DELET - Departamento de Letras
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Resultados da Pesquisa
Item O uso de HQs como artefato cultural da comunidade surda para o ensino de língua portuguesa como segunda língua para estudantes surdos.(2023) Silva, Reginaldo Rodrigues da; Miranda, Dayse Garcia; Miranda, Dayse Garcia; Laranjeira, Rómina de Mello; Silva, Giselli Mara daO objetivo desta pesquisa, ancorada nos Estudos Surdos, foi verificar se Histórias em Quadrinhos (HQs) produzidas por um ilustrador surdo podem auxiliar estudantes surdos do Ensino Médio, inseridos em uma escola pública inclusiva, na construção do aprendizado da Língua Portuguesa como segunda língua, na modalidade escrita. O arcabouço teórico deste estudo foi constituído a partir de pesquisas na área da surdez que contribuem para o desenvolvimento dos Estudos Surdos no Brasil, além de autores que exprimem a relevância da Nona Arte como instrumento de leitura, ensino, aprendizagem e pesquisa. Foi eleito, como design metodológico, a abordagem qualitativa, comumente utilizada pelas Ciências Sociais para buscar explicar fenômenos societários a partir da interação direta e da observação entre pesquisador e situação/objeto de estudo. A pesquisa foi desenvolvida com dois estudantes surdos, inseridos no Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual do município de Ouro Preto-MG. O trabalho de campo foi realizado em quatro etapas: 1) mapeamento de leitura; 2) apresentação das HQs; 3) reconto da narrativa em Libras; 4) construção da narrativa em português. Foram 10 encontros com os estudantes, registrados por meio de gravação em vídeo, com um total médio de seis horas. O uso de HQs como artefato cultural da comunidade surda é uma proposta relevante para inserir os estudantes surdos em práticas de leitura e interpretação de imagens, e pode oferecer possíveis caminhos aos alunos surdos para chegarem ao português escrito, haja vista que há inúmeras possibilidades de desenvolver práticas de escrita na Língua Portuguesa. Contudo, os resultados alcançados revelaram que os estudantes não conseguiram realizar o registro escrito na Língua Portuguesa apenas com a utilização desse material.Item Perfil de comunicação e linguagem de alunos surdos de escolas de ensino fundamental do município de Ouro Preto-MG.(2023) Fagundes, Kênia Toledo; Miranda, Dayse Garcia; Miranda, Dayse Garcia; Brasileiro, Ada Magaly Matias; Miranda, Izabel Cristina CampolinaEsta pesquisa interdisciplinar, originada no campo da fonoaudiologia, estuda a linguagem e a comunicação na surdez, conforme trabalhos desenvolvidos por Lichtig (2004), Barbosa e Litchtig (2013), e busca reflexão e solução conjunta com os estudos da linguística funcional, que, segundo Halliday e Hasan (1985), aborda a linguagem e a comunicação como evento social em seu uso e contexto. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil de comunicação e linguagem de crianças surdas moradoras de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Minas Gerais, apoiando-se nas orientações do Protocolo Bilíngue de Avaliação das Habilidades Comunicativas e de Linguagem de Crianças Surdas Reduzido, de Barbosa e Lichtig (2013). A investigação procurou estudar o desenvolvimento linguístico de crianças surdas dessa região, devido a possíveis dificuldades de acesso a língua de sinais. Fez-se uma pesquisa de cunho qualitativo, por meio de revisão bibliográfica, levantamento de campo e pesquisa aplicada. Os instrumentos de geração de dados utilizados foram o Protocolo Bilíngue do PIFFCS-reduzido, de Barbosa e Lichtig (2013), o questionário com os professores e o Critério de Classificação Econômica Brasil, de Kamakura e Mazzon (2022). Foram estudas a linguagem e comunicação de duas crianças surdas com nove anos de idade, filhas de pais ouvintes, estudantes do Ensino Fundamental I de escolas regulares públicas inclusivas de Cachoeira do Campo-MG. Os resultados obtidos, tendo em vista os contextos, revelaram que as crianças pesquisadas utilizam gestos, oralidade e a Libras em aquisição durante suas interações familiares, com predomínio de uso da modalidade visuoespacial e que elas possuem desenvolvimento linguístico correspondente a crianças com idade inferior a 2 anos, conforme Quadros (1997). Portanto, ao identificar o perfil dos participantes, pode-se confirmar o pouco acesso dessas crianças à língua de sinais, revelar a importância do contato precoce com essa língua, contribuindo para melhor consciência da educação da cidade sobre a relevância desse contato, assim apoiando a construção de diretrizes educacionais bilíngues para crianças surdas e ações públicas de defesa às minorias linguísticas.