DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Modelagem espacial dos locais de ocorrência de paleotocas nas Serras do Gandarela e do Curral, Quadrilátero Ferrífero - MG.(2022) Assis, Driele Antunes de; Castro, Paulo de Tarso AmorimO geossistema ferruginosos do Quadrilátero Ferrífero (QFe) constantemente envolve cenários de disputa entre exploração mineral e conservação ambiental. Estudos recentes em cavernas da região, atestaram que duas delas tratam-se de paleotocas. Em litologia ferruginosa, foram verificados inicialmente no Vale do Rio Peixe Bravo (VPB), norte de Minas Gerais. No QFe, os únicos registros encontrados estão situados na Serra do Gandarela e na Serra do Curral, escavados no contato canga/saprolito. Especialmente a paleotoca do Gandarela, está ameaçada pela mineração. O objetivo deste trabalho foi discriminar áreas-alvo potenciais de novas ocorrências de paleotocas no QFe a partir da comparação das características geomorfológicas e geológicas das áreas de ocorrência destes icnofósseis tanto no QFe, quanto em outros geossistemas ferruginosos. Os procedimentos metodológicos envolveram a técnica Delphi e o uso de geoprocessamento na construção de mapas temáticos e elaboração de um mapa de potencialidade de ocorrências. A análise permitiu identificar que as duas paleotocas e a maioria das cavidades naturais registradas em zonas de alto potencial, ocorrem em rochas do Grupo Itabira (itabiritos). Por serem áreas de grande interesse da mineração, tornam-se prioritárias à investigação e caracterização, de modo a garantir a integridade de possíveis registros paleontológicos.Item Modelagem espacial dos locais de ocorrência de paleotocas na Serra do Gandarela e do Curral, com vistas à prospecção de locais favoráveis a existência e outras descobertas no Quadrilátero Ferrífero - MG.(2021) Assis, Driele Antunes de; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Oliveira, Carmélia Kerolly Ramos de; Nolasco, Marjorie Csekö; Azevedo, Úrsula Ruchkys deA região do Quadrilátero Ferrífero representa um dos mais expressivos geossistemas ferruginosos de Minas Gerais. Estes geossistemas constantemente envolvem cenários de disputa entre a exploração mineral e a conservação das suas singulares riquezas. Estudos recentes em cavernas que ocorrem espalhadas ao longo de toda região, atestaram que duas destas cavidades tratam-se, na verdade, de paleotocas. Paleotocas são registros indiretos (i.e. icnofósseis) da megafauna de mamíferos que viveram no Plioceno e Pleistoceno. Ocorrem na forma de salões e condutos com grandes dimensões. Comumente exibem marcas de garras nas paredes e nos tetos, potencialmente atribuídas a tatus e preguiças-gigantes. Na Argentina, no Uruguai e na região sul do Brasil, há várias destas galerias descritas, em substratos variados. Em litologia ferruginosa, foram descritos inicialmente na região ao norte de Minas Gerais, conhecida como Vale do Rio Peixe Bravo. As estruturas encontradas no Quadrilátero Ferrífero estão situadas na Serra do Gandarela e na Serra do Curral. Foram escavadas no contato canga/saprolito e são os únicos registros conhecidos até o momento. Especialmente a inserida na Serra do Gandarela, está ameaçada pela atividade minerária. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os registros descritos no QF, definir as características geomorfológicos e geológicos destes icnofósseis em outros geossistemas ferruginosos, e discriminar áreas-alvo potenciais de novas ocorrências segundo os parâmetros observados. Os procedimentos metodológicos envolveram a consulta de opinião Delphi e o uso de geoprocessamento para a construção de mapas temáticos e a elaboração de um mapa final de potencialidade de ocorrências de paleotocas. Os resultados mostraram elevada potencialidade em áreas ao centro, norte e nordeste e forte influência da litologia. Também foram observadas semelhanças e diferenças entre as formas de ocorrência e como os parâmetros estão relacionados. A análise permitiu identificar que as duas paleotocas possuem relevante interesse para a conservação e a necessidade de um estudo detalhado das cavidades naturais.Item Estudo do potencial geoturístico do patrimônio mineiro da serra de Ouro Preto, sudeste do quadrilátero ferrífero, MG.