DELET - Departamento de Letras

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    Traços poéticos da ficção de Milton Hatoum em Relato de um certo Oriente, Dois irmãos e Cinzas do Norte.
    (2020) Gonçalves, Dayane de Oliveira; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Cristo, Maria da Luz Pinheiro de; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Cristo, Maria da Luz Pinheiro de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Cury, Maria Zilda Ferreira
    Nesta dissertação propomo-nos a investigar algumas particularidades do projeto literário ficcional de Milton Hatoum que se evidenciam como traços de uma poética, compartilhados, portanto, por seus três primeiros romances: Relato de um certo Oriente (1989), Dois irmãos (2000) e Cinzas do Norte (2005). Os romances têm em comum a tessitura memorialista, o gesto literário dos narradores-escritores, a encenação direta ou indireta da própria escrita, e, por último, a ética dos fragmentos, que corresponde à colagem de fragmentos que dá a forma final às narrativas, resultado de um processo empreendido pelos narradores que são os seus autores ficcionais. Esses três traços poéticos têm relações intrínsecas com a ideia de ruínas. Por fim, aproximamos então o projeto literário do autor, de modo mais geral, a uma concepção de “modernidade em ruínas”.
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    Da elegia erótica romana à lírica romântica : a tradução parafrástica dos Amores, de Ovídio, por António Feliciano de Castilho (1858).
    (2019) Duarte, Giovani Silveira; Agnolon, Alexandre; Vieira, Brunno Vinicius Gonçalves; Costrino, Artur; Agnolon, Alexandre
    Esta pesquisa tem como objetivo analisar, a partir do cotejo de concepções clássicas e modernas acerca dos gêneros lírica e a elegia, de que modo a tradução parafrástica da obra Amores, de Ovídio, elaborada por António Feliciano de Castilho em 1858, privilegia a língua de chegada, o Português, e despreza os critérios tradicionais que pautavam, na Antiguidade, o gênero elegíaco, visto que o tradutor lança mão de variações diversas referentes sobretudo à métrica ao longo da obra, chegando a inclusive inserir versos que não estavam na versão latina. O trabalho não se pretende meramente comparativo, ou seja, a simplesmente cotejar ingenuamente o original e o seu correspondente em língua vernácula, com vistas a demonstrar as diferenças entre um texto e outro, mas, sim, quer sob a luz dos critérios tradutológicos explicitados no prefácio da obra pelo erudito português, quer mediante noções antigas e modernas desses gêneros poéticos, perceber a relação agonística e emulativa travada entre o poema ovidiano e a nova fatura portuguesa.
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    Vazio ávido : negatividade e autorreflexividade em Dias Felizes, de Samuel Beckett.
    (2017) Ferreira, Gleydson André da Silva; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Galery, Maria Clara Versiani; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Ávila, Myriam Corrêa de Araújo
    A presente pesquisa trata da influência do romance sobre o drama Dias felizes de Samuel Beckett. Para tanto, adota uma perspectiva dialética, que debate o contágio dos gêneros na modernidade, com a prevalência do romance. O romance é tomado, pois, como dominante, assimilado por Dias felizes. Mais especificamente, elenca-se a voz narrativa da protagonista como manifestação épica em cena. Destaca-se, assim, como a paralisia cênica decorre de ações que partem e ocorrem em uma subjetividade isolada; posta em destaque em relação às outras personagens. Características que, em linhas gerais, pertencem ao drama moderno. Todavia, para a análise de seu objeto, este estudo propôs uma maior aproximação com a teoria do romance. Objetivou-se, por conseguinte, analisar fenômenos cênicos, estranhos à tragédia clássica, como manifestações romanescas, advindos sobretudo da cisão entre sujeito e objeto. Por essa via, Dias felizes foi examinado por meio dos deslocamentos subjetivos de sua protagonista, bem como pelo rearranjo de suas memórias.