita (AlOOH) em presença de gibbsita (Al(OH)3). Desta forma, no presente trabalho investigou-se a utilização da técnica de difração de raios X para a quantificação destas duas fases em amostras de bauxita. Foram realizadas inúmeras sínteses de boehmita e gibbsita, e em alguns casos obtiveram-se amostras que aparentemente contêm apenas uma fase mineralógica. Entretanto, a cristalinidade dos minerais formados é relativamente baixa, com tamanhos de partículas nanométricos. Em temperaturas próximas ao ponto de ebulição da água, a boehmita é preferencialmente formada. Por outro lado, com a aplicação de pressão e temperaturas mais elevadas, os vários produtos, bayerita, gibbsita e boehmita, são formados ao mesmo tempo. A lixiviação cáustica a 160o C permitiu a remoção completa de gibbsita em uma amostra de bauxita rica em boehmita. O posterior tratamento com o sistema Ditionito-Citrato- Bicarbonato não foi capaz de remover totalmente os óxidos de ferro. Ao final do processo, a amostra purificada apresentou 85% de boehmita. Misturas sintéticas contendo proporções variadas de boehmita, gibbsita comercial, goethita sintética, hematita comercial, anatásio e rutilo foram preparadas. As intensidades dos principais picos de difração destes minerais foram determinadas para serem correlacionadas com as concentrações destas fases. O refinamento do difratograma pelo método de Rietveld resultou em concentrações calculadas muito discrepantes em relação às concentrações experimentais para a maioria das fases. Correlações altamente significativas foram encontradas entre as intensidades de alguns picos de difração das fases acima mencionadas, e os teores destas fases nas misturas. Considerando-se os coeficientes de correlação obtidos, bem como as intensidades relativas, sugere-se que a quantificação das fases mineralógicas usualmente presentes em bauxitas deve ser realizada com os seguintes picos de difração: - Boehmita: (020), (051), (002); - Gibbsita: (110), (200), (024), (023) e (112); - Hematita: (110), (012), (024) e (113); - Goethita: (110) e (021); - Anatásio: (101); - Rutilo: (110).Item A dinâmica da cadeia produtiva do alumínio no estado do Pará : uma análise de insumo-produto.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Castro, Ellen Claudine Cardoso; Sousa, Wilson Trigueiro deO crescimento do consumo global de alumínio excedeu o de qualquer outro mineral importante neste século. O Estado do Pará é extremamente privilegiado pelo seu subsolo que abriga a terceira maior reserva mundial de bauxita, e as características ambientais e físicas específicas do setor e dos locais de ocorrência da bauxita permitem sua extração e processamento lucrativo e sua exportação competitiva atraindo investimentos privados para a indústria de mineração regional. Nesse contexto, é de suma importância analisar em que medida este setor pode impulsionar o desenvolvimento, através dos encadeamentos com os demais setores da economia do Estado do Pará. O objetivo dessa dissertação foi analisar o setor bauxita-alumina-alumínio primário, para avaliar a importância dos seus encadeamentos na economia paraense em termos de geração de produto, emprego e renda, além de identificar se este setor é chave. Os dados da pesquisa são secundários e utiliza-se como instrumento metodológico a matriz de insumo do produto (MIP), correspondente ao ano de 2003. Os resultados mostraram que o setor bauxita-alumina-alumínio primário é caracterizado por um alto poder de encadeamento com os demais setores, principalmente os relacionados a montante na cadeia produtiva. Conclui-se que, no sentido de Hirschman, o setor bauxita-alumina-alumínio primário pode ser classificado como setor-chave, dinâmico pela sua capacidade de responder a impulsos exógenos e, por conseqüência, com alto poder de encadeamento intersetorial.Item Influência da mineralogia na etapa de separação da lama vermelha no processo Bayer.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Avelar, Angela Nair; Costa, Geraldo Magela daNeste trabalho foi realizado um estudo de caracterização mineralógica em amostras bauxitas de forma a permitir uma melhor quantificação das espécies de ferro presentes nos minérios originais e nas lamas vermelha obtidas a partir da digestão alcalina em escala de laboratório. Esta caracterização permitiu identificar um correlação entre a composição mineralógica e o desempenho na etapa de sedimentação da lama vermelha. As amostras utilizadas nesse trabalho são provenientes de Trombetas (Mineração Rio do Norte) e de Paragominas (Mineração Paragominas S.A.) localizadas no Pará também uma amostra de Gana. Os ensaios de digestão alcalina foram realizados a 145°C e pressão de 5,0 Kgf/cm 2 . Tanto as amostras iniciais quanto as lamas geradas na digestão foram caracterizadas por microscopia ótica, microscopia eletrônica de varredura, análise termogravimétricas, análises químicas, difração de raios X e espectroscopia Mössbauer A quantificação das fases majoritárias existentes em todas as amostras foi realizada com a combinação dos resultados obtidos por estas técnicas. A espectroscopia Mössbaue possibilitou a comprovação da existência de dois tipos de goethita nas amostras iniciais Para algumas amostras ocorreu a conversão de goethita para hematita. Observou-se um correlação linear satisfatória (R 2 ~0.90, n = 9) entre a velocidade de sedimentação e o teores de goethita com maiores substituições isomórficas e/ou menores tamanhos d partícula. Desta forma, sugere-se que a presença desse tipo de goethita tem efeito negativo na velocidade de sedimentação.