(2020) Queiroz, Yanne da Silva; Santos, Edgar do Amaral; Madeira, Mariana de Resende; Nardy, Beatriz Coura; Guirra, Alesson Pires Maciel; Freitas, Renata D. A.; Assis, Vanessa da Silva Reis; Costa, Adivane Terezinha; Castro, Paulo de Tarso AmorimA presença de ouro de aluvião nos córregos do Tripuí e Ribeirão do Carmo, na região de Ouro Preto e Mariana, localizada na porção sul do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, levou à nucleação dos primeiros centros urbanos do estado. No século XVIII, a região possuía diversas minas de ouro no flanco sul do Anticlinal de Mariana que foram fechadas após o fim da exploração do mineral, deixando um registro arqueológico, histórico, científico e cultural associado à geologia local. O presente artigo tem como objetivo a criação de um georroteiro no flanco sul do Anticlinal de Mariana, também conhecido como Serra de Ouro Preto, por meio da inventariação do patrimônio mineiro e geológico dos geossítios da região, realizada com a coleta de dados em visitas de campo. As galerias mineiras tiveram maior destaque neste trabalho, pois são classificadas como geossítios de acordo com parâmetros de relevância turística, social e ambiental. As visitas aos geossítios possibilitaram o diagnóstico da situação dos mesmos em relação à preservação do patrimônio e em relação aos meios turísticos e ambientais. Após a realização da pesquisa, serão realizadas atividades de extensão para divulgação destes geossítios nas comunidades próximas. O fomento à pesquisa e extensão nas comunidades do entorno dos geossítios, portanto, é de grande valia, uma vez que esses grupos locais poderão desenvolver e resgatar sua identidade, além de criar mecanismos de desenvolvimento sustentável em práticas geoturíscas.Item A paisagem e o geopatrimônio na região leste do Quadrilátero Ferrífero, MG.(2022) Nascimento, Stênio Toledo; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Costa, Adivane Terezinha; Mansur, Katia Leite; Nolasco, Marjorie Cseko; Azevedo, Úrsula Ruchkys deNas últimas décadas, os trabalhos que tratam do tema do geopatrimônio vêm aumentando e diversificando a temática em relação aos elementos que podem fazer parte deste conjunto de locais de interesse. Neste estudo, a paisagem é o foco de um trabalho que busca avaliar o geopatrimônio na região leste do Quadrilátero Ferrífero (QFe) a partir da definição de critérios e métodos de análises que permitam o reconhecimento das estruturas naturais da paisagem, suas interações e a organização do espaço. Para isso, partiu-se da hipótese de que diferentes elementos da paisagem podem auxiliar na definição de locais de interesse geomorfológico e/ou geológico sob a perspectiva da geodiversidade, geoconservação e geoturismo. O QFe é uma importante província mineral, localizada na região central do Estado de Minas Gerais, cuja diversidade geológica e geomorfológica formam paisagens que traz para região um reconhecimento nacional e internacional. A geodiversidade foi quantificada a partir de 123 diferentes elementos abióticos das seguintes classes: litologia, unidades geológicas, idades geológicas, densidade de lineamentos, declividade, orientação das vertentes, densidade de drenagens e ocorrências minerais. A escala de trabalho, de 1:50.000, e o teste de tamanhos de grid, de 250 x250 metros, foram fundamentais para a determinação da geodiversidade local e permitiram o conhecimento regional da área de estudo. O trabalho de campo foi realizado de forma complementar para a avaliação da geodiversidade e identificação das paisagens. Na segunda etapa do trabalho foi desenvolvido um dos objetivos deste estudo: apresentar metodologia para avaliação da paisagem seguindo os conceitos e parâmetros que permitem a avaliação do geopatrimônio. Além da revisão de literatura, foi utilizado o método Delphi na consulta por e-mail em 2020 a 76 especialistas na temática do geopatrimônio realizada em duas etapas para determinação de quais critérios e suas relevâncias para avaliação do geopatrimônio em relação a paisagem. Foi, então, criado o do “Protocolo de inventariação para paisagens como geopatrimônio” que foi então aplicado a 73 locais de interesse geomorfológico (LIGe) na região leste do QFe, a partir dos quais foi possível reconhecer diferentes paisagens e diferentes pontos de observação destas. Por fim, esses locais foram agrupados em seis unidades que receberam o nome de acordo com a região, a saber: Unidade Caraça, Unidade Bento Rodrigues, Unidade Antônio Pereira, Unidade Mariana, Unidade Rio das Velhas e Unidade Ouro Preto. Estas unidades configuram um patrimônio paisagístico na região, já conhecida por duas rotas turísticas de relevância nacional: o Caminho dos Diamantes e Nos Passos de Dom Viçoso, relacionas à história da mineração e pela religiosidade. O trabalho cumpriu seu objetivo ao definir os critérios de avaliação e a determinação do conjunto patrimonial da paisagem no QFe. É importante ressaltar a necessidade de maior divulgação deste patrimônio paisagístico, pois apesar de conter áreas protegidas legalmente, como Reserva Particular de Patrimônio Natural – Santuário do Caraça, Parque Natural Municipal das Andorinhas e Parque Estadual do Pico do Itacolomi, grande parte da região passou e ainda passa por processos antrópicos que modificam a paisagem, processos relacionados a mineração e as ocupações urbanas irregulares.Item Conservação do complexo geopaisagístico Serra da Canastra, Minas Gerais : contribuições metodológicas do Direito sob o signo da integração.(2019) Alvarenga, Luciano José; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Bernardo, João Manuel; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Azevedo, Úrsula Ruchkys de; Carmo, Flávio Fonseca do; Nolasco, Marjorie Cseko; Mansur, Kátia LeiteA Serra da Canastra, SW de Minas Gerais, Brasil, é frequentemente lembrada por sua biodiversidade. A variedade e a raridade das espécies de flora e fauna da região, entre elas o lobo-guará, canídeo endêmico da América do Sul, e o pato-mergulhão, uma das aves mais ameaçadas de extinção no planeta, justificam o regime jurídico estabelecido pelo Parque Nacional da Serra da Canastra—PNSC, em 1972. O território singulariza-se, igualmente, por uma notável geodiversidade, devido às rochas e feições terrestres que o compõem e a uma vastíssima rede hidrográfica. Por sua diversidade geológica, a Serra da Canastra foi indicada pelo Serviço Geológico do Brasil—CPRM para o estabelecimento futuro de um geoparque, nos moldes propostos pela Unesco. Trata-se, de fato, de um território que abriga vários lugares de interesse geológico, entre eles o Chapadão da Canastra e a Cachoeira Casca d’Anta, a maior e uma das mais exuberantes quedas d’água do Rio São Francisco. A monumentalidade da Serra da Canastra, que não se confina aos limites do PNSC, impressiona seus visitantes, entre eles o naturalista francês August de Saint-Hilaire, que percorreu a região no início de século XIX. Para além de sua riqueza biológica e geológica, a Serra da Canastra é palco de modos de criar, fazer e viver dignos de salvaguarda, porque contentores de referências à memória e à identidade dos povos da região. Saberes e fazeres típicos da serra, como a produção do queijo-canastra, também compõem vivências da paisagem. De uma perspectiva teórica integradora, pode-se afirmar que os aspectos natural e cultural da paisagem canastreira são indissociáveis: geodiversidade (rochas, formas da serra, rede hidrográfica), biodiversidade (flora e fauna) e cultura (representada pelo queijo-canastra) combinam-se para a constituição de um patrimônio indiviso e que se pode experienciar de modo integral no Complexo Geopaisagístico Serra da Canastra. Correlativamente, faz-se necessário construir, com participação cidadã, estratégias de ordenamento e gestão assentes na integração das diversas dimensões do patrimônio natural e cultural do território em foco. Esta tese objetiva discutir possibilidades de desenvolvimento de iniciativas de geoconservação na Serra da Canastra, em integração com outros aspectos do patrimônio natural e cultural, a partir dos regimes jurídicos relacionados ao (1) parque nacional, unidade de conservação prevista na Lei 9.985, de 2000, e instituída na região da Serra da Canastra em 1972; (2) o trecho do Rio São Francisco patrimonializado pela Lei 14.007, de Minas Gerais; (3) as Áreas Especiais e os Locais de Interesse Turístico, previstas em lei federal de 1977; (4) a paisagem cultural, cuja chancela é regulada por portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; (5) o museu de território, à luz do Estatuto dos Museus. A investigação conduziu à percepção de que a área estudada carece de ações preparatórias e estruturas para compreensão e valorização de aspectos da geodiversidade e da paisagem. Estratégias complementares, como cursos para condutores, trilhas autoguiadas, excursões, roteiros, palestras, jogos e atividades lúdicas, textos impressos e on-line, podem e devem ser realizadas para valorizar, promover o conhecimento e a conservação da geodiversidade na região. Sugestivamente, compreende-se que o estabelecimento de um museu de território na Serra da Canastra, em acoplagem e complementaridade ao regime jurídico do PNSC, pode favorecer o desenvolvimento local, ao induzir práticas de fruição (vivências) do patrimônio natural e cultural in situ, estimular e dinamizar atividades econômicas compatíveis com esse patrimônio. Ulteriormente, a musealização pode ser útil para que a Serra obtenha o label “Geoparque Global Unesco”, como proposto pelo CPRM.Item Patrimônio pedológico e fatores impactantes ambientais nas trilhas de uso público em parques do Espinhaço Meridional.(2017) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Costa, Adivane Terezinha; Oliveira, Fábio Soares de; Azevedo, Úrsula Ruchkys de; Ribeiro, Elizene VelosoOs solos são circunscritamente considerados recursos naturais para fins econômicos para muitas áreas do conhecimento, como por exemplo, a Agronomia e as Engenharias. Em áreas protegidas por sua vez são relacionados à sustentação da vida. Este olhar funcional dos solos demonstra sua subvalorização como parte dos 5G (patrimônio geológico, geodiversidade, geoconservação, geoturismo e geoparques). Estudos relacionados aos impactos ambientais por sua vez não correlacionam a valoração da natureza para além da biodiversidade. A partir destas premissas o presente trabalho pretendeu estabelecer um inventário do patrimônio pedológico representado por pedossítios, bem como os fatores ambientais impactantes nos solos de trilhas em áreas naturais protegidas, ambos para a sua pedoconservação. Foram selecionadas três trilhas médias e lineares, sobre substratos diversos, em áreas altamente visitadas de unidades de conservação (UC) da Serra do Espinhaço Meridional /MG: a “Trilha da Cachoeira da Farofa” no Parque Nacional da Serra do Cipó (PNSC) sobre diamictitos e sedimentos de aluvião; a “Trilha do Pico do Itacolomi” no Parque Estadual do Itacolomi (Peit) sobre filitos e quartzitos; “Trilha do Campo Ferruginoso” no Parque Estadual da Serra do Rola Moça (PESRM), sobre couraças e itabiritos. A metodologia envolveu três etapas: escritório, campo e laboratório. A primeira envolveu revisão e elaboração de instrumentos de coleta de dados (formulários estruturado qualitativo-quantitativos de oferta pedoturística por meio de “Lugares de Interesse Pedológico” – LIPe nas trilhas amostradas); tabulação de dados de oferta e geração de gráficos no software Microsoft Office Excel. A segunda por: seleção de pontos significativos para teste de resistência superficial do solo através de penetrômetro de cone com anel volumétrico; abertura de trincheiras nas margens (zonas intactas) e leito principal (zonas de visitação) das trilhas com descrição macromorfológica dos horizontes pedológicos; coleta de amostras deformadas e indeformadas de solo com o objetivo de detectar eventuais alterações físicas e morfológicas como compactação nos horizontes mais superficiais e erosão no leito da trilha; e quantificação pedoturística. A laboratorial envolveu: análises textural (granulométrica), medida da porosidade por meio da adsorção de nitrogênio líquido (N2BET), difratometria de raios x e microscopia óptica de lâminas delgadas. Os resultados demonstraram que há alterações físicas e morfológicas mais significativas nos solos do leito das trilhas do que nas adjacências, na sequência Peit>PNSC>PESRM, que se acredita serem relacionadas ao substrato, declividade e visitação. Os 28 LIPe inventariados têm pontuação média baixa quanto aos critérios científico e cultural mas alta quanto ao educativo e turístico, carecendo de estratégias de geoconservação, como proteção legal, conservação, valorização e divulgação e monitoramento. Tais LIPe são atrativos fundamentais para as “trilhas-solo”, estimulando uma ramificação do ecoturismo, turismo rural e geoturismo: o “pedoturismo”. Apesar do fim maior das unidades de conservação ser a conservação da biodiversidade e a categoria Parque permitir a visitação com fins científicos, é premente o maior investimento em pesquisas para a conservação dos recursos abióticos. Espera-se que tais dados sirvam para a revisão dos planos de manejo das três UC, conciliando os três tipos de relatórios e se fazendo como extensão para seus conselhos consultivos, na forma de contribuição para a gestão, pedoconservação de suas trilhas-solo, satisfazendo comunidades tradicionais do entorno e visitantes